Andreia Sofia Silva Ócios & Negócios PessoasSentidos, empresa de decoração | “As nossas peças são cheias de cores” Já é mais fácil ter um pedaço de Portugal dentro de casa. Os produtos da Sentidos, feitos com algodão e cortiça, levam a qualquer lugar a sardinha portuguesa ou as fachadas célebres das casas portuguesas. A dar os primeiros passos no mercado local, a Sentidos não pretende ficar por aqui [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão se tratam de simples peças decorativas. Contam histórias e remetem-nos para um lugar e um tempo. São assim os produtos da Sentidos, uma empresa de decoração recém-criada em Macau que quer levar um bocadinho de Portugal à casa de cada um, de uma maneira original. Ao HM, Inês Fernandes, fundadora do projecto, conta como tudo começou: “O processo da criação da Sentidos surgiu com a verificação da falta de produtos genuínos e de qualidade portuguesa em Macau. A nossa ideia é trazer e apresentar esses mesmos produtos, mas apenas focados nos tecidos”. Sentidos “é a imagem de marca” da empresa, que define “o que os produtos são”. É uma palavra que remete para a saudade, o “encanto dos tecidos e produtos” ou ainda a naturalidade “com que a Sentidos cria as suas peças”. “Pensámos em trazer cada pedaço de Portugal estampado nos tecidos, como é o caso do casario da Ribeira do Porto, as janelas de Lisboa, o bairro de Alfama, os azulejos portugueses”, explicou a mentora do projecto. A empresa aposta numa forma diferente de fazer os produtos. “Cada peça produzida pela Sentidos é pensada ao pormenor. As peças são criadas em Portugal e em Macau. As fronhas que fazemos são todas diferentes, mesmo sendo o mesmo padrão de tecido. Isso faz com que cada pessoa que compre uma fronha tenha sempre uma peça exclusiva”, frisou Inês Fernandes. Para já, a empresa disponibiliza apenas almofadas e candeeiros, sendo que recorre apenas a “tecidos feitos com cem por cento algodão, e mais recentemente, a cortiça”. “Ainda estamos numa fase inicial e, neste momento, temos apenas estes produtos, que são muito procurados. As nossas peças são cheias de cores, o que dá uma vivacidade e originalidade a cada casa, loja, restaurante ou escritório. Todas elas expressam cada produto típico ou tradição de Portugal”, acrescentou Inês Fernandes. Mais parcerias Num território onde a cultura portuguesa é, na sua maioria, mostrada através da gastronomia e do vinho, a chegada de produtos decorativos é uma novidade. Foi a pensar nesse nicho de mercado que a Sentidos surgiu. “De facto não é comum [a existência deste tipo de negócio]. Tudo tem corrido bem e a aceitação do público tem sido fantástica. Já chegámos mesmo a ter pessoas interessadas nos produtos da Sentidos que não residem em Macau.” A fundadora do projecto considera ainda que, no território, “é muito difícil encontrar uma decoração original, de qualidade e a bom preço”. “Foi esta dificuldade que a Sentidos sentiu”, apontou. Actualmente com presença na loja O Santos, na Taipa, a Sentidos pretende expandir horizontes. “A parceria com a loja ‘O Santos’, foi logo de início o nosso objectivo, pois também eles estão à procura de peças e produtos originais. Gostaríamos de fazer parcerias com instituições e orfanatos para que, por cada peça que comprem, esse valor possa ser remetido para essas parcerias”, referiu Inês Fernandes. Novos produtos na calha Inês Fernandes garante que a Sentidos não fica por aqui em termos de imaginação e criatividade. “Estamos numa fase de processo de quadros, carteiras para homem, malas para mulher, as mantas de cama ou sofá, toalhas de mesa. Muito mais produtos virão”, promete. “Temos produtos padrão, mas também disponibilizamos ao nosso cliente um trabalho personalizado. Quem desejar um candeeiro de dimensão maior, uma fronha maior ou de outra forma que não a quadrada basta pedir-nos. Podemos fazer também cortinas, almofadas para parapeitos de janelas. Basta darmos asas à nossa imaginação”, remata Inês Fernandes.
Andreia Sofia Silva Ócios & Negócios PessoasiHome Macau, empresa online de decoração: “Queremos vender produtos de qualidade” Christy Ieong tirou partido da nacionalidade chinesa para começar a comprar produtos do outro lado da fronteira e montar um negócio que se distingue pelos baixos preços praticados. Juntamente com o namorado, a fundadora da iHome Macau quer tornar a decoração das casas da cidade mais bonita, mas com custos acessíveis [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] iHome Macau recuperou algo que está na memória de todos, do tempo em que o yuan valia bem menos do que a pataca e ir a Zhuhai fazer compras era um passatempo para muitas famílias. A pensar nos tempos modernos, a iHome Macau pegou nessa ideia e colocou-a online: porque não ir buscar produtos ao continente e vendê-los em Macau? Assim começou o projecto. “Encomendamos os produtos da China e vendemos online para os clientes em Macau. Queremos manter os preços baixos porque vemos que as lojas em Macau vendem produtos muito caros, com uma qualidade muito baixa. Então queremos fazer o contrário: vender produtos de qualidade com preços mais baixos”, contou ao HM Christy Ieong, co-fundadora do projecto. Christy Ieong, que tem outro trabalho, numa operadora de jogo, acredita que este negócio poderá satisfazer as necessidades daqueles que querem comprar bom, bonito e barato, estando aqui tão perto de um grande mercado como é a China. “Eu e o meu namorado percebemos que a maioria das lojas não tem bons produtos e que os funcionários não são educados, não atendem os clientes como deveriam atender. O serviço não é bom e os preços são elevadíssimos.” O arranque oficial deu-se em Setembro e a época natalícia será, sem dúvida, a aposta da iHome Macau para entrar a sério no mercado, ainda que esta seja uma empresa que apenas funciona online. Ieong não tem planos para a abertura de um espaço físico. “Começámos o negócio no mês passado e já tivemos os nossos primeiros clientes. Para já, temos alguns produtos de Natal e talvez teremos de esperar para que as pessoas comecem a decorar as suas casas, porque até agora ainda não tivemos uma adesão massiva. Gostaria de arrancar com o negócio mais a sério no Natal, com a encomenda de produtos, e se tudo isto se tornar lucrativo gostaria de apostar noutro tipo de produtos para a casa.” É tudo verdadeiro O comércio online tem sofrido um verdadeiro boom na China e a verdade é que poucos passam sem as conhecidas plataformas de comércio. Apesar dos problemas que muitas vezes este tipo de vendas acarreta, como os enganos feitos aos clientes em termos de preços e qualidade, Christy Ieong garante que na iHome Macau tudo é verdadeiro. “Colocamos algumas fotografias no Facebook e depois os clientes encomendam através de mensagens privadas. O cliente só paga quando vir o produto. Todas as fotografias são verdadeiras, o cliente não tem de se preocupar com a falsidade do produto ou com a falta de qualidade.” Nos próximos meses, a iHome quer tornar-se, tal como o nome indica, numa plataforma online em que todo o tipo de encomendas para a casa será possível, estando disponíveis para todas as carteiras. “Depois do Natal podemos vender produtos como almofadas, coisas que habitualmente temos nas nossas casas, nas salas de estar ou na cozinha. Muitos dos supermercados e lojas que vendem estes produtos cobram preços elevados e com pouca variedade em termos de cores e formas.” Um olhar pela página da iHome pela rede social Facebook permite perceber que já há alguns clientes interessados nos produtos. Para já, estão apenas disponíveis todos aqueles produtos que fazem parte do nosso imaginário natalício, como meias do Pai Natal, bolas para decorar a árvore, tapetes e bonecos de decoração. Para os adquirir, basta fazer um comentário ou deixar uma mensagem privada. A iHome Macau garante entregas gratuitas para compras superiores a duas mil patacas, tanto para a península, como para a Taipa. O cliente paga em dinheiro quando recebe aquilo que encomendou.