SociedadeInflação atinge valor mais elevado dos últimos 14 meses Hoje Macau - 24 Nov 2025 A inflação anual em Macau acelerou em Outubro, pelo quarto mês consecutivo, atingindo 0,6 por cento, o valor mais elevado dos últimos 14 meses, foi anunciado na sexta-feira. A subida do índice de preços no consumidor (IPC) em Outubro cresceu 0,13 pontos percentuais face a Setembro, e o foi o valor mais alto desde Agosto de 2024 (mais 0,74 por cento), segundo dados oficiais. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a aceleração da inflação deveu-se sobretudo aos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (mais 0,7 por cento). O custo das refeições adquiridas fora de casa subiu 1,54 por cento. Os gastos com rendas ou hipotecas de apartamentos subiram 0,83 por cento e 0,58 por cento, respectivamente. Em 30 de Outubro, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) aprovou a segunda descida da taxa de juro em dois meses. A Assembleia Legislativa aprovou, em Abril de 2024, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para “aumentar a liquidez” no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Joalharia a subir Com a recuperação no número de visitantes, a região registou uma subida de 29,8 por cento no preço da joalharia, ourivesaria e relógios, produtos populares entre os turistas da China continental. O custo das excursões e hotéis para viagens ao exterior de residentes de Macau aumentou 5,87 por cento, enquanto os gastos com educação e combustíveis para veículos subiram 1,67 por cento e 3,18 por cento, respectivamente. A inflação em Macau acelerou em Outubro, num período em que o IPC voltou a subir a cair na China continental, depois de quatro meses em queda. Na China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, o IPC registou uma subida homóloga de 0,2 por cento. A China registou deflação em seis dos dez meses deste ano. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. O valor registado em Setembro surpreendeu os analistas, que previam que o indicador se mantivesse inalterado em comparação com Outubro de 2024.