Tailândia | Novas eleições legislativas marcadas para o dia 8 de Fevereiro

As eleições legislativas na Tailândia vão realizar-se a 8 de Fevereiro, anunciou ontem a comissão eleitoral, três dias após a dissolução do parlamento pelo primeiro-ministro Anutin Charnvirakul

 

Depois de o primeiro-ministro Anutin Charnvirakul ter dissolvido o parlamento tailandês na sexta-feira, a comissão eleitoral da Tailândia anunciou ontem que serão realizadas eleições legislativas no próximo dia 8 de Fevereiro. “A comissão eleitoral preparou os detalhes do escrutínio e submeteu-os ao comissário, que aceitou que as eleições se realizassem no domingo, 8 de Fevereiro de 2026”, disse a comissão num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Os eleitores poderão votar antecipadamente a 1 de Fevereiro e os partidos terão de registar os candidatos a primeiro-ministro até ao final de Dezembro, acrescentou a comissão eleitoral. O parlamento foi dissolvido na sexta-feira, numa altura em que o país do Sudeste Asiático está envolvido numa guerra fronteiriça com o Camboja, que causou até agora 31 mortos e cerca de 800.000 deslocados.

Anutin Charnvirakul dissolveu a Câmara dos Representantes após obter a aprovação do rei Maha Vajiralongkorn, que sancionou a medida horas depois através de um decreto real. “Dado que o governo é minoritário e que a situação política interna é marcada por múltiplos desafios, o governo não está em condições de gerir os assuntos de Estado de forma contínua, eficaz e estável”, lê-se no decreto de dissolução.

O primeiro-ministro tinha sinalizado a intenção nas redes sociais no final de quinta-feira, quando afirmou que gostaria de devolver o poder ao povo, segundo a agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP).

Problemas mil

Até à posse do executivo formado após as eleições, Anutin Charnvirakul chefia um governo de gestão com poderes limitados, que não pode aprovar um novo orçamento. Anutin Charnvirakul, do partido conservador Bhumjaithai, chegou ao poder em Setembro após a destituição de Paetongtarn Shinawatra, filha do magnata e antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.

O chefe do executivo tinha-se comprometido a dissolver a câmara baixa e a organizar eleições no início de 2026, mas os observadores esperavam uma dissolução após o Natal, segundo a AFP. Grande impulsionador da despenalização da canábis no país em 2022, Anutin Charnvirakul foi outrora um poderoso aliado do clã Shinawatra, que dominou por muito tempo a cena política tailandesa, mas cuja influência está em declínio.

Em três meses, o dirigente de 59 anos teve, nomeadamente, de lidar com a morte da antiga rainha Sirikit, inundações devastadoras no sul e crescentes tensões com o Camboja, até ao reinício dos confrontos armados em 7 de Dezembro.

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