Covid-19 | Putin quer imunidade de grupo até ao Outono

O Presidente russo, Vladimir Putin, fixou ontem o objectivo de alcançar a imunidade de grupo contra a covid-19 até ao Outono e definiu como uma das maiores prioridades aumentar os rendimentos dos cidadãos.

“A vacinação tem hoje uma importância capital (…) para permitir desenvolver a imunidade de grupo até ao Outono”, disse Putin no seu discurso anual sobre o estado da Nação, no qual saudou ainda o “verdadeiro avanço” científico da Rússia ao desenvolver três vacinas contra a doença.

“Os nossos cientistas realizaram um verdadeiro avanço. A Rússia dispõe agora de três vacinas fiáveis contra a coronavírus”, disse.

Destacando a “contenção” dos seus compatriotas, que “respeitaram as medidas de precaução esgotantes” contra a covid-19, Putin pediu-lhes que se vacinem, numa altura em que a campanha de vacinação está atrasada devido à desconfiança da população.

Putin afirmou ainda que irá manter “todas as fronteiras sob controlo para atrasar a propagação do vírus”.
No mesmo discurso, Putin definiu como uma das grandes prioridades do Governo fazer crescer o rendimento dos russos, anunciando, a meses das legislativas, uma série de ajudas financeiras às famílias com crianças.

“O mais importante agora é assegurar o crescimento dos rendimentos dos cidadãos, restabelecê-los”, disse o chefe de Estado, numa altura em que o poder de compra dos russos está em queda há anos, tendo ainda sofrido os efeitos da pandemia.

Esperanças e discrepâncias

Putin prometeu ainda novas medidas para encorajar a natalidade e para aumentar a esperança de vida, reconhecendo que a pandemia exacerbou as tendências demográficas na Rússia. A Rússia registou 8.000 e 9.000 novos casos de contaminação por dia no mês de Abril, e Moscovo, a cidade mais afectada, registou cerca de 2.000 novos casos diários nos últimos dias.

Os números da mortalidade divergem segundo a fonte: o Governo reconheceu ontem 106.706 mortes, enquanto a agência de estatísticas Rosstat registou pelo menos 224.000 até ao final de Fevereiro, o que coloca a Rússia entre os países mais afectados pela pandemia no mundo.

22 Abr 2021

Covid-19 | China garante imunidade de grupo até meados de 2022

A China prevê vacinar contra a covid-19 70 a 80% da população até ao fim de 2021 ou meados de 2022, atingindo a imunidade de grupo, afirmou o responsável pelo Centro para o Controlo de Doenças chinês. Com quatro vacinas aprovadas, a China irá vacinar 900 milhões a mil milhões de pessoas, disse Gao Fu, durante uma entrevista à televisão oficial chinesa CGTN.

“Esperamos que a China possa liderar a imunidade de grupo no mundo”, afirmou. A China administrou 52,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até ao fim de fevereiro. No entanto, especialistas em saúde do Governo já reconheceram que a China tem sido mais lenta no processo de vacinação do que muitos outros países, incluindo os Estados Unidos, tendo distribuído cerca de 10 vezes mais doses de vacina por outros países do que as que distribuiu internamente.

As autoridades chinesas aprovaram quatro vacinas contra a covid-19 de fabrico nacional, duas da empresa detida pelo Estado Sinopharm, uma da Sinovac e outra da CanSino, embora para nenhuma delas tenham sido publicamente divulgados os dados sobre a quarta fase de desenvolvimento. O país tem actualmente 17 vacinas candidatas a ensaios clínicos.

15 Mar 2021