Hoje Macau DesportoTrês portugueses nos quadros principais do Open de Hong Kong em ténis de mesa [dropcap]A[/dropcap] portuguesa Fu Yu e a dupla Tiago Apolónia/João Monteiro qualificaram-se ontem para o quadro principal do Open de Hong Kong, prova do circuito Mundial de ténis de mesa. Nas rondas preliminares de singulares femininos, Fu Yu impôs-se por 4-0 (11-6, 11-6, 11-4, 11-9) à indiana Madhurika Patkar, e por 4-3 (3-11, 11-6, 11-8, 4-11, 11-6, 6-11, 11-6) à coreana Kim Hayeong. Na mesma fase da competição, Jieni Shao não conseguiu passagem ao quadro principal, tendo perdido com a holandesa Jie Li por 4-0 (4-11, 9-11, 10-12, 9-11), depois de se ter imposto à indiana Archana Girish Kamath por 4-1 (11-5, 10-12, 11-8, 12-10 e 11-9) Na variante de pares masculinos Tiago Apolónia e João Monteiro garantiram a passagem ao quadro principal da prova ao derrotarem os italianos Mihai Bobocica e Niagol Stoyanov por 3-0 (11-8, 13-11, 11-9). Portugal ficou fora da competição de pares mistos, depois de Tiago Apolónia e Jieni Shao terem perdido com a dupla francesa Tristan Flore/Laura Gasnier por 3-2 (11-8, 4-11, 8-11,11-6, 9-11).
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos e empréstimos de residentes a subir [dropcap]D[/dropcap]ados estatísticos da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) revelam que tanto os depósitos como os empréstimos dos residentes registaram um aumento. No que diz respeito aos depósitos, houve um aumento de 0,5 por cento face a Maio, tendo atingido um total de 648,5 mil milhões de patacas. Já os empréstimos concedidos no sector privado aumentaram apenas 0,3 por cento, tendo atingido as 512,3 mil milhões de patacas. Pelo contrário, os depósitos dos não-residentes decresceram 2,7 por cento, atingindo as 251,0 mil milhões de patacas. De acordo com um comunicado, no final de Abril, o rácio entre empréstimos e depósitos de residentes desceu de 57,7 por cento no final de Março para 57,5 por cento, enquanto que o volume que incluiu o rácio empréstimos/depósitos de não-residentes decresceu de 95,0 para 94,0 por cento. Os depósitos do sector público na actividade bancária aumentaram um por cento, o que equivale a 242,0 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaFMI revê em baixa crescimento da economia chinesa face à guerra comercial [dropcap]O[/dropcap] Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu ontem em baixa as perspectivas de crescimento da economia chinesa, nos próximos anos, face à guerra comercial com os Estados Unidos, e encorajou Pequim a acelerar as reformas estruturais. Num relatório, o organismo estima um crescimento de 6,2 por cento, para este ano, e de 6 por cento, em 2020 – uma décima abaixo da previsão anterior. O ritmo de crescimento da economia chinesa continuará a desacelerar e fixar-se-á nos 5,5 por cento, em 2024. “A incerteza em torno das disputas comerciais permanece alta e os riscos empurram a economia para baixo”, lê-se na mesma nota. Os governos da China e Estados Unidos impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados um do outro, numa disputa motivada pelas ambições de Pequim para o sector tecnológico. O vice-director do FMI, David Lipton, que integrou a delegação numa visita à China, afirmou que o crescimento “estabilizou”, durante os primeiros meses de 2019, após medidas de estímulo adoptadas pelo Governo chinês. No entanto, a incerteza gerada pelo agravamento das disputas comerciais afeta o ambiente de negócios, apontou. “As políticas de estímulo anunciadas até à data são suficientes para estabilizar o crescimento em 2019 e 2020, apesar do recente aumento das taxas nos Estados Unidos. Contudo, se as disputas comerciais se agravarem, e colocarem a estabilidade económica e financeira em risco, recomendamos alguma flexibilidade política adicional”, advertiu. O responsável citou, como exemplo, reduções fiscais adicionais para famílias com baixos rendimentos. “As nossas discussões, nas últimas duas semanas, focaram-se na agenda das autoridades para apoiar a economia, face ao aumento das tensões comerciais, enquanto [a China] continua a progredir na mudança de um crescimento de alta velocidade para um crescimento de alta qualidade”, afirmou. Sobre a guerra comercial, Lipton afirmou que “deve ser resolvida rapidamente, através de um acordo abrangente, que suporte o sistema internacional”. As previsões do Fundo apontam ainda um aumento de 2,3 por cento da inflação, em 2019, devido ao aumento dos preços dos alimentos. Boas medidas A economia da China, a segunda maior do mundo, cresceu 6,6 por cento, em 2018, ou seja, ao ritmo mais lento dos últimos 28 anos, mas o dobro da média mundial, e acima da meta oficial, definida pelo Governo chinês, de 6,5 por cento. Para este ano, o Governo chinês estabeleceu como meta um crescimento “entre 6 e 6,5 por cento”. Lipton enalteceu ainda as medidas adoptadas por Pequim para restringir o ‘boom’ no endividamento corporativo, mas voltou a recomendar ao país “maior abertura” e “outras reformas estruturais que aumentem a concorrência”, diminuindo o peso e as “garantias implícitas” das empresas estatais.
Hoje Macau China / ÁsiaEspanha | Comboios chineses já transportaram 500 mil contentores [dropcap]O[/dropcap]s comboios de mercadorias entre a cidade chinesa de Yiwu, leste da China, e Madrid, fizeram 600 viagens e transportaram 500.000 contentores, desde a inauguração, em 2014, como parte da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”. Citado pela agência EFE, o embaixador chinês em Espanha, Lyy Fan, explicou que aquela ligação ferroviária é um “marco importante” do gigantesco projecto de infraestruturas internacional lançado por Pequim, e que visa reforçar a conectividade entre o Sudeste Asiático, Ásia Central, África e Europa. Lyy destacou ainda que a China é o maior parceiro comercial de Espanha fora da União Europeia, com as trocas anuais a fixarem-se, no ano passado, em 33.700 milhões de dólares. As autoridades portuguesas querem incluir uma rota atlântica no projecto, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. Nesse caso, Madrid deixaria ser a ligação ao extremo ocidental, passando antes a ser Lisboa, reforçando a ligação portuguesa ao mercado chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaGraça Fonseca inicia no domingo deslocação oficial a Pequim A ministra vai inaugurar o Festival de Cultura Portuguesa na China marcado por exposições, concertos, espectáculos e encontros literários e que integra aristas como a maestrina Joana Carneiro, a soprano Elisabete Matos e os escritores portugueses Isabela Figueiredo, Bruno Vieira Amaral e José Luís Peixoto, entre outros [dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, inicia no domingo uma visita oficial a Pequim, no âmbito do Festival Cultura Portuguesa na China, anunciou ontem o Ministério da Cultura. Num comunicado ontem divulgado, o ministério adianta que Graça Fonseca estará em Pequim entre domingo e o dia 12 de Junho. Na segunda-feira, a ministra presidirá à cerimónia do Dia de Portugal, no Beijing Concert Hall, “onde serão ouvidos o Hino Nacional e o Hino da República Popular da China”. “No programa das comemorações estão previstas as exibições de filmes sobre Portugal e sobre o Festival de Cultura Portuguesa na China, e a cerimónia encerrará com o concerto da Orquestra Sinfónica Nacional da China, dirigido pela maestrina Joana Carneiro, e com actuação da soprano Elisabete Matos”, lê-se no comunicado. Ainda na segunda-feira, Graça Fonseca irá inaugurar a exposição “Histórias da Torre do Tombo/Chapas Sínicas”, na Biblioteca Nacional de Pequim. O conjunto das Chapas Sínicas, recorda a tutela, é “um dos mais importantes documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa”. Na terça-feira, a ministra irá reunir-se, no Museu do Palácio Imperial, com o homólogo chinês, o ministro da Cultura e do Turismo da República Popular da China, Luo Shugang. Mais tarde, no mesmo local, estará presente na inauguração da exposição “A Evolução do Azulejo em Portugal dos séculos XVI ao XX”. Ao final da tarde de terça-feira, Graça Fonseca assistirá ao espectáculo “Quinze Bailarinos e Tempo Incerto”, da Companhia Nacional de Bailado (CNB), no Teatro Tiangiao. No último dia da visita oficial, 12 de Junho, a governante fará a intervenção de abertura do II Fórum Literário Portugal-China, no Museu Nacional da Literatura Moderna Chinesa, no qual participam os escritores portugueses Isabela Figueiredo, Bruno Vieira Amaral e José Luís Peixoto. Nessa ocasião, Graça Fonseca “pretende destacar iniciativas de promoção internacional da literatura em língua portuguesa, nomeadamente os apoios à tradução, mas também o ‘Catálogo Gram Bem Querer’ que o Ministério da Cultura, em cooperação com outras entidades, vai conceber, editar, publicar e divulgar, como uma grande mostra de literatura em língua portuguesa”. Depois de uma primeira edição em Lisboa, em Junho de 2017, o Fórum Literário vai cruzar os três autores portugueses com os chineses Lu Min, Liu Zhenyun e Xu Zechen, numa conversa que será moderada por outro escritor, Qiu Huadong, de acordo com a informação já divulgada pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. José Luís Peixoto participou igualmente na primeira edição, então ao lado de Gonçalo M. Tavares e Dulce Maria Cardoso. Programa paralelo À margem do II Fórum Literário Portugal-China, a ministra tem agendado um encontro com a presidente da Associação de Escritores da China, Tie Ning. Ainda no dia 12, Graça Fonseca irá realizar uma visita ao Distrito Artístico 798, e assistirá à entrega dos Prémios Tomás Pereira, que distinguem os melhores alunos de Língua Portuguesa, em universidades chinesas. Este ano, Portugal e China assinalam os 40 anos das relações diplomáticas e os 20 anos da retrocessão de Macau. “Na lógica de intercâmbio destas comemorações”, este ano irá realizar-se também, em Portugal, o Festival da Cultura Chinesa. O Festival de Cultura Portuguesa na China inclui a realização, ao longo do ano, de “diversos eventos culturais em domínios tão variados como a música clássica, o fado, o teatro, as artes plásticas, a dança contemporânea, o canto lírico, o cinema e a tradução de obras literárias portuguesas para mandarim”. Inaugurado em Março, na Cidade Proibida, em Pequim, com o guitarrista português Pedro Jóia, e Duan Chao, virtuosa de huqin, o Festival de Cultura Portuguesa na China.
Hoje Macau SociedadeAuxílio à Imigração | Polícias em prisão preventiva e com processo disciplinar [dropcap]O[/dropcap]s dois agentes do Corpo Polícia de Segurança Pública (CPSP) detidos na segunda-feira por suspeita de corrupção passiva e de forjar registos de imigração, para prolongar a permanência em Macau de um junket, estão em prisão preventiva, de acordo com informação prestada ao HM pelo CPSP. As autoridades revelaram também que foram instaurados processos disciplinares aos dois agentes. A PJ revelou na passada terça-feira que um indivíduo de apelido Wu, oriundo do Interior da China, terá desembolsado um total de 900 mil dólares de Hong Kong para comprar a complacência dos agentes do CPSP e os serviços dos três intermediários. As autoridades revelaram ainda ao HM que os dois agentes terão alegadamente recebido cada um menos de 100 mil dólares de Hong Kong. O remanescente terá sido distribuído entre os três intermediários. Segundo informação prestada pelas autoridades, os dois agentes policiais fazem parte do CPSP desde 1992 e 1995.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Aberto concurso para monitorizar cinzas volantes em Ká-Hó [dropcap]O[/dropcap] Governo abriu um concurso público para prestação de serviço de monitorização e avaliação de impacto ambiental do aterro de cinzas volantes situado em Coloane junto à Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, um trabalho que tem vindo a ser desempenhado pela AECOM Macau. A informação anunciada ontem em Boletim Oficial aponta o dia 8 de Julho como prazo para a entrega de propostas. De acordo com a publicação oficial, os serviços devem ser prestados ao longo de um período de 32 meses, de Outubro deste ano até 31 de Maio de 2022. Além do aterro em Ká-Hó, a proposta vencedora terá a cargo a monitorização e avaliação de impacto ambiental do depósito temporário de cinzas volantes do Aterro para resíduos de Materiais de Construção, sito na Avenida do Aeroporto da Taipa.
Hoje Macau PolíticaAL | Comissão quer saber se associações de TNR são reais [dropcap]E[/dropcap]m primeiro lugar, temos de saber se estas seis entidades existem de facto, ou não, em Macau, ou seja, são registadas em Macau”, avançou o presidente da 3ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), Vong Hin Fai. O deputado referia-se às seis associações de defesa dos direitos dos trabalhadores não residentes que entregaram uma petição à AL com sugestões relativas à proposta de lei da actividade de agências de emprego. “Vamos através do nosso gabinete de relações públicas contactar estas seis entidades para verificar se existem ou não”, revelou Vong Hin Fai, acrescentando que se as associações estiverem legalizadas a comissão quer ouvi-las. O deputado adiantou ainda que a comissão a que preside recebeu um despacho do presidente da AL no dia 29 de Maio, relativo à petição entregue a 16 de Abril deste ano.
Hoje Macau SociedadeEscolas | DSEJ sublinha exclusivo de suspensão em caso de gripe crítica [dropcap]O[/dropcap] director dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, sublinhou que o Governo tem a competência exclusiva para suspender instituições escolares devido a situações críticas de infecção gripal colectiva. O responsável mencionou o assunto em resposta a uma interpelação do deputado Lam Lon Wai sobre o mecanismo de comunicação de doenças transmissíveis nas escolas e alteração dos critérios de suspensão das aulas. Lou Pak Sang refere que as orientações para suspender aulas são produzidas anualmente, circunstância que ajuda as escolas e os encarregados de educação sobre a medida incide apenas sobre uma turma ou a escola inteira. Em interpelação, o deputado Lam Lon Wai referiu que, “quando a gripe colectiva aparece na escola, mas não reúne os critérios de suspensão, os pais ficam preocupados com o eventual contágio dos filhos e pelo progresso dos seus estudos devido à suspensão das aulas”. Quanto a este ponto, o director da DSEJ acrescentou que em caso de gripo colectiva “os Serviços de Saúde e a DSEJ manterão comunicação próxima para monitorizar a epidemia. Além disso, vão acompanhar a situação de saúde dos estudantes e enviar funcionários à escola para verificar o ambiente e orientar a escola a tomar medidas de controlo de infecção”.
Hoje Macau SociedadeMais de duzentas pessoas em Macau lembraram vítimas de Tiananmen 30 anos depois [dropcap]T[/dropcap]rinta anos depois do massacre de Tiananmen, mais de duzentas pessoas em Macau lembraram ontem as vítimas e disseram à Lusa temer que no futuro não possam fazer esta homenagem, que é silenciada e proibida na China continental. Entre as 19:30 e as 22:00 em Macau manifestantes e turistas foram-se juntando em frente a um palco onde os organizadores passaram filmagem dos acontecimentos de há 30 anos em Pequim. Muitos dos manifestantes sentaram-se no chão e ergueram velas em memória às vítimas que o Governo Central nunca admitiu. A vigília decorreu de forma pacífica no Largo do Senado, uma das maiores praças de Macau e um dos principais pontos turísticos do território, apesar de alguns momentos de tensão entre a organização e as forças de segurança, quando a polícia fez dois corredores de segurança para, segundo as autoridades, facilitarem a passagem às pessoas. “Nós estamos muito preocupados, todos os anos receamos que possa ser o último ano” que há vigília em Macau, contou à Lusa o deputado pró-democracia Sulu Sou, frisando que o território deve “cuidar da sua liberdade” e lembrou de seguida uma frase do famoso escritor checo Milan Kundera: “a luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento”. Em 1989, em Pequim, o exército chinês avançou com tanques para dispersar protestos pacíficos liderados por estudantes, causando um número de mortos nunca oficialmente assumido. Algumas estimativas apontam para milhares de mortos. “O sentimento de que há direitos humanos é muito fraco no Governo” de Macau, disse o mais jovem deputado do território, que deu como exemplo que as autoridades “utilizam as razões de segurança pública para restringir, ou mesmo banir, as pessoas de praticarem os seus direitos de se manifestarem”. Manifestantes questionados pela Lusa, a maioria deles estudantes universitários, apontaram que o sentimento que têm é que para já se sentem seguros em exercerem os seus direitos, porque existe liberdade de expressão e liberdade de imprensa no território, mas temem o que pode acontecer daqui a 30 anos (quando terminar o período de transição) ou mesmo antes disso. Um dos organizadores da vigília, Luís Leong, disse à Lusa, enquanto distribuía jornais alusivos aos acontecimentos de Tiananmen, que as pessoas que foram à manifestação “desde os mais velhos aos mais novos, sabem que em Pequim se lutou pela democracia há 30 anos”. “Espero que mais jovens se comecem a preocupar com a justiça social e com a sociedade”, apontou, sublinhando que irá continuar a organizar “esta vigília e a honrar a memória das vítimas até que o Governo Central peça desculpa”. Também presente na vigília, o advogado português Jorge Menezes, que defendeu Sulu Sou de um crime de desobediência qualificada enquanto participava numa manifestação em 2016, afirmou à Lusa que “não era possível haver uma manifestação destas na República Popular da China”, mas que em Macau, apesar de tudo, “ainda é possível”. “No entanto o que nós sentimos é que há valores fundamentais”, no Estado de Direito, “que estão lentamente, não sei se a desmoronar, mas a enfraquecer”, afirmou, numa alusão às crescestes políticas de acelerar a integração do ex-território administrado por Portugal nas estratégias definidas por Pequim. Macau e Hong Kong são os dois únicos locais da China onde Tiananmen pode ser publicamente recordado e nas duas cidades realizam-se anualmente vigílias para lembrar as vítimas do massacre. A fórmula ‘um país, dois sistemas’ serviu para a integração de Hong Kong e Macau na República Popular da China, em 1997 e em 1999, respectivamente, com o estatuto de regiões administrativas especiais, e garante que as políticas socialistas em vigor no resto da China não se aplicam nos territórios, que gozam de “um alto grau de autonomia”, à excepção da Defesa e das Relações Externas, que são da competência exclusiva do Governo Central chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de cem mil manifestantes em Hong Kong recordaram massacre de Tiananmen [dropcap]M[/dropcap]ais de cem mil pessoas reuniram-se ontem em Hong Kong para uma vigília com velas, assinalando o 30.º aniversário do massacre de Tiananmen, um dos poucos locais na China onde o evento pode ser recordado. Na China continental estão proibidas todas as cerimónias que assinalem o evento de 4 de Junho 1989, em que o exército chinês matou um número indeterminado de estudantes que defendiam um movimento pró-democracia. Ontem, muitos chineses deslocaram-se até Hong Kong para recordar o massacre de Tiananmen, desfilando com velas na mão e assistindo a discursos, tirando proveito do estatuto da região sob a regra de “um país, dois sistemas”. Há 29 anos que Hong Kong assiste a vigílias que assinalam a intervenção do exército chinês na praça da Paz Celestial, mas este ano os observadores acreditam que terá sido batido o recorde de afluência de manifestantes. A Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos e Patrióticos de Hong Kong, que organizou a vigilia, indicou a presença de 180 mil pessoas, mas as autoridades policiais da cidade dizem que esse número não terá excedido as 37 mil, com vários ‘media’ internacionais a confirmarem a presença de mais de cem mil manifestantes. Muitos dos presentes compareceram em trajes de luto e com velas na mão, entoando cânticos que recordavam os momentos em que milhares de estudantes enfrentaram as forças do exército chinês. Iniciado por estudantes da Universidade de Pequim, o movimento pró-democracia da Praça Tiananmen acabou quando os tanques do exército foram enviados para pôr fim a sete semanas de protestos. O número exacto de pessoas mortas continua a ser segredo de Estado, mas as “Mães de Tiananmen”, associação não-governamental constituída por mulheres que perderam os filhos naquela altura, já identificaram mais de 200. As autoridades chinesas defendem que a acção do Governo foi necessária para abrir caminho ao crescimento económico, e que se o Exército não interviesse, “a China mergulharia no caos”, como aconteceu em outros países socialistas. Hoje, 30 anos depois, os manifestantes repetiam que “o povo não esquecerá” e diziam que se recusavam a acreditar nas mentiras, referindo-se às versões apresentadas pelo Governo de Pequim, para explicar a contestação estudantil. “Ao demonstrar o nosso apoio ao movimento estudantil, estamos também a expressar a nossa insatisfação com o regime violento da China”, disse Amy Cheung, de 20 anos, que deslocou desde o interior da China até à manifestação de Hong Kong. “Tenho medo de ficar numa lista negra e ser perseguido quando regressar”, confessou um dos manifestantes, que viajou desde a região de Chengdu (centro da China) que preferiu preservar a sua identidade. Também em Taiwan, um território reclamado pela China, decorreram hoje manifestações de memória ao “rapaz do tanque”, recordando o estudante que simbolicamente se colocou em frente de um dos tanques da Praça de Tiananmen e cuja imagem fotográfica simbolizou em todo o mundo este acontecimento.
Hoje Macau DesportoMotociclismo | Daley Mathison morre na Ilha de Man [dropcap]O[/dropcap] piloto Daley Mathison, que no ano passado tinha feito a estreia no Grande Prémio de Macau de motos, morreu na segunda-feira, após um acidente durante a primeira corrida da prova Ilha de Man TT. O piloto de 27 anos terá perdido o controlo da mota na terceira das quatro voltas ao circuito ilhéu, que tem uma extensão de 60,725 quilómetros. “A última imagem que vi do meu marido foi um homem muito feliz com a vida e que estava muito orgulhoso dos feitos alcançados na carreira”, escreveu a esposa do piloto, Natalie, horas depois do acidente. Apesar dos 27 anos, Mathison já tinha participado em 19 corridas provas da Ilha de Man – cada edição tem várias corridas – e contava com três pódios no currículo. Mathison foi a primeira vítima mortal da edição deste ano da famosa prova de estrada. Em relação à participação do piloto em Macau, no ano passado, o inglês terminou a corrida no 21.º lugar.
Hoje Macau VozesMedidas restritivas comerciais dos EUA prejudicam interesses do mundo inteiro Gong Xin * [dropcap]N[/dropcap]o mundo globalizado de hoje, as economias chinesa e americana são altamente integradas e estão vinculadas a uma união que é mutuamente benéfica e de ganha-ganha por natureza. No entanto, desde Março de 2018, a administração actual dos EUA adoptou uma série de medidas unilaterais e proteccionistas no comércio com a China. Essas medidas restritivas comerciais não são boas para China nem para os EUA, e são ainda piores para o restante do mundo. As medidas tarifárias norte-americanas levaram a um contínuo declínio no volume de exportação da China para os EUA em 2019. Como a China tem de impor tarifas como contramedida aos aumentos tarifários dos EUA, as exportações norte-americanas para a China também caíram, já por oito meses consecutivos. A incerteza trazida pela fricção económica e comercial EUA-China tornou as empresas de ambos os países mais hesitantes em investir. Além disso, as medidas tarifárias não impulsionaram o crescimento económico americano. Em vez disso, aumentaram significativamente os custos de produção das empresas norte-americanas e preços domésticos, exercendo um impacto negativo sobre o crescimento económico e a vida do povo dos EUA. De acordo com um relatório de pesquisa, se os EUA sobretaxarem todas as exportações chinesas por 25%, o PIB dos EUA diminuirá 1,01%, reduzindo cumulativamente US$ 1 bilião nos próximos dez anos. As medidas tarifárias também prejudicaram severamente as exportações dos EUA para a China. Em 2018, quando o atrito económico e comercial piorava, as exportações de 34 estados norte-americanos para a China sofreram um queda, sendo os estados das regiões agrícolas do centro-oeste os mais afectados. As medidas proteccionistas adoptadas pelos EUA constituem uma violação grave às mais fundamentais e centrais regras da Organização Mundial do Comércio, incluindo o tratamento de nação mais favorecida e obrigações tarifárias, e expuseram o sistema de comércio multilateral e a ordem de comércio internacional ao perigo. As acções norte-americanas interrompem as cadeias industriais e de fornecimento globais, perturbam a confiança do mercado, reduzem a recuperação económica mundial e prejudicam o desenvolvimento das empresas e o bem-estar das pessoas em todos os países. A OMC cortou a sua previsão para o crescimento comercial global neste ano de 3,7% para 2,6%, enquanto o Fundo Monetário Internacional reduziu a sua estimativa para 3,3%, dizendo que a fricção económica e comercial poderia deprimir ainda mais o crescimento económico global. *Comentador político
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Oposição quer legalizar casamento entre pessoas do mesmo sexo [dropcap]O[/dropcap]s principais partidos da oposição no Japão apresentaram um projecto de lei para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, semanas depois de Taiwan se tornar o primeiro território na Ásia a legalizar o casamento ‘gay’. O projecto, submetido na segunda-feira, provavelmente não vai longe na Dieta japonesa, o parlamento que é composto pela Câmara dos Representantes e pela Câmara dos Conselheiros, onde o Partido Liberal Democrata, no poder, apenas avançou em matéria de direitos civis de pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros), noticia o jornal The Japan Times. O projecto de lei apresentado por partidos como o Partido Democrático Constitucional do Japão e o Partido Comunista Japonês propõe que o casamento seja estabelecido com base na igualdade do casamento. A linguagem neutra seria adoptada com os termos “parte do casamento” para substituir “marido” e “mulher”, enquanto “pai e mãe” seria alterada pela designação “pais”. Um dos problemas reside no artigo 24 da Constituição, no qual se declara: “O casamento deve ser baseado apenas no consentimento mútuo de ambos os sexos e deve ser mantido através da cooperação mútua com base na igualdade de direitos entre marido e mulher”. Enquanto alguns defendem que este artigo é focado nos registos familiares e não afecta o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os opositores sustentam que é necessária uma mudança constitucional para permitir essas uniões.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Irmã de Kim Jong-un aparece após notícias de afastamento As dúvidas sobre o paradeiro da irmã mais nova do líder norte-coreano parecem ter-se dissipado após a sua aparição nos “Jogos em Massa”, ao lado de Kim Jong-um. O fracasso da cimeira com Donald Trump, em Hanói, em Fevereiro, levou a uma séria de rumores sobre uma eventual purga dentro do partido no poder [dropcap]A[/dropcap] irmã mais nova do líder norte-coreano Kim Jong-un apareceu em público, lançando dúvidas sobre a especulação dos ‘media’ sobre o seu afastamento após o fracasso da cimeira com os EUA, em Fevereiro. Kim Yo-jong marcou presença junto do irmão nos icónicos “Jogos em Massa” de Pyongyang, a sua primeira aparição pública em mais de 50 dias. Os meios de comunicação social estatais da Coreia do Norte mostraram ontem Kim Yo Jong batendo palmas junto do irmão e de outras autoridades no estádio de Pyongyang, num evento que junta milhares de ginastas e dançarinos e uma multidão num espaço com capacidade para 150 mil pessoas. Os media informaram também que o oficial norte-coreano Kim Yong-chol, que alegadamente teria sido condenado a trabalhos forçados na sequência da cimeira em Hanói entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano, também compareceu ao evento. As publicações norte-coreanas já haviam mostrado imagens de Kim Yong-chol sentado na mesma fila de Kim Jong-un, durante uma apresentação musical das mulheres dos oficiais do Exército Popular da Coreia. Avisos severos O Presidente norte-americano, Donald Trump, e Kim encurtaram a cimeira de Hanói, concluída sem qualquer acordo e sem uma declaração comum, devido à impossibilidade de um entendimento em relação ao desmantelamento do programa nuclear de Pyongyang em troca de um levantamento das sanções económicas impostas ao país asiático. Desde então, o Norte realizou já dois testes de mísseis de curto alcance. Em Abril, a comissão parlamentar sobre informações sul-coreana afirmou que Kim Yong-chol tinha sido sancionado pela gestão da cimeira de Hanói, apesar de ter sido recentemente nomeado para a Comissão de Assuntos de Estado, o primeiro órgão do Estado norte-coreano, presidida pelo líder do regime e herdeiro da ‘dinastia’ Kim. As notícias sobre esta alegada purga foram publicadas depois de o Rodong Sinmun, órgão oficial do partido no poder na Coreia do Norte, ter advertido na quinta-feira que os responsáveis que cometam actos hostis ao partido ou anti-revolucionários seriam confrontados com o “julgamento severo da revolução”.
Hoje Macau SociedadeSegurança | Prisão de Coloane acolhe amanhã simulacro [dropcap]A[/dropcap]s instalações do Estabelecimento Prisional de Coloane e a área em redor vão amanhã ser o palco do simulacro “Operação Conjunta – Relâmpago”. Em comunicado, os Serviços de Polícia Unitários descrevem o exercício como “emergente de grande escala”, organizado para “melhorar a transmissão de informações, a coordenação de comando e o mecanismo de comunicação entre os serviços da área da segurança e outros serviços do Governo”. Durante o simulacro, serão suspensos ao público todos os serviços do Estabelecimento Prisional de Coloane, nomeadamente, visitas a reclusos, pedido de visita ou entrevista com o técnico social. O exercício vai implicar o lançamento de granadas sónicas e disparos de armas de fogo, circunstância pela qual as autoridades alertam os moradores vizinhos para não se assustarem. Na sequência do exercício o trânsito será suspenso provisoriamente na Rua de São Francisco Xavier, junto ao Estabelecimento Prisional de Coloane, entre as 14h e 18h. Participam no simulacro os Serviços de Alfândega, Corpo de Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Corpo de Bombeiros, Direcção dos Serviços Correccionais, Gabinete de Comunicação Social e Serviços de Saúde.
Hoje Macau SociedadeCorreios | Governo aceita 25 propostas para obras [dropcap]O[/dropcap] Governo recebeu 28 propostas para as obras de remodelação do 5.º andar do Edifício dos Correios, na Estrada de D. Maria II. A abertura das propostas teve lugar ontem e foi levada a cabo pela Direcção de Serviços de Solos e Obras Públicas e Transportes. Das 28 empresas a concurso, três foram excluídas por terem apresentado a proposta foram do prazo legal ou por não terem toda a documentação que era exigida e 25 foram aceites. Os preços variam entre os 5,4 milhões de patacas e os 8,2 milhões de patacas. A zona das obras tem uma área bruta de construção total de cerca de 570m2, abrange escritórios, salas de arquivo, entre outros. Segundo a DSSOPT, os materiais de construção que têm de ser utilizadas são ecológicos, nomeadamente tintas com produtos solúveis em água e baixo teor de compostos orgânicos voláteis. Além disso, as obras também incluem a substituição dos aparelhos de ar-condicionado, do sistema eléctrico e do sistema de iluminação. Prevê-se que as obras tenham início no segundo semestre deste ano e o prazo máximo de execução seja de 150 dias de trabalho.
Hoje Macau SociedadeQuase 2.500 pessoas multadas por fumarem em locais proibidos [dropcap]Q[/dropcap]uase 2.500 pessoas foram multadas por fumarem em locais proibidos, informaram ontem os Serviços de Saúde, cinco meses depois de ter sido endurecida a lei do tabaco. No primeiro dia do ano passou a ser totalmente proibido fumar em locais públicos fechados à excepção de salas criadas e autorizadas para o efeito no aeroporto e nos casinos. Só entre 1 de Janeiro e 31 de Maio, mais de 145.000 inspecções realizadas pelos Serviços de Saúde resultaram em 2.510 acusações: a esmagadora maioria diz respeito a fumadores ilegais (2.498) e 12 casos referentes a ilegalidades nos rótulos dos produtos de tabaco. Os casinos foram palco do maior número de infrações (26,5 por cento), numa altura em que as autoridades estão ainda a analisar pedidos das operadoras para o licenciamento de salas de fumo. A maioria dos infractores é do sexo masculino (94,1 por cento) e mais de metade das multas foram aplicadas a turistas. Em 45 casos foi necessária a intervenção das forças de segurança, mas a grande maioria (89,9 por cento) pagou a multa. Até 31 de Maio, os Serviços de Saúde receberam pedidos de 35 casinos para licenciamento de 597 salas de fumo, das quais foram autorizadas 556 salas de fumadores, distribuídas por 31 casinos.
Hoje Macau China / ÁsiaTiananmen | Aniversário do massacre marcado por críticas da comunidade internacional Fez ontem 30 anos que a violência manchou de sangue os protestos na Praça Tiananmen, em Pequim. A data foi recordada um pouco por todo o mundo com inúmeras críticas da comunidade internacional, entre as quais da União Europeia e dos Estados Unidos. Em plena guerra comercial, a China acusou Washington de se intrometer “de forma grosseira” nos assuntos internos do país [dropcap]O[/dropcap] dia que a China tenta esconder ou, pelo menos, apagar da memória colectiva foi ontem celebrado, mas a comunidade internacional não deixou passar em branco o dia em que o regime de Pequim respondeu com violência extrema aos protestos que pediram abertura democrática, liberdade de imprensa e responsabilização do poder político. Ontem assinalou-se o trigésimo aniversário do massacre de Tiananmen. As críticas vieram de vários quadrantes, mas a que mais terá enfurecido o Governo Central foi a de Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, e que foram proferidas numa altura em que os dois países se defrontam numa guerra comercial sem fim à vista. Pompeo recordou os “heróis do povo chinês que se levantaram corajosamente há 30 anos na Praça Tiananmen” para exigir reformas políticas, e pediu a Pequim que publique um balanço dos mortos e dos desaparecidos. O secretário de Estado afirmou que, “nas décadas que se seguiram, os EUA esperavam que a integração da China na comunidade internacional levasse a uma sociedade mais aberta e tolerante”. “Essas esperanças desapareceram”, frisou. “O Estado chinês de um partido único não tolera qualquer dissidência e viola os direitos humanos sempre que é do seu interesse”, apontou, em comunicado. Entretanto, a China reagiu, acusando Mike Pompeo de se intrometer na política interna chinesa e apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos na sequência das declarações prestadas. “Alguns nos Estados Unidos estão muito acostumados a criticar os outros, e sob o pretexto da democracia e dos Direitos Humanos interferem nos assuntos internos de outros países, enquanto fecham os olhos aos seus próprios problemas”, afirmou em conferência de imprensa o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang. Além disso, um porta-voz chinês afirmou, num comunicado difundido ‘online’ pela embaixada chinesa em Washington, que a declaração de Pompeo “interfere grosseiramente” nos assuntos internos da China e é “uma afronta ao povo chinês e uma grave violação do direito internacional”. UE exige libertações As críticas à postura de Pequim vieram também da União Europeia (UE), com quem a China tem intensas relações comerciais, que pretende reforçar através da política “Uma Faixa, Uma Rota”. Para a UE, o que aconteceu em Tiananmen foram “protestos pacíficos pela democracia”, lamentando o silêncio das autoridades chinesas sobre os acontecimentos de 1989. Em comunicado, a Alta Representante da UE para a Política Externa sublinha que “os números exactos daqueles que morreram e foram detidos em 4 de Junho (de 1989) e na repressão que se seguiu nunca foram confirmados e poderão nunca vir a ser conhecidos”, lamentando que, ainda hoje, Pequim não reconheça os acontecimentos de há 30 anos. “O reconhecimento desses eventos e dos mortos, detidos ou desaparecidos em ligação com os protestos de Tiananmen é importante para as gerações futuras e para a memória colectiva”, sustenta Federica Mogherini no comunicado ontem divulgado em Bruxelas. Mogherini aponta que “a UE espera a libertação imediata dos defensores dos direitos humanos e advogados detidos ou condenados por ligações a esses eventos ou às suas actividades em defesa do estado de direito e democracia, incluindo Huang Qi, Gao Zhisheng, Ge Jueping, o pastor Wang Yi, Xu Lin e Chen Jiahong”. “Continuamos hoje a assistir a uma repressão da liberdade de expressão e de associação e da liberdade de imprensa na China”, observa a chefe de diplomacia europeia. Lembrando que “os direitos humanos são universais, indivisíveis e interdependentes” e que “as leis e padrões internacionais contemplam o respeito das liberdades fundamentais”, a Alta Representante termina advertindo que o compromisso com os direitos humanos “é e continuará a ser um pilar fundamental” da parceria estratégica UE-China. Taiwan idem aspas Os 30 anos do massacre de Tiananmen foram lembrados em Macau e Hong Kong, sendo que Taiwan criticou directamente o posicionamento da China sobre esta matéria. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, acusou ontem a República Popular da China de querer “continuar a esconder a verdade” sobre o massacre de Tiananmen, criticando o silêncio das autoridades comunistas e da imprensa oficial. “Para um país ser civilizado, ou não, depende da forma como o Governo trata as pessoas e como encara os erros do passado”, afirma Tsai numa mensagem divulgada através da rede social Facebook. A publicação é acompanhada de uma ilustração de uma vigília com a legenda: “A liberdade é como o ar, só podes sentir a sua existência quando não podes respirar. Não te esqueças do 4 de Junho”, a data do massacre ocorrido em 1989. Tsai critica também a decisão das autoridades de Hong Kong por não permitir a entrada de um sobrevivente do massacre, Feng Condge, que vive exilado e que pretendia participar na vigília que assinala os trinta anos sobre os acontecimentos. Segundo a chefe de Estado de Taiwan, o regime de Pequim está a aumentar o controlo e influência sobre a antiga colónia britânica. Tsai Ing-Wen recordou também as recentes declarações do ministro da Defesa de Pequim, Wei Fanghe, que afirmou que a actuação das autoridades no sentido de dispersar as manifestações de 1989 foi “correcta”. “Isto não mostra apenas que o Governo (da República Popular da China) não quis reflectir sobre os erros cometidos naquele ano, mas também que quer continuar a esconder a verdade. Creio que as pessoas, em todo o mundo, que querem liberdade e democracia não podem estar de acordo com a forma como Pequim enfrenta o assunto”, lamentou a chefe de Estado de Taiwan. Tsai dirigiu-se aos cidadãos da República Popular da China, incluindo os habitantes de Hong Kong “que amam a liberdade” afirmando que Taiwan vai continuar firme em relação aos princípios da democracia e da liberdade”. “Apesar das infiltrações, enquanto eu for Presidente, Taiwan jamais vai ceder às pressões”, afirma no mesmo texto. China diz que está imune Entretanto, um jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) sugeriu ontem que a sangrenta repressão do movimento pró-democracia de Tiananmen tornou a China “imune” à agitação política, numa rara referência sobre os eventos ocorridos há trinta anos. Em editorial, o Global Times considera que o “incidente” é um “evento histórico esquecido”, face ao espectacular desenvolvimento económico do país. “Desde aquele incidente, a China tornou-se a segunda maior economia do mundo, com acelerada melhoria dos padrões de vida”, defendeu o jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. Trata-se de uma referência rara na imprensa chinesa sobre os acontecimentos, mas sublinha a posição oficial do partido. As autoridades defendem que a acção do Governo foi necessária para abrir caminho ao crescimento económico e que, se o Exército não interviesse, “a China mergulharia no caos”, como aconteceu em outros países socialistas. “O incidente de Tiananmen aumentou a imunidade da China contra qualquer agitação política no futuro, como uma vacina à sociedade chinesa”, defendeu o jornal, cujo editorial não foi incluído na versão em chinês e só foi publicado na versão impressa. Iniciado por estudantes da Universidade de Pequim, o movimento pró-democracia da Praça Tiananmen acabou quando os tanques do exército foram enviados para pôr fim a sete semanas de protestos. O número exacto de pessoas mortas continua a ser segredo de Estado, mas as “Mães de Tiananmen”, associação não-governamental constituída por mulheres que perderam os filhos naquela altura, já identificaram mais de 200. Numa conferência em Singapura, o ministro chinês da Defesa, Wei Fenghe, apontou também, no domingo, que as autoridades fizeram a “decisão correcta” quando enviaram o exército para disparar contra estudantes desarmados, que pediam reformas políticas.
Hoje Macau EventosInéditos de Agustina Bessa-Luís editados “a curto prazo” [dropcap]U[/dropcap]ma antologia de contos inéditos de Agustina Bessa-Luís, que morreu hoje aos 96 anos, e a correspondência entre a escritora e o britânico John Wilcock serão editados “a curto prazo” pela editora Relógio D’Água, que a representa. “A curto prazo haverá a edição de alguns inéditos, a correspondência com [o jornalista e escritor britânico] John Wilcock e alguns contos também”, anunciou hoje, em declarações à Lusa, Francisco Vale, responsável pela atual editora de Agustina Bessa-Luís, a Relógio d’Água. A correspondência “sairá este ano” e “é possível” que o mesmo aconteça com os contos. “Isso não temos ainda a certeza, porque está a ser feita uma recolha, um levantamento. Sabemos que há vários, até bastantes contos inéditos, pelo menos nunca publicados em livro, e outros absolutamente [inéditos], que nem sequer saíram em revistas, e seria uma antologia desses contos que gostaríamos de fazer sair ainda este ano, talvez em outubro”, adiantou Francisco Vale. Embora a escritora estivesse afastada da vida pública e da escrita desde 2006, devido a problemas de saúde, para o editor não é possível deixar de sentir “o seu desaparecimento como uma perda, para a literatura portuguesa e para os leitores de Agustina”. A Relógio d’Água irá, “obviamente, continuar, com tanta ou mais convicção a divulgar a obra” de Agustina Bessa-Luís, “que passa em grande parte pela reedição das obras que estavam já afastadas das livrarias há alguns anos”, além da publicação dos já referidos inéditos, “que a família, nomeadamente a filha Mónica Baldaque [artista plástica e também escritora] considera de particular interesse”. Em 2017, Agustina Bessa-Luís deixou a sua editora de sempre, a Guimarães Editores, fundada em 1899, e que, atualmente, faz parte do grupo editorial Babel. Desde que a obra da escritora passou a ter a chancela da Relógio d’Água, já foram reeditadas “15 [títulos], com prefácios de escritores, que permitem que a obra da Agustina chegue a novas gerações de leitores, que foram desde Gonçalo M. Tavares a António Lobo Antunes, passando por muitos outros, como Bruno Vieira Amaral, João Miguel Fernandes Jorge, António Barreto, António Mega Ferreira, Pedro Mexia, e um original, ‘Deuses de barro’”. De acordo com Francisco Vale, “por ano sairão cerca de seis/sete títulos” e “o próximo romance que irá sair é ‘O Sermão do Fogo’ [editado originalmente em 1962 e reeditado em 1995], um excelente romance que será reeditado ainda em junho”. “A obra dela é muito extensa, muito vasta, muito diversificada em géneros também e, portanto, temos pelo menos, em termos só de reedições, trabalho para dois/três anos mais, pelo menos”, afirmou o editor. Simultaneamente, irá realizar-se “uma série de iniciativas que ajudem a manter viva, e que chegue a novos leitores, a obra de Agustina, como [a ópera] ‘Três mulheres com máscaras de ferro’, congressos, encontros, debates, que temos organizado”. Entretanto, está a ser preparada uma homenagem à escritora na Feira do Livro de Lisboa, que decorre até 16 de Junho, no Parque Eduardo VII. “Em princípio, será no sábado, às 16:30, mas estamos ainda a confirmar as presenças das pessoas nessa homenagem, que será feita de leituras de fragmentos da obra da Agustina e, eventualmente, de alguns dos prefácios que entretanto acompanham a sua obra, que temos reeditado”, partilhou Francisco Vale. Além disso, a Relógio d’Água irá procurar “expor o melhor possível” a obra de Agustina Bessa-Luís, nos pavilhões da editora, na Feira do Livro. O nome de Agustina Bessa-Luís, que nasceu em 15 de Outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, destacou-se em 1954, com a publicação do romance “A Sibila”, que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz. Recebeu igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra “Os Meninos de Ouro”, e em 2001, com “O Princípio da Incerteza I – Joia de Família”. Foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015. Sobre Agustina, o ensaísta Eduardo Lourenço disse, em declarações à Lusa, no final da cerimónia da entrega do prémio com o seu nome, que é uma autora “incomparável”, a “grande senhora das letras portuguesas”. Em 2004, Agustina recebeu os Prémios Camões e Vergílio Ferreira. Foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e com o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988. Questionada sobre o que escrevia, a autora disse, num encontro na Póvoa de Varzim: “É uma confissão espontânea que coloco no papel”. A cerimónia fúnebre da escritora Agustina Bessa-Luís decorrerá hoje, na Sé Catedral do Porto, seguindo depois para o cemitério do Peso da Régua, Vila Real, onde será sepultada “na intimidade da família”, revelou hoje o Círculo Literário Agustina Bessa-Luís. O Governo declarou um dia de luto nacional, na terça-feira, pela morte da escritora.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan critica Pequim por continuar a esconder a verdade sobre Tiananmen [dropcap]A[/dropcap] presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, acusou hoje a República Popular da China de querer “continuar a esconder a verdade” sobre o massacre de Tiananmen, que se assinala hoje, criticando o silêncio das autoridades comunistas e da imprensa oficial. “Para um país ser civilizado, ou não, depende da forma como o governo trata as pessoas e como encara os erros do passado”, afirma Tsai numa mensagem divulgada hoje através da rede social Facebook. A publicação é acompanhada de uma ilustração de uma vigília com a legenda: “A liberdade é como o ar, só podes sentir a sua existência quando não podes respirar. Não te esqueças do 04 de Junho”, a data do massacre ocorrido em 1989. Tsai critica também a decisão das autoridades da Região Administrativa Especial de Hong Kong por não permitir a entrada de um sobrevivente do massacre, Feng Condge, que vive exilado e que pretendia participar na vigilia que assinala os trinta anos sobre os acontecimentos. Segundo a chefe de Estado de Taiwan, o regime de Pequim está a aumentar o controlo e influência sobre a antiga colónia britânica. Tsai Ing-Wen recordou também as recentes declarações do ministro da Defesa de Pequim, Wei Fanghe, que afirmou que a actuação das autoridades no sentido de dispersar as manifestações de 1989 foi “correcta”. “Isto não mostra apenas que o governo (da República Popular da China) não quis reflectir sobre os erros cometidos naquele ano, mas também que quer continuar a esconder a verdade. Creio que as pessoas, em todo o mundo, que querem liberdade e democracia não podem estar de acordo com a forma como Pequim enfrenta o assunto”, lamentou a chefe de Estado de Taiwan. Tsai dirigiu-se aos cidadãos da República Popular da China, incluindo os habitantes de Hong Kong “que amam a liberdade” afirmando que Taiwan vai continuar firme em relação aos princípios da democracia e da liberdade”. “Apesar das infiltrações, enquanto eu for presidente, Taiwan jamais vai ceder às pressões”, afirma no mesmo texto. O governo da República Popular da China enfrenta hoje uma das datas mais dolorosas da história do país, fugindo a responsabilidades, negando os factos e criminalizando as vítimas da repressão que pôs fim às manifestações estudantis em 1989. Em Maio e Junho de 1989 centenas de milhares de estudantes e trabalhadores manifestaram-se na praça Tiananmen, no centro de Pequim, exigindo reformas políticas. O número exacto de vítimas da repressão militar continua desconhecido apesar dos grupos de direitos humanos indicarem “milhares de mortos”.
Hoje Macau EventosAsiáticos descendentes de portugueses juntam-se em Malaca “para redescobrir as raízes culturais” [dropcap]A[/dropcap] comunidade asiática descendente de portugueses de todo o continente junta-se em Malaca no final de Junho “para redescobrir as raízes culturais” que partilham e que herdaram durante a época dos descobrimentos, disse à lusa o organizador. “O principal objectivo deste encontro é redescobrir as nossas raízes culturais que partilhamos em comum e que todos herdámos de Portugal”, disse à Lusa o representante da minoria luso-malaia perante o estado de Malaca e organizador da segunda edição da Conferência da Comunidade Luso-Asiática, Joseph Santa Maria. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, assim como professores e especialistas da Indonésia, Singapura, Malásia, Timor-Leste, Austrália e Tailândia, têm previsto marcar presença entre os dias 28 e 29 de Junho na cidade conquistada pelos portugueses em 1511, na época no coração de um lucrativo comércio de especiarias. Todos os participantes partilham um passado em comum: “orgulhosamente exibimos a nossa cultura e tradições respectivas que abraçamos firmemente”, contou Joseph Santa Maria. “Nós também podemos afirmar orgulhosamente que somos uma comunidade na Ásia, uma comunidade de descendentes de portugueses”, que começou nos séculos XV e XVI sublinhou. Para o organizador, a responsabilidade da protecção da herança luso-asiática tem de passar pelos próprios. “Não podemos esperar que Portugal proteja a nossa bela herança, devemos proteger-nos para sobreviver”, frisou. Portugal, disse, “só tem uma responsabilidade moral no que diz respeito à sua política, que é os Século XV e XVI, nos anos da ‘grande descoberta”. Por outro lado, Joseph Santa Maria espera que os “promotores da herança portuguesa”, não se esqueçam “do solo asiático”. “Somos cidadãos orgulhosos dos nossos respectivos países, mas também nos orgulhamos do nosso início e da cultura e tradições que todos nós herdámos principalmente de Portugal”, sendo esse precisamente o “objectivo principal”, da segunda edição da Conferência da Comunidade Luso-Asiática, vincou. Por fim, Joseph Santa Maria afirmou desejar que este encontro se possa realizar mais vezes, uma forma de proteger o património com a “pequena voz” das minorias daqueles que têm e que representam a herança portuguesa na Ásia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina apela a estudantes para avaliarem riscos antes de irem estudar para EUA [dropcap]A[/dropcap] China apelou ontem aos estudantes para que “reforcem a sua avaliação dos riscos” antes de decidirem ir estudar para os Estados Unidos, na sequência de recentes restrições e recusa de vistos a cidadãos chineses. O ministério chinês da Educação pediu, em comunicado ontem divulgado, aos estudantes que “pensem bem na necessidade de tomar precauções e fazer preparativos adequados” antes de irem para os Estados Unidos. O apelo surge num contexto de guerra comercial entre Pequim e Washington e de crescente desconfiança dos EUA face à entrada de estudantes e investigadores chineses. No mês passado, os republicanos apresentaram ao Congresso um projecto de lei para impedir a obtenção de um visto de estudante para entrada no país a qualquer pessoa ligada ao exército chinês, o que suscitou de imediato protestos da China. O ministério chinês da Educação denunciou ainda várias dificuldades colocadas pelos Estados Unidos perante a apresentação de um pedido de visa, como o aumento do tempo de processamento, a redução do prazo de validade e o aumento do número de recusas. “Isto afecta todos os chineses que estudam nos Estados Unidos e também os que aí terminaram com sucesso os seus estudos”, refere o ministério no seu site. A proposta de lei apresentada ao Congresso pede a Washington que estabeleça uma lista de instituições científicas e de engenharia ligadas ao exército chinês cujos empregados ou investigadores patrocinados não podem obter visa de estudante ou investigador. O jornal norte-americano The New York Times já tinha avançado, em Abril, que as autoridades americanas tinham começado a recusar acesso ao país a alguns chineses suspeitos de terem ligações aos serviços de informações do seu país. Cerca de 360 mil chineses estão actualmente a estudar nos Estados Unidos, de acordo com estatísticas citadas em Março pela agência oficial de notícias chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Deli vai criar transportes públicos gratuitos para mulheres [dropcap]A[/dropcap] cidade de Nova Deli vai criar transportes públicos gratuitos para as mulheres como forma de reforçar a segurança, depois de uma violação colectiva a bordo de um autocarro, em 2012, que provocou a indignação internacional. A medida será criada nos próximos dois ou três meses, anunciaram ontem as autoridades da capital da Índia, adiantando que estes transportes gratuitos deverão servir cerca de 850 mil mulheres. O custo estimado desta medida é de 115 milhões de dólares (102 milhões de euros) por ano, explicou o representante das autoridades locais Arvind Kejriwal, em conferência de imprensa, acrescentando que o objectivo é melhorar a segurança das mulheres, mas também reduzir a poluição do ar. A segurança das mulheres na capital será ainda reforçada com a instalação, até ao final do ano, de 150 mil câmaras de videovigilância em Nova Deli, adiantou Arvind Kejriwal. “As mulheres poderão deslocar-se gratuitamente [em transportes colectivos) e de uma forma em que se sentirão seguras”, defendeu. Com cerca de 20 milhões de habitantes, Nova Deli é uma das cidades mais poluídas do mundo, de acordo com dados das Nações Unidas. A rede de transportes públicos da cidade é pouco eficiente e a duplicação das tarifas de metro nos últimos meses obrigou muitas pessoas a passarem a deslocar-se a pé. Arvind Kejriwal é o líder do pequeno partido Aam Aadmi (AAP), que ganhou as eleições locais em 2015 com promessas de água potável gratuita, electricidade subsidiada e oferecer acesso a serviços de saúde e melhor educação aos pobres. O responsável também prometeu melhorar a segurança das mulheres, depois de uma violação colectiva de uma estudante seis homens, num autocarro, e que levou à morte da jovem. O assunto ganhou um grande mediatismo internacional e mostrou ao mundo a vulnerabilidade das mulheres na Índia. Em 2016, foram registadas 40 mil agressões sexuais na Índia, mas o número real deverá ser muito mais elevado, já que ainda se mantém a tradição de esconder este tipo de crime.