Argentina | MNE diz que Milei valoriza laços com Pequim

O novo líder argentino, Javier Milei, atribuiu “grande importância” às relações com Pequim num encontro com Wu Weihua, enviado especial do Presidente chinês à sua tomada de posse, disse ontem a diplomacia chinesa.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que Wu, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, transmitiu as felicitações de Xi a Milei.

O novo Presidente argentino agradeceu ao homólogo chinês, Xi JInping, o facto de ter enviado um representante à sua tomada de posse, assegurando ao mesmo tempo ao seu interlocutor que o novo governo do país sul-americano “atribui grande importância” às suas relações com a China, afirmou Mao.

Segundo a porta-voz, Milei, que afirmou nos últimos anos que “não faria negócios com a China” e que o corte de relações com o país asiático “não seria uma tragédia macroeconómica”, informou o enviado especial de Xi da sua vontade de “promover mais intercâmbios e cooperação” com Pequim “em vários domínios”.

O Presidente argentino também garantiu que a Argentina “seguirá firmemente a política de ‘Uma só China'”, segundo Mao. Wu participou na inauguração de Milei em Buenos Aires na segunda-feira, a convite das autoridades argentinas.

O ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse no mês passado que seria um “grande erro” para a Argentina cortar laços com “países tão grandes como o Brasil e a China”, uma possibilidade sugerida nos últimos meses por Milei e alguns de seus assessores.

13 Dez 2023

Argentina | Xi felicita Milei pela eleição como presidente

O líder chinês, Xi Jinping, enviou ontem uma mensagem de felicitações a Javier Milei pela eleição como Presidente da Argentina, manifestando interesse em trabalhar para “promover a amizade e a cooperação entre os dois países”. Xi sublinhou que China e Argentina “estão empenhadas no respeito, igualdade e benefícios mútuos” e que se “apoiam firmemente uma à outra em questões relacionadas com os seus interesses fundamentais”, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

O líder chinês referiu na sua mensagem que a cooperação prática em vários domínios “trouxe benefícios tangíveis para os dois povos”. “Atribuo grande valor ao desenvolvimento das relações entre China e Argentina e estou disposto a trabalhar com Milei para promover o desenvolvimento e o rejuvenescimento dos dois países através da cooperação”, acrescentou.

O Governo chinês afirmou na terça-feira que a Argentina cometeria um “grande erro” se cortasse relações com “países tão grandes como Brasil e China”, uma possibilidade sugerida nos últimos meses pelo presidente eleito, Javier Milei, e alguns dos seus colaboradores.

A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina e o principal mercado de exportação dos seus produtos agrícolas. Há dois anos, Milei garantiu que “não faria negócios com a China” e afirmou que o corte de relações com o país asiático “não seria uma tragédia macroeconómica”.

Em Agosto passado, a China aconselhou Milei a visitar o país e a observar a sociedade chinesa, depois de o candidato ultraliberal ter afirmado que as pessoas na China “não são livres”. Pequim e Buenos Aires mantiveram boas relações nos últimos anos: a Argentina aderiu no ano passado à iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, o gigantesco projecto internacional de infraestruturas lançado por Pequim para consolidar a sua influência.

A China tem investimentos na Argentina em áreas estratégicas como desenvolvimento de infraestruturas e exploração mineira, e um acordo para pagar as suas importações da Argentina na moeda chinesa, o yuan, e não em dólares norte-americanos.

24 Nov 2023

Pequim considera um grande erro se a Argentina cortar relações com Brasil ou China

O Governo chinês afirmou ontem que a Argentina cometeria um “grande erro” se cortasse relações com “países tão grandes como Brasil e China”, uma possibilidade sugerida nos últimos meses pelo presidente eleito, Javier Milei, e alguns dos seus colaboradores. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, reagiu assim às recentes declarações feitas pela conselheira de política externa de Milei, Diana Mondino, que disse: “Vamos deixar de colaborar com os governos do Brasil e da China”.

Mao Ning observou que existem “discrepâncias” quanto ao significado das palavras de Mondino – cujo nome está a ser falado como possível chefe da diplomacia do novo governo argentino – e afirmou que “nenhum país pode separar as relações diplomáticas do desenvolvimento da cooperação económica e comercial”.

A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina e o principal mercado de exportação dos seus produtos agrícolas, lembrou Mao, em conferência de imprensa. “As duas partes têm uma forte complementaridade económica e um grande potencial para cooperação”, acrescentou.

Citada pela agência de notícias russa Sputnik, Mondino disse que a “relação com os dois países – em referência à China e ao Brasil – vai ser excelente, como deve ser”, mas que “é preciso distinguir o que é o governo do que é o Estado”.

A China felicitou Milei na segunda-feira e disse que está disposta a trabalhar com a Argentina para “continuar a amizade entre os dois países”. Há dois anos, Milei garantiu que “não faria negócios com a China” e afirmou que o corte de relações com o país asiático “não seria uma tragédia macroeconómica”.

Em agosto passado, a China aconselhou Milei a visitar o país e a observar a sociedade chinesa, depois de o candidato ultraliberal ter afirmado que as pessoas na China “não são livres”.

A posição de Milei em relação à China contrasta com a do seu rival, Sergio Massa, que se deslocou a Pequim em junho passado, na qualidade de ministro da Economia argentino. Massa afirmou que a Argentina considera a China um parceiro económico e comercial importante e manifestou a sua vontade de reforçar a cooperação em várias áreas.

Pequim e Buenos Aires mantiveram boas relações nos últimos anos: a Argentina aderiu no ano passado à Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco projeto internacional de infraestruturas lançado por Pequim para consolidar a sua influência. A China tem investimentos na Argentina em áreas estratégicas como desenvolvimento de infraestruturas e exploração mineira, e um acordo para pagar as suas importações da Argentina na moeda chinesa, o yuan, e não em dólares norte-americanos.

Muitas empresas chinesas estão interessadas no país sul-americano, especialmente no sector agrícola e em recursos naturais como o lítio, matéria-prima fundamental para a indústria chinesa de carros elétricos, do qual a Argentina é o quarto maior produtor do mundo.

22 Nov 2023

Pequim felicita Milei e afirma disposição para colaborar com a Argentina

A China felicitou ontem o vencedor das eleições presidenciais argentinas, Javier Milei, e afirmou que está disposta a trabalhar com a Argentina para “continuar a amizade entre os dois países”. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que o seu país e a Argentina “procuraram benefícios mútuos” e “trataram-se com igualdade e respeito” nas últimas décadas. O desenvolvimento das relações entre Pequim e Buenos Aires “trouxe benefícios tangíveis para ambos os povos”, apontou.

Apesar de a China ser actualmente o segundo maior parceiro comercial da Argentina e o segundo maior destino das exportações argentinas, Milei chegou a afirmar durante a campanha que, se ganhasse, continuariam a ser parceiros comerciais do sector privado chinês, mas que o Estado não negociaria com Pequim, por ser um “regime comunista”.

Mao assegurou que a China “atribui grande importância ao desenvolvimento dos laços com a Argentina” numa “perspectiva estratégica a longo prazo” e que as relações bilaterais mostraram recentemente uma “boa dinâmica de desenvolvimento”. “Os laços China – Argentina tornaram-se um consenso em ambas as sociedades”, acrescentou.

Mao também garantiu que “não está ciente” dos planos do presidente eleito de paralisar a entrada da Argentina no bloco de economias emergentes BRICS, uma possibilidade que Milei aventou durante a sua candidatura. Há dois anos, Milei, que obteve cerca de 55% dos votos nas eleições presidenciais de domingo, garantiu que “não faria negócios com a China” e afirmou que o corte de relações com o país asiático “não seria uma tragédia macroeconómica”.

Em Agosto passado, a China recomendou a Milei que “visitasse” o país para “observar” a realidade chinesa, depois de o candidato libertário ter afirmado que os chineses “não são livres”.

A posição de Milei em relação à China contrasta com a do seu rival, Sergio Massa, que se deslocou a Pequim em junho passado, na qualidade de ministro da Economia da Argentina, onde afirmou que Buenos Aires considerava o país asiático um parceiro económico e comercial importante e manifestou vontade de reforçar a cooperação em várias áreas.

Pequim e Buenos Aires mantiveram boas relações nos últimos anos: a Argentina aderiu no ano passado à Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco projecto internacional de infraestruturas lançado por Pequim. A China tem investimentos na Argentina em áreas estratégicas como desenvolvimento de infraestruturas e exploração mineira, e um acordo para pagar as suas importações da Argentina na moeda chinesa, o yuan, e não em dólares norte-americanos.

Muitas empresas chinesas estão interessadas no país sul-americano, especialmente no setor agrícola e em recursos naturais como o lítio, matéria prima fundamental para a indústria chinesa de carros elétricos, do qual a Argentina é o quarto maior produtor do mundo.

21 Nov 2023

China reitera apoio à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas

A China reiterou o seu “firme apoio” à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas/Falkland e insistiu que Londres deve sentar-se para discutir o assunto com Buenos Aires.

Em comunicado, o porta-voz da Embaixada da China no Reino Unido reagiu assim às palavras da ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, que defendeu na terça-feira aquelas ilhas como “parte da família britânica”.

“A China deve respeitar a soberania das Falkland (como os britânicos chamam às ilhas)”, escreveu Truss, na sua conta oficial na rede social Twitter.

O porta-voz chinês enfatizou que a posição do seu país nas Malvinas é “consistente” e implica “firme apoio à reivindicação legítima da Argentina de completa soberania” sobre as ilhas.

“A China sempre defendeu que as disputas territoriais entre países sejam resolvidas por meio de negociações pacíficas, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas”, lê-se na mesma nota.

Pequim “espera” que o Reino Unido responda afirmativamente ao pedido da Argentina de abrir negociações o mais rápido possível para encontrar uma “solução pacífica, justa e duradoura de acordo com as resoluções da ONU”.

A Argentina reivindica as ilhas desde 1833, mas o Reino Unido recusa-se a entrar em negociações sobre a sua soberania, conforme solicitado por Buenos Aires.

Os dois países travaram uma guerra, em 1982, um conflito que começou com a ocupação das ilhas pela junta militar argentina, em 02 de abril, daquele ano e terminou com a rendição argentina em 14 de junho. Durante a guerra morreram 649 militares argentinos, 255 britânicos e três civis habitantes das ilhas.

9 Fev 2022

Argentina confirma adesão à iniciativa Nova Rota da Seda

A Argentina confirmou hoje a adesão à Nova Rota da Seda, uma iniciativa da China que pretende estreitar a cooperação económica e política entre as entidades aderentes, sejam países ou organizações internacionais, adianta a Efe.

Segundo a agência de notícias espanhola, a adesão ao projeto “Uma Faixa, Uma rota” (BRI) daquele país da América do Sul foi confirmada após um encontro entre o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o homólogo chinês, Xi Jinping.

Num comunicado, refere a Efe, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indica que ambos os países assinaram um “Memorando de Entendimento”, a forma mais elevada de adesão, para a cooperação no âmbito do programa BRI.

A vontade da Argentina em aderir à BRI foi anunciada no final de 2020 pelo embaixador argentino na China, Sabino Vaca Narvaja, que, segundo a imprensa chinesa, assumiu ainda que Buenos Aires planeava abrir uma nova ramificação diplomática na cidade central de Chengdu em 2022.

O presidente argentino viajou para a capital da China, Pequim, para assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como parte de uma digressão internacional que o levou à Rússia e que terminará em Barbados.

Esta é a primeira visita oficial do presidente argentino à China, país que foi o segundo maior parceiro comercial da Argentina em 2021, atrás do Brasil.

6 Fev 2022

Turismo | Argentina vai isentar cidadãos de Macau de vistos

O ministro do Turismo argentino justificou que o acordo de isenção de vistos entre os cidadãos de Macau e da Argentina responde às boas relações diplomáticas. Além disso, Argentina e Brasil vão anunciar um visto único para turistas chineses

 

[dropcap]V[/dropcap]ou assinar um acordo, para mim fundamental, através do qual se libertam dos vistos as relações entre Argentina e Macau. Não serão mais necessários vistos para que um cidadão de Macau e um argentino se possam conectar entre si”, disse à Lusa Gustavo Santos em entrevista em Buenos Aires, a poucos dias do anúncio do acordo, no próximo Fórum Global de Economia do Turismo (GTEF, na sigla em inglês) que se realiza até terça-feira em Macau.

Na RAEM, a Argentina vai procurar investimentos chineses, mas também forjar uma relação estreita entre o futebol e o sector turístico, respondendo a um pedido pessoal do Presidente chinês, Xi Jinping. “Vamos a Macau em busca de investimentos chineses. Vamos falar também sobre a relação do futebol com o Turismo. Vamos ter linhas directas com instituições desportivas chinesas. Vamos apresentar a proposta de escolas de futebol argentinas para termos uma relação muito mais estreita entre o futebol argentino e o futebol chinês”, indicou Gustavo Santos.

Durante os primeiros sete meses de 2019, a chegada de turistas estrangeiros à Argentina foi recorde histórico: 4,3 milhões de turistas que representaram um crescimento de 9,4 por cento em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O aumento levou a Organização Mundial do Turismo (OMT) a colocar a Argentina entre os sete países com maior crescimento turístico do ano, o primeiro entre os países do Ocidente. “Estamos num momento excelente para o turismo argentino. Já em 2017, tivemos 6,6 milhões de turistas estrangeiros, os primeiros da América do Sul. Ratificamos essa condição em 2018. Queremos aumentar a relação económica e turística entre Argentina e Macau”, aponta o ministro argentino do Turismo, Gustavo Santos.

Teoria da reciprocidade

Outra novidade no capítulo da cooperação é o anúncio das autoridades argentinas e brasileiras que vão avançar com o reconhecimento recíproco de vistos emitidos pelos dois países a turistas chineses e isentar da necessidade de vistos os chineses que tiverem vistos para os Estados Unidos ou para a Europa

Um dos objectivos é atrair parte dos 149 milhões de turistas que a China emite hoje para o mundo. Para isso, Brasil e Argentina vão anunciar duas iniciativas que serão implementadas nos próximos meses: o turista chinês que pedir um visto para visitar a Argentina, terá, automaticamente, entrada aprovada no Brasil e vice-versa, os chamados vistos recíprocos. Além disso, o turista chinês que já tiver visto para os Estados Unidos ou para o espaço Schengen terá, automaticamente, o direito de ingressar no Brasil e na Argentina sem a necessidade de outro visto.

“A implementação dessas iniciativas ainda não está finalizada, mas vamos construir isso com o Parlamento e com a diplomacia. Pode estar terminado antes do final do ano”, disse à Lusa o presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto.

Actualmente, apenas 60 mil chineses viajam até ao Brasil, um número que as autoridades esperam aumentar rapidamente. “Estima-se que a China, até 2030, emita 500 milhões de turistas para o mundo. A China vai abrir um escritório de Turismo em São Paulo, em Novembro. Então, eu diria que, sendo pouco optimista, podemos dobrar a quantidade anual de turistas chineses ao Brasil”, calcula Machado Neto.

Argentina e Brasil traçaram estratégias conjuntas para se promoverem como destinos associados e para atraírem investimentos no sector do Turismo durante o GTEF em Macau.

Ajuda portuguesa

“Por ser a América do Sul tão longe para o chinês, ele não viaja só para a Argentina ou só para o Brasil. Combina os dois destinos. Por isso, a acção conjunta dos dois países no Fórum Global de Economia do Turismo, para que o aumento seja muito maior”, explica Gilson Machado Neto, da Embratur.

Um desafio é a distância de 19 mil Km, da China ao Brasil ou à Argentina. Outro é somar novas companhias aéreas para a rota. A única empresa que voa à América do Sul é a Air China, com escala em Madrid, que chega a São Paulo, Brasil. O ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, tem um plano de fazer a TAP unir a China com a Argentina, via Lisboa.

“Vamos juntos com o Brasil a Macau. Temos uma agenda para tratar da aceitação recíproca de vistos e dos investimentos que ampliem o Turismo aos dois países”, indicou à Lusa, o ministro argentino, Gustavo Santos.

14 Out 2019

Turismo | Argentina vai isentar cidadãos de Macau de vistos

O ministro do Turismo argentino justificou que o acordo de isenção de vistos entre os cidadãos de Macau e da Argentina responde às boas relações diplomáticas. Além disso, Argentina e Brasil vão anunciar um visto único para turistas chineses

 
[dropcap]V[/dropcap]ou assinar um acordo, para mim fundamental, através do qual se libertam dos vistos as relações entre Argentina e Macau. Não serão mais necessários vistos para que um cidadão de Macau e um argentino se possam conectar entre si”, disse à Lusa Gustavo Santos em entrevista em Buenos Aires, a poucos dias do anúncio do acordo, no próximo Fórum Global de Economia do Turismo (GTEF, na sigla em inglês) que se realiza até terça-feira em Macau.
Na RAEM, a Argentina vai procurar investimentos chineses, mas também forjar uma relação estreita entre o futebol e o sector turístico, respondendo a um pedido pessoal do Presidente chinês, Xi Jinping. “Vamos a Macau em busca de investimentos chineses. Vamos falar também sobre a relação do futebol com o Turismo. Vamos ter linhas directas com instituições desportivas chinesas. Vamos apresentar a proposta de escolas de futebol argentinas para termos uma relação muito mais estreita entre o futebol argentino e o futebol chinês”, indicou Gustavo Santos.
Durante os primeiros sete meses de 2019, a chegada de turistas estrangeiros à Argentina foi recorde histórico: 4,3 milhões de turistas que representaram um crescimento de 9,4 por cento em relação ao primeiro semestre do ano passado.
O aumento levou a Organização Mundial do Turismo (OMT) a colocar a Argentina entre os sete países com maior crescimento turístico do ano, o primeiro entre os países do Ocidente. “Estamos num momento excelente para o turismo argentino. Já em 2017, tivemos 6,6 milhões de turistas estrangeiros, os primeiros da América do Sul. Ratificamos essa condição em 2018. Queremos aumentar a relação económica e turística entre Argentina e Macau”, aponta o ministro argentino do Turismo, Gustavo Santos.

Teoria da reciprocidade

Outra novidade no capítulo da cooperação é o anúncio das autoridades argentinas e brasileiras que vão avançar com o reconhecimento recíproco de vistos emitidos pelos dois países a turistas chineses e isentar da necessidade de vistos os chineses que tiverem vistos para os Estados Unidos ou para a Europa
Um dos objectivos é atrair parte dos 149 milhões de turistas que a China emite hoje para o mundo. Para isso, Brasil e Argentina vão anunciar duas iniciativas que serão implementadas nos próximos meses: o turista chinês que pedir um visto para visitar a Argentina, terá, automaticamente, entrada aprovada no Brasil e vice-versa, os chamados vistos recíprocos. Além disso, o turista chinês que já tiver visto para os Estados Unidos ou para o espaço Schengen terá, automaticamente, o direito de ingressar no Brasil e na Argentina sem a necessidade de outro visto.
“A implementação dessas iniciativas ainda não está finalizada, mas vamos construir isso com o Parlamento e com a diplomacia. Pode estar terminado antes do final do ano”, disse à Lusa o presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto.
Actualmente, apenas 60 mil chineses viajam até ao Brasil, um número que as autoridades esperam aumentar rapidamente. “Estima-se que a China, até 2030, emita 500 milhões de turistas para o mundo. A China vai abrir um escritório de Turismo em São Paulo, em Novembro. Então, eu diria que, sendo pouco optimista, podemos dobrar a quantidade anual de turistas chineses ao Brasil”, calcula Machado Neto.
Argentina e Brasil traçaram estratégias conjuntas para se promoverem como destinos associados e para atraírem investimentos no sector do Turismo durante o GTEF em Macau.

Ajuda portuguesa

“Por ser a América do Sul tão longe para o chinês, ele não viaja só para a Argentina ou só para o Brasil. Combina os dois destinos. Por isso, a acção conjunta dos dois países no Fórum Global de Economia do Turismo, para que o aumento seja muito maior”, explica Gilson Machado Neto, da Embratur.
Um desafio é a distância de 19 mil Km, da China ao Brasil ou à Argentina. Outro é somar novas companhias aéreas para a rota. A única empresa que voa à América do Sul é a Air China, com escala em Madrid, que chega a São Paulo, Brasil. O ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, tem um plano de fazer a TAP unir a China com a Argentina, via Lisboa.
“Vamos juntos com o Brasil a Macau. Temos uma agenda para tratar da aceitação recíproca de vistos e dos investimentos que ampliem o Turismo aos dois países”, indicou à Lusa, o ministro argentino, Gustavo Santos.

14 Out 2019

Mundial 2018: Argentina obrigada a vencer a Nigéria, Dinamarca e Austrália na luta

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Argentina está hoje obrigada a vencer a Nigéria para fugir à eliminação no grupo D do Mundial2018 de futebol, que está a decorrer na Rússia, enquanto Dinamarca e Austrália lutam pelo apuramento no grupo C.

Após o surpreendente empate com a Islândia (1-1) e a pesada derrota com a Croácia (3-0), a Argentina precisa de bater os nigerianos, em São Petersburgo, e esperar que a Islândia faça pior perante a Croácia, seleção já apurada, em Rostov.

A vitória não garante automaticamente o apuramento à seleção de Lionel Messi, que tem que marcar mais golos do que a Islândia, isto caso os nórdicos também vençam os croatas.

O jogo não promete ser fácil para os argentinos, já que a Nigéria chega à terceira jornada no segundo lugar do grupo, com três pontos, e também na luta pelos oitavos de final.

O Nigéria-Argentina e o Islândia-Croácia têm inicio agendado para as 19:00 (21:00 horas locais).

Antes, às 15:00 (17:00), no grupo C, Dinamarca e Austrália vão tentar juntar-se à França na lista dos apurados, com os escandinavos a estarem em melhores condições, já que basta um empate perante os gauleses, em Moscovo, para seguirem em frente.

Em Sochi, a Austrália está obrigada a bater o Peru, que já está eliminado, e esperar que a França vença a Dinamarca.

26 Jun 2018

Companhia argentina no palco do CCM em Dezembro

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hama-se “Deseos” e é o nome do espectáculo que vem directamente da Argentina para Macau, pela mão da companhia Estampas Porteñas, e que sobe ao palco nos dias 26 e 27 de Dezembro.

Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), o espectáculo, que terá lugar no Centro Cultural de Macau, terá “um sólido elenco de bailarinos, músicos e um cantor a adornar uma sequência coreográfica de canções românticas e fatalistas, mesclando projecções interactivas com uma paleta de temas, alguns dos quais remontam aos anos 30”.

A história passa-se entre uma aldeia rural e Buenos Aires, capital argentina. “A trama desta peça de dança e teatro leva-nos numa viagem pelo tempo, das tradições folclóricas do Malambo gaúcho (cowboy sul-americano) à música de Astor Piazzolla.

“A acção é desencadeada quando Margot, a protagonista, decide mudar-se para a grande cidade, deixando tudo para trás. Pleno de paixão, ciúme e dança ardente, Deseos é uma produção de técnica primorosa e emocionante que nos leva através das inúmeras expressões do tango, demonstrando uma multiplicidade de passos e estilos”, explica o IC.

Por todo o mundo

A Estampas Porteñas foi fundada em 1997 por Carolina Soler, uma premiada directora artística cuja carreira se iniciou no ballet clássico. Desde então, a companhia tem actuado pelo mundo inteiro tendo subido aos palcos em mais de 20 países pelos cinco continentes.

Além dos dois dias de espectáculo, vão ser promovidas “diversas actividades, incluindo um workshop ministrado por bailarinos da Estampas Porteñas, concebido para desvendar alguns dos passos e técnicas aos entusiastas da dança”. No dia da estreia irá decorrer “uma tertúlia pré-espectáculo”.

Os bilhetes estarão à venda a partir de 29 de Outubro, disponíveis a vários preços (entre 150 e 300 patacas) e descontos nas bilheteiras do CCM e aos balcões da Rede Bilheteira de Macau.

26 Out 2017

Pequim e Buenos Aires prometem reforçar laços

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês Xi Jinping reuniu-se esta quarta-feira com o seu homólogo argentino Mauricio Macri, tendo ambas as partes prometido expandir a cooperação de benefícios mútuos em todas as áreas e promover ainda mais os laços bilaterais.

Xi apelou a que a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” fosse tida em conta na estratégia de desenvolvimento da Argentina, ampliando a cooperação em indústrias de infra-estruturas, energia, agricultura, mineração e manufactura, e implementando os principais projectos de cooperação existentes nos vários sectores, incluindo o hidroeléctrico e o ferroviário.

Saudando o apoio e a participação da Argentina na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, Xi enfatizou que a América Latina é uma extensão natural da Rota da Seda Marítima do Século XXI, informa o Diário do Povo.

A Argentina expressou vontade em aderir ao Banco Asiático de Investimento em Infra-estrutura (BAII) a fim de aumentar as opções de financiamento para os seus investimentos públicos em infra-estruturas, de acordo com uma declaração conjunta publicada após o encontro.

Outros entendimentos

Ambos os países assinaram um memorando de entendimento sobre a cooperação ao nível de futebol, o que oferecerá um maior apoio ao desenvolvimento do futebol na China, disse Zhu Qingqiao, director de Assuntos da América Latina do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, acrescenta a publicação estatal.

Este ano marca o 45º aniversário da fundação das relações diplomáticas entre a China e a Argentina.

O gigante asiático está a postos para manter a coordenação com a Argentina em assuntos internacionais, tais como a governação económica global, as mudanças climáticas, a agenda de desenvolvimento sustentável 2030 e o apoio à Argentina para a realização da Cimeira do G20, em 2018, afirmou Xi.

Macri, cuja visita de estado, iniciada no dia 14, terminou ontem, assistiu também ao Fórum “Uma Faixa, Uma Rota para a Cooperação Internacional”, encerrado na última segunda-feira em Pequim.

Macri congratulou Xi pelo sucesso da iniciativa, dizendo que a Argentina está empenhada em impulsionar os laços bilaterais e reforçar a cooperação de benefícios mútuos com base no respeito e na confiança mútua.

A Argentina respeita a política de Uma Só China e promete se esforçar-se para aprofundar as relações com a América Latina e aumentar a comunicação e coordenação em assuntos internacionais, acrescentou Macri. 

19 Mai 2017