Ucrânia | China critica possível uso de activos russos congelados na UE

A China manifestou ontem a sua “oposição às sanções unilaterais ilegais não autorizadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, face à possibilidade de a União Europeia utilizar receitas provenientes de activos russos congelados para ajudar a Ucrânia.

“Esse tipo de sanções viola o Direito Internacional”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, durante uma conferência de imprensa em Pequim. Guo apelou ainda à criação de “um ambiente positivo e condições favoráveis para promover as conversações de paz”, sublinhando que “devem ser criadas condições propícias a uma solução política da crise na Ucrânia, e não o contrário”.

A posição da China surge na véspera da cimeira dos líderes dos 27 Estados-membros da UE, que irão discutir, entre outras opções, a possibilidade de investir os activos russos congelados em território europeu como garantia para um novo empréstimo à Ucrânia, caso Moscovo se recuse a pagar pelos danos provocados pela guerra. A medida tem gerado divisões, com países como Bélgica, Itália ou Bulgária a expressarem reservas.

Desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, a China tem mantido uma postura ambígua, apelando simultaneamente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, e à consideração das “legítimas preocupações de segurança” de todas as partes – uma referência implícita à Rússia.

Pequim tem vindo a reforçar a sua aliança com Moscovo e rejeitado acusações, por parte de países ocidentais, de que fornece apoio militar à Rússia, insistindo tratar-se de alegações infundadas.

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