Hoje Macau China / ÁsiaÍndia/Acidente | Piloto declarou “Mayday” segundos após descolagem O Ministério da Aviação Civil da Índia revelou sábado que o piloto do voo AI171 da Air India, que caiu com 242 pessoas a bordo, declarou um “Mayday” de emergência segundos depois da descolagem, e que a aeronave caiu quase exactamente um minuto depois. Na primeira declaração oficial do governo indiano desde o acidente de quinta-feira, o Secretário da Aviação Civil, Samir Kumar Sinha, fez um relato minuto a minuto dos momentos finais do voo. “O avião descolou às 13:39, hora local, e, em segundos, depois de atingir uma altitude de cerca de 650 pés (quase 200 metros), começou a afundar-se, ou seja, a perder altitude”, disse Sinha. O responsável acrescentou: “Às 13:39, o piloto informou o Controlo de Tráfego Aéreo (ATC) em Ahmedabad que se tratava de um ‘Mayday’”. De acordo com o secretário, quando o ATC tentou contactar novamente o avião, após a chamada de emergência, não obteve qualquer resposta. “Exactamente um minuto depois, às 13:40, o avião despenhou-se em Meghaninagar, uma zona situada a cerca de dois quilómetros do aeroporto”, acrescentou. O ministério confirmou também que 242 pessoas estavam a bordo do avião: 230 passageiros, dois pilotos e 10 tripulantes. Sobre o estado anterior do aparelho, o secretário informou que, antes do acidente, o avião tinha efectuado a rota Paris-Delhi-Ahmedabad sem incidentes. O número de mortos na tragédia do voo AI171 da Air India subiu para pelo menos 279.
Hoje Macau China / ÁsiaTeerão | Novas explosões ouvidas ontem na capital iraniana Novas explosões foram ontem ouvidas em Teerão, capital do Irão, no terceiro dia de um ataque israelita em grande escala contra a República Islâmica, avançou um jornalista da agência AFP no local. Os meios de comunicação social iranianos, Khabar Online e Ham Mihan, noticiaram que os sistemas de defesa aérea no oeste e noroeste de Teerão tinham sido activados “para contrariar novos ataques”, enquanto o diário iraniano Shargh transmitiu um vídeo que mostrava colunas de fumo no leste da capital. O exército israelita garantiu ter ontem atingido mais de 80 alvos em Teerão, em ataques aéreos nocturnos que envolveram “cerca de cinquenta caças”. “Durante toda a noite, os caças da Força Aérea sobrevoaram Teerão e atingiram infraestruturas e alvos do projeto nuclear iraniano”, segundo um comunicado militar, citado pela AFP. Israel atingiu “mais de 80 alvos, incluindo o Ministério da Defesa [e o que Israel descreve como] a sede do projecto nuclear [militar] iraniano [a Organização de Investigação e Inovação Defensiva, ou Sepand, segundo a sigla persa], bem como alvos onde o regime escondia arquivos nucleares”. Por sua vez, o governo iraniano anunciou ontem que o metro e as mesquitas de Teerão permanecerão abertos 24 horas por dia para que a população se refugie dos ataques israelitas, que retomaram ao meio-dia os bombardeamentos contra a capital iraniana. A porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, anunciou que “as mesquitas, as escolas e o metro estarão à disposição do público como abrigos”, quando os meios de comunicação social nacionais começaram a noticiar novos bombardeamentos israelitas nos bairros de Saadat Abad e Punak, no noroeste da capital. O portal iraniano Khabar Online noticiou que o Instituto de Investigação Niroo, na região noroeste de Teerão, foi atacado por Israel. Segundo a agência Young Journalists Club, próxima do governo iraniano, as defesas aéreas da cidade já foram activadas para repelir o ataque. Entre mortos e feridos A porta-voz do governo iraniano apelou à calma. “Os centros de serviços, como os bancos e os centros médicos, estão ao serviço do público e outros centros têm também a possibilidade de alguns funcionários trabalharem à distância”, explicou perante os meios de comunicação social, segundo a agência noticiosa oficial iraniana IRNA. A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de Junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis. Os ataques israelitas, efectuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e as centrais de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares. O Irão retaliou com centenas de mísseis direccionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.
Sérgio Fonseca China / ÁsiaFIA | Assembleias Gerais Extraordinárias em Macau As Assembleias Gerais Extraordinárias da Federação Internacional do Automóvel (FIA) realizaram-se em Macau na semana passada. Organizadas pelo clube membro da FIA na RAEM, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), com o apoio do Galaxy Entertainment Group, o evento decorreu tão bem que o órgão máximo que rege o automobilismo pretende regressar ao Galaxy International Convention Center em 2026 e 2027 A FIA é o órgão regulador do desporto automóvel a nível mundial e a federação das organizações de mobilidade a nível global. É uma organização sem fins lucrativos, dedicada a impulsionar a inovação e a defender a segurança, a sustentabilidade e a igualdade no desporto motorizado e na mobilidade. Fundada em 1904, com escritórios em Paris, Londres e Genebra, a FIA reúne 245 organizações membros em cinco continentes, representando milhões de utilizadores das estradas, além de profissionais e voluntários do desporto motorizado. Entre muitas outras funções, desenvolve e aplica regulamentos para o desporto motorizado, incluindo os sete campeonatos mundiais FIA. As Assembleias Gerais Extraordinárias da FIA decorrem no âmbito da Conferência Anual da federação internacional e costumam ter um carácter rotativo entre países. Contudo, após a excelente recepção deste ano no território, a organização com sede em Paris prepara-se para regressar a Macau novamente nos próximos dois anos. É possível ler no comunicado de imprensa da federação internacional que “após o sucesso da Conferência FIA de 2025, organizada em Macau pelo clube membro Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), com o apoio do Galaxy Entertainment Group, os membros da FIA votaram a favor de realizar as Assembleias Gerais Extraordinárias de 2026 e 2027 em Macau. Ficou igualmente decidido que a Conferência FIA de 2026 e 2027 terá lugar no Galaxy Macau.” Fixar metas No final da edição deste ano, o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, relembrou que “a nossa Conferência de meio do ano é uma oportunidade valiosa para interagir com os nossos clubes membros, celebrar os nossos sucessos e traçar objectivos para o futuro. É um momento para reforçar ligações e impulsionar a nossa estratégia com um novo dinamismo, continuando a cumprir os nossos compromissos.” O evento recebeu mais de 500 delegados séniores da FIA, nas áreas da mobilidade e do desporto, provenientes de 149 países, oferecendo a oportunidade de abordar iniciativas-chave em segurança rodoviária, mobilidade sustentável, crescimento regional do desporto e inovação no transporte. Igualmente durante o evento, em vésperas de eleições para a presidência, a FIA apresentou e aprovou as suas contas e o Relatório de Actividades de 2024, detalhando o sucesso da recuperação financeira da FIA durante a presidência de Mohammed Ben Sulayem. No início deste ano, a FIA anunciou que registou em 2024 um resultado operacional de 4,7 milhões de euros, cerca de 40,42 milhões de patacas, o seu melhor resultado financeiro desde 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaTransportes | Testado em linha real comboio de alta velocidade que pode atingir 400 km/h A China iniciou na semana passada os primeiros testes em linha real do novo comboio de alta velocidade CR450, totalmente desenvolvido no país e projectado para atingir uma velocidade operacional de 400 quilómetros por hora, noticiou sexta-feira a imprensa local. Os ensaios, com uma duração prevista de cerca de 15 dias, decorrem no troço Wuhan-Yichang da recém-construída linha Wuhan-Chongqing-Chengdu, na província central de Hubei, considerada adequada para validar o desempenho técnico sem interferir no tráfego ferroviário regular. O comboio partiu na quinta-feira da estação de Yichang Norte, tendo percorrido o trajecto a várias velocidades para recolher dados sobre aceleração, travagem, estabilidade e consumo energético, no âmbito do que é designado como “teste de tipo”. Embora a velocidade máxima em operação comercial seja de 400 km/h, o CR450 foi concebido para atingir até 450 km/h em condições de teste, numa tentativa de ultrapassar os actuais limites técnicos da rede de alta velocidade chinesa, fixados em 350 km/h. O CR450 representa uma evolução do modelo Fuxing, o primeiro comboio de alta velocidade totalmente desenvolvido na China sem recurso a tecnologia estrangeira. Integra um programa de inovação iniciado em 2018, apoiado pelo actual plano quinquenal de desenvolvimento do Governo chinês, que define as prioridades estratégicas e económicas do país a cinco anos. Entre os objectivos técnicos do projecto está a manutenção de níveis de consumo energético e ruído semelhantes aos dos modelos actualmente em operação, apesar do aumento de velocidade. Se os testes forem concluídos com sucesso, o novo comboio poderá entrar em serviço comercial a partir de 2026, segundo especialistas do Instituto de Ciências Ferroviárias da China.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Xi Jinping envia condolências à Índia pelas vítimas do acidente em Ahmedabad O Presidente da China, Xi Jinping, enviou sexta-feira mensagens de condolências à homóloga indiana, Droupadi Murmu, e ao primeiro-ministro, Narendra Modi, pelo acidente aéreo ocorrido em Ahmedabad, que causou pelo menos 279 mortos, incluindo sete cidadãos portugueses. “Estou profundamente entristecido ao saber do acidente do voo da Air India, que causou numerosas vítimas”, afirmou Xi, numa mensagem citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. Em nome do Governo e do povo chinês, o chefe de Estado expressou “as mais sentidas condolências” às famílias das vítimas mortais e desejou rápidas melhoras aos feridos. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, também enviou uma mensagem semelhante a Narendra Modi, associando-se às manifestações oficiais de solidariedade com o Governo e o povo da Índia. Durante uma conferência de imprensa realizada sexta-feira em Pequim, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Lin Jian revelou ainda que Xi Jinping endereçou mensagens de condolências ao rei Carlos III e que Li Qiang fez o mesmo com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, dada a presença de cidadãos britânicos entre as vítimas. A aeronave, um Boeing 787 com destino a Londres, despenhou-se pouco depois de descolar da cidade indiana de Ahmedabad, na manhã de quinta-feira. O acidente, já considerado uma das piores tragédias aéreas da história recente da Índia, provocou 268 mortos, incluindo várias pessoas em terra, e apenas um sobrevivente. Segundo as autoridades indianas, o avião perdeu potência pouco depois da descolagem e embateu num complexo residencial, provocando uma grande explosão alimentada pelo combustível a bordo. O avião transportava 230 passageiros — 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano — e 12 tripulantes.
Hoje Macau China / ÁsiaIrão | China condena e pede fim dos ataques de Israel Israel continua a levar a guerra ao Médio-Oriente. Depois do genocídio em curso em Gaza, e de ataques ao Líbano e à Síria, o governo radical de Netanyahu volta-se agora para o Irão A China condenou sexta-feira os ataques israelitas contra o Irão e apelou a Israel para que pare a actividade militar contra a República Islâmica durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. “Aumentar as tensões na região não beneficiará ninguém e apelamos a Israel para que pare os ataques ao Irão”, disse o embaixador da China junto do Conselho de Segurança, Fu Kong, citado pela agência noticiosa oficial iraniana IRNA. O representante permanente da China nas Nações Unidas afirmou que Israel “causou massacres no Irão e danificou instalações nucleares no país”. Fu referia-se aos ataques lançados por Israel contra instalações militares e nucleares no Irão que causaram pelo menos 78 mortos e 320 feridos, segundo as autoridades de Teerão. Nos ataques, segundo a IRNA, morreram o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Mohammad Bagheri, o comandante do Quartel-General Central de Khatam-al Anbiya, major-general Gholam Ali Rashid, e o comandante dos Guardas da Revolução, major-general Hossein Salami. Também foram mortos o físico Mohammad Tehranchi e o cientista nuclear Fereydoon Abbasi, além de civis. “De acordo com as autoridades israelitas, estes ataques vão continuar. A China condena estas acções que violam a segurança e a integridade territorial do Irão”, afirmou o diplomata chinês. Fu advertiu que os ataques “terão consequências graves”, que não especificou, e que o agravamento das tensões na região “não beneficiará ninguém”. “Apelamos a Israel para que ponha termo aos ataques e para que todas as partes respeitem o direito internacional”, insistiu. Contra escalada Fu Kong disse que a China estava “muito preocupada” com os efeitos directos dos ataques no processo diplomático do Irão. “A China sempre apoiou a diplomacia e opôs-se a acções unilaterais”, afirmou. Fu defendeu ainda o respeito pelo direito do Irão, enquanto signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, de utilizar a tecnologia nuclear para fins pacíficos. “Há muito tempo que se verificam conflitos no Médio Oriente e a situação continua crítica. A comunidade internacional deve procurar obter um cessar-fogo em Gaza, uma desescalada na região e a prevenção da escalada das tensões e dos conflitos”, afirmou. Fu Kong apelou aos “países com influência sobre Israel”, numa alusão aos Estados Unidos, para que desempenhem “um papel construtivo”. “O Conselho de Segurança [da ONU] deve desempenhar o papel de guardião da paz”, acrescentou, segundo a agência iraquiana. Na sequência dos ataques israelitas, o Irão lançou centenas de mísseis e ‘drones’ contra Israel.
Hoje Macau China / ÁsiaVaticano | Pequim diz que acordo sobre bispos foi aplicado sem contratempos A China afirmou ontem que o acordo provisório com o Vaticano sobre a nomeação de bispos “tem sido implementado sem contratempos”, após o nomeação de Joseph Lin Yuntuan como bispo auxiliar da cidade de Fuzhou, no sudeste do país. “Nos últimos anos, a China e o Vaticano mantiveram uma comunicação fluida e reforçaram a confiança mútua através de um diálogo construtivo”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa, em Pequim. O responsável salientou que ambas as partes têm cooperado na implementação do acordo provisório assinado em 2018 — e renovado já por duas vezes — que prevê a consensualização da nomeação de bispos na China, uma matéria historicamente sensível para os dois Estados. “A China está disposta a trabalhar com o Vaticano para continuar a promover o progresso das relações”, acrescentou Lin. O Vaticano confirmou na quarta-feira que o Papa Leão XIV nomeou Joseph Lin como bispo auxiliar da diocese de Fuzhou em 05 de Junho, no âmbito do referido acordo, e que a nomeação foi formalizada após o reconhecimento civil por parte das autoridades chinesas. O pacto bilateral permite a escolha conjunta dos bispos — uma competência tradicionalmente reservada ao Papa — mas que Pequim considerava uma ingerência nos assuntos internos do país. A nomeação de Lin — que foi ordenado bispo em 2017 como membro da chamada Igreja clandestina, fiel a Roma — representa um novo passo na complexa relação entre os dois Estados, que não mantêm laços diplomáticos desde 1951. Desde a assinatura do acordo, já foram realizadas cerca de uma dezena de nomeações episcopais na China, com diferentes níveis de coordenação entre as partes.
Hoje Macau China / ÁsiaAlibaba | Jack Ma defende reestruturação e aposta na IA O fundador da Alibaba, Jack Ma, reafirmou ontem a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio electrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares em inteligência artificial (IA). Numa mensagem interna para os funcionários e divulgada ontem pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Jack Ma respondeu a uma carta de demissão de um funcionário com 15 anos de casa, que apontou “falhas em aquisições, estratégias pouco claras, contratações questionáveis e avaliações de desempenho injustas”. Aos 60 anos e afastado das funções executivas desde 2019, Ma sublinhou que a empresa está a evoluir para uma estrutura “mais ágil e centrada no cliente”, na sequência da reorganização iniciada em 2023, que dividiu a Alibaba em seis unidades independentes. Considerado ainda o “líder espiritual” do grupo, o empresário defendeu que a IA constitui um eixo estratégico fundamental e que a Alibaba deve liderar o desenvolvimento tecnológico para “manter a sua relevância no mercado global”. A intervenção de Ma procura também reforçar a confiança dos cerca de 250 mil trabalhadores da empresa, numa altura em que a Alibaba enfrenta a concorrência crescente da PDD Holdings, operadora da plataforma rival Pinduoduo, que registou um crescimento de receitas de 94 por cento em 2023, contra os 9 por cento da Alibaba. No trimestre encerrado a 31 de Março, a Alibaba anunciou um aumento de 7 por cento nas receitas, para 236,5 mil milhões de yuan, e um lucro líquido de 12,4 mil milhões de yuan, o que representa uma subida de 279 por cento face ao período homólogo. A unidade Cloud Intelligence Group, pilar da estratégia de IA do grupo, registou um crescimento de 18 por cento nas receitas, que atingiram os 30,1 mil milhões de yuan.
Hoje Macau China / ÁsiaAir India | Avião despenhou-se sobre edifícios com 242 pessoas a bordo O avião que se despenhou ontem em Ahmedabad, oeste da Índia, era da Air India e transportava 242 pessoas num voo para Londres, noticiou a agência de notícias indiana Press Trust of India (PTI). Sete portugueses seguiam a bordo. “O voo AI171, que operava Ahmedabad-Londres Gatwick, esteve envolvido num incidente hoje (ontem), 12 de Junho de 2025”, anunciou a companhia aérea, segundo a PTI. O avião, um Boeing 787, caiu numa localidade perto do aeroporto de Ahmedabad, pouco depois de descolar, segundo a polícia. À hora do fecho desta edição, estavam confirmados pelo menos 290 mortos, entre passageiros e habitantes dos edifícios sobre os quais o avião se despenhou, havendo apenas um sobrevivente. As imagens dos canais de televisão locais mostraram fumo a sair do local do acidente, perto do aeroporto de Ahmedabad. O avião despenhou-se numa zona residencial chamada Meghani Nagar, cinco minutos depois de descolar, às 13:38 locais, disse o director-geral da aviação civil, Faiz Ahmed Kidwai, à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Seguiam a bordo 230 passageiros, sete dos quais portugueses que se supõe com dupla nacionalidade, e 12 membros da tripulação, e as equipas de emergência foram activadas no aeroporto, disse Kidwai. O 787 Dreamliner é um avião bimotor de grande porte. Em choque É o primeiro acidente de sempre de um Boeing 787, de acordo com a base de dados da Aviation Safety Network, acrescentou a AP. O ministro da Aviação indiano, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, disse estar “chocado e consternado”, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). “Os serviços de salvamento estão a ser mobilizados e estão a ser envidados todos os esforços para garantir que as equipas médicas (…) sejam enviadas rapidamente para o local”, disse o ministro num comunicado. Acrescentou que rezava por “todas as pessoas a bordo e as suas famílias”. O anterior acidente aéreo no país ocorreu em 2010, quando um voo da Air India proveniente do Dubai se despenhou ao aterrar em Mangalor, no sul da Índia, matando 158 pessoas. Em 1996, o voo 763 da Saudi Arabian Airlines colidiu em pleno ar com o voo 1907 da Kazakhstan Airlines perto de Nova Deli. Todas as 349 pessoas a bordo dos dois aviões morreram, tornando-se a colisão aérea mais mortífera da história, segundo a AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaChina “prudentemente optimista” após negociação comercial com EUA Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês mostrou-se ontem “prudentemente optimista”, após uma reunião entre equipas comerciais da China e dos Estados Unidos, sublinhando que, apesar das “boas indicações”, Pequim “aguarda para ver”. “É necessário ser prudentemente optimista. O resultado da reunião deixou boas indicações e tudo aponta para que se tenha ultrapassado o ponto mais crítico da guerra tarifária”, assinalou o Global Times, em editorial, destacando que “a evolução da situação dependerá dos detalhes” e “da implementação do próprio acordo”. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira, na sua rede social Truth Social, que, no âmbito do novo pacto, os EUA imporão uma tarifa de 55 por cento sobre produtos chineses, enquanto Pequim manterá uma taxa de 10 por cento sobre bens norte-americanos. Até ao momento, a China não confirmou estes números nem outros pormenores do acordo alcançado em Londres, que ainda necessita da aprovação final tanto de Trump como do líder chinês, Xi Jinping. Pequim também não confirmou se, tal como referido por Trump, o pacto inclui a aprovação de vistos para estudantes chineses matriculados em universidades norte-americanas, nem o fornecimento a Washington de minerais raros essenciais para a indústria. O Global Times destacou que o “quadro de trabalho” acordado deverá ser suficiente para “resolver os problemas económicos e comerciais” surgidos nas últimas semanas, salientando que “é crucial que os Estados Unidos demonstrem sinceridade”. Abusos e pragmatismo “Os EUA abusaram unilateralmente das tarifas sobre a China, conduzindo à situação difícil actual; por outro lado, faltaram repetidamente à palavra e até aumentaram a pressão após terem alcançado um consenso preliminar”, acrescentou o jornal. O mesmo órgão referiu que a China tem sido sincera e que a parte norte-americana deve “mostrar integridade”, “cumprir o consenso” e “salvaguardar em conjunto os resultados do diálogo, obtidos com tanto esforço”. “Espera-se que os EUA adoptem uma postura pragmática e levantem as suas medidas negativas contra a China”, concluiu. As conversações visaram reduzir as tensões entre as duas potências, que se têm acusado mutuamente de violar o acordo alcançado em Genebra, em Maio, após uma escalada na guerra comercial. Naquele encontro, os dois países acordaram um pacto temporário de 90 dias, pelo qual a China reduziria as tarifas sobre produtos norte-americanos de 125 por cento para 10 por cento, enquanto os EUA diminuiriam as suas tarifas sobre bens chineses de 145 por cento para 30 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e África pedem aos EUA que resolvam disputas comerciais sem coerção A China, 53 países africanos e a União Africana pediram ontem à comunidade internacional, em particular aos Estados Unidos, para que resolvam disputas comerciais com diálogo baseado no “respeito e reciprocidade”, rejeitando o unilateralismo e medidas económicas coercivas. “Perante as tentativas de certos países de perturbar a ordem económica e comercial internacional existente através de tarifas, prejudicando os interesses comuns da comunidade internacional, pedimos a todos os países – especialmente os Estados Unidos – que regressem ao caminho correcto de resolver disputas comerciais através de consultas baseadas em igualdade, respeito e reciprocidade”, refere-se na declaração emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. O comunicado foi divulgado no final da reunião de acompanhamento do Fórum de Cooperação China África (FOCAC), realizada na cidade central chinesa de Changsha, onde foi discutida a aplicação dos acordos da última reunião de Pequim, em 2024. Os signatários denunciaram que o uso de tarifas e outras barreiras está “a perturbar a ordem económica e comercial internacional existente” e alertaram que “nenhum país deve fazer concessões ou acordos às custas dos interesses de outros”. Mais ajuda Nesse contexto, pediram que a comunidade internacional “aumente substancialmente – e não reduza drasticamente – a ajuda ao desenvolvimento da África”, com o objectivo de melhorar os meios de subsistência, reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento económico e social no continente. Como parte dos seus compromissos, a China anunciou isenções tarifárias totais para produtos tributáveis dos 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas – excepto Esuatini , bem como novas medidas para facilitar o acesso de produtos africanos ao seu mercado. Na reunião, foi apresentada uma lista detalhada do estado dos acordos de Pequim e foi lançado o programa comercial China-África programado para 2026. Paralelamente, Pequim reafirmou a sua disponibilidade para cooperar com a África em sectores como indústria verde, comércio electrónico, inteligência artificial, segurança e governança, no contexto de uma relação económica que ganhou peso. Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, o comércio bilateral superou os 2,1 triliões de yuans (255,7 biliões de euros) em 2024, enquanto nos primeiros cinco meses de 2025 cresceu 12,4 por cento em relação ao ano anterior, até 963,21 biliões de yuans (117,29 biliões de euros).
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Ex-líder taiwanês Ma Ying-jeou visita China O ex-líder de Taiwan Ma Ying-jeou visita esta semana Xiamen, sudeste da China, para participar no Fórum do Estreito, evento organizado pelo Partido Comunista Chinês (PCC), informou ontem a agência de notícias taiwanesa CNA. O director executivo da Fundação Ma Ying-jeou, Hsiao Hsu-tsen, explicou que o ex-líder da ilha (2008-2016) acompanha um grupo de estudantes, entre 14 a 27 de Junho, naquela que será a quarta viagem à China desde que deixou o cargo, de acordo com um comunicado divulgado pela CNA. Durante a visita, Ma e o resto da delegação vão participar na 17.ª edição do Fórum do Estreito, além de viajarem ainda até à província noroeste de Gansu, para visitar os vestígios da antiga Rota da Seda, entre outras actividades de caráter cultural. Hsiao, que não antecipou possíveis reuniões entre o ex-líder taiwanês e altos funcionários do PCC, indicou que a situação actual entre os dois lados do Estreito “é mais grave do que nunca” e, por isso, manter o diálogo entre ambas as partes é “ainda mais necessário”. “Ma Ying-jeou está disposto a tomar medidas concretas e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover o intercâmbio entre ambos os lados, construir pontes de paz e transmitir o desejo de intercâmbio que existe na sociedade civil de ambos os lados”, referiu o director executivo da fundação, ainda segundo a nota. A China e Taiwan passaram por um momento de aproximação durante a liderança de Ma, a ponto de o líder ter mantido um encontro histórico em Singapura com o homólogo chinês, Xi Jinping, no final de 2015, o primeiro entre líderes dos dois lados do estreito em mais de 60 anos. Ma e Xi voltaram a reunir-se em Abril do ano passado em Pequim e, nessa ocasião, o Presidente chinês insistiu que “não há forças que possam separar Taiwan da China”.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Anfíbio AG600 com certificação para iniciar produção em série O AG600, considerado o maior avião anfíbio do mundo, recebeu ontem o certificado para a sua produção, anunciou a Corporação da Indústria de Aviação da China (AVIC), em comunicado. O AG600, também o primeiro avião anfíbio de grande porte construído na China, tem 39,6 metros de comprimento e 38,8 metros de envergadura – dimensões semelhantes às de um Boeing 737 –, e um peso máximo de 53,5 toneladas. A AVIC, uma das construtoras estatais de aviões do país, indicou que o certificado marca “o início da fase de produção em massa” do AG600. A aeronave, projectada principalmente para missões de salvamento marítimo e combate a incêndios, completou em Abril passado a certificação de aeronavegabilidade, após acumular mais de 3.500 horas de voo, acrescentou a AVIC. Os testes de voo foram realizados em condições diversas, incluindo ambientes de frio extremo, altas temperaturas e humidade, bem como ventos fortes, para verificar as capacidades operacionais do aparelho. O AG600 é o maior avião anfíbio actualmente em operação, comparável em escala a aeronaves de fuselagem estreita como o Boeing 737 ou o Airbus A320. O primeiro voo do avião ocorreu a 24 de Dezembro de 2017, seguido de outro voo bem-sucedido em 2018. Em Junho de 2024, a China iniciou a produção em pequena escala do aparelho.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil e Moçambique sobem em índice chinês de infraestruturas O Brasil subiu ao quarto lugar num índice chinês para a construção de infraestruturas a nível mundial, enquanto Moçambique ultrapassou Angola, de acordo com um relatório ontem divulgado em Macau. No ‘ranking’ de 2025 do Índice de Desenvolvimento de Infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Malásia, o Brasil é o país lusófono com melhor pontuação, tendo apanhado o Vietname na quarta posição. Esta iniciativa, anunciada pelo líder chinês, Xi Jinping, em 2013, envolve mais de 80 países no plano estratégico internacional de Pequim de desenvolver ligações marítimas, rodoviárias e ferroviárias, mas também investimento em recursos energéticos. O Brasil “tem continuado a melhorar as políticas fiscais e tributárias e a avançar nas estratégias industriais, o que leva a melhorias sustentadas no ambiente de negócios e a um aumento constante do dinamismo”, refere o relatório. Moçambique subiu do 38.º para o 34.º lugar do índice, com o país a “demonstrar melhorias notáveis” e a ultrapassar Angola, que caiu da 20.ª para a 35.ª posição, de acordo com o documento. Ajustes na política monetária de Moçambique e revisões na lei de investimento “promoveram um ambiente de negócios mais favorável, permitindo um progresso sem sobressaltos em projetos importantes”, explicou o relatório. Mundo português Segue-se, entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Guiné Equatorial (56.º lugar), Portugal (62.º), Timor-Leste (67.º), Cabo Verde (70.º), São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau (ambos no 73.º). O índice avalia o ambiente, a procura, a receptividade e os custos para o desenvolvimento de infraestruturas em 84 países. Quanto mais alta for a pontuação, melhor será a perspectiva da indústria de infraestruturas de um país e maior será o grau de atractividade para as empresas se empenharem no investimento, construção e operações nesta área naqueles territórios. No caso de Portugal, o relatório destacou as contas públicas positivas e reservas cambiais estáveis, “reforçando a capacidade de pagamento externo do país”, nomeadamente para investir em infraestruturas. Além disso, o relatório sublinhou que Portugal atingiu um recorde na produção de energia renovável, que representou 71 por cento do consumo nacional de electricidade em 2024. O documento foi apresentado no 16.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, que está a decorrer em Macau até quinta-feira, reunindo representantes de mais de 70 países e regiões.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Lagarde diz em Pequim que é necessário “agir” para evitar novas tensões comerciais A líder do BCE está em Pequim, onde apelou a uma cooperação activa contra a fragmentação global e as “as políticas comerciais coercivas” A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, defendeu ontem em Pequim que “as políticas comerciais coercivas não resolvem os desequilíbrios” globais e apelou à acção para evitar uma “escalada de tensões mutuamente prejudicial”. Lagarde encontra-se na capital chinesa para reuniões com o Banco Popular da China (banco central), segundo anunciou na terça-feira, através da rede social X. A responsável destacou num discurso as crescentes dificuldades à cooperação internacional num cenário de “tensões comerciais” e “complexidade geopolítica”. “Os ajustamentos unilaterais para resolver fricções globais revelaram-se frequentemente insuficientes ao longo da história”, afirmou Lagarde, sublinhando que estas medidas podem gerar “consequências imprevisíveis ou onerosas”, sobretudo quando substituem políticas estruturais destinadas a lidar com as causas profundas dos desequilíbrios. A presidente do BCE alertou para o aumento das fricções entre regiões com interesses geopolíticos desalinhados, num contexto em que essas mesmas regiões “estão mais integradas economicamente do que nunca”. “O incentivo à cooperação está a enfraquecer, mas os custos da não-cooperação aumentaram”, advertiu. Num mundo em processo de fragmentação, após décadas de globalização que não garantiu a todos os países as mesmas condições, Lagarde defendeu que a cooperação deve ser preservada. “Alguns países de baixo rendimento registaram avanços notáveis – nenhum mais do que a China”, salientou. “As economias avançadas também beneficiaram, ainda que de forma desigual”, notou, recordando que os consumidores obtiveram preços mais baixos e que muitas empresas europeias colheram ganhos substanciais ao subir na cadeia de valor. Proteccionismo destrutivo Contudo, Lagarde sublinhou que o cenário actual é marcado por “níveis tarifários inimagináveis há poucos anos”, impulsionados por um “realinhamento geopolítico” e pela percepção crescente de “injustiças no comércio internacional”. A presidente do BCE considerou que excedentes e défices não são problemáticos por si só, quando reflectem factores como a vantagem comparativa ou a evolução demográfica. “Tornam-se polémicos quando não são corrigidos ao longo do tempo e se atribuem a decisões políticas”, apontou. “Poucos países estão dispostos a manter dependência de outros”, reconheceu, ressalvando que isso “não significa abdicar dos benefícios mais amplos do comércio”. Para Lagarde, o proteccionismo não constitui uma solução sustentável: “as políticas comerciais coercivas não resolvem os desequilíbrios estruturais, apenas corroem os alicerces da prosperidade global”. A responsável apelou a soluções “cooperativas”, que envolvam ajustamentos das políticas macroeconómicas tanto por parte de países com excedente como dos que registam défices, e defendeu uma transição para uma economia global “mais sustentável e assente em regras comuns – ou melhoradas”. Banca de acordo O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco Popular da China (banco central) assinaram ontem um memorando de entendimento para cooperar na área da banca central. O BCE informou que a assinatura do memorando ocorre por ocasião da visita a Pequim da sua presidente, Christine Lagarde, onde se reuniu com o governador do Banco Popular da China, Pan Gongsheng. Este memorando de entendimento, que actualiza o assinado em 2008, inclui a base para o intercâmbio de informações, diálogo e cooperação entre as duas instituições regularmente. “É importante que mantenhamos a cooperação global e estou muito satisfeita por assinar este memorando de entendimento com o governador Pan como sinal do nosso diálogo contínuo com o Banco Popular da China”, disse Lagarde.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresa chinesa constrói acessos a Inhambane e porto da Beira O ministro dos Transportes e Logística moçambicano, João Jorge Matlombe, disse ontem à Lusa que Moçambique irá assinar contratos com uma empresa chinesa para construir estradas de acesso a Inhambá e ao porto da Beira. Matlombe explicou que irá assinar hoje os contratos, um envolvendo “financiamento directo” e outro uma parceria público-privada (PPP), com o grupo estatal China Road and Bridge Corporation (CRBC). A CRBC vai construir uma estrada com quase 78 quilómetros para melhorar o acesso à província de Inhambane, no sul de Moçambique, que o ministro descreveu como “uma zona turística importante”. Matlombe assumiu que o custo do projecto “vai mesmo ser assumido pelo próprio Estado”, uma vez que “não tem demanda que justifique uma PPP ou um investimento directo privado”. Pelo contrário, o dirigente defendeu que, de acordo com um estudo já realizado”, a estrada de ligação ao porto da Beira, “do ponto de vista do modelo de negócios, permite que qualquer investidor recupere o seu investimento”. O ministro sublinhou que o porto da Beira “é um dos maiores da zona sul do país” e que o novo acesso será “um corredor alternativo” que irá facilitar, por exemplo, “a saída dos camiões do porto” para o vizinho Zimbabué. Encontros em Macau O ministro falava à margem de uma sessão do 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que está a decorrer até quinta-feira em Macau. Matlombe revelou que já tem pelo menos cinco encontros marcados em Macau com membros do Governo de Botsuana, Angola, Cabo Verde e República Democrática do Congo (RDCongo). Em cima da mesa vai estar o corredor logístico na zona norte, que liga Maláui, Zâmbia e RDCongo, para “capitalizar a utilização do porto de Nacala”, referiu o dirigente. Matlombe revelou que o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos moçambicano, Fernando Rafael, também viajou para a região. O responsável pela tutela dos Transportes e Logística disse que, durante a estadia em Macau, o colega de Governo “também vai assinar alguns acordos para o programa de massificação da habitação social para os jovens”.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Prolongado até Dezembro inquérito ‘antidumping’ sobre carne de porco europeia O Ministério do Comércio da China anunciou ontem que vai prolongar até Dezembro a investigação por concorrência desleal às importações de determinados produtos de carne de porco provenientes da União Europeia (UE), iniciada em Junho de 2024. Em comunicado publicado no seu portal oficial, o ministério justificou a extensão da investigação “atendendo à complexidade do caso”, fixando como novo prazo 16 de Dezembro. O inquérito, lançado em 17 de Junho de 2024, tinha inicialmente uma duração prevista de um ano, com a possibilidade de extensão “em circunstâncias especiais”, como já havia sido sinalizado na altura. A investigação incide sobre carne de porco e miudezas, tanto refrigeradas como congeladas, bem como gordura e derivados, com origem na UE. Pequim iniciou esta medida como retaliação às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre veículos eléctricos fabricados na China, alegando que os subsídios estatais recebidos por este sector criam distorções na concorrência face às marcas europeias. Apesar das tensões, nos últimos meses registou-se uma ligeira aproximação entre a China e a UE, nomeadamente após o impacto da guerra comercial iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, que visitou a China em Março, afirmou recentemente que Bruxelas e Pequim “partilham interesses mútuos significativos na resolução dos desafios bilaterais e globais” e sublinhou que é “igualmente importante enfrentar as divergências”. Segundo o responsável europeu, as duas partes estão “a trabalhar arduamente” para alcançar avanços antes da cimeira bilateral agendada para Julho, na China, ocasião em que se celebrará o 50.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Pequim e Bruxelas.
Hoje Macau China / ÁsiaQuénia | País estuda com a China investimento na criação de fábricas de vacinas Quénia e China iniciaram conversações para a criação de centros de produção de vacinas e medicamentos no país africano, um projecto avaliado em 500 milhões de dólares, informaram segunda-feira as autoridades quenianas. O ministro da Saúde queniano, Aden Duale, realizou segunda-feira uma “reunião estratégica” com uma delegação chinesa liderada pela embaixadora do país asiático no Quénia, Guo Haiyan, para discutir o estabelecimento de centros locais de produção de vacinas e produtos farmacêuticos com tecnologia chinesa, afirmou o ministério da Saúde do Quénia em comunicado. A iniciativa visa “fortalecer as cadeias de abastecimento do Quénia, reduzir a dependência das importações, criar emprego de acordo com a agenda de desenvolvimento do Governo” e posicionar o Quénia como líder continental no processo de fabrico de produtos sanitários, uma visão que se espera que se torne realidade até 2028 com o apoio do Governo chinês, explicou o departamento de Duale. O ministro queniano também acolheu com satisfação a oferta da China de 500 bolsas de estudo e 20 programas anuais de intercâmbio, considerando-a um investimento fundamental para a futura liderança do Quénia nesse sector.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Estudantes chineses enfrentam incertezas sobre estudar no país Apesar das afirmações de Trump de que os EUA “adoram receber estudantes chineses”, o número de recusas de vistos a jovens chineses é cada vez maior He Qixuan, uma estudante de Xangai, exultava de alegria quando na última sexta-feira atendeu o telefonema da Lusa e contou que o seu visto para estudar nos Estados Unidos tinha sido aprovado. “Vou festejar! É o primeiro passo para estudar no estrangeiro!”, disse à Lusa a jovem candidata ao mestrado em Estudos dos Media Emergentes na Universidade de Boston, depois de uma entrevista no consulado dos Estados Unidos em Xangai, onde, como ela, na mesma fila, quase 200 candidatos que aguardavam entrevistas receberam aprovação. Se a cena parece ilustrar o compromisso assumido pelo Presidente norte-americano na conversa telefónica com o homólogo chinês, Xi Jinping, na passada quinta-feira – e dar corpo à afirmação de Donald Trump de que os EUA “adoram receber estudantes chineses” -, os sinais de Washington sobre o tema são mais do que contraditórios, na perspectiva de diversas fontes chinesas em declarações à Lusa. A agência Yi Si, sediada em Guangzhou, especializada no apoio de estudantes chineses que pretendem estudar no estrangeiro, dá conta da crescente preocupação com a rejeição de vistos entre os candidatos que recorrem aos seus serviços. “Tenho dois estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau a quem foram negados os vistos para estudarem nos Estados Unidos já por três vezes”, disse à Lusa o director da agência, Christ Feng, observando que o consulado dos EUA “não forneceu quaisquer razões” para as rejeições. “Durante a anterior presidência de Trump, eram os estudantes de informática os que enfrentavam as taxas de rejeição mais elevadas, mas agora os candidatos de todas as especialidades correm o risco de ser recusados”, acrescentou Feng. Recusas agressivas Xiangning Wu, uma professora associada do Departamento de Governo e Políticas Públicas da Universidade de Macau, disse à Lusa que, nos últimos anos, o número de alunos seus que estudam nos Estados Unidos “tem vindo a diminuir”, devido ao “aumento das propinas” e a “razões de segurança”. Wu referiu ainda que as recusas de visto têm visado maioritariamente os estudantes de ciências e engenharia, o que tem feito com que estes alunos acabem por fazer as especializações em Hong Kong e Singapura. As descrições parecem encontrar ressonância no que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou em comunicado na véspera do telefonema entre Trump e Xi na semana passada. Segundo o comunicado do Departamento de Estado, os Estados Unidos vão começar a “revogar agressivamente” os vistos concedidos aos estudantes chineses, e a medida terá como foco principal os estudantes com ligações ao Partido Comunista Chinês (PCC) e os que se encontrem nos Estados Unidos a estudar em áreas sensíveis. “Sob a liderança do Presidente Trump, o Departamento de Estado trabalhará com o Departamento de Segurança Interna para revogar agressivamente os vistos concedidos a estudantes chineses, incluindo aqueles com ligações ao Partido Comunista Chinês ou estudando em áreas críticas”, informou Rubio. “Também vamos rever os critérios de concessão de vistos para aumentar o escrutínio de todos os futuros pedidos de visto da República Popular da China e de Hong Kong”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano. Apoios caseiros Esta determinação foi escutada com a devida atenção na China. A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) em Macau disse à Lusa que está a preparar-se para “assistir” cerca de 200 estudantes da região administrativa especial chinesa a estudar nos Estados Unidos, assim como outros que aí pretendam prosseguir os estudos. “A DSEDJ comunicou com instituições terceiras em Macau e solicitou-lhes que estejam atentas aos últimos desenvolvimentos e prestem a necessária facilitação e assistência aos estudantes que se encontram nos Estados Unidos, ou que pretendem estudar nos Estados Unidos, com o objectivo de se transferirem para outros países”, indicou a instituição em comunicado enviado à Lusa. No ano lectivo de 2022/2023, o número total de estudantes chineses nos Estados Unidos era de 289.526, representando aproximadamente 27,4 por cento do número total de estudantes internacionais dos EUA, e encabeçando a lista pelo 14.º ano consecutivo, de acordo com o relatório Portas Abertas, financiado pelo Departamento de Estado norte-americano. Jing Wu, Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Porta-aviões chinês entrou em águas do Japão O Ministério da Defesa do Japão revelou ontem que um porta-aviões chinês e restante frota entraram em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) japonesa, no passado sábado, numa altura de tensões na relação entre os dois países. De acordo com o ministério japonês da Defesa, o porta-aviões Liaoning, dois contratorpedeiros de mísseis guiados e um navio de reabastecimento rápido navegaram a cerca de 300 quilómetros do ponto mais oriental do Japão, a ilha Minamitori, no sábado. De acordo com um comunicado, depois de o Liaoning e os navios que o acompanhavam terem deixado a ZEE japonesa, realizaram no domingo exercícios de descolagem e aterragem de caças e helicópteros. O ministério da Defesa japonês disse que destacou um navio para a zona, de forma a acompanhar a situação. Esta foi a primeira vez que um porta-aviões chinês entrou nesta parte da ZEE do Japão no Oceano Pacífico, disse um porta-voz do ministério à agência de notícias France-Presse. “Acreditamos que os militares chineses estão a tentar melhorar as suas capacidades operacionais e a sua capacidade de conduzir operações em áreas remotas”, acrescentou. A crescente presença militar da China e a utilização de meios navais e aéreos para reivindicar territórios disputados estão a preocupar os Estados Unidos e os seus aliados na região da Ásia-Pacífico. O porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, afirmou ontem numa conferência de imprensa que o Governo japonês “transmitiu uma mensagem apropriada à parte chinesa”, sem especificar se tinha apresentado um protesto formal.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Executivo mantém ligação ao dólar norte-americano O Chefe do Executivo de Hong Kong garantiu, num excerto de uma entrevista divulgado ontem, que vai manter a moeda local ligada ao dólar norte-americano, apesar da guerra comercial entre Washington e Pequim. Em entrevista ao diário de Hong Kong South China Morning Post, John Lee Ka-chiu disse que a indexação do dólar local à moeda dos Estados Unidos tem sido “um dos factores fundamentais para o sucesso” da região. Desde 1983, ainda antes da transição de administração do Reino Unido para a China, que o dólar de Hong Kong está ligado exclusivamente à moeda norte-americana, podendo flutuar numa faixa entre 7,75 e 7,85 unidades por dólar. Algo que também significa que o regulador financeiro do território, a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA, na sigla em inglês), segue as subidas e descidas da taxa de juro de referência impostas pela Reserva Federal dos Estados Unidos. Em Maio, a HKMA teve de intervir por várias vezes no mercado, comprando um total de 16,7 mil milhões de dólares norte-americanos para enfraquecer a moeda local. Isto depois do dólar de Hong Kong ter atingido o limite superior da faixa de flutuação, devido à valorização das moedas asiáticas e ao aumento do investimento em acções listadas na bolsa da cidade. Além de investidores estrangeiros, também os investidores da China continental têm comprado mais acções locais, em parte graças a um mecanismo, lançado em 2014, que liga as bolsas de Hong Kong e de Xangai, a ‘capital financeira’ chinesa. Numa entrevista realizada a propósito do terceiro aniversário da sua administração, John Lee negou que o sistema financeiro dependa unicamente da ligação ao dólar dos Estados Unidos. O Chefe do Executivo prometeu criar mais produtos financeiros para reforçar o papel de Hong Kong como o maior centro mundial para negócios na moeda da China continental, o renminbi.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Regista deflação pelo quarto mês consecutivo em Maio O índice de preços no consumidor (IPC), o principal indicador da inflação na China, caiu pelo quarto mês consecutivo em maio, descendo 0,1 por cento em termos homólogos, o mesmo valor registado em Abril e Março. Ainda assim, o indicador, divulgado ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (NBS, na sigla em inglês) do país asiático, sofreu uma queda menos acentuada do que as previsões da maioria dos analistas, que esperavam uma descida de 0,2 por cento. Por outro lado, os analistas esperavam que os preços se mantivessem ao mesmo nível de Abril, mas a tendência mensal em Maio também foi negativa: os preços no consumidor caíram 0,2 por cento face ao quarto mês de 2025. O risco de deflação na China, a segunda maior economia do mundo, agravou-se no último ano, suscitado por uma profunda crise imobiliária, que afectou o investimento e o consumo. A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente perigoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Dong Lijuan, estatístico do NBS, preferiu sublinhar que a inflação subjacente – uma medida que elimina o efeito dos preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade – subiu 0,6 por cento, em termos homólogos. “O IPC passou de alta para queda na comparação mensal, principalmente devido à queda dos preços da energia”, explicou o especialista, que insistiu que “as políticas de aumento do consumo continuam a ser eficazes, dado que os preços em algumas áreas apresentaram variações positivas”. As autoridades da China têm sublinhado repetidamente nos últimos meses que impulsionar a fraca procura interna é uma das principais prioridades económicas para 2025, que tem sido marcado pela guerra comercial com os EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações sobem menos do que esperado sob efeito da guerra comercial As exportações da China aumentaram menos do que o esperado em Maio, de acordo com estatísticas oficiais reveladas ontem, repercutindo a diminuição do volume de mercadorias enviadas para os EUA em plena guerra comercial. De acordo com as alfândegas chinesas, as exportações aumentaram 4,8 por cento em termos homólogos no mês passado. O valor ficou abaixo das previsões dos economistas inquiridos pela agência de notícias financeiras Bloomberg, que esperavam um crescimento de 6 por cento. Depois de Genebra em Maio, norte-americanos e chineses iniciaram ontem uma nova ronda de conversações em Londres, com o objectivo de prolongar a trégua comercial e chegar a um acordo duradouro sobre a redução das sobretaxas aduaneiras impostas reciprocamente. As exportações chinesas para os Estados Unidos totalizaram 28,8 mil milhões de dólares em Maio, contra 33 mil milhões de dólares em Abril, registo equivalente a uma queda de 12,7 por cento. Em contrapartida, as exportações chinesas para o Vietname aumentaram ligeiramente em Maio, atingindo 17,3 mil milhões de dólares. Futuro incerto “A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos levou a uma queda acentuada das exportações para os EUA, mas isso foi compensado por um aumento das exportações para outros países”, escreve Zhang Zhiwei, economista da Pinpoint Asset Management, numa nota. “As perspectivas comerciais permanecem muito incertas nesta fase” e podem surgir problemas “à medida que o efeito de antecipação se desvanece”, observou Zhang, referindo-se aos compradores estrangeiros que tinham aumentado as encomendas de produtos chineses em antecipação de possíveis aumentos das sobretaxas dos Estados Unidos. No outro prato da balança comercial, as importações chinesas caíram 3,4 por cento em Maio, refletindo a fraca procura e as crescentes pressões comerciais sobre a segunda maior economia do mundo. As conversações sino-americanas em Londres marcarão as segundas negociações formais entre os dois países, desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma ofensiva comercial global em Abril. Do lado norte-americano, a delegação incluirá o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer. Tal como em Genebra, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, lidera a delegação de Pequim. Estas discussões seguem-se a uma troca telefónica na quinta-feira entre Donald Trump e o homólogo chinês Xi Jinping, que o Presidente dos Estados Unidos descreveu como “muito positiva”.
Hoje Macau China / ÁsiaMoeda | Brasil prepara emissão inédita de dívida pública em yuan na China A guerra comercial lançada por Donald Trump leva cada vez mais países a procurarem alternativas ao dólar norte-americano O Brasil pretende emitir títulos de dívida soberana no mercado chinês ainda este ano, numa operação inédita, quando o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça os laços comerciais e de investimento com a China. Brasília planeia emitir títulos denominados na moeda chinesa, o yuan, no mercado de capitais da China continental, e quer também regressar ao mercado de obrigações denominadas em euros, revelou ontem o secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, citado pelo jornal britânico Financial Times. “A ideia é que, ainda este ano, façamos uma nova emissão sustentável em dólares, como no ano passado, além de emissões na Europa e ‘obrigações panda’ na China”, afirmou Durigan, em entrevista ao FT. “A União Europeia quer negociar com o Brasil a expansão do comércio bilateral, tanto em termos de transações como também possibilitando ao Brasil a opção de emitir dívida na Europa”, acrescentou. “O mesmo pode acontecer com a China”, frisou. O Governo brasileiro tem vindo a reforçar os laços comerciais com Bruxelas e a consolidar relações com Pequim, num contexto da guerra comercial lançada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O bloco sul-americano Mercosul, do qual o Brasil faz parte, espera que o aguardado acordo comercial com a União Europeia seja aprovado até ao final do ano. Na quinta-feira, Lula reuniu-se com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris, e apelou ao apoio de Paris ao acordo. Macron tem resistido à ratificação do tratado, alvo de forte oposição por parte dos agricultores franceses. Os planos para emitir títulos de dívida soberana na China surgem num momento em que o Governo brasileiro procura atrair mais investimento do país asiático, que é de longe o maior parceiro comercial do Brasil. A China está igualmente a tentar reforçar a sua influência económica na América Latina. A operação testará também o apetite dos investidores internacionais pela dívida brasileira, num contexto de crescente cepticismo face à política económica de Lula, que tem apostado num maior papel do Estado na economia para impulsionar o crescimento e reduzir a desigualdade. A estratégia de aumento da despesa tem gerado críticas entre empresários, que acusam o Governo de agravar a inflação, elevar as taxas de juro e colocar em risco a sustentabilidade da dívida pública. Jogo do mercado Esta semana, o Brasil colocou 1,5 mil milhões de dólares em obrigações a cinco anos com uma taxa de juro de 5,68 por cento e 1,25 mil milhões de dólares em dívida a dez anos a 6,73 por cento, na segunda emissão de dívida ‘offshore’ em 2025. Os custos de financiamento no Brasil aumentaram depois de o banco central ter elevado a taxa diretora para 14,75 por cento, numa tentativa de conter a inflação. Os críticos acusam o Executivo de Brasília de não agir com firmeza para resolver o défice orçamental crónico e o crescimento da dívida. A agência Moody’s elevou o ‘rating’ de longo prazo do Brasil em Outubro passado para um nível abaixo do grau de investimento, o que permitiu acesso a capital mais barato. No entanto, em Maio, a agência reviu em baixa a perspectiva de positiva para estável, citando progressos mais lentos do que o esperado na política orçamental.