João Santos Filipe SociedadeGoverno reduz número de grandes eventos desportivos devido a pandemia O Executivo sublinha intenção de organizar o Grande Prémio de Macau, confirma negociações com a Federação Internacional do Automóvel (FIA), mas admite que há desafios relacionados com a evolução da pandemia no exterior Apesar do objectivo declarado de organizar um grande evento desportivo por mês, a pandemia obrigou a uma meta mais modesta, que vai resultar na organização de apenas cinco, em vez de doze. O cenário foi traçado ontem pelo presidente do Instituto do Desporto (ID), Pun Weng Kun, após uma reunião do Conselho do Desporto. “No final do ano passado, de acordo com as orientações recebidas para organizar mensalmente um grande evento, fizemos as nossas preparações. Mas, como no Inverno houve diferentes desenvolvimentos da pandemia, fomos forçados a reduzir em cerca de 50 por cento os grandes eventos, o que faz com que sobrem apenas cinco”, disse Pun Weng Kun. Segundo os planos actuais, no próximo mês vai decorrer a corrida de 10 quilómetros, depois, em Junho, a RAEM volta a receber a corrida de Barcos-Dragão. Posteriormente, e até ao final do ano, vão ainda decorrer a Maratona Internacional, o Grande Prémio de Macau, e o Torneio de Ténis de Mesa. “Estamos a manter conversações sobre estes eventos e esperamos que possa haver um bom contacto com as federações internacionais”, acrescentou. Grande Prémio com dúvidas Um evento que ainda levanta muitas dúvidas, apesar da vontade e confiança na organização, é o Grande Prémio de Macau. De acordo com o calendário definido pelo Conselho Mundial da FIA, a corrida de Fórmula 3 está agendada para 21 de Novembro, mas a confirmação está dependente do “contrato com o promotor”, ou seja, com o Governo local. Face a estes desenvolvimentos, Pun Weng Kun confirmou as negociações, mas admitiu que a pandemia vai ser um condicionamento. No ano passado, apesar de haver um regime especial para as equipas e participantes na prova, que permitia que os estrangeiros entrassem excepcionalmente na RAEM, a necessidade de quarentena de 14 dias manteve-se, o que levou ao cancelamento de várias provas internacionais. Desde então, o período de quarentena subiu para 21 dias. Este é um desafio para todos: “Temos mantido conversações para organizar o evento. Esperamos que tudo corra bem e que em Novembro haja maior estabilidade em termos da pandemia, para organizar de forma adequada o evento”, desejou Pun, que também liderada a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Pavilhão de Mong Há no final do ano O presidente do ID acredita que o Pavilhão de Mong Há pode abrir as portas até ao final do ano. Neste momento, espera-se que as obras fiquem concluídas até Junho. Depois é necessário tratar das formalidades relacionadas com a avaliação da segurança das obras e a obtenção de licenças. Ainda de acordo com Pun Weng Kun, o espaço será dividido entre a prática desportiva do cidadão comum (70 por cento) e provas desportivas e treinos de associações de desporto (30 por cento). Ainda em relação a associações, o responsável deu conta de um corte nos subsídios de 8 a 10 por cento, para 16 milhões de patacas.