Hoje Macau EventosArtista José de Guimarães expõe obras de influência africana no Japão [dropcap]A[/dropcap] exposição “José de Guimarães e África”, com obras originais do artista em diálogo com peças da coleção pessoal de arte africana, vai ser inaugurada no sábado, no Japão, anunciou a galeria do artista. De acordo com a Galeria Quadrado Azul, a exposição decorrerá no Ichihara Lakeside Museum, na província de Chiba, no Japão, até 13 de janeiro de 2019. A exposição reunirá obras originais do artista, criadas em vários períodos, em diálogo com diversas peças da sua coleção africana, das etnias Fang e Kota. Esta exposição também comemora os 25 anos da colaboração do artista com a Art Front Gallery, de Tóquio, através de vários projetos de arte pública, nomeadamente Faret Tachikawa, Daikanyama Address, Kushiro Civic Core, Biblioteca Municipal de Miyagi, Tsumari Art Triennale e Setouchi Triennale. O artista, de 78 anos, cuja vida e obra é marcada por viagens pela Ásia, a África e a América Latina, reuniu ao longo de décadas uma vasta coleção sobretudo de arte africana e asiática. Para celebrar a abertura desta exposição no sábado, José de Guimarães fará uma palestra, seguida de um simpósio “Por que a arte africana atrai artistas?” com o professor Ichiro Majima, antropólogo, e Fram Kitagawa, presidente da Art Front Gallery. Em conjunto com a exposição, será publicado o livro “Empty” pela Gendaikikakushitsu Publishers. Inspirado na arte de José de Guimarães, Shuntaro Tanikawa, um dos maiores e mais populares poetas do Japão, segundo a galeria, escreveu um texto sobre a génese humana, para o qual José de Guimarães contribuiu com desenhos.
Hoje Macau CulturaMuseu do Oriente celebra José de Guimarães [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma exposição com cerca de 150 peças, parte delas inéditas, do acervo do Museu do Oriente, e obras recentes de José de Guimarães, estabelece um diálogo numa “cidade fantasmagórica”, criada para celebrar os dez anos do museu, em Lisboa. Intitulada “Um Museu do Outro Mundo”, a exposição pode ser visitada a partir de sexta-feira e até 3 de Junho, para assinalar o décimo aniversário deste espaço museológico, e os 30 anos da Fundação Oriente, que tutela o museu. José de Guimarães disse que pediu a colaboração do arquitecto Pedro Campos Costa e do curador Nuno Faria para a montagem da exposição, de modo a obter “toda uma cidade fantasmagórica que vai de uma zona escura, até uma zona clara, atravessada por uma zona dourada”, onde as peças se reúnem simbolicamente. O artista, cuja vida e obra é marcada por viagens pela Ásia, África e América Latina, reuniu ao longo de décadas uma colecção de arte chinesa que percorre desde o período Neolítico à unificação do império, passando por várias dinastias, a Qin e Han. “Nas minhas viagens, recolhi vários artefactos, e nesta exposição coloco as peças antigas em diálogo com a arte contemporânea”, num conceito, segundo o artista, “cada vez mais actual”. Na exposição, cruzam-se as obras do acervo do Museu do Oriente, da coleção pessoal de arte chinesa de José de Guimarães e novas obras criadas pelo artista. José de Guimarães, de 78 anos, criou uma espécie de relicários para apresentar peças da sua colecção de arte antiga chinesa, sobretudo em jade, algumas com mais de dois mil anos. Além destas peças da colecção pessoal do artista – também em terracota e bronze – há outras obras recentes, criadas especialmente por José de Guimarães para a exposição, e pinturas em papel, de grandes dimensões, “que evocam a noção de efémero”, entre outras, como papagaios e esculturas também em papel. O diálogo – contemporâneo, arqueológico e etnográfico – criado pelo artista envolve peças orientais retiradas das reservas do acervo do Museu do Oriente, muitas delas nunca apresentadas antes ao público, nomeadamente objetos da coleção Kwon On. José de Guimarães foi convidado para fazer uma exposição comemorativa dentro da lógica do seu trabalho: “Envolve um conceito de alteridade, de recolha de elementos de outras culturas, através de artefactos que me permitem descobrir as culturas que não são as minhas, ocidentais”. A obra de José Guimarães esteve representada no Jardim das Artes, em Macau.