Superestrela indiana Lata Mangeshkar morre aos 92 anos

Lata Mangeshkar, conhecida como “O Rouxinol da Índia”, uma superestrela que governou a cena musical de Bollywood durante décadas, morreu ontem aos 92 anos.

Nascida a 28 de Setembro de 1929 em Indore, no estado central de Madhya Pradesh, Lata Mangeshkar iniciou a sua formação musical numa idade precoce sob a tutela do seu pai Deenanath Mangeshkar, um cantor clássico e actor de palco, que ela disse ser o seu primeiro e “verdadeiro guru”. Quando tinha apenas cinco anos de idade, o pai levava-a consigo quando actuava.

Em 1945, a família mudou-se para Bombaim. Lata Mangeshkar, que teve de ajudar a sua mãe a apoiar as suas três irmãs mais novas e o seu irmão mais novo, começou uma carreira de cantora em Bollywood. Quando gravou a sua primeira canção em 1947 para o filme “Majboor”, Gulham Haider, o grande compositor indiano, disse-lhe: “As pessoas esquecerão todas as outras (…) quando a ouvirem”. Uma das canções do filme catapultou-a para as luzes da ribalta.

A partir de então, os blockbusters de Bollywood iriam apanhar a sua voz incomparável ao longo das décadas seguintes, marcando muitas obras cinematográficas tais como “Barsaat” ou “Mahal”.

Um grande sucesso

Acompanhada pela sua irmã mais nova Asha Bhonsle e pelo seu irmão Hridayanath Mangeshkar, ela trabalhou com quase todos os compositores do país. A sua imensa fama tinha feito dela uma tal figura que foi convidada a cantar nas celebrações do Dia da República da Índia, em Janeiro de 1963.

Numa altura em que a equidade de pagamento ainda estava longe de ser um problema, Lata Mangeshkar ‘atreveu-se’ a exigir taxas mais elevadas e uma parte das receitas das suas canções. Por ocasião do seu 75.º aniversário, os grandes nomes da música indiana prestaram homenagem à diva, chamando-a a “alma da música do cinema indiano”.

Lata Mangeshkar teve de abandonar a escola, mas sabia ler, escrever e falar várias línguas, incluindo hindi, marathi, inglês e urdu.

“Sê gentil e generoso para com aqueles que são menos privilegiados do que tu. Dar generosamente. Não reprima o seu amor pelos seus semelhantes”, pregou Lata Mangeshkar em 2020, no meio da pandemia de Covid-19.

7 Fev 2022

Morreu Dilip Kumar, aos 98 anos, um ícone da época de ouro de Bollywood

Dilip Kumar, um dos mais célebres atores indianos da época dourada do cinema de Bollywood, morreu hoje em Mumbai com 98 anos depois de ter sido internado num hospital há uma semana.

“É com grande tristeza e profundo pesar que anuncio a morte da nosso amado Dilip há alguns minutos. Viemos de Deus e a ele voltamos”, disse o amigo da família Faisal Farooqui na conta do falecido actor na rede social Twitter.

Kumar foi internado num hospital em Mumbai, a ‘meca’ de Bollywood, em 30 de junho, com dificuldades respiratórias.

“Dilip Kumar será recordado como uma lenda cinematográfica. Foi abençoado com um brilhantismo sem precedentes, através do qual cativou gerações de espetadores. A sua morte é uma perda para o nosso mundo cultural, as minhas condolências à família, amigos e inúmeros fãs”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, numa mensagem também publicada no Twitter.

Dilip Kumar, nascido Muhammad Yusuf Khan em 1922 em Peshawar, agora no Paquistão, atuou em mais de 65 filmes, ao longo de 50 anos de carreira. O actor é considerado como um dos mais populares da indústria. Estreou-se em 1944 com o filme Jwar Bhata, embora os seus filmes mais conhecidos são Mela (1948), Devdas (1955) e Mughal-E-Azam (1960).

7 Jul 2021

Filme indiano Teen Pakau in Macau chega aos cinemas em 2017

Macau terra de luzes e ilusões mas também de história e tradição é o local escolhido para as filmagens de Teen Pakau in Macau. O filme inteiramente rodado em Macau já mexe nas ruas da RAEM e prevê ver a luz do dia em 2017

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau é o cenário integral do filme que está de momento em rodagem. Teen Pakau in Macau é uma produção ao jeito de Bollywood que conta com a realização de Johny Singh Rana.
A produção da Golden Grapes Motion Pictures tem a colaboração da Associação dos Amigos de Nepal em Macau, da Companhia Internacional de Entretimento Precioso A&C Lda., e pretende narrar as aventuras e desventuras de três jovens indianos que trabalham na RAEM. O nome da película que por si só significa uma espécie de “bluffing” traz as ilusões de quem vem de fora viver nesta “bela cidade de Macau” adianta António Inácio, relações públicas da produção, ao HM.
A escolha de Macau é devida ao gosto que a equipa sente pela terra na sua beleza, tradições e “glamour”.
Este “ é talvez o primeiro filme a ser totalmente rodado na RAEM” adianta, enquanto considera que é também uma forma de a promover além fronteiras. Neste sentido foram inicialmente escolhidos os prontos turísticos de maior relevo como as Ruínas de São Paulo, o Templo de Ah Ma, a Fortaleza do Monte, o Aeroporto de Macau e a Torre de Macau bem como alguns hotéis e casinos de referencia da RAEM.
Além dos lugares a produção afirma ainda a intenção deste ser um filme para Macau, mais até do que comercial “já que vamos cobrir quase todas as festividades e tradições multiculturais”. António Inácio sublinha que “depois de conhecer melhor Macau, estamos já a enquadrar também a cultura e a religião de acordo com as festividades locais, nomeadamente o Grande Prémio de Macau, procissões religiosas, etc.” Numa outra perspectiva, e na abordagem do jogo e dos casinos, sem fugir a este “cartão de visita” é intenção da produção abordar a situação em diferentes facetas tendo em conta também “os seu resultados negativos”. 
Apesar da promoção turística implícita, o RP refere ainda as dificuldades sentidas, nomeadamente por parte de alguns casinos e hotéis, na obtenção de aprovação para filmagens. Adianta que, devido a questões de planeamento, algumas casas comerciais não estão a fornecer as respectivas autorizações enquanto que outras pedem “uma quantia exorbitante” por alugueres de espaço em regime de exclusividade.
Por outro lado, a produção conta já com a aprovação Instituto Cultural de Macau e das Forças de Segurança locais.
A película que será um romance / comédia conta na equipa de actores com profissionais provenientes da Índia ou com origem mista nepalesa, sendo que a parte técnica integra residentes da região entre os quais António Inácio ou mesmo o produtor H. K Peter. Apesar da inclusão de profissionais locais, o RP fala da dificuldade por vezes em encontrar mão de obra especializada pelo que a produção se vê obrigada a recorrer ao estrangeiro.
Teen Pakau Macau será falado em Hindi, mas legendado em inglês e chinês, sendo que é objectivo atingir os mercados internacionais bem como o da China Continental e tem data prevista de lançamento no primeiro semestre de 2017.

7 Jun 2016