Afeganistão | Líder do Estado Islâmico morto em ataque norte-americano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]utoridades afegãs e oficiais norte-americanos informaram no domingo que um ataque dos Estados Unidos no leste do Afeganistão matou um dos principais líderes do Estado Islâmico, noticiou ontem a agência Associated Press. O porta-voz da presidência afegã, Shah Hussain Martazawi, disse no domingo que o ataque na província de Nangarhar, no leste do país, matou o comandante do Estado Islâmico Abu Sayeed Orakzai, um dos principais líderes do grupo extremista. O porta-voz das forças norte-americanas no Afeganistão, o tenente-coronel Martin O’Donnell, explicou que as forças norte-americanas lançaram um ataque antiterrorista no leste do Afeganistão no sábado, que visava um “líder de uma organização terrorista”, sem fornecer mais detalhes sobre a operação.
Uma organização ligada aos Estado Islâmico que surgiu no Afeganistão em 2014 tem vindo a realizar vários ataques contra as forças de segurança e a minoria xiita do país.
Mesmo com o apoio dos Estados Unidos e da NATO, as forças de segurança afegãs têm enfrentado sérios problemas para combater o Estado Islâmico e os combatentes extremistas talibãs.

28 Ago 2018

Tibete | Líder chinês apela ao aumento dos “esforços contra o separatismo”

 

Um alto quadro do regime chinês apelou ao “aumento dos esforços contra o separatismo” no Tibete, num sinal de que Pequim irá manter o controlo apertado numa das mais voláteis regiões da China

 

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]itado ontem pela imprensa estatal chinesa, Wang Yang, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, a cúpula do poder na China, sublinha a importância de vigiar as instituições budistas tibetanas, instando à “prontidão e precaução para os perigos em tempos seguros”. Wang afirmou que as figuras religiosas devem ser “corajosas para combater todos os elementos separatistas”, visando preservar a unidade nacional e estabilidade social, durante uma visita à capital tibetana, Lhasa, no domingo.
Com cerca de três milhões de habitantes, o Tibete é uma das regiões mais vulneráveis ao separatismo, com os locais a argumentarem que a região foi durante muito tempo independente, até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951. Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, desde há séculos, parte do território chinês.

Ateísmo evangélico

Desde 2008, quando vários protestos contra o Governo chinês abalaram a região, as autoridades chinesas têm reforçado as políticas repressivas, visando reduzir a influência do líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter “uma postura separatista”, e que vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa, em 1959.
Wang é um dos principais responsáveis pela política de Pequim para a religião. Os seus comentários de domingo reflectem também o apelo do Governo chinês, oficialmente ateísta, para que as religiões no país sejam “achinesadas”, o que inclui a remoção de símbolos religiosos exteriores e uma mais rigorosa adesão às directrizes do Partido Comunista. Entre as medidas mais recentes, foi exigido aos estudantes da região que assinassem um acordo em como “não participariam em qualquer tipo de actividade religiosa”, durante as férias de Verão.

28 Ago 2018