Gripe aviária | Levantada proibição de importação de aves de oito países

[dropcap]A[/dropcap]partir de hoje, Macau pode voltar a importar aves de capoeira e produtos de origem aviária de oito países (Coreia do Sul, Vietname, Japão, Tailândia, Camboja, Laos, Indonésia e Taiwan) e de três províncias da China (Guangxi, Hubei e Hunan).

É o que determina um despacho do Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, publicado ontem em Boletim Oficial, que vem levantar, a proibição decretada, em Janeiro de 2004, como medida preventiva, na sequência do surto de gripe aviária que estalou na Ásia em Dezembro de 2003, causando a morte de seres humanos. Além da proibição de importação dos oito países e três províncias, existiam restrições na compra de aves ou produtos de origem aviária aos demais territórios, que serão igualmente eliminadas.

O Governo justifica o levantamento da proibição, ao fim de 15 anos, com “a mudança na situação epidémica da gripe aviária” e com o facto de “os pedidos de importação de aves de capoeira e de produtos de origem aviária de qualquer país ou região do mundo estarem plenamente tratados, nos termos das disposições de controlo sanitário da RAEM e das práticas de controlo internacional, com controlo da importação das mercadorias”.

Factores que levaram então o Executivo a considerar “desnecessário” proibir ou estabelecer restrições à importação das mercadorias de determinados países ou regiões, refere o despacho assinado por Fernando Chui Sai On, que revoga assim as medidas constantes do despacho, de 2004, firmado pelo seu antecessor, Edmund Ho.

19 Fev 2019

Maioria apoia fim de aves de capoeira vivas

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]erca de 57% dos inquiridos mostra-se a favor da substituição do abastecimento de aves de capoeira vivas por aves de capoeira refrigeradas. Este é um dos resultados do relatório da consulta pública sobre o assunto ontem divulgado, sendo que 42% estão “expressamente contra” o fim das aves vivas nos mercados. Segundo um comunicado, 26% dos inquiridos considera que a medida deve ser implementada nos próximos dois anos, enquanto que 33% se mostrou indiferente quanto à altura de implementação.
“Considerando outras condições adicionais, como a saúde pública a longo prazo, a percentagem dos cidadãos que estão contra esta medida desce de 42% para 39%”, aponta o comunicado. Cerca de 80% dos entrevistados mostrou-se indiferente quanto ao tipo de carne utilizada nos restaurantes, porque “os cidadãos já se habituaram a consumir aves refrigeradas ou congeladas nos estabelecimentos de comidas”.
O inquérito foi realizado com o apoio do Instituto Politécnico de Macau (IPM), tendo sido inquiridos 1026 pessoas e 187 responsáveis por restaurantes. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) promete “continuar a manter a comunicação com o sector para conhecer as suas dificuldades e necessidades, no sentido de tomar as medidas mais adequadas quando dos trabalhos preparatórios da implementação da referida medida”.

16 Jun 2016