Ensino Superior | Doutorados regressam cada vez menos a Macau

[dropcap]A[/dropcap] Comissão de Desenvolvimento de Talentos afirmou que, segundo o “Inquérito de acompanhamento após a graduação dos estudantes do ensino superior de Macau”, feita pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior entre 2015 e 2017, a taxa de emprego dos estudantes no exterior que voltaram para trabalhar em Macau é de cerca de 80 por cento.

Aqueles que optaram por trabalhar em Hong Kong e Taiwan, ficaram em segundo e terceiro lugar, e os restantes permaneceram no local dos estudos universitários. A notícia foi avançada ontem pelo canal chinês da Rádio Macau.

Durante o período de 2015 a 2016, a taxa de emprego dos estudantes que encontraram emprego nas áreas de comunicação e tecnologia informática, bem como aqueles que iniciaram o seu próprio negócio, foi ligeiramente superior no exterior.

Ao mesmo tempo, de 2015 a 2017, o número de doutorados que voltaram a Macau para encontrar emprego, diminuiu de ano para ano, de 61,29 para 43,63 por cento, não sendo grande a diferença entre os estudantes de mestrado e de licenciatura.

4 Jun 2019

Júri de provas de doutoramento na Universidade de Macau mais flexível

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] júri das provas de doutoramento na Universidade de Macau (UM) vai deixar de ser exclusivamente presidido pelo reitor ou pelos vice-reitores. A alteração ao decreto-lei de 1994, que regula as formas de obtenção dos graus de mestre e de doutor na UM, foi anunciada ontem pelo porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng.

O “crescente número de estudantes de doutoramento” e, por conseguinte, o “grande volume de trabalho” figuram como a principal razão para a mexida, explicou Leong Heng Teng, dando conta de que existem, actualmente, “quase 950 doutorandos” naquela instituição de ensino superior pública.

À luz do novo regulamento administrativo, o reitor da UM preside ao júri das provas de doutoramento, mas pode delegar esta competência num vice-reitor ou “num professor catedrático, professor catedrático distinto ou professor catedrático de mérito que tenha sido orientador de, pelo menos, três estudantes que tenham concluído o curso de doutoramento”, indicou o mesmo responsável em conferência de imprensa.

O regulamento administrativo entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação em Boletim Oficial.

4 Mai 2018

Ensino | GAES garante qualidade em mestrados e doutoramentos

O Governo garante que a falta de tese para alguns mestrados e doutoramentos não vai diminuir a qualidade Sou Chio Fai explica que as exigências de ensino vão ser rigorosas

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]O Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) assegurou que vai implementar uma medida para garantir a qualidade dos cursos de mestrado e doutoramento com a finalidade de pedagogia que não exigem tese final. Durante a semana passada, o Governo explicou que, com a nova proposta para a Lei de Ensino Superior, Macau irá receber mestrados e doutoramentos que não vão exigir tese final. Medida que só irá contemplar cursos que tenham o Ensino como finalidade.
Sou Chio Fai, coordenador do GAES, explicou ao Jornal do Cidadão que o Governo vai apoiar todas as instituições de ensino superior que queiram implementar esta nova opção. O coordenador indica que o Executivo, juntamente com as escolas, vai implementar uma medida para que, mesmo sem tese, seja garantida a qualidade do ensino e, por sua vez, da aprendizagem.
“Mesmo sem tese, os alunos precisam de fazer estágios, relatórios dos estágios e outros trabalhos mais elaborados. Estes trabalhos têm diferentes objectivos consoante a finalidade do próprio alunos. Só depois disto é que podem obter o seu certificado”, explicou.
Sou Chio Fai diz ainda que todas as instituições interessadas terão de ter a autorização do Governo para implementar este tipo de curso.
Mas a última palavra não é apenas do Governo – estas instituições serão avaliadas por associações internacionais dedicadas ao ensino, que, por sua vez, irão avaliar a qualidade dos cursos.
Sou Chio Fai explicou ainda aos jornalistas que esta opção foi introduzida na proposta de lei para que Macau “consiga acompanhar a tendência de ensino mundial”.
Esta medida, apontou, vem trazer também maior competitividade às próprias instituições de ensino. “Neste momento em Hong Kong e nos Estados Unidos da América já existem cursos sem tese final, principalmente nos cargos de Educação, Direito e Engenharia”, acrescentou, frisando que a qualidade dos mesmos nunca esteve em causa.

3 Mai 2016