Shulan | Chuvas torrenciais causam pelo menos 14 mortos

As chuvas que nos últimos dias devastaram a cidade de Shulan, na província de Jilin, nordeste da China, causaram pelo menos 14 mortos e um desaparecido, informou ontem a imprensa estatal.

Segundo as autoridades locais, o nível das águas nas albufeiras e principais rios desceu para um nível considerado “seguro”, depois de a cidade ter sofrido chuvas contínuas, desde terça-feira passada.

A chuva provocou inundações, deslizamentos de terra e interrupções no fornecimento de energia em várias áreas de Shulan, uma cidade com cerca de 700.000 habitantes, localizada perto da fronteira com a Coreia do Norte.

O governo local mobilizou várias equipas de resgate para retirar moradores, reparar estradas e restaurar o fornecimento de energia, visando retomar a vida normal da população o mais rápido possível, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.

Shulan chegou a registar uma precipitação média diária de 111,7 milímetros, acima do limite de 60 milímetros, a partir do qual as chuvas são consideradas torrenciais.

A imprensa chinesa indicou no sábado que “dezenas” de rios das províncias de Liaoning e Heilongjiang ultrapassaram os seus níveis de segurança. Várias barragens também acumularam mais do que o permitido e foram obrigadas a libertar parte da água.

As autoridades meteorológicas do país já tinham alertado, durante a semana, para chuvas “extremamente fortes” no nordeste do país, devido aos efeitos do tufão Doksuri.

No final de Julho, Pequim registou as chuvas mais intensas dos últimos 140 anos, que resultaram em mais de vinte mortes na cidade e arredores.

Em 2021 e 2022, os Verões ficaram marcados por chuvas de intensidade sem precedentes em décadas no centro do país, que causaram mais de 300 mortos, e por uma seca persistente no sudoeste e sul. As autoridades chinesas alertaram recentemente para um alto risco de inundações e tufões em Agosto.

7 Ago 2023

Fortes chuvas causam pelo menos dez mortos e dois desaparecidos nas Filipinas

Pelo menos dez pessoas morreram e duas continuam desaparecidas após fortes chuvas e inundações terem atingido o leste e sul das Filipinas desde segunda-feira, informou hoje o centro de prevenção de desastres naturais do país.

Na mais recente atualização, o centro indicou ainda que mais de oito mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas para se abrigarem em diferentes centros de abrigo. As fortes chuvas e inundações afetaram mais de 430.000 habitantes em várias partes das Filipinas, referiu o centro.

As zonas mais afetadas são a ilha de Samar, onde morreram duas pessoas, e a ilha de Mindanao, no leste e sul do arquipélago, onde as chuvas provocaram inundações e deslizamentos de terras.

A agência meteorológica das Filipinas disse hoje que as chuvas deverão continuar até o fim de semana em Mindanao e em grande parte da região central de Visayas, pelo que é pouco provável que se transforme numa tempestade tropical.

Atingidas por entre 15 e 20 tufões e ciclones tropicais a cada ano, as Filipinas estão entre as nações mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas.

Especialistas de agências internacionais apontaram que o mau estado das infraestruturas e as habitações precárias como um dos principais fatores para um elevado número de mortes nas catástrofes naturais registadas no país.

Durante as férias de Natal, as inundações e deslizamentos de terras nas Filipinas provocaram 49 mortos, obrigaram 51.400 pessoas a abandonar as suas casas e afetaram no total cerca de 500 mil filipinos.

Os estragos causados à agricultura e às infraestruturas foram estimados em cerca de 25 milhões de dólares (23,3 milhões de euros), de acordo com o centro de prevenção de desastres naturais das Filipinas.

12 Jan 2023

Japão | Confirmados mais de 70 mortos provocados por chuvas torrenciais

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s equipas de emergência japonesas continuam o resgate e busca de dezenas de desaparecidos nas inundações e desabamentos causados pelas chuvas torrenciais que fustigam o sul do país, registando-se já 73 mortos confirmados, segundo o governo nipónico.

De acordo com os últimos dados oficiais divulgados pela televisão estatal NHK e citados pela agência EFE, continuam desaparecidas mais de 60 pessoas, temendo-se que o número de mortos aumente, devido à quantidade de vítimas que se encontram em situação de paragem cardio-respiratória. O porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que foram recebidas mais de uma centena de chamadas alertando para que as chuvas estão a arrastar os automóveis e a provocar outros acidentes. Cerca de 40 helicópteros encontram-se em missões de socorro.

A agência meteorológica do Japão indicou que a precipitação ultrapassou um metro de altura após quase uma centena de horas em várias regiões, no valor mais alto desde que estes registos começaram a ser feitos em 1976.

A contagem das vítimas tem sido dificultada pelas vastas áreas afectadas por chuvas, inundações e aluimentos de terras. Mais de quatro milhões de habitantes receberam ordens para abandonarem as suas casas, instruções nem sempre respeitadas por, às vezes, ser já impossível ou demasiado perigoso seguir estas ordens. As autoridades alertaram para a ocorrência de aluimentos de terras mesmo depois da diminuição da chuva.

As zonas mais atingidas são as prefeituras de Okayama, Hiroshima e Ehime, onde várias pessoas foram encontradas mortas, na sequência de aluimentos de terras e inundações, de acordo com a agência noticiosa japonesa Kyodo.

O Japão não vivia um desastre assim desde Agosto de 2014, quando 77 pessoas morreram em Hiroshima devido às chuvas torrenciais.

9 Jul 2018