Alibaba e Tencent lideraram investimento na China Unicom

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s gigantes da tecnologia chineses Alibaba e Tencent Holdings estarão entre os novos investidores que vão colocar um total de cerca de 10 mil milhões de dólares na operadora de telefones móveis China Unicom, como parte dos esforços de Pequim para rejuvenescer as gigantes estatais com dinheiro privado.

Quatro fontes a par do assunto disseram à Reuters que a Alibaba e a Tencent investirão na unidade listada na bolsa de Xangai do grupo de telecomunicações, a China United Network, como parte do esforço para levantar capital.

Uma das fontes disse que Alibaba e Tencent vão liderar o grupo de investidores, enquanto o Baidu, o terceiro da constelação chinesa de gigantes tecnológicos, desistiu. A fonte não comentou o motivo dessa decisão.

A China Unicom, formalmente conhecida como China United Network Communications, quer realizar cerca de 70 milhões de yuans através da unidade de Xangai, disseram as fontes. Tal marcaria a maior captação de capital na Ásia desde a oferta inicial de acções da seguradora AIA Group em 2010, de acordo com dados da Thomson Reuters.

Cerca de 50 mil milhões de yuans seriam realizados com a venda de novas acções, enquanto a segunda maior operadora de telecomunicações da China também venderia uma participação na unidade listada em Xangai, disseram duas das fontes, que não podem ser identificadas porque as negociações não são públicas.

Outros investidores potenciais abordados pela China Unicom incluem outras principais empresas de internet do país e algumas instituições com apoio do governo, como a China Life Investment, disse uma das fontes.

A Alibaba, a Tencent e outros investidores potenciais ainda não conseguiram concluir os termos de uma compra, disseram as fontes, embora o negócio seja provavelmente fechado ainda no terceiro trimestre.

A China Unicom é uma das três principais estatais de telecomunicações da China, juntamente com a China Mobile e a China Telecom, mas a empresa é amplamente vista como tendo excesso de pessoal e ser ineficiente e lenta a desenvolver tecnologias-chave – levando Pequim a adicioná-la no ano passado ao primeiro lote de empresas públicas que passariam a ter capital misto.

26 Jun 2017

Alibaba | Mais de 91 milhões de yuan em meio dia

O “Dia dos Solteiros” proporcionou ao gigante chinês um número astronómico de vendas sustentado nas promoções de empresas de todo o mundo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] gigante do comércio electrónico chinês Alibaba facturou nas primeiras 13 horas de sexta-feira, o “Dia dos Solteiros”, 91.200 milhões de yuan, aproximando-se da marca registada na totalidade do mesmo dia, em 2015.

O “Dia dos Solteiros” gera todos os anos fortes vendas na China, devido às promoções que as empresas de comércio electrónico e os grandes armazéns lançam neste dia.

A iniciativa, celebrada a 11 de Novembro pelos quatro ‘um’ que combinam nesta data (11/11), que afigura assim a condição de solteiro, foi criada em 2009 pelo fundador do Alibaba, Jack Ma.

Nos primeiros cinco minutos após a meia-noite de sexta-feira, as vendas do Alibaba atingiram os 900 milhões de euros.

Ao fim de uma hora, já iam em 4.800 milhões de euros.

“Conseguimos superar a nossa marca oito horas antes, face ao ano passado”, anunciou um mestre-de-cerimónias, num evento organizado para a ocasião na cidade de Shenzhen, sul da China.

Um ecrã gigante no local do evento dava conta da facturação das duas plataformas digitais do grupo, TMall.com e Taobao.com. Dezenas de milhares de vendedores em todo o mundo aderem a este dia.

Para todos os gostos

Este ano, mais de 11.000 marcas internacionais, entre as quais a Apple, Burberry, Disney ou Zara, fizeram promoções aos seus produtos no Taobao e Tmall.

A Gallo, a marca portuguesa de azeite, aproveitou também a data para lançar uma promoção na sua loja oficial no Tmall. Cada garrafa de 500 mililitros de azeite marcava 368 yuan (50 euros), quase 40% abaixo do preço habitual.

País mais populoso do mundo, com cerca de 18% dos habitantes na Terra, a China é responsável por quase 40% do conjunto mundial de vendas pela internet.

Pelas contas do Ministério do Comércio chinês, em 2015 o valor de vendas ‘online’ superou os quatro biliões de yuan  – mais do triplo do PIB português.

14 Nov 2016

Alibaba | Grupo agenda cooperação com Macau

Os novos projectos de cooperação da empresa do milionário chinês Jack Ma vão ter ligação com o sistema de pagamentos online Alipay. Três empresas locais deverão ficar integradas na plataforma Tmall Global

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] milionário Jack Ma vai investir em Macau. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o grupo Alibaba, que opera, entre outros projectos, a plataforma de pagamentos online Alipay, deverá estabelecer em Macau quatro planos de cooperação com o Governo e empresas locais. Três empresas de Macau assinaram protocolos para estarem inseridas na plataforma de compras Tmall Global.
A parceria com o Governo vai ser feita através da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), existindo o projecto de construir na Rua de São Domingos uma “avenida azul”. O objectivo é que os turistas possam vir a fazer pagamentos com o sistema Alipay nesta zona, sendo que o projecto deverá ser lançado a 12 de Dezembro deste ano.

Sistema certificado

Vai ainda existir uma parceria com o Conselho dos Consumidores (CC) para o “projecto de autenticação dos estabelecimentos comerciais seguros”. O objectivo é que as lojas que já possuem o símbolo “Loja Certificada” possam integrar o sistema Alipay.
A Agência Comercial Vang Kei Hong é uma das empresas que vai integrar-se na Tmall Global. Ip Choi Fai, presidente executivo, confirmou que a Tmall Global está a planear abrir o pavilhão de Macau online, sendo que a empresa deverá participar no projecto.
O plano preliminar é começar a vender na China cerca de 50 a cem produtos locais e dos países de língua portuguesa neste website. Os vinhos portugueses vão ocupar cerca de 20 a 30% do pacote de produtos disponíveis para venda. Ip Choi Fai prevê vendas na ordem dos setes dígitos e adiantou que a empresa pode começar a colaborar neste projecto também a partir de Dezembro.
Cheong Chou Weng, presidente do Conselho de Administração do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), incentivou, num discurso público, as empresas locais a aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo comércio electrónico para poderem promover as suas marcas e produtos.

15 Set 2016

Fundador do Alibaba aposta na recolha de dados

[dropcap style=´circle´]O[/dropcap] fundador do gigante de comércio electrónico chinês Alibaba disse ontem que a sua estratégia para o futuro não passará por vender mais nos seus portais, mas sim arrecadar dados.
Dos três pilares da sua estratégia, os dados são o mais importante, explicou Jack Ma durante um discurso perante centenas de investidores e executivos da empresa, reunidos na sede, em Xixi, nos arredores de Hangzhou, na província de Zhejiang.
“Hoje em dia é possível ter um negócio com o maior rendimento [económico] do mundo”, no entanto a empresa já não é “um negócio baseado no rendimento, mas sim baseado em dados”, afirmou na sua intervenção transmitida em directo via internet o fundador de Alibaba, que em 2014 teve um entrada fulgurante na Bolsa de Nova Iorque.

Três vectores

Jack Ma sublinhou os três pilares que o grupo contempla para o seu desenvolvimento: a sua globalização (além da China, onde tem o seu negócio principal), a sua extensão às zonas rurais do país, com 700 milhões de potenciais usuários e, sobretudo, a adição de duas tecnologias que, em sua opinião, mudarão o sector.
Trata-se da computação em nuvem (com enormes servidores virtuais) e de processamento, armazenamento e análises massivas de dados das transacções e actividades operadas em linha em tempo real (“Big Data”).
Isto explica a sua estratégia de inversões desde 2014 em sectores tão díspares como as finanças, a logística, os media, o desporto e o cinema, para optar pela obtenção de dados, já que, para Ma são estes que determinam o futuro do sector.
Relativamente à extensão das zonas rurais da China, disse que Alibaba deveria concentrar-se primeiro em estender-se pelo seu próprio país, graças à telefonia móvel com acesso à Internet, antes de abordar outros mercados rurais em países prometedores, como a Índia ou a Indonésia, onde o mercado e a cultura são diferentes do da China.

15 Jun 2016

Nomeação de Jack Ma em Boletim Oficial

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oram publicados ontem dois despachos em Boletim Oficial (BO) que dão conta da nomeação do patrão da Alibaba, Jack Ma Yun, para dois conselhos consultivos. Jack Ma, que também é dono do jornal de Hong Kong South China Morning Post, vai ser consultor no Conselho de Ciência e Tecnologia e no Conselho para o Desenvolvimento Económico. Jack Ma deu esta segunda-feira uma palestra na Universidade de Macau em que defendeu a aposta no comércio electrónico por parte das Pequenas e Médias Empresas.

8 Jun 2016

Jack Ma diz que Alibaba diz está a cooperar com investigação dos EUA

[dropcap style=’circle’]J[/dropcap]ack Ma, o fundador do gigante chinês do comércio electrónico Alibaba, afirmou ontem que a sua empresa está a “cooperar activamente” com investigações à contabilidade do grupo pelo regulador do mercado de valores dos Estados Unidos.
Em declarações à agência oficial chinesa Xinhua, Ma disse que o Alibaba forneceu a informação solicitada pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos EUA e que saúda a investigação.
O Alibaba afirmou num comunicado enviado à bolsa de Nova Iorque no início deste mês que o SEC lançou uma investigação “para saber se houve alguma violação das leis federais de valores mobiliários”.
Entre outras questões, o regulador norte-americano requereu informação sobre a contabilidade da Cainiao, empresa de logística do grupo, e sobre as práticas do Alibaba durante o “Dia dos Solteiros”, o maior evento promocional de vendas ‘online’ na China.
“A melhor forma de resolver estas dúvidas é através da transparência e diálogo”, afirmou Ma à agência Xinhua, acrescentando que é difícil para alguns investidores norte-americanos entender o modelo de negócio do Alibaba.
Entretanto, o maior accionista do Alibaba, o grupo japonês SoftBank, anunciou esta semana que vai vender pelo menos 7,9 mil milhões de dólares da sua participação no Alibaba, numa altura em que tenta reduzir o seu endividamento.
O próprio Alibaba anunciou que vai comprar 2,0 mil milhões de dólares das acções detidas pelo SoftBank. “O Alibaba tem dinheiro que chegue e está optimista sobre os lucros futuros”, afirmou Ma.

6 Jun 2016