Hoje Macau PolíticaAssociações criticam critérios de acordo com a Alibaba Cloud [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] um plano que implica a utilização de dinheiro da RAEM e envolve dados pessoais. O Governo assinou um acordo-quadro com o grupo Alibaba para a construção de uma cidade inteligente, mas o processo está a causar dúvidas. A começar pela escolha da empresa chinesa O Governo assinou na passada sexta-feira um acordo-quadro com o grupo chinês Alibaba que prevê o estabelecimento de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados para a criação de uma cidade inteligente. A ideia não está a ser vista com bons olhos por todos. Em declarações ao Jornal do Cidadão, o presidente da Associação dos Consumidores das Companhias de Utilidade Pública de Macau, Cheang Chong Fai, mostrou-se insatisfeito com o método adoptado pelo Executivo para a celebração deste entendimento. Para começar, envolve dinheiro dos cofres da RAEM – quanto, não se sabe, uma vez que, de acordo com as explicações dadas pelo Governo, os montantes serão decididos projecto a projecto. O responsável insiste que os cidadãos têm direito a saber como e quando vai ser gasto o erário público. Cheang Chong Fai não percebe por que razão este acordo-quadro foi celebrado sem haver um concurso público. Também o director da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, considera que o processo deveria ter sido feito com maior transparência, defendendo que seria importante saber se existia concorrência à Alibaba. O presidente da Associação dos Consumidores das Companhias de Utilidade Pública de Macau vinca que não foram divulgadas suficientes informações. O responsável diz não duvidar da qualidade dos serviços da Alibaba, mas gostaria que o Executivo explicasse as razões da opção pela empresa chinesa, “para apagar as dúvidas dos cidadãos”. Dados aqui, dados ali Aquando da apresentação do acordo-quadro, foram manifestadas reservas em relação à protecção dos dados pessoais, uma vez que será criada uma plataforma de megadados. O director dos Serviços de Assuntos de Justiça, Liu Dexue, garantiu que a actual legislação “é suficiente”, o que não invalida a introdução de melhorias no futuro. O presidente do Alibaba Cloud, Simon Hu, indicou que os dados recolhidos vão ser armazenados no território, e que a plataforma de dados será estabelecida “de acordo com os padrões mais exigentes da União Europeia e das Nações Unidas”. Em declarações feitas ao Jornal do Cidadão, Lam U Tou não se mostra sossegado com as explicações. O director da Associação da Sinergia de Macau observa que a actual legislação sobre a matéria não define o conceito de megadados, pelo que deve ser revista. Lam U Tou tem ainda receio de que os dados, alegadamente anónimos, possam ser identificados. O Governo destacou, na passada sexta-feira, que uma das razões pelas quais a escolha recaiu sobre a Alibaba Cloud foi a empresa estar “acreditada como plataforma de computação em nuvem da região Ásia-Pacífico” no domínio da segurança, figurando como “a mais capacitada para a garantia do cumprimento da lei”.
Hoje Macau PolíticaTecnologia | Governo assina acordo com Alibaba para cidade inteligente [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo assinou um acordo-quadro com o grupo chinês Alibaba que prevê o estabelecimento de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados. O objectivo é criar uma cidade inteligente Macau assinou um acordo-quadro de cooperação com a Alibaba Cloud, sociedade filiada do gigante do Continente, que figura como “a maior fornecedora de serviços em nuvem na China” e assume “uma posição de liderança em termos internacionais”, prestando serviços, a governos e empresas, “espalhados por mais de 200 países e regiões”. Ao abrigo do acordo-quadro, a cooperação divide-se em duas fases e vai desenrolar-se ao longo de quatro anos. A primeira – até Junho de 2019 – prevê a criação de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados, e o início gradual de projectos de utilização dos mesmos em seis domínios: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana, e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. A segunda etapa – de Julho de 2019 a Junho de 2021 – compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem (conjunto de servidores remotos alojados na Internet para armazenar, gerir e processar dados em vez dos servidores locais ou de computadores pessoais) e da plataforma de megadados, abrangendo outras áreas como protecção ambiental, passagem fronteiriça e previsões económicas. “Resultados preliminares positivos” são esperados em meados do próximo ano, disse a chefe de gabinete do chefe do Executivo, O Lam, que fez, em conferência de imprensa, uma apresentação do acordo-quadro de cooperação que assinou. “A construção de uma cidade inteligente constitui uma medida estratégica para o desenvolvimento da economia e melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou a responsável, sublinhando que “o Governo tem vindo a empenhar-se no seu planeamento a longo prazo, e na implementação de projectos a curto e médio” termo. Dinheiro na nuvem Embora seja uma estratégia “claramente definida” no primeiro plano quinquenal de Macau, apresentado em 2016, e presente nas últimas duas Linhas de Acção Governativa, não existe um “orçamento global”, com O Lam a indicar que adjudicação vai ser feita “projecto a projecto”. Outra questão levantada prendeu-se com a protecção dos dados pessoais, com o director dos Serviços de Assuntos de Justiça, Liu Dexue, a garantir que a actual legislação “é suficiente”, o que não invalida a introdução de melhorias no futuro. O presidente do Alibaba Cloud, Simon Hu, indicou que os dados recolhidos vão ser armazenados no território e que a plataforma de dados será estabelecida “de acordo com os padrões mais exigentes da União Europeia e das Nações Unidas”. Neste âmbito, O Lam destacou que uma das razões pelas quais a escolha recaiu sobre a Alibaba Cloud foi esta estar “acreditada como plataforma de computação em nuvem da região Ásia-Pacífico” no domínio da segurança, figurando como “a mais capacitada para a garantia do cumprimento da lei”. Em paralelo, realçou, a Alibaba Cloud “possui um elevado grau de abertura e de compatibilidade a nível de opções para ‘hardware’, compatibilidade entre os vários sistemas e ligação com plataformas de dados, computação em nuvem e exploração para utilização prática”. Tal significa – como salientou – que “o Governo não necessita de abandonar a infra-estrutura de tecnologia de informação preexistente”, seguindo-se o pressuposto da “coexistência contínua”. Aprender com eles Simon Hu adiantou ainda que o Governo exigiu a realização de acções de formação de quadros, especialmente no que respeita às tecnologias de informação e ao comércio electrónico, uma área em que o gigante domina na China. A assinatura do acordo foi testemunhada pelo Chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, e pelo presidente do grupo Alibaba, Jack Ma, numa breve cerimónia que juntou os titulares dos principais cargos políticos, sem lugar a declarações por parte de Chui ou Ma. A Alibaba Cloud, estabelecida em 2009, ou seja, dez anos depois da fundação do grupo, conta atualmente com mais de 2,3 milhões de clientes em todo o mundo. No último exercício fiscal, terminado em Março, as receitas da Alibaba Cloud mais do que duplicaram em termos anuais homólogos, alcançando 6,66 mil milhões de yuan.
Hoje Macau China / Ásia MancheteXi Jinping pede progresso militar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente chinês Xi Jinping pediu que as principais instituições de pesquisa e educação militar do país cultivem mais talentos para as forças armadas e que construam mais instituições de investigação e educação militar, de modo a atingir um nível internacional. Xi, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da Comissão Militar Central (CMC), fez o comentário na quarta-feira, num discurso dirigido aos chefes das forças armadas. Após entregar as bandeiras aos chefes numa cerimónia para marcar a reestruturação das instituições, Xi classificou a reforma como uma decisão vital feita pelo comité central do PCC e pela CMC para “realizar o Sonho Chinês e construir um exército mais forte”. “Para construir uma instituição de investigação militar de primeira classe com liderança global, a Academia de Ciência Militar do Exército de Libertação Popular (ELP), como a força de liderança na pesquisa científica militar, deve satisfazer a nova procura de pesquisas militares e combinar melhor as teorias e tecnologias militares”, continuou. Xi enfatizou ainda que a Universidade de Defesa Nacional do ELP é uma base significativa para cultivar talentos e também oficiais, devendo impulsionar a inovação na educação, pesquisa e gestão para se tornar uma universidade abrangente superior sob comando unificado. Quanto à Universidade Nacional de Tecnologia da Defesa, deve seguir as tendências mundiais de desenvolvimento da ciência militar e trabalhar mais para proporcionar avanços tecnológicos-chave, para criar uma instituição de nível internacional, explicou Xi. “É necessário talento, teoria, ciência e tecnologia militar de primeira classe para tornar o ELP num exército líder mundial”, disse Xi. “A ciência e tecnologia são as capacidades essenciais da luta na guerra moderna”, notou. Xi enfatizou ainda que as instituições militares têm que assumir a responsabilidade e os os comandantes devem obedecer a uma direção política correcta para salvaguardar a autoridade e a liderança centralizada e unificada do Comité Central do PCC, agir de acordo com o CCPCC e manter a liderança absoluta do PCC sobre o exército. A China tem actualmente 43 instituições educacionais militares, incluindo duas – a Universidade de Defesa Nacional do ELP e a Universidade Nacional de Tecnologia da Defesa – diretamente subordinadas à CMC, 35 especializadas nos serviços armados específicos, e seis das forças policiais armadas. Nova Zelândia | Assinado acordo de exportação de cebolas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China finalmente assinou um acordo de exportação de cebola com a Nova Zelândia depois de 10 anos de negociações, revelou nesta quarta-feira um comunicado oficial. Um acordo sanitário foi assinado no início deste ano, abrindo caminho para a exportação de cebola chinesa ao mercado da Nova Zelândia, segundo a Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AGSQIQ). O governo da Nova Zelândia tem um sistema de quarentena de plantas muito rigoroso para proteger seu próprio ecossistema, segundo o comunicado. A AGSQIQ ajudou os exportadores domésticos de cebola a melhorarem o nível de administração nos últimos anos. O AGSQIQ prometeu lançar medidas de quarentena rigorosas para garantir a qualidade das cebolas exportadas. A China é um dos principais produtores de cebola do mundo, com uma produção anual de cebola de 20 milhões de toneladas. As exportações respondem por meramente 3,5% de sua produção total. 1,2 milhão de toneladas de água dessalinizada por dia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] produção diária dos 131 projetos de dessalinização da água do mar da China atingiu mais de 1,18 milhão de toneladas até o final de 2016, informou um relatório oficial divulgado nesta quarta-feira. O relatório em relação à utilização da água do mar em 2016 emitido pela Administração Estatal dos Assuntos Marítimos indicou que o maior projeto de dessalinização da China poderia produzir 200 mil toneladas de água por dia. O custo da água do mar dessalinizada por tonelada varia de cinco a oito yuans (US$ 0,74 a 1,19), segundo o relatório. Das águas do mar dessalinizadas da China, 66,61% foram usadas por propósitos industriais e o restante para o uso residencial. A China vai acelerar a legislação sobre a utilização da água do mar, ampliará o seu uso e lidará com as preocupações públicas com a água do mar dessalinizada potável, disse Qu Tanzhou, chefe do departamento de ciência e tecnologia subordinado à administração. Matou os pais e mais 17 pessoas [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m homem foi julgado na quarta-feira por matar 19 pessoas incluindo seus pais. Segundo o tribunal, quando um pedido de dinheiro foi rejeitado por seu pai, Yang Qingpei regressou em 28 de setembro de 2016 à aldeia de Yema, na Província de Yunnan, e matou seus pais. Para encobrir o crime, Yang matou 17 vizinhos, incluindo três crianças. Depois fugiu para a capital da província, Kunming, e voltou ao trabalho, segundo um comunicado divulgado pelo departamento de segurança pública de Yunnan. Yang assumiu a autoria dos crimes, expressou remorso e pediu desculpa aos parentes das vítimas. Cerca de 200 pessoas estavam presentes no tribunal, incluindo parentes, legisladores, imprensa e membros do público. O tribunal adiou a condenação para outro dia. Alibaba lança assistente de voz de baixo custo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]grupo chinês Alibaba lançou na quarta-feira um assistente de voz de preço reduzido, semelhante ao “Echo” da Amazon.com, na sua primeira incursão em dispositivos domésticos inteligentes. O “Tmall Genie”, mesmo nome da plataforma de comércio eletrônico Tmall da empresa, custa 499 yuans, preço muito mais baixo do que o de produtos similares da Amazon e do Google, que custam entre 120 e 180 dólares. Estes dispositivos são activados por comandos de voz para executar tarefas como verificar agenda, buscar previsão do tempo, mudar música ou controlar aparelhos domésticos inteligentes, usando conectividade de Internet e inteligência artificial. O Tmall Genie está atualmente programado para usar o mandarim como idioma e só estará disponível na China. O aparelho é activado quando um usuário reconhecido diz “Tmall Genie” em chinês. Presença de Cristiano Ronaldo esgota clássico [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presença de Cristiano Ronaldo no jogo entre o Shanghai SIPG e Guangzhou Evergrande, no sábado, esgotou os bilhetes, o que ilustra a popularidade do internacional português na China, noticiou ontem a imprensa chinesa. Segundo o acordo feito entre Ronaldo e a Superliga de futebol chinesa, o português vai surgir em campo 15 minutos antes do início da partida, em Xangai, para cumprimentar os jogadores de ambas as equipas. O Guangzhou Evergrande é o actual primeiro classificado na prova máxima do campeonato de futebol chinês, enquanto o Shanghai SIPG, conjunto treinado pelo português André Villas-Boas, segue em segundo lugar, a um ponto de distância. Mas é a presença de Cristiano Ronaldo que está a atrair os adeptos chineses da modalidade, sublinhou a imprensa local. “C Luo” [Cristiano Ronaldo, em chinês] é o português mais conhecido na China, onde o futebol tem tido renovado interesse, com as grandes empresas do país a investir na modalidade, animados pela ambição do Governo em colocar a seleção do país entre as melhores do mundo. Em Dezembro passado, o empresário do avançado, o português Jorge Mendes, disse que Ronaldo rejeitou um salário anual de cem milhões de euros proposto por um clube chinês, que ofereceu ainda 300 milhões ao Real Madrid pelo passe do jogador. Nenhum conjunto chinês confirmou a proposta.
Hoje Macau China / ÁsiaAlibaba e Tencent lideraram investimento na China Unicom [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s gigantes da tecnologia chineses Alibaba e Tencent Holdings estarão entre os novos investidores que vão colocar um total de cerca de 10 mil milhões de dólares na operadora de telefones móveis China Unicom, como parte dos esforços de Pequim para rejuvenescer as gigantes estatais com dinheiro privado. Quatro fontes a par do assunto disseram à Reuters que a Alibaba e a Tencent investirão na unidade listada na bolsa de Xangai do grupo de telecomunicações, a China United Network, como parte do esforço para levantar capital. Uma das fontes disse que Alibaba e Tencent vão liderar o grupo de investidores, enquanto o Baidu, o terceiro da constelação chinesa de gigantes tecnológicos, desistiu. A fonte não comentou o motivo dessa decisão. A China Unicom, formalmente conhecida como China United Network Communications, quer realizar cerca de 70 milhões de yuans através da unidade de Xangai, disseram as fontes. Tal marcaria a maior captação de capital na Ásia desde a oferta inicial de acções da seguradora AIA Group em 2010, de acordo com dados da Thomson Reuters. Cerca de 50 mil milhões de yuans seriam realizados com a venda de novas acções, enquanto a segunda maior operadora de telecomunicações da China também venderia uma participação na unidade listada em Xangai, disseram duas das fontes, que não podem ser identificadas porque as negociações não são públicas. Outros investidores potenciais abordados pela China Unicom incluem outras principais empresas de internet do país e algumas instituições com apoio do governo, como a China Life Investment, disse uma das fontes. A Alibaba, a Tencent e outros investidores potenciais ainda não conseguiram concluir os termos de uma compra, disseram as fontes, embora o negócio seja provavelmente fechado ainda no terceiro trimestre. A China Unicom é uma das três principais estatais de telecomunicações da China, juntamente com a China Mobile e a China Telecom, mas a empresa é amplamente vista como tendo excesso de pessoal e ser ineficiente e lenta a desenvolver tecnologias-chave – levando Pequim a adicioná-la no ano passado ao primeiro lote de empresas públicas que passariam a ter capital misto.
Hoje Macau China / ÁsiaAlibaba | Mais de 91 milhões de yuan em meio dia O “Dia dos Solteiros” proporcionou ao gigante chinês um número astronómico de vendas sustentado nas promoções de empresas de todo o mundo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] gigante do comércio electrónico chinês Alibaba facturou nas primeiras 13 horas de sexta-feira, o “Dia dos Solteiros”, 91.200 milhões de yuan, aproximando-se da marca registada na totalidade do mesmo dia, em 2015. O “Dia dos Solteiros” gera todos os anos fortes vendas na China, devido às promoções que as empresas de comércio electrónico e os grandes armazéns lançam neste dia. A iniciativa, celebrada a 11 de Novembro pelos quatro ‘um’ que combinam nesta data (11/11), que afigura assim a condição de solteiro, foi criada em 2009 pelo fundador do Alibaba, Jack Ma. Nos primeiros cinco minutos após a meia-noite de sexta-feira, as vendas do Alibaba atingiram os 900 milhões de euros. Ao fim de uma hora, já iam em 4.800 milhões de euros. “Conseguimos superar a nossa marca oito horas antes, face ao ano passado”, anunciou um mestre-de-cerimónias, num evento organizado para a ocasião na cidade de Shenzhen, sul da China. Um ecrã gigante no local do evento dava conta da facturação das duas plataformas digitais do grupo, TMall.com e Taobao.com. Dezenas de milhares de vendedores em todo o mundo aderem a este dia. Para todos os gostos Este ano, mais de 11.000 marcas internacionais, entre as quais a Apple, Burberry, Disney ou Zara, fizeram promoções aos seus produtos no Taobao e Tmall. A Gallo, a marca portuguesa de azeite, aproveitou também a data para lançar uma promoção na sua loja oficial no Tmall. Cada garrafa de 500 mililitros de azeite marcava 368 yuan (50 euros), quase 40% abaixo do preço habitual. País mais populoso do mundo, com cerca de 18% dos habitantes na Terra, a China é responsável por quase 40% do conjunto mundial de vendas pela internet. Pelas contas do Ministério do Comércio chinês, em 2015 o valor de vendas ‘online’ superou os quatro biliões de yuan – mais do triplo do PIB português.
Angela Ka SociedadeAlibaba | Grupo agenda cooperação com Macau Os novos projectos de cooperação da empresa do milionário chinês Jack Ma vão ter ligação com o sistema de pagamentos online Alipay. Três empresas locais deverão ficar integradas na plataforma Tmall Global [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] milionário Jack Ma vai investir em Macau. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o grupo Alibaba, que opera, entre outros projectos, a plataforma de pagamentos online Alipay, deverá estabelecer em Macau quatro planos de cooperação com o Governo e empresas locais. Três empresas de Macau assinaram protocolos para estarem inseridas na plataforma de compras Tmall Global. A parceria com o Governo vai ser feita através da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), existindo o projecto de construir na Rua de São Domingos uma “avenida azul”. O objectivo é que os turistas possam vir a fazer pagamentos com o sistema Alipay nesta zona, sendo que o projecto deverá ser lançado a 12 de Dezembro deste ano. Sistema certificado Vai ainda existir uma parceria com o Conselho dos Consumidores (CC) para o “projecto de autenticação dos estabelecimentos comerciais seguros”. O objectivo é que as lojas que já possuem o símbolo “Loja Certificada” possam integrar o sistema Alipay. A Agência Comercial Vang Kei Hong é uma das empresas que vai integrar-se na Tmall Global. Ip Choi Fai, presidente executivo, confirmou que a Tmall Global está a planear abrir o pavilhão de Macau online, sendo que a empresa deverá participar no projecto. O plano preliminar é começar a vender na China cerca de 50 a cem produtos locais e dos países de língua portuguesa neste website. Os vinhos portugueses vão ocupar cerca de 20 a 30% do pacote de produtos disponíveis para venda. Ip Choi Fai prevê vendas na ordem dos setes dígitos e adiantou que a empresa pode começar a colaborar neste projecto também a partir de Dezembro. Cheong Chou Weng, presidente do Conselho de Administração do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), incentivou, num discurso público, as empresas locais a aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo comércio electrónico para poderem promover as suas marcas e produtos.
Hoje Macau China / ÁsiaFundador do Alibaba aposta na recolha de dados [dropcap style=´circle´]O[/dropcap] fundador do gigante de comércio electrónico chinês Alibaba disse ontem que a sua estratégia para o futuro não passará por vender mais nos seus portais, mas sim arrecadar dados. Dos três pilares da sua estratégia, os dados são o mais importante, explicou Jack Ma durante um discurso perante centenas de investidores e executivos da empresa, reunidos na sede, em Xixi, nos arredores de Hangzhou, na província de Zhejiang. “Hoje em dia é possível ter um negócio com o maior rendimento [económico] do mundo”, no entanto a empresa já não é “um negócio baseado no rendimento, mas sim baseado em dados”, afirmou na sua intervenção transmitida em directo via internet o fundador de Alibaba, que em 2014 teve um entrada fulgurante na Bolsa de Nova Iorque. Três vectores Jack Ma sublinhou os três pilares que o grupo contempla para o seu desenvolvimento: a sua globalização (além da China, onde tem o seu negócio principal), a sua extensão às zonas rurais do país, com 700 milhões de potenciais usuários e, sobretudo, a adição de duas tecnologias que, em sua opinião, mudarão o sector. Trata-se da computação em nuvem (com enormes servidores virtuais) e de processamento, armazenamento e análises massivas de dados das transacções e actividades operadas em linha em tempo real (“Big Data”). Isto explica a sua estratégia de inversões desde 2014 em sectores tão díspares como as finanças, a logística, os media, o desporto e o cinema, para optar pela obtenção de dados, já que, para Ma são estes que determinam o futuro do sector. Relativamente à extensão das zonas rurais da China, disse que Alibaba deveria concentrar-se primeiro em estender-se pelo seu próprio país, graças à telefonia móvel com acesso à Internet, antes de abordar outros mercados rurais em países prometedores, como a Índia ou a Indonésia, onde o mercado e a cultura são diferentes do da China.
Hoje Macau BrevesNomeação de Jack Ma em Boletim Oficial [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oram publicados ontem dois despachos em Boletim Oficial (BO) que dão conta da nomeação do patrão da Alibaba, Jack Ma Yun, para dois conselhos consultivos. Jack Ma, que também é dono do jornal de Hong Kong South China Morning Post, vai ser consultor no Conselho de Ciência e Tecnologia e no Conselho para o Desenvolvimento Económico. Jack Ma deu esta segunda-feira uma palestra na Universidade de Macau em que defendeu a aposta no comércio electrónico por parte das Pequenas e Médias Empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaJack Ma diz que Alibaba diz está a cooperar com investigação dos EUA [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]ack Ma, o fundador do gigante chinês do comércio electrónico Alibaba, afirmou ontem que a sua empresa está a “cooperar activamente” com investigações à contabilidade do grupo pelo regulador do mercado de valores dos Estados Unidos. Em declarações à agência oficial chinesa Xinhua, Ma disse que o Alibaba forneceu a informação solicitada pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos EUA e que saúda a investigação. O Alibaba afirmou num comunicado enviado à bolsa de Nova Iorque no início deste mês que o SEC lançou uma investigação “para saber se houve alguma violação das leis federais de valores mobiliários”. Entre outras questões, o regulador norte-americano requereu informação sobre a contabilidade da Cainiao, empresa de logística do grupo, e sobre as práticas do Alibaba durante o “Dia dos Solteiros”, o maior evento promocional de vendas ‘online’ na China. “A melhor forma de resolver estas dúvidas é através da transparência e diálogo”, afirmou Ma à agência Xinhua, acrescentando que é difícil para alguns investidores norte-americanos entender o modelo de negócio do Alibaba. Entretanto, o maior accionista do Alibaba, o grupo japonês SoftBank, anunciou esta semana que vai vender pelo menos 7,9 mil milhões de dólares da sua participação no Alibaba, numa altura em que tenta reduzir o seu endividamento. O próprio Alibaba anunciou que vai comprar 2,0 mil milhões de dólares das acções detidas pelo SoftBank. “O Alibaba tem dinheiro que chegue e está optimista sobre os lucros futuros”, afirmou Ma.