China | Taxas de juro não vão ser reduzidas para estimular economia

[dropcap]O[/dropcap] governador do banco central da China disse ontem que a política monetária do país permanecerá “estável e saudável”, sugerindo que Pequim não seguirá os Estados Unidos e a Europa, que reduziram as taxas de juro.

Em conferência de imprensa, Yi Gang garantiu que o Banco do Povo Chinês vai evitar um “estímulo massivo”, apesar do impacto da guerra comercial entre Pequim e Washington.

A China registou, nos últimos anos, um ‘boom’ na dívida corporativa e dos governos locais, reflectindo um modelo económico assente no investimento em grandes obras públicas, como forma de assegurar altas taxas de crescimento económico após a crise financeira global de 2008.

Pequim tenta agora controlar o nível de endividamento, depois de várias agências de notação financeira terem reduzido a classificação de crédito da China.

“Acreditamos que, para a nossa política monetária, devemos permanecer comprometidos com o nosso próprio curso e seguir uma direcção estável e saudável”, disse Yi.

Tudo controlado

Em 2018, a economia chinesa cresceu 6,6 por cento, o ritmo mais lento dos últimos trinta anos, colocando pressão em Pequim para adoptar novas medidas de estímulo.

A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas.

Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social.

Os reguladores consideram que controlar a dívida das empresas e das famílias é uma prioridade. “Não devemos adoptar pacotes grandes de estímulo”, disse Yi. “Precisamos de garantir que a taxa de endividamento permanece estável, para que o nível total de dívida permaneça sustentável”, disse.

25 Set 2019

China | Taxas de juro não vão ser reduzidas para estimular economia

[dropcap]O[/dropcap] governador do banco central da China disse ontem que a política monetária do país permanecerá “estável e saudável”, sugerindo que Pequim não seguirá os Estados Unidos e a Europa, que reduziram as taxas de juro.
Em conferência de imprensa, Yi Gang garantiu que o Banco do Povo Chinês vai evitar um “estímulo massivo”, apesar do impacto da guerra comercial entre Pequim e Washington.
A China registou, nos últimos anos, um ‘boom’ na dívida corporativa e dos governos locais, reflectindo um modelo económico assente no investimento em grandes obras públicas, como forma de assegurar altas taxas de crescimento económico após a crise financeira global de 2008.
Pequim tenta agora controlar o nível de endividamento, depois de várias agências de notação financeira terem reduzido a classificação de crédito da China.
“Acreditamos que, para a nossa política monetária, devemos permanecer comprometidos com o nosso próprio curso e seguir uma direcção estável e saudável”, disse Yi.

Tudo controlado

Em 2018, a economia chinesa cresceu 6,6 por cento, o ritmo mais lento dos últimos trinta anos, colocando pressão em Pequim para adoptar novas medidas de estímulo.
A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas.
Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social.
Os reguladores consideram que controlar a dívida das empresas e das famílias é uma prioridade. “Não devemos adoptar pacotes grandes de estímulo”, disse Yi. “Precisamos de garantir que a taxa de endividamento permanece estável, para que o nível total de dívida permaneça sustentável”, disse.

25 Set 2019

Presidente do Banco Central chinês promete maior apoio ao sector privado

[dropcap]Y[/dropcap]i Gang, presidente do Banco Popular da China (BPC), prometeu na terça-feira uma série de políticas para ampliar os canais de financiamento para o sector privado. “Há muita água na ‘piscina monetária’, mas precisamos de injectar fundos para as empresas privadas com falta de dinheiro”, disse ele à Xinhua em uma entrevista, citando as políticas na emissão de títulos, empréstimos bancários e financiamento de capital.

O BPC acrescentou um novo índice na avaliação macroprudencial para os bancos comerciais e forneceu-lhes fundos de créditos baratos de longo prazo, a fim de incentivar mais empréstimos para as empresas privadas, disse Yi.

Este ano, o banco central aumentou as cotas de refinanciamento num recorde de 300 mil milhões de yuans, e diminuiu as taxas de juros de refinanciamento em 0,5 ponto percentual para os pequenos credores.
Além disso, a China decidiu apoiar a emissão de bónus pelas empresas privadas, com apoio de liquidez do banco central.

Yi disse que está a iniciar um plano piloto, sob o qual o primeiro lote de três empresas arrecadaram um total de 1,9 mil milhões de yuans com o seu bónus subscritos em grande excesso. “Outras 30 empresas privadas estão a preparar-se para a emissão de bónus.”

O BPC apoia também o financiamento de capitais pelas empresas privadas, disse o presidente do banco.
“O banco central fornece fundos iniciais e incentiva a participação das instituições financeiras e outros investidores,” apontou ele.

Yi enfatizou que, as dificuldades de financiamento para as empresas privadas, especialmente as pequenas e médias entidades, se tornaram um problema fortificado no mundo, e que a China desenvolverá mais esforços para resolver o “fracasso de mercado.”

Contas caseiras

A China manteve um ambiente de política monetária prudente e neutra e garantiu liquidez razoável e suficiente. A medida do BPC para rebaixar os depósitos compulsórios dos bancos libertou um valor líquido de 2,3 biliões de yuans para o mercado monetário este ano.

Até ao final de Setembro, os micro-empréstimos não liquidados fixaram-se em 7,73 biliões de yuans, um aumento de 18,1por cento em termos anuais. Os novos micro-empréstimos chegaram às 959,5 mil milhões de yuans nos primeiros três trimestres.

8 Nov 2018