Guerra comercial | Operadoras norte-americanas protegidas

O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, garantiu ontem que irá proteger as operadoras norte-americanas de casinos na região, em caso de agravamento da guerra comercial entre Pequim e Washington.

“As seis operadoras de jogo seguem a lei de Macau. Desde que, seguindo a lei, essas operadoras desenvolvam os seus negócios ordenadamente, de forma saudável, de certeza que são protegidas e apoiadas pelo Governo”, disse o Chefe do Executivo.

“Sempre acolhemos de bom agrado investimento estrangeiro”, incluindo “investimentos de capital norte-americano, são todos bem-vindos”, sublinhou Sam. O líder do Governo falava numa conferência de imprensa de balanço da visita de seis dias a Macau do principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos das duas regiões semiautónomas, Xia Baolong.

Na segunda-feira, o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, o executivo chinês, pediu a 20 empresários locais para “trabalhar em conjunto para promover a prosperidade nacional”.

Depois deste encontro, o secretário para a Economia e Finanças de Macau disse aos jornalistas que Xia Baolong apelou ainda à unidade, contra “o aumento do unilateralismo e do proteccionismo comercial nos Estados Unidos”. “Os empresários de Hong Kong e de Macau têm de estar unidos e colocar-se do mesmo lado do Estado. Nesta situação, não há saída se fizermos compromissos e concessões”, sublinhou Anton Tai Kin Ip.

O dirigente falava pouco antes da China e dos Estados Unidos anunciarem um acordo na segunda-feira, com efeitos a partir de hoje, ao abrigo do qual reduzirão os direitos aduaneiros mútuos em 115 pontos percentuais durante 90 dias. Ou seja, os direitos aduaneiros dos Estados Unidos sobre as importações chinesas serão de 30 por cento durante esse período, em comparação com 10 por cento da China para as importações dos EUA.

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