Suécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão

[dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas.

“Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado.

Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”.

Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa.

Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.

26 Fev 2020

Suécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão

[dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas.
“Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado.
Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”.
Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa.
Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.

26 Fev 2020

China | Suécia abre inquérito a embaixadora por reunião sobre editor detido

[dropcap]A[/dropcap]Suécia abriu um inquérito interno à embaixadora daquele país na China, depois da representante ter organizado, sem autorização, uma reunião relacionada com o caso de um editor sueco de origem chinesa detido por Pequim, foi ontem divulgado.

“Devido a informações que recebemos sobre acções inapropriadas relacionadas com certos acontecimentos ocorridos em Janeiro, um inquérito interno foi aberto”, avançou, em declarações citadas pelas agências internacionais, Rasmus Eljanskog, um assessor de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco.

O mesmo representante precisou que a embaixadora Anna Lindstedt foi chamada a Estocolmo para consultas, no âmbito deste inquérito.

“Temos uma ideia do que terá ocorrido, vamos investigar o seu desempenho. Mas podemos afirmar já que a embaixadora se comportou de forma errónea”, afirmou, por sua vez, um porta-voz da diplomacia sueca, Patric Nilsson, em declarações à televisão pública sueca Patric Nilsson.

As relações entre a Suécia e a China têm sido perturbadas ao longo dos últimos anos pelo caso de Gui Minhai, um editor e livreiro sueco de origem chinesa de 54 anos que vendeu em Hong Kong obras críticas do regime chinês.

Em 2015, Gui Minhai desapareceu durante umas férias na Tailândia. O livreiro reapareceu numa prisão chinesa, tendo afirmando então, em declarações transmitidas na televisão, que se tinha entregado às autoridades por causa do seu envolvimento num acidente de trânsito na China em 2003.

As autoridades chinesas libertaram Gui Minhai em Outubro de 2017. O editor e livreiro seria detido mais tarde pela polícia chinesa, em Janeiro de 2018, quando seguia com dois diplomatas suecos num comboio para Pequim, onde tinha marcada uma consulta.

Ligações perigosas

A filha do editor, Angela Gui, que tem sido muito activa nos ‘media’ e na Internet para tentar conseguir a libertação do pai, revelou no seu ‘blog’ que tinha sido convidada pela embaixadora Anna Lindstedt a deslocar-se a Estocolmo, em finais de Janeiro, para uma reunião com empresários chineses que alegadamente poderia ajudar na libertação de Gui Minhai.

Durante a conversa, que decorreu num hotel da capital sueca e na presença da embaixadora, os presumíveis empresários afirmaram que tinham “ligações no seio do Partido Comunista”, no poder na China, e asseguraram que podiam a ajudar na libertação de Gui Minhai.

Em troca, segundo relatou Angela Gui, os homens pediram à jovem que “ficasse tranquila” e que deixasse de falar com a comunicação social.

A diplomacia sueca assegurou que não sabia deste encontro, nem tinha conhecimento da presença da embaixadora Anna Lindstedt em Estocolmo. Depois das primeiras declarações de Angela Gui, a embaixada da China em Estocolmo informou, num comunicado, que Pequim “nunca autorizou e nunca irá autorizar” contactos com a filha do livreiro sueco.

15 Fev 2019

Activismo | UE quer solução “em breve” para casos de Liu Xia e Gui Minhai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] União Europeia (UE) quer uma solução “em breve” para os casos de Liu Xia, viúva do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, e do cidadão sueco Gui Minhai, ambos detidos pelas autoridades chinesas sem acusações formais.

“Veremos uma solução em breve porque, num caso, não há qualquer indício de infração, e no outro falamos de um cidadão comunitário, cujos direitos não estão a ser respeitados”, disse o embaixador da UE em Pequim, Hans Dietmar Schweisgut.

Uma carta divulgada no início deste mês pelo escritor chinês exilado Liao Yiwu revela que Liu Xia, que está em prisão domiciliária desde que o marido ganhou o Nobel, em 2010, está disposta a morrer em casa, como forma de protesto. Liu Xiaobo morreu no ano passado, de cancro no fígado, sob custódia da polícia. Foi condenado, em 2009, a 11 anos de prisão por subversão, depois de ter exigido reformas democráticas na China. Desde então, vários governos estrangeiros pediram a libertação da sua mulher, que caiu em depressão, e que se permita a sua saída do país.

Gui Minhai

Gui Minhai foi detido, em Janeiro passado, pelas autoridades chinesas, quando viajava de comboio até Pequim, acompanhado de diplomatas suecos, para uma consulta médica na embaixada do seu país. Gui era o coproprietário de uma editora de Hong Kong que vendia livros críticos do Partido Comunista Chinês. Em finais de 2015, desapareceu na Tailândia e reapareceu meses mais tarde, sob custódia da polícia na China.

O embaixador da UE em Pequim lembrou que estes “não são os únicos” casos de desrespeito pelos direitos humanos no país, referindo os vários advogados detidos há quase três anos, durante uma campanha repressiva contra activistas. “Todos estes casos são de grande preocupação, já que não respeitam as leis e constituição chinesas”, afirmou Schweisgut. “Referimo-los em várias reuniões” com as autoridades chinesas e “não vão desaparecer” da política da UE, garantiu.

10 Mai 2018

Livreiro de Hong Kong volta a ser detido na China

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] filha do dono de uma livraria de Hong Kong, que vendia obras críticas do regime de Pequim, afirmou que o pai foi novamente levado pelas autoridades chinesa, depois de ter sido secretamente detido em 2015. Angela Gui disse à emissora sueca em língua inglesa Rádio Sweden que o pai, Gui Minhai, seguia num comboio com dois diplomatas suecos quando foi detido por polícias chineses.

Gui, que tem dupla nacionalidade, chinesa e sueca, desapareceu no final de 2015, quando passava férias na Tailândia. Era então o dono da “Mighty Current”, editora de Hong Kong conhecida por publicar livros críticos dos líderes chineses. O livreiro apareceu mais tarde na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se tinha entregado às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

Quatro funcionários na livraria de Gui foram também detidos nos meses seguintes, mas acabaram por ser libertados passado pouco tempo, enquanto Gui permaneceu preso até Outubro passado. Gui foi depois colocado num apartamento na cidade de Ningbo, na costa leste da China, e mantido sob vigilância da polícia, afirmou a filha.

Gui deslocou-se de comboio até Pequim para um encontro na embaixada da Suécia, mas foi detido por agentes da polícia à chegada à capital, contou Angela Gui. “É evidente que ele voltou a ser raptado e que se encontra detido num lugar secreto”, disse à agência noticiosa Associated Press (AP).

A ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Margot Wallstrom, disse já que o país vai convocar o embaixador chinês para discutir a detenção de Gui. “O Governo sueco tem um conhecimento aprofundado sobre o que se passou e está a trabalhar 24 horas por dia nesta questão”, disse Wallstrom, que mais tarde confirmou que o embaixador chinês fora chamado para discutir a detenção de Gui.

24 Jan 2018

Governo diz que Gui Minhai deixou o país após ser libertado

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês assegurou ontem que o activista e livreiro sueco de origem chinesa Gui Minhai deixou o país, após ter sido libertado na semana passada, enquanto a família diz desconhecer o seu paradeiro.

“Gui Minhai deixou o país após ter sido libertado, depois de dois anos preso por causar acidentes de trânsito”, afirmou em conferência de imprensa um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang.

Gui Minhai, de 53 anos, é um dos cinco livreiros da “Mighty Current” – editora de Hong Kong conhecida por publicar livros críticos dos líderes chineses -, que desapareceram no final de 2015.

Gui desapareceu quando passava férias na Tailândia, tendo aparecido mais tarde na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se entregou às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

O Governo sueco anunciou na terça-feira que as autoridades chinesas confirmaram a libertação do activista.

A sua filha, Angela Gui, não confirmou, no entanto, a libertação do pai, afirmando que não foi ainda contactada por ele.

“Nem eu, nem nenhum dos membros da minha família, ou algum dos seus amigos, fomos contactados” afirmou Angela Gui, em comunicado.

“Ainda não sabemos onde ele está. Estou profundamente preocupada com a sua saúde”, disse.

O consulado da Suécia em Xangai informou esta segunda-feira ter recebido uma “chamada estranha” de alguém que dizia ser livreiro e afirmou que iria pedir um passaporte sueco dentro de um ou dois meses, mas que antes queria passar tempo com a sua mãe, que estava doente.

Angela desmentiu, entretanto, essa possibilidade.

26 Out 2017

Libertado livreiro sueco de origem chinesa

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades suecas anunciaram ontem que a China libertou Gui Minhai, um cidadão sueco de origem chinesa, que trabalhava numa editora de Hong Kong especializada em rumores sobre os líderes chineses.

“Fomos informados pelas autoridades chinesas de que ele foi libertado”, afirmou à agência France-Presse a porta-voz do ministério sueco dos Negócios Estrangeiros, Sofia Karlberg.

Gui Minhai desapareceu em Outubro de 2015, quando passava férias na Tailândia, tendo aparecido mais tarde na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se entregou às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

A sua filha, Angela Gui, não confirmou, no entanto, a libertação do pai, afirmando que não foi ainda contactada por ele.

“Nem eu, nem nenhum dos membros da minha família, ou algum dos seus amigos, fomos contactados” afirmou Angela Gui, em comunicado.

“Ainda não sabemos onde ele está. Estou profundamente preocupada com a sua saúde”, disse.

Gui Minhai, de 53 anos, é um dos cinco livreiros da “Mighty Current” – editora conhecida por publicar livros críticos dos líderes chineses -, e que desapareceram no final de 2015.

25 Out 2017