Hoje Macau China / ÁsiaMaioria dos países que reconheceu a China abandonou Taiwan [dropcap]O[/dropcap] professor de ciência política da Universidade Nacional de Taiwan, Syshyan Chen, diz que a ilha de Taiwan foi abandonada pela maioria dos países que reconheceu a República Popular da China, país com o qual Portugal estabeleceu relações diplomáticas há 40 anos, em 8 de Fevereiro de 1979. “A maioria dos países do mundo estabeleceu relações diplomáticas com a China e abandonou Taiwan, (…) pelas realidades económicas e políticas, e submeteu-se à política única da China, que é a pré-condição para receber ganhos económicos” de Pequim, afirmou Syshyan Chen, docente especializado em Pensamento Político Ocidental e em Filosofia Política. Por outro lado, defendeu que Portugal, como membro da União Europeia (UE), devia reconhecer o estatuto da Ilha Formosa, território para o qual os nacionalistas do Kuomintang se refugiaram durante a guerra civil chinesa, depois de terem sido derrotados pelo Partido Comunista Chinês em 1949. No momento em que os portugueses assinalam 40 anos de relações diplomáticas com a República Popular da China, Syshyan Chen considera que este é um dos desafios que se colocam a Portugal perante Taiwan, “uma democracia que preza a liberdade e os Direitos Humanos”, e um território a que os “antepassados [portugueses] chamaram com alegria de Ilha Formosa há mais de 400 anos, quando a avistaram pela primeira vez”. O professor recorda que Portugal é membro da União Europeia e questiona-se sobre “como vai responder ao anúncio da UE para se apoiar Taiwan junto da comunidade internacional”. O especialista refere-se à resolução do Parlamento Europeu de 12 de Setembro de 2018, na qual se instam os Estados membros a “envidarem todos os esforços para exortar a República Popular da China a abster-se de mais provocações militares” e na qual se “reitera o firme apoio à participação significativa de Taiwan em organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde e a Organização da Aviação Civil Internacional”, já que “a exclusão permanente” daquele território “não se coaduna com os interesses” europeus. Num momento de crescente pressão chinesa sobre a ilha que Pequim reclama, reforçada desde a ascensão do Presidente Xi Jinping, o especialista traça os dois cenários que devem merecer reflexão das autoridades portuguesas: por um lado, os “actos incivilizados e brutais no âmbito nacional e internacional”, com a China a ser “condenada pela sociedade internacional em várias ocasiões” e, por outro, Taiwan, uma “democracia que preza a liberdade e os Direitos Humanos”. A República Popular da China foi proclamada em 1949, mas Portugal precisou de um interregno de 30 anos para reconhecer e estabelecer relações diplomáticas com o país comunista, o que só veio a acontecer depois do 25 de Abril, em 8 de Fevereiro de 1979.
Hoje Macau ReportagemPropaganda de Pequim alastra-se além-fronteiras face à crise na imprensa livre Por João Pimenta, da agência Lusa [dropcap]D[/dropcap]urante meio ano, o jornalista brasileiro Thiago Copetti viveu num condomínio de luxo, em Pequim, e viajou pela China, cortesia do Partido Comunista (PCC), que está a investir milhões para alterar narrativas sobre o país. “Eles precisam que alguém fale por eles, e somos nós, que estamos aqui, a fazê-lo”, explica à agência Lusa o repórter do Jornal do Comércio, com sede no Estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Outros sessenta jornalistas, oriundos da América Latina, Ásia e África, participaram, em 2018, no mesmo programa, organizado pela agência noticiosa chinesa Xinhua, cujo presidente, Cai Mingzhao, é membro do Comité Central do PCC. Também os jornais oficiais Diário do Povo e China Daily ou a Rádio Internacional da China (CRI, na sigla em inglês), têm promovido visitas do género, que, nos últimos anos, trouxeram ao país asiático milhares de jornalistas estrangeiros. Trata-se de parte de uma estratégia mais ampla, cujo presidente da CRI, Wang Gengnian, compara a “sair para o oceano com um barco emprestado”. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem investido milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que o país é um sucesso político e cultural. A Xinhua ou a televisão estatal CGTN contam já com centenas de delegações além-fronteiras e têm agressivamente procurado parcerias no exterior, visando publicar conteúdo aprovado pela Propaganda do PCC, sob o selo de órgãos de comunicação independentes. “A China está a tentar transformar o ambiente da informação global com injecções maciças de dinheiro: financiar publicações, coberturas jornalísticas e mensagens positivas”, descreve Louisa Lim, pesquisadora e professora na Universidade de Melbourne, à Lusa. Esta investida foi oficialmente lançada em 2009, após protestos pró-independência do Tibete e em defesa dos Direitos Humanos terem acompanhado a passagem da Tocha Olímpica, em várias cidades do mundo, nas vésperas dos Jogos Olímpicos em Pequim. Numa era em que a internet destruiu o modelo de negócio da imprensa tradicional, o regime chinês anunciou um investimento equivalente a 5,8 mil milhões de euros, visando reforçar a presença global dos seus órgãos de comunicação. “Os grupos de comunicação estrangeiros dão as boas-vindas ao dinheiro chinês”, nota Lim, acrescentando que, “enquanto na China a imprensa é cada vez mais controlada, Pequim procura explorar as vulnerabilidades da imprensa livre além-fronteiras”. Desde 2017, o China Daily gastou quase 16 milhões de dólares para publicar suplementos em jornais norte-americanos, segundo dados reportados ao abrigo da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, que exige que entidades que representam os interesses de outros países divulguem as suas finanças. New York Times ou Wall Street Journal são alguns dos órgãos que publicam suplementos do China Daily, mas cujas versões electrónicas estão bloqueadas no país asiático. Em Portugal, a CRI assegura uma emissão diária através da Rádio Iris FM, sediada nos arredores de Lisboa. Já em África, a mensagem chinesa chega também via filmes ou telenovelas, difundidos pela StarTimes, empresa de telecomunicações chinesa que apoiou dezenas de países africanos na transição de televisão analógica para digital, garantido o acesso das casas do continente a conteúdo audiovisual chinês. Em Moçambique, o grupo estabeleceu a StarTimes Media, uma ‘joint-venture’ com a Focus 21, empresa controlada pela família do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza. Lily Meng, vice-diretora-geral do departamento de média do grupo, que faz a dobragem de conteúdos audiovisuais para português, inglês, francês, ou línguas regionais como suaíli ou iorubá, explica à Lusa que os objetivos da StarTimes passam por “divulgar a cultura chinesa” enquanto assegura um modelo de negócio sustentável. Mas Dani Madrid-Morales, um pós-doutorado pela City University, de Hong Kong, que fez pesquisa sobre o grupo, considera que este “tem uma enorme componente ideológica”. “Os conteúdos seleccionados mostram uma China urbana, próspera, não controversa”, diz. No programa em que Thiago Copetti participa, a selecção dos jornais e repórteres passa pela Xinhua e pela embaixada chinesa. “A Xinhua seleciona os veículos, o veículo escolhe o repórter, que depois tem que ser aprovado pela embaixada”, conta. Copetti considera que os esforços chineses estão a produzir resultados. “Dentro da imprensa brasileira está a começar a tendência de se pegar na matéria das agências dos EUA ou Europa e fazer o contraponto com o que a Xinhua escreve”, nota. “Há pessoas da Xinhua que visitam os jornais para divulgar o trabalho da agência”, diz. “A Xinhua está a penetrar nos nossos jornais”.
Hoje Macau EntrevistaPaíses europeus são hoje mais prudentes em relação à China, diz Carlos Gaspar O investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), Carlos Gaspar, considera que os países europeus estão a reavaliar a estratégia e investimentos chineses, adotando uma “posição mais prudente” do que no passado. “Há uma reavaliação da estratégia chinesa”, por parte de Portugal e dos seus parceiros europeus, destacou o analista, em entrevista à agência Lusa por ocasião dos 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Pequim e Lisboa, que se celebrou a 8 de Fevereiro de 1979. Segundo o investigador, a União Europeia identificou “padrões” nos investimentos chineses que “mereceram resposta por parte das autoridades”. Carlos Gaspar, antigo assessor de dois Presidentes portugueses para o Extremo Oriente, dá como exemplo o caso da Alemanha, que, no ano passado, impediu as empresas chinesas de tomarem conta da rede eléctrica nacional, para demonstrar que “está em curso uma posição mais prudente em relação à estratégia de investimentos chinesa do que existia no passado”. O investigador sublinhou que “esta mudança radical” ainda não é claramente visível, mas existe e está a condicionar as relações entre a Europa e a China. “Portugal e os seus parceiros [europeus] vão ter de garantir um certo número de condições de segurança estratégicas, designadamente, autonomia nos domínios de tecnologia, que vão marcar uma separação em relação à República Popular da China”, como está a acontecer com o 5G, reforçou. Outro sinal deste “reenquadramento das relações” é a Comissão Europeia ter decidido que devem ser criados mecanismos de avaliação dos investimentos externos em função da segurança nacional europeia e de cada país. África é palco de competição Salientando que Portugal, “como os outros países, tem de defender os seus interesses”, o especialista do IPRI notou que a China “é um competidor” em África e que Portugal deve procurar aliados. “Na África austral, Portugal tem relações especiais com Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, tem uma grande comunidade na África do Sul, tem de procurar aliados para sustentar as suas posições e tem de ter uma posição realista”, aconselhou. Por outro lado, considerou que os países africanos “têm uma visão muito aguda do que é a sua soberania e a sua independência” e que estas são mais importantes do que o dinheiro. Para o investigador, “a China está a projectar um modelo alternativo de organização da política internacional que é a negação da ordem liberal que Portugal e os seus aliados europeus defendem”, o que leva a uma nova perspetiva. Se inicialmente havia um grande empenho em garantir a integração da China como um parceiro responsável na política internacional, agora o objetivo é garantir que o país respeita e se submete às regras internacionais, nomeadamente, em termos comerciais e económicos. A partir da instalação do Presidente Xi Jinping no poder (2013), “há uma nova estratégia da China, é uma estratégia de uma grande potência reconhecida como tal e a única que pode pôr em causa a preponderância dos EUA”, referiu Carlos Gaspar, notando que a elite chinesa tem uma “enorme confiança” e instrumentos políticos, económicos e militares para projetar o seu poder e o seu modelo económico e social internacionalmente.
Hoje Macau China / ÁsiaPartido retira candidatura a primeira-ministra da irmã do rei da Tailândia [dropcap]O[/dropcap] partido da oposição Raksa Chart anunciou ontem que a princesa Ubolratana, irmã mais velha do rei Vajiralongkorn da Tailândia, não será candidata a primeira-ministra nas eleições de 24 de Março. Esta decisão surge na sequência do rei Vajiralongkorn ter decretado na sexta-feira que nenhum membro da família real se deve envolver na política, invalidando a candidatura da sua irmã mais velha. O decreto real, lido na televisão nacional, refere que a candidatura da princesa é “inapropriada” e “contra o sistema constitucional”. “O partido Raksa Chart submete-se à ordem real”, declarou o partido em comunicado. O partido tinha anunciado na sexta-feira de manhã a princesa Ubolratana como candidata a primeira-ministra nas eleições, ameaçando a tradição de décadas da casa real de evitar o envolvimento político. Nenhum membro da família real foi candidato a chefe de governo desde o estabelecimento da monarquia constitucional em 1932. Desde então, a Tailândia foi palco de 19 tentativas de golpe de Estado, 12 das quais bem-sucedidas. A princesa iria disputar o cargo com Prayut Chan-o-Cha, o actual primeiro-ministro e chefe da junta militar, escolhido pelo partido Phalang Pracharat, amplamente considerado como representante dos militares. As eleições parlamentares de 24 de Março são as primeiras desde o golpe de Estado militar em 2014 liderado pelo actual chefe de governo. Na votação serão eleitos 500 membros do futuro parlamento da Tailândia, que por sua vez vão eleger o próximo primeiro-ministro.
Hoje Macau EventosMais de duas mil pessoas participaram na comemoração do Ano Novo chinês em Lisboa [dropcap]M[/dropcap]ais de duas mil pessoas assistiram ontem, em Lisboa, ao desfile que está integrado nas festividades de comemoração do Ano Novo chinês e ainda visitaram uma feira tradicional chinesa. O Ano Novo chinês teve início no dia 5 de Fevereiro. “É a primeira vez que venho ao desfile. Sei que há todos os anos e estou a gostar muito, mesmo porque sou natural de Macau”, disse Manuela Machado, sublinhando que estes eventos são importantes para os portugueses conhecerem a cultura chinesa, que “é muito interessante”. Para Manuela Machado, que está em Portugal há mais de 40 anos, “estas iniciativas ajudam também a matar a saudade da terra”. Já a portuguesa de origem chinesa Esperança Wang afirmou que este tipo de iniciativa “ajuda na integração dos chineses em Portugal” e também “aos portugueses a conhecerem um pouco mais da cultura chinesa”. Tiago e Luís, dois rapazes de oito anos, que acompanhavam com os pais o desfile, estavam muito divertidos. “Estamos a gostar muito”, disse Tiago, acrescentando que “é muito diferente e colorido”. O desfile ocorreu na avenida Almirante Reis, que estava enfeitada com as tradicionais lâmpadas vermelhas chinesas. Desfilaram pela avenida associações culturais e comerciais chinesas, escolas, entidades variadas e bandas, assim como houve demonstrações de artes marciais, danças, roupas tradicionais e músicas típicas de várias regiões da China. O tradicional dragão também não ficou de fora e foi uma presença marcante durante o desfile. A feira tradicional chinesa, localizada na alameda D. Afonso Henriques, junto à fonte luminosa, é composta por expositores de associações, escolas de idiomas, turismo, artesanato, roupas e comidas de variadas regiões chineses. À noite, o programa incluiu um espectáculo tradicional chinês. Além de Lisboa, Vila do Conde e Lagoa juntaram-se às celebrações do Ano Novo Chinês, de 5 a 7 de Fevereiro, que decorrem em 2019 sob os auspícios do Porco, com eventos e manifestações culturais chinesas, da ópera à gastronomia. Segundo a tradição chinesa, o Porco representa o final do ciclo de rotação dos doze signos do calendário lunar entrando-se, assim, num momento de reflexão e análise sobre o passado para projetar um novo ciclo. O Ano Novo Chinês, ou Festa da Primavera, é a data mais importante para todos os chineses e ganha cada vez mais relevância “à medida que a influência da China se espalha pelo mundo e o intercâmbio cultural aumenta”, segundo a embaixada da China em Portugal, que organiza várias iniciativas em parceria com autarquias e outras entidades. A festa já se tornou “uma marca cultural chinesa em território português”, onde as celebrações são uma das “mais elaboradas da Europa”, acrescenta a missão diplomática, adiantando que desde 2014 já se realizaram cinco grandes eventos em Portugal. Outros eventos comemorativos estão a decorrer em Portugal. A deslocação da Companhia Nacional de Ópera de Pequim a Portugal é um dos momentos altos das celebrações, que acontecem no mesmo ano em que se assinala o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal e 20º aniversário da transferência de poder em Macau. Em 2018, as celebrações do Ano Novo Chinês no mundo, conhecidas como Feliz Ano Novo Chinês realizaram-se em mais de 140 países e 500 cidades. De acordo com o relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo de 2017 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os chineses já eram a quinta comunidade estrangeira residente em Portugal mais representativa com 23.197 pessoas (+3,1% do que em 2016), correspondentes a 5,5% do total de imigrantes. Os chineses são também os principais beneficiários do regime especial de autorização de residência para atividade de investimento (mais conhecido como vistos ‘gold,’) com 4.013 vistos atribuídos desde o início do programa, em outubro de 2012, até novembro de 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaTurquia considera “vergonha para a humanidade” tratamento dos Uigures muçulmanos pela China [dropcap]A[/dropcap] Turquia qualificou ontem como “vergonha para a humanidade” o tratamento dado pela China aos Uigures, a minoria muçulmana turcófona que diversas ONG, ao contrário dos grandes países muçulmanos, consideram alvo de repressão. “A política de assimilação sistemática das autoridades chinesas face aos turcos Uigures é uma vergonha para a humanidade”, declarou em comunicado Hami Aksoy, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia. A região autónoma chinesa de Xinjiang, onde os Uigures constituem a principal etnia, tem registado violentas tensões interétnicas e atentados mortíferos, e está sujeita a elevada vigilância policial. Segundo acusações de especialistas e ONG, ate um milhão de muçulmanos estarão detidos em centros de reeducação política. As acusações são desmentidas por Pequim, que se refere a “centros de formação profissional” contra a “radicalização” islamita. Pequim assegura que as medidas de segurança em Xinjiang são necessárias para combater o extremismo, mas não são dirigidas a qualquer grupo étnico em particular. “Os Uigures que não estão detidos nos campos também estão sob forte pressão”, acrescentou Aksoy, apelando à comunidade internacional e ao secretário-geral da ONU para “pôr termo a uma tragédia humana que se desenrola em Xinjiang”. Até ao momento, os principais países muçulmanos não se manifestaram sobre esta questão devido aos receios de comprometerem as suas relações com a China, um importante parceiro comercial. Aksoy afirmou ter sido informado da morte sob detenção de Abdurehim Heyit, um poeta Uigur. “Este incidente trágico reforçou ainda mais a reação da opinião pública turca sobre as graves violações dos direitos humanos em Xinjiang”, segundo o comunicado.
Hoje Macau SociedadeTerrenos | Governo ganha seis causas no TUI [dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) deu razão ao Governo quanto à declaração de caducidade de seis terrenos. A revelação foi feita pelo TUI, na passada sexta-feira, e todas as concessionárias contestaram a recuperação das parcelas de terra. Entre os terrenos, cuja concessão foi considerada caducada, dois ficam na Taipa, um na Estrada de Lou Lim Iok e outro no Pac On. As terras estavam concessionadas à Empresa Fountain (Macau), e à Sinca – Sociedade de Indústrias Cerâmicas, respectivamente. Outro terreno que o Governo vai recuperar situa-se no NAPE e estava concessionado à Companhia de Investimento Imobiliário On Tai. Há também um terreno em Seac Pai Van, que estava concessionado à Companhia de Desenvolvimento e Fomento Predial Hua Quan, Limitada. As últimas duas companhias envolvidas são a Companhia de Desenvolvimento e Fomento Predial Hua Quan e a Companhia de Investimento e Artesanato de Porcelana Novo Macau que estavam na posse de dois terrenos em Seac Pai Van e Ká-Hó, respectivamente. Em todos os casos, o despacho do Chefe do Executivo considera que a falta de aproveitamento se deveu às concessionárias.
Hoje Macau SociedadeHospital público com mais três médicos portugueses [dropcap]A[/dropcap]lexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, adiantou na sexta-feira que trabalham no Centro Hospitalar Conde de São Januário um total de seis médicos portugueses. “Neste momento, seis especialistas portugueses já ingressaram nos Serviços de Saúde de Macau (SSM)”, lê-se no comunicado, sendo que “os procedimentos de recrutamento de médicos de outras áreas no exterior ainda continuam”. No passado dia 10 de Janeiro, Lei Chin Ion, director dos SSM, confirmou que três médicos portugueses contratados estavam a desempenhar funções. No que diz respeito à área dos recursos humanos, os SSM vão também contratar enfermeiros aposentados. “Os SSM planeiam contratar 30 enfermeiros aposentados para prestarem cuidados de saúde em regime temporário ou a tempo parcial, no sentido de aliviar a escassez do pessoal, sendo previsto que esta situação entre em vigor a curto prazo para dar resposta ao trabalho”, explica o comunicado. Lei Chin Ion adiantou que o recrutamento é necessário para responder ao aumento da procura, em 20 por cento, pelos serviços de urgência e centros de saúde durante a época da gripe. Em relação à criança de quatro anos e seis meses que está internada no São Januário desde 6 de Janeiro com uma encefalite grave, o seu estado mental é “considerado satisfatório” e teve alta. A parturiante com 31 anos de idade que foi internada a 18 de janeiro no CHCSJ “já não necessita de utilizar ventilador mecânico nem de oxigenação por membrana extracorpórea, a sua situação melhorou e foi transferida para a enfermaria comum, em processo de recuperação”. Mais camas em Coloane Alexis Tam falou aos jornalistas à margem de uma visita à Unidade de Cuidados Paliativos de Coloane que recentemente entrou em funcionamento. Actualmente, este espaço dispõe de 20 camas, número que pode aumentar para o dobro. A unidade já admitiu 20 pessoas para tratamento, além de que 12 ainda estão hospitalizadas. Quanto ao Hospital de Convalescença em Ká-Hó, cuja abertura está prevista para Abril, irá disponibilizar serviços de fisioterapia, cuidados paliativos, reabilitação e convalescença, com 160 camas.
Hoje Macau SociedadeSCMM | Sands China volta a financiar projecto de loja social [dropcap]A[/dropcap] operadora de jogo Sands China voltou a financiar o projecto da loja social da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCMM), desta vez com um cheque de 300 mil patacas. De acordo com um comunicado oficial, a entrega do dinheiro aconteceu no passado sábado, sendo que em sete anos a Sands China já atribuiu um total de dois milhões de patacas. “Os cabazes de Fevereiro, distribuídos em época de grande simbolismo da celebração do Ano Novo Lunar incluíram ingredientes tradicionais para a confecção de refeições festivas, além de produtos alimentares essenciais como arroz, óleo alimentar, leite, cereais, alimentos em conserva e produtos de higiene, bem como um brinde especial da empresa patrocinadora”, lê-se no documento.
Hoje Macau PolíticaSai Van | Lei Chan U questiona obras do Metro Ligeiro [dropcap]O[/dropcap] deputado Lei Chan U escreveu uma interpelação ao Governo a questionar se a circulação entre Macau e a Taipa vai ficar interrompida quando houver tufões com sinal de alerta número 8 ou superior. Em causa estão as obras do Metro Ligeiro na Ponte de Sai Van, que vai fazer a ligação da Taipa à Barra, e que estão planeadas para arrancar em 2021. Como os trabalhos vão decorrer na Ponte de Sai Van, cujo tabuleiro inferior é actualmente utilizado como ligação entre a Península e as Ilhas no caso de tufões, existe o risco da ligação ficar obstruída. O deputado quer assim que o Governo proponha alternativas para este cenário. Outro assunto abordado foi o futuro túnel junto à Ponte Governador Nobre de Carvalho. Lei questionou ainda o Executivo se a ligação vai permitir a circulação de motociclos.
Hoje Macau PolíticaAno Novo | MNE chinês destaca aperfeiçoamento da “defesa da segurança nacional” [dropcap]S[/dropcap]hen Beili, Comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da República Popular da China na RAEM, destacou, na mensagem de Ano Novo Chinês, as políticas que o Governo de Chui Sai On tem vindo a levar a cabo na área da segurança nacional. “O Governo tem aperfeiçoado o mecanismo institucional de defesa da segurança nacional e participado activamente na construção da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e também na iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”, pode ler-se em comunicado. Além disso, a responsável destaca a estabilidade do Governo de Chui Sai On, que este ano termina o seu segundo mandato como Chefe do Executivo. “Mantendo em mente a inspiração inicial, o Governo da RAEM desenvolveu as acções de governação de forma estável, e conseguiu garantir a estabilidade económica e harmonia social.” O MNE afirma ainda estar “empenhado em servir Macau no âmbito de intercâmbio com o exterior e proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos de Macau que se encontram no estrangeiro, com vistas a preservar a prosperidade, estabilidade e tranquilidade duradoura” do território. Na mesma mensagem são lembrados projectos de grande dimensão, como é o caso da inauguração, em 2018, da nova ponte que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai, sem esquecer a celebração dos 20 anos de transição de soberania de Macau para a China, em Dezembro deste ano. A data será celebrada “de forma solene”, defendeu a comissária. “O Comissariado vai continuar a reforçar os trabalhos da diplomacia relativa a Macau para que eles alcancem novos progressos, renovando assim as nossas contribuições para a implementação do princípio Um País, Dois Sistemas”, conclui a mensagem.
Hoje Macau EventosÓpera de Pequim é uma das atracções das comemorações do Ano Novo Chinês em Portugal [dropcap]E[/dropcap]spectáculos, como o da Companhia Nacional de Ópera de Pequim, um desfile e uma feira tradicional chinesa fazem parte das comemorações do Ano Novo Chinês em Portugal, anunciou o conselheiro cultural da embaixada da China em Lisboa. “O tempo passa muito rápido e, este ano, realiza-se a 6ª. edição das comemorações do Ano Novo Chinês” no país, disse Shu Jianping. O Ano Novo Chinês, conhecido também como a Festa da Primavera, tem início esta terça-feira e, segundo o horóscopo chinês, será o Ano do Porco. As comemorações em Lisboa acontecem no dia 9 de Fevereiro, com um desfile na avenida Almirante Reis (da Igreja dos Anjos até à Fonte Luminosa da Alameda), além de uma feira tradicional na Fonte Luminosa da Alameda e um espectáculo neste mesmo local. É neste dia que “o Teatro Nacional São Carlos receberá o espetáculo da Companhia Nacional de Ópera de Pequim”, com 70 integrantes, “que estará em Portugal pela primeira vez”, afirmou o conselheiro cultural da embaixada da China em Lisboa. “Este é um dos melhores grupos artísticos da China. Um dos mais representativos do país”, declarou Jianping. No dia 10 de Fevereiro, em Lisboa, o público poderá ainda visitar a feira tradicional na Fonte Luminosa da Alameda e apreciar um espetáculo no mesmo local. Comemorações de norte a sul As celebrações contarão ainda com a Companhia Estudantil de Macau, através da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). As associações da comunidade chinesa em Portugal assim como vários grupos portugueses também participarão no evento com diversas demonstrações culturais. Shu Jianping lembrou que as comemorações vão se estender ao Algarve, em Lagoa, a 11 de Fevereiro, no Centro de Congressos do Arade; e ao norte do país, em Vila do Conde, a 12 de Fevereiro, no Teatro Municipal de Vila do Conde. O conselheiro Jianping sublinhou que estas comemorações estão a ser organizadas pela embaixada da China em Portugal em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, a Câmara Municipal de Lagoa, a Câmara Municipal de Vila do Conde com apoio de diversas instituições da China, da Região Administrativa Especial de Macau e de Portugal e produzida pelas associações da comunidade chinesa em Portugal. “Este evento é dos mais importantes que realizámos em vários países da Europa. São mais de 500 cidades em 120 países”, disse Jianping. “Esta festa em Portugal é uma das maiores do mundo”, sublinhou. Referindo ainda que o evento “é um orgulho para os chineses e para os portugueses” e ajuda a aproximar cada vez os dois países em todos os domínios, inclusivamente no económico e comercial, possibilitando uma “maior visibilidade” dos dois lados. O conselheiro Shu Jianping também lembrou que ao longo de 2019, assinalam-se os 70 anos da Proclamação da República Popular da China, “os 40 anos do estabelecimento das Relações Diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China e os 20 anos do retorno de Macau à China”. Shu Jianping sublinhou que, com todas estas datas comemorativas que ligam a China e Portugal, a ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, deverá se deslocar a Pequim, “provavelmente em Junho”.
Hoje Macau EventosFacebook celebra 15 anos esta segunda-feira [dropcap]O[/dropcap]s utilizadores estão no centro da dimensão económica do Facebook, de acordo com três especialistas que partilharam com a agência Lusa diferentes perspectivas sobre a rede social no âmbito do seu 15.º aniversário, celebrado esta segunda-feira. “O maior activo do Facebook são os utilizadores. Disso não há dúvida. O resto da tecnologia com certeza que também é, mas não interessava nada a tecnologia sem os utilizadores”, disse à Lusa o analista de mercados Filipe Garcia, CEO da Informação de Mercados Financeiros SA. Recordando que aquando da entrada em bolsa da empresa, em 2012, a “grande questão que se colocava era saber se tinha um modelo de negócio que permitisse monetizar a sua base de utilizadores”, para o analista hoje as dúvidas estão dissipadas. “À medida que o Facebook, através da publicidade, começou a monetizar – e de que maneira – o seu negócio, e a partir do momento em que os analistas começaram a ver que não eram só utilizadores, mas também dólares, as coisas começaram a mudar”, recordou Filipe Garcia. “Uma necessidade latente” Já Filipe Carrera, coordenador da pós-graduação em Marketing Digital do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), em Lisboa, considera que uma das vantagens da publicidade no Facebook é funcionar com a “necessidade latente” dos seus utilizadores. “Isto é, eu não estou à procura de rigorosamente nada específico, mas o que é feito é um perfil daquilo que são as minhas necessidades, e algumas delas latentes que eu ainda nem exteriorizei. O Facebook tem a vantagem de ser a maior base de dados mundial de atitudes, comportamentos e interesses”, assinalou, classificando esta característica como “o grande valor” da rede social. Questionado sobre se este atributo do Facebook não se pode tornar demasiado invasivo para os utilizadores, Carrera notou uma contradição na relação das pessoas com a plataforma. “Gostamos da personalização e que a plataforma nos sugira o que queremos, mas não gostamos que ela se intrometa na nossa vida”, disse, comparando o uso do Facebook com a ida a um restaurante, em que “um dia se calhar gostamos que o chefe de mesa nos diga que temos o peixinho de que gostamos”, mas noutro já “queremos carne” e não o sugerido. Acerca da comunicação das marcas com os utilizadores, Filipe Carrera considerou que meios como o Facebook trouxeram uma “grande democratização”, uma vez que é um meio “acessível a pequenas empresas”. “Estamos a falar de pequenas empresas que a única coisa que fazem é ter um telemóvel, tiram umas fotografias, põem um ‘post’ e têm um efeito bastante forte nas suas vendas”, referiu Filipe Carrera, dando como exemplo barbearias ou mercearias. Empresas com presença sólida Por sua vez, Mário Pedro Ferreira, investigador da Universidade Católica do Porto (UCP), em declarações escritas à Lusa, considera que “as grandes empresas estão a marcar presença de forma muito mais sólida e estruturada no Facebook” face às pequenas e médias empresas. O investigador da UCP assinala que isso está relacionado “não só com as questões orçamentais inerentes a este tipo de publicidade, mas também com a complexidade da mesma”, já que a publicidade no Facebook tem “um foco muito mais direto no consumidor e nas suas emoções” e necessita de “forte planeamento inicial e de acompanhamento estratégico contínuo”. Mário Pedro Ferreira considera que no Facebook, devido à componente emocional que lhe está associada, “a principal arma estratégica que as empresas utilizam são os influenciadores”, e neste campo Filipe Carrera recorda que “os melhores influenciadores são aqueles que nem sabem que o são”, ou seja, utilizadores comuns que se tornam “embaixadores da marca”. Sobre publicidade, o analista de mercados Filipe Garcia considera que “a capacidade de começar a cobrar mais dinheiro pelos anúncios do Instagram e arranjar uma forma de monetizar o Whatsapp”, empresas detidas pelo Facebook, será o “jóquer” para os próximos anos da companhia. Em termos de riscos, o analista da IMF alerta para a existência de uma multa “que mexa a sério com a empresa” ou a tomada de “medidas que restrinjam o tráfego e publicidade”. Neste sentido, Filipe Garcia classifica o caso Cambridge Analytica como um marco que desencadeia esse risco, já que “obrigou a que o Facebook restrinja as suas próprias receitas” para “melhorar processos”. “Quando eu estou a banir uma página de ‘fake news’, e a página normalmente faz conteúdo patrocinado, eu estou a dizer a mim próprio que não vou ter aquela receita”, assinala.
Hoje Macau China / Ásia ManchetePolíticos portugueses relembram ligação com China nas celebrações do Ano Novo Lunar [dropcap]O[/dropcap] presidente do PSD, Rui Rio, disse na sexta-feira que Portugal “vive muito o amanhã imediato”, aconselhando os portugueses a copiar da cultura chinesa a capacidade de fazer “planeamento a longo prazo”. “Se queremos uma sociedade justa, equilibrada e desenvolvida, não podemos estar sempre a olhar para o amanhã imediato, temos de olhar para o futuro e ter muito respeito pelas gerações vindouras”, disse o líder social-democrata na Póvoa de Varzim, distrito do Porto. Rui Rio, que falava no encerramento de um evento de comemoração do Ano Novo Chinês com membros e representantes da comunidade chinesa a viver em Portugal, bem como perante empresários, autarcas e deputados, entre eles a socialista Ana Catarina Mendes, contou que o que mais aprecia na cultura chinesa é o “saber programar”. “Em Portugal temos muita dificuldade em fazer planeamento a longo prazo. Vivemos muito a curto prazo o que é mau para o nosso desenvolvimento. A China é o contrário. A cultura chinesa consegue planear e programar a 50 ou 80 ou 100 anos de distância”, referiu, embora admitindo que como português que é também tem dificuldade nessa matéria. “O meu presente devia ter sido preparado pelas gerações anteriores quando elas preparavam o seu futuro. Deve-me competir preparar o presente dos próximos que é o meu futuro. Esta lógica de actuação, muito própria da cultura chinesa, choca com a nossa. Eu não seria nunca capaz de fazer projecções a 50, 80 ou 100 anos, porque eu também sou português, mas gostava que conseguíssemos caminhar um pouco mais para essa projecção a longo prazo”, disse Rio. Transição de Macau foi “absolutamente notável” Antes, num discurso dedicado às relações ente Portugal e a China, o presidente do PSD considerou que “a passagem da administração de Macau [para Pequim há 20 anos] foi absolutamente notável”, sentenciando: “Portanto, se no passado sempre correu bem a ligação e se no presente também, penso que no futuro ainda correrá melhor”. “Temos diferenças culturais enormes, no entanto a integração da comunidade chinesa em Portugal foi sempre ao longo dos tempos – e é hoje também – absolutamente perfeita. É de sublinhar como é que dois povos culturalmente tão distintos conseguem conviver tão bem há tantos anos, há séculos”, disse Rui Rio. Outro dos aspectos focados na intervenção do social-democrata foi o potencial económico das relações entre Portugal e a China, sendo que para o líder do PSD “a China é um parceiro privilegiado no investimento”, bem como na vertente das exportações por ter “um mercado inesgotável”. “Portugal tem de crescer do ponto de vista económico. Os eixos fundamentais do crescimento económico português são as exportações e o investimento. Se olharmos à carência de capital que Portugal tem e ao investimento que temos de fazer, é evidente que a China é um parceiro privilegiado nessa matéria”, referiu. Para Rio, “os portugueses podem ganhar muito com a aproximação crescente à China e a China com a aproximação a Portugal”, referindo, a propósito, “um setor que ainda está a despontar e que tem enorme potencial, o turismo”. Ana Catarina Mendes destacou “ligação secular” No mesmo evento, a deputada socialista Ana Catarina Mendes disse que “Portugal quer honrar a ligação com a China secular”, destacando as “relações de amizade, de respeito e culturais” entre os dois países. “Desejo o reforço da nossa amizade e das nossas relações comerciais, o reforço do papel extraordinário que Portugal desempenha na nova rota da seda, o reforço que Portugal pode trazer da China à Europa. Queremos honrar a relação com a China secular. Que todos nós saibamos reforçar a relação de amizade, de respeito, cultural e intensa e uma relação para os próximos 40 anos.” A deputada do PS falou também na qualidade de líder do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-China, tendo deixado aos presentes uma mensagem do Presidente da Assembleia da República (Eduardo Ferro Rodrigues), recordou alguns episódios marcantes da ligação destes dois países. “Uma das mensagens mais importantes do senhor Presidente da Assembleia da República é a estima que tem pelo povo chinês, a estima e o respeito pelas relações seculares que Portugal e a China mantêm”, disse a socialista, enumerando que neste ano a China comemora o Ano do Porco, da Fortuna e da Saúde, mas também “importantes datas” sobre a história comum. “Este é o ano em que nós portugueses e vocês chineses comemoramos 40 anos das relações diplomáticas de Portugal e China. E também esse momento histórico de paz, natural, sereno e de profundo respeito entre os povos que são os 20 anos da transição de Macau para a China”, adiantou. 23 mil chineses vivem em Portugal Dirigindo-se ao presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, a deputada referiu que vivem em Portugal 23.000 chineses, considerando que este “não é um número qualquer”, porque corresponde a “cidadãos que escolheram investir, realizar os seus projectos e os seus sonhos” neste país. Ana Catarina Mendes falou ainda da língua como “factor de coesão” entre povos. “Não é por acaso que mais institutos Confúcio se instalam em Portugal e não é por acaso que dezenas de universidades ensinam português na China”, rematou.
Hoje Macau SociedadeTribunais | Banco Luso exige 20 milhões à Hong Kong Airlines [dropcap]O[/dropcap]Banco Luso Internacional instaurou um processo no tribunal de Hong Kong em que exige cerca de 20 milhões de dólares americanos à Hong Kong Airlines. De acordo com a imprensa chinesa, o banco alega que, em Outubro de 2017, concedeu um empréstimo com renovação por um valor mais baixo à companhia área, no valor de 20 milhões, que não foi pago. O banco decidiu então recorrer aos meios jurídicos para exigir o pagamento do montante e respectivos juros. O contrato previa que o empréstimo deveria ser pago até 28 de Dezembro do ano passado, mas a Hong Kong Airlines só terá pago três tranches de um total de 250 mil dólares. O banco terá enviado três notificações a partir do início do ano sem resposta, o que espoletou o início do processo.
Hoje Macau China / ÁsiaArábia Saudita executa filipina condenada por homicídio [dropcap]U[/dropcap]ma filipina de 39 anos foi executada terça-feira na Arábia Saudita depois de ter sido considerada culpada de homicídio sob a ‘sharia’, ou lei islâmica, informou ontem o Departamento de Relações Exteriores das Filipinas. “Lamentamos não termos conseguido salvar a vida desta filipina depois do Supremo Conselho Judicial ter classificado o seu caso como um em que não se aplica a fórmula do ‘dinheiro de sangue’ contemplado pela ‘sharia'”, pode ler-se numa nota. De acordo com a lei islâmica, a fórmula conhecida como “dinheiro de sangue” permite a comutação de uma pena capital se a família da vítima for indemnizada. A filipina, executada na terça-feira, trabalhava como trabalhadora doméstica na Arábia Saudita, onde há cerca de um milhão de trabalhadores migrantes filipinos que frequentemente sofrem exploração, abuso e assédio às mãos dos seus empregadores. Durante o processo judicial, a embaixada filipina em Riade forneceu à ré assistência legal, enviou representantes para a visitarem em prisões e manteve a sua família regularmente informada sobre o andamento do caso. O Departamento dos Negócios Estrangeiros não forneceu, contudo, informações sobre quem foi a vítima do homicídio, nem sobre as circunstâncias do crime, alegando o pedido de privacidade da família. Fazer pela vida Em Novembro, as Filipinas repatriaram Jennifer Dalquez, que trabalhava como empregada doméstica nos Emirados Árabes Unidos (EAU), após ser absolvida da acusação de homicídio contra seu empregador, num julgamento em que arriscava também a pena de morte. Dalquez tinha matado o seu empregador em legítima defesa, quando este a tentou violar, ameaçando-a com uma arma branca. A filipina passou quatro anos na prisão. De acordo com as autoridades, cerca de três mil filipinos saem do seu país todos os dias com contratos de trabalho temporários no exterior, muitos deles em países árabes, onde as mulheres geralmente trabalham como trabalhadoras domésticas e homens no sector de construção. Cerca de dez milhões de filipinos são trabalhadores migrantes no exterior e o envio de contas de remessas contribuiu para mais de 10% do PIB filipino.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Carlos Gohsn diz que Nissan está a “destruir a sua reputação” O ex-presidente do grupo Nissan encontra-se aprisionado num centro de detenção em Tóquio. Está acusado de ter “conspirado para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015” [dropcap]C[/dropcap]arlos Ghosn, antigo presidente do grupo Nissan suspeito de falsificação de informação financeira e detido em Novembro em Tóquio, disse ontem que a Nissan está a “destruir a sua reputação”. “O objectivo era claro e houve resistência desde o início”, disse Carlos Ghosn durante uma palestra num centro de detenção em Kosuge, em Tóquio, onde está detido desde 19 de Novembro. Em entrevista à agência de notícias francesa France Presse e Les Echos no centro de detenção de Tóquio, Carlos Ghosn disse que está a ser “punido antes de ser condenado”. Carlos Ghosn, que está detido há dois meses, disse sentir-se injustiçado. “Não tenho telefone, nem computador, mas como posso defender-me? “, questionou durante sua primeira entrevista aos meios de comunicação não-japoneses desde sua prisão. “Estou focado. Quero lutar para restaurar a minha reputação e defender-me de acusações falsas”, disse. O ‘chairman’ (presidente do conselho de administração) e presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o empresário franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, de 64 anos, foi detido em Novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal. Ghosn é acusado de ter “conspirado para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015”, declarando uma soma total de 4,9 mil milhões de ienes (cerca de 37 milhões de euros) em vez de quase 10 biliões de ienes. O grupo Nissan poderá igualmente estar sujeito a processos judiciais. Culpas repartidas O Ministério Público acredita, de acordo com a imprensa, que, se houver culpa, a responsabilidade também recai sobre a empresa, pois a mesma entregou às autoridades documentos financeiros imprecisos nos quais Ghosn escondeu uma parte significativa dos seus rendimentos. Estas suspeitas que recaem sobre Ghosn colocam uma série de questões sobre o futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (actual líder de vendas a nível mundial), processo que o próprio empresário franco-brasileiro liderou. Além de presidente do grupo Nissan Motor, Goshn é também o homem forte das duas empresas que compõem a aliança com a Nissan, a Renault e a Mitsubishi Motors, e é considerado o homem de negócios estrangeiro mais influente no Japão. Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.
Hoje Macau China / ÁsiaAlibaba | Receitas sobem 41 por cento [dropcap]O[/dropcap]gigante chinês de comércio electrónico Alibaba anunciou que a sua receita subiu anualmente 41%, para 117,28 mil milhões de yuans, entre de 1 de Outubro e 31 de Dezembro de 2018. “O Alibaba teve outro trimestre forte. O forte desempenho operacional e financeiro reflecte directamente o nosso foco persistente de servir melhor quase 700 milhões de consumidores nos sectores de retalho, entretenimento digital e serviços locais ao consumidor”, destacou Daniel Zhang, presidente executivo do Alibaba Group. “O nosso crescimento também é impulsionado pelas tecnologias de nuvem e dados do Alibaba, que ajudaram a acelerar a transformação digital de milhões de empresas”, afirmou Zhang.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção| Lançada “Sky Net 2019” para capturar funcionários fugitivos [dropcap]A[/dropcap] China lançou a campanha deste ano para capturar funcionários corruptos que fugiram do país. A campanha, “Sky Net 2019”, pretende capturar suspeitos fugitivos e prevenir a fuga de mais funcionários corruptos, segundo o departamento de busca de fugitivos e activos roubados em países estrangeiros, sob o comando do gabinete anticorrupção, informa o Diário do Povo. A campanha será executada por diversos órgãos. A Comissão Nacional de Supervisão (CNS) será encarregada de procurar e capturar funcionários suspeitos de crimes relacionados com o trabalho, o Supremo Tribunal Popular será encarregado de procurar bens ilícitos e o Ministério da Segurança Pública (MSP), de realizar a operação “Caça à Raposa” que visa os suspeitos em crimes económicos que fugiram para o exterior, acrescenta a publicação estatal. O Banco Popular da China e o MSP prevenirão e combaterão a transferência de dinheiro roubado, e o Departamento de Organização do Comité Central do Partido Comunista da China e o MSP vão lidar com a aquisição ilegal de documentos de viagem. O vice-secretário da Comissão Central de Inspecção Disciplinar do PCC e subchefe da CNS, Li Shulei, apontou que mais esforços devem ser feitos para aprofundar a cooperação em assistência judicial e prática de lei internacional para combater os casos de corrupção e melhorar o sistema que previne a fuga de mais suspeitos. A China lançou a primeira operação “Sky Net” em Abril de 2015
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Actividade manufactureira volta a contrair em Janeiro Apesar da ligeira subida do índice de gerentes de compra, 49,5 pontos no mês passado, contra 49,4 em Dezembro, o gigante asiático não evitou uma segunda contracção consecutiva da indústria manufactureira, com as pequenas e médias empresas a serem as principais vítimas da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos [dropcap]A[/dropcap]actividade da indústria manufactureira da China contraiu-se, em Janeiro, pela segunda vez consecutiva, segundo dados oficiais ontem divulgados, numa altura de disputas comerciais com os Estados Unidos e desaceleração da economia do país. O índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) subiu para 49,5 pontos, no mês passado, uma melhoria de 0,1 ponto, face a Dezembro, mas que não evita uma contracção. Quando se encontra acima dos 50 pontos, este indicador sugere uma expansão do sector, abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade. O índice é tido como um importante indicador mensal do desenvolvimento da segunda maior economia do mundo. Os principais afectados foram as pequenas e médias empresas (47,2 e 47,3 pontos, respectivamente), enquanto as grandes empresas resistiram à desaceleração económica e à guerra comercial com Washington, registando uma expansão, de 51,3 pontos. No entanto, outros sectores económicos apresentam dados positivos. O PMI não manucfatureiro subiu para 54,7 pontos, depois de ter expandido, em Dezembro, 53,8 pontos. Parte deste aumento deve-se ao crescimento do sector dos serviços, que representa já mais de metade do Produto Interno Bruto do país, e cuja expansão se fixou nos 53,6 pontos, mais 1,3 ponto do que no mês anterior. Contudo, a contracção no setor manufatureiro é um resultado natural da quebra da procura doméstica e global. Em 2018, por exemplo, as vendas de automóveis na China caíram 5,8 por cento, em termos homólogos, para 22,35 milhões de veículos, no primeiro declínio anual desde 1990. As vendas de ‘smartphones’ caíram 8 por cento, no terceiro trimestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Counterpoint Research, unidade de investigação para o sector tecnológico. E, em Dezembro passado, as exportações chinesas caíram 4,4 por cento, face ao mesmo mês de 2017, segundo dados das alfandegas chinesas. Ritmo brando A economia da China, a segunda maior do mundo, cresceu 6,6 por cento, em 2018, ou seja, ao ritmo mais lento dos últimos 28 anos. Analistas prevêem que a economia registe um declínio acentuado, ao longo da primeira metade do próximo ano, reflectindo o pleno efeito das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos. A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o espoletar de disputas comerciais, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. Os EUA temem perder o domínio industrial global, à medida que Pequim tenta transformar as firmas estatais do país em importantes actores em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.
Hoje Macau EventosExposições | Armazém do Boi apresenta instalações e trabalhos em vídeo [dropcap]A[/dropcap]s questões da identidade e tempo são o foco de duas exposições em nome individual que resultam de residências artísticas no Armazém do Boi de dois artistas com visões e mensagens compatíveis em termos conceptuais. “Go Foward, Back Again” é o conceito que une as duas exposições de Hu Yanzi e Pu Yun inaugurada hoje no espaço cultural da rua do Volong. As mostras focam-se estilisticamente em instalações, trabalhos de vídeo e uma performance ao vivo que se realiza hoje às 19h.
Hoje Macau SociedadePatrimónio | Obras ilegais no Templo Kun Iam Tong continuam [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) informou ontem que as obras ilegais no Templo de Kun Iam Tong continuam, apesar da ordem de embargo e do caso ter já chegado à justiça. A descoberta foi feita na quarta-feira na sequência de uma inspecção ao local, informou o IC, dando conta de que as obras ilegais incluem a alteração da cor das paredes externas e a destruição dos tectos, com a instalação de equipamentos. O IC, que voltou a denunciar o caso à polícia, indicou que irá “cooperar activamente com as autoridades judiciárias” e a “tomar diligências para efectivar as responsabilidades e punir severamente” o responsável do templo. Entretanto, ontem o IC emitiu outro comunicado onde dá conta da existência de mais uma obra ilegal num templo, desta vez na Rua dos Pescadores. Já foi feito um contacto com o responsável pela gestão do espaço, para que as obras sejam suspensas.
Hoje Macau SociedadeFundação Macau | Apoios mais do que duplicaram em 2018 O montante dos apoios financeiros concedidos pela Fundação Macau em 2018 mais do que duplicou. As quantias destinadas a ajudar as camadas mais vulneráveis da população representaram sensivelmente um terço do total das ajudas [dropcap]A[/dropcap] Fundação Macau (FM) concedeu, em 2018, apoios no valor de 2.368 milhões de patacas, ou seja, mais do dobro do que os 1.160 milhões de patacas gastos no ano anterior. O montante foi distribuído por um total de 2.568 iniciativas, contra as 2.222 acções de 2017. Os dados foram facultados ontem pelo presidente do conselho de administração da Fundação Macau, Wu Zhiliang, durante um encontro com a imprensa. A maior parte do dinheiro – sensivelmente metade – foi canalizado para a formação de quadros qualificados, em concreto para a construção e melhoria de infra-estruturas educativas, com uma fatia de 860 milhões de patacas a ser alocada para obras de reconstrução dos edifícios de duas escolas secundárias e de construção e ampliação de uma instituição de ensino superior. Já os apoios financeiros atribuídas às acções destinadas à melhoria do bem-estar da população representaram 32,23 por cento das verbas concedidas no ano passado. Os destinados a estudos académicos e científicos tiveram um peso de 12,10 por cento, enquanto os subsídios para acções culturais e artísticas e de intercâmbio e cooperação representaram, em conjunto, 7,49 por cento. Ao longo do ano passado, a Fundação Macau atribuiu ainda 81,21 milhões de patacas em bolsas e prémios, dos quais beneficiaram 11.988 pessoas. A Fundação Macau “tem vindo a adoptar (…) uma atitude muito prudente e cuidadosa no exercício das suas funções, de modo a assegurar o uso equilibrado do dinheiro que pertence ao erário público”, afirmou Wu Zhiliang, embora reconhecendo ser necessário “aperfeiçoar o regime de atribuição dos pedidos de apoio financeiro” para “evitar a realização de actividades repetidas e da mesma natureza para não causar indevida utilização dos recursos públicos”. Projectos futuros O presidente da Fundação Macau falou ainda de iniciativas futuras, como o “Memórias de Macau”, que conta actualmente com aproximadamente 30 mil dados, cujo portal na Internet vai ser lançado este ano. Também em 2019 vão ficar prontos os dez tomos de Macau da Colectânea das Crónicas das 10 Artes e Cultura Chinesa.
Hoje Macau SociedadeHabitação | IH quer finalizar escrituras do edifício Iat Fai [dropcap]O[/dropcap] Instituto de Habitação (IH) começou a informar os compradores do edifício Iat Fai para submeterem os documentos necessários à celebração das escrituras, que quer ver concluídas até ao final deste ano. Num comunicado, o IH indica que o edifício de habitação económica Iat Fai obteve a licença de utilização a 4 de Dezembro de 2017. No dia seguinte, o instituto terá realizado os procedimentos administrativos que foram concluídos a 8 de Janeiro de 2019. Agora, começou a informar os promitentes-compradores para apresentarem online os documentos para a escritura.