Malaysia Airlines | Tribunal ouve familiares de quem viajava no avião desaparecido

O desaparecimento misterioso do Boeing 777, em 2014, continua por explicar. A bordo, seguiam 227 passageiros, dos quais 153 ou 154, segundo os relatos, eram de nacionalidade chinesa

 

Um tribunal chinês iniciou ontem as audiências para determinar o valor das indemnizações a serem pagas aos familiares dos passageiros que morreram num avião da Malaysia Airlines, que desapareceu em 2014 num voo entre Kuala Lumpur e Pequim. O caso permanece envolto em mistério após quase uma década. A audiência, no Tribunal Intermédio do Distrito de Chaoyang, em Pequim, ocorreu sobre forte presença policial. Nenhuma informação foi divulgada até agora.

A polícia verificou as identidades dos jornalistas no local e colocou-os numa área isolada. Os repórteres puderam ver os familiares a entrar no tribunal, mas não conseguiram falar com eles antes do início da audiência.

O paradeiro do avião alimentou várias teorias, incluindo falha mecânica, tentativa de sequestro ou esforço deliberado para o destruir por parte de quem se encontrava na cabine do piloto, mas foram encontradas poucas provas que demonstrem por que razão o avião se desviou da sua rota original.

O Boeing 777, com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, terá caído no Oceano Antártico, a sul da Índia, mas meses de buscas intensas não permitiram encontrar qualquer sinal do local onde se despenhou e apenas fragmentos do avião deram à costa nas praias da região.

Entre os passageiros a bordo, 153 ou 154, de acordo com diferentes relatos, eram cidadãos da China, o que fez com que a tragédia ressoasse especialmente em Pequim, onde se realizaram reuniões e vigílias diárias pelos desaparecidos.

Alguns familiares recusaram-se a acreditar que o avião tinha desaparecido, defendendo que o aparelho foi levado para um local desconhecido e que os seus entes queridos permaneciam vivos. Recusaram-se, assim, a aceitar indemnizações por parte da companhia aérea.

Lei incerta

Os pormenores da acção judicial permanecem obscuros, mas parecem basear-se na alegação de que a companhia aérea não tomou medidas para localizar o avião depois de este ter desaparecido do controlo de tráfego aéreo cerca de 38 minutos após a descolagem sobre o Mar do Sul da China, na noite de 8 de Março de 2014. Os familiares dizem esperar que as audiências se prolonguem até meados de Dezembro.

Dado o mistério que continua a rodear o caso, não se sabe quais as obrigações financeiras que a companhia aérea poderá ter e não foi apresentada qualquer acusação contra a tripulação do voo. No entanto, os familiares dizem desejar uma indemnização por um desastre que os privou dos seus entes queridos e os colocou em dificuldades financeiras.

O sistema jurídico chinês, em grande parte opaco, oferece uma ampla margem de manobra aos juízes para aplicarem sanções legais ou financeiras quando não é possível aplicar sanções penais.

28 Nov 2023

Malaysia Airlines | Terminaram as buscas pelo avião desaparecido em 2014

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s buscas de uma empresa norte-americana para encontrar o avião da Malaysia Airlines desaparecido em 2014 no Oceano Índico terminaram ontem, depois de analisados mais de 80.000 quilómetros quadrados, sem qualquer vestígio do aparelho.

O Governo afirmou, no entanto, que irá rever as investigações e deixou em aberto a possibilidade de uma terceira busca.

Ao abrigo de um acordo com o ex-Governo da Malásia, a empresa privada Ocean Infinity só seria remunerada se encontrasse o aparelho ou as caixas negras. A empresa iniciou novas buscas em Janeiro – um ano após a suspensão das buscas oficiais das autoridades australianas, malaias e chinesas.

As buscas não permitiram, no entanto, encontrar nada que possa contribuir para explicar o misterioso desaparecimento do voo MH370, a 8 de Março de 2014, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo.

O ministro dos transportes, Anthony Loke, precisou que o acordo com a empresa tinha a validade de 90 dias, devendo terminar em Abril, mas foi prolongado um mês a pedido da Ocean Infinity. “Não haverá mais prolongamentos. Não pode continuar para sempre. Vamos esperar até 29 de Maio e depois decidimos como proceder”, declarou o ministro na semana passada.

O acordo previa o pagamento de 70 milhões de dólares (cerca de 59,8 milhões de euros) se a missão tivesse êxito no prazo de três meses. As autoridades afirmaram na altura haver 85 por cento de hipóteses de encontrar destroços numa nova área de buscas de 25.000 quilómetros quadrados definida por peritos.

30 Mai 2018

Buscas pelo avião da Malaysia Airlines desaparecido em 2014 acabam dia 29 deste mês

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s buscas de uma empresa norte-americana para encontrar o avião da Malaysia Airliners desaparecido em 2014 no Oceano Índico terminam na próxima terça-feira, 29 de maio, anunciou o ministro dos Transportes malaio.

“As buscas prosseguem até 29 de maio”, disse Anthony Loke aos jornalistas.

Ao abrigo de um acordo com o Governo da Malásia, a empresa privada Ocean Infinity, que iniciou novas buscas em janeiro, um ano depois da suspensão das buscas oficiais das autoridades australianas, malaias e chinesas, só seria remunerada se encontrasse o aparelho ou as caixas negras.

Até ao momento, as buscas não permitiram encontrar nada que possa contribuir para explicar o misterioso desaparecimento do voo MH370, a 8 de março de 2014, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo.

O ministro precisou que o acordo com a empresa tinha a validade de 90 dias, devendo terminar em abril, mas foi prolongado um mês a pedido da Ocean Infinity.

“Não haverá mais prolongamentos. Não pode continuar para sempre. Vamos esperar até 29 de maio e depois decidimos como proceder”, disse.

O acordo previa o pagamento de 70 milhões de dólares (cerca de 59,8 milhões de euros) se a missão tivesse êxito no prazo de três meses. As autoridades afirmaram na altura haver 85% de hipóteses de encontrar destroços numa nova área de buscas de 25.000 quilómetros quadrados definida por peritos.

As buscas foram dificultadas por não haver qualquer transmissão durante os primeiros 38 minutos de voo, dado que os sistemas que transmitem automaticamente a posição do avião não funcionaram, segundo um relatório de janeiro de 2017 pela autoridade de segurança de transportes da Austrália.

A organização Voice 370, que representa os familiares das pessoas a bordo, pediu hoje ao Governo para rever todo o processo sobre o desaparecimento do avião, incluindo “alguma possível falsificação” ou eliminação de registos de manutenção ou alguma omissão que possa ter prejudicado a localização, busca, salvamento ou recuperação do aparelho.

24 Mai 2018