China / ÁsiaOuro | Retomadas compras apesar dos preços recorde Hoje Macau - 10 Dez 2024 O banco central da China aumentou as suas reservas de ouro em Novembro, pela primeira vez em meio ano, depois de o preço do metal precioso ter atingido um máximo histórico no mês anterior, de acordo com dados oficiais. Os números divulgados ontem pela Administração Estatal de Câmbio (SAFE) do país asiático mostram que as reservas de ouro da China aumentaram em 160.000 onças para um total de 72,96 milhões, depois de se manterem estáveis em 72,8 milhões desde Abril. De acordo com a agência noticiosa Bloomberg, na sequência da divulgação dos dados, os preços do ouro subiram 0,6 por cento para serem negociados perto dos 2.650 dólares por onça, ainda abaixo do máximo histórico de quase 2.800 dólares no final de Outubro, face às tensões no Médio Oriente e na Ucrânia e à incerteza sobre as eleições nos EUA e a redução das taxas de juro. A China foi o maior comprador mundial de ouro em 2023 e também no primeiro trimestre deste ano. O facto de estar a aumentar novamente as suas participações indica que o Banco Popular da China continua interessado em diversificar as suas reservas e em proteger-se contra uma possível depreciação do yuan, mesmo a preços elevados. “Isto reflecte provavelmente as expectativas de que os preços internacionais do ouro possam manter uma tendência ascendente durante um período considerável, face às mudanças no panorama político e económico mundial após as eleições presidenciais nos Estados Unidos”, afirmou Wang Qing, analista da Golden Credit Rating, citado pelo jornal estatal China Daily. Perante a volatilidade dos mercados, a fraqueza da moeda e a prolongada crise imobiliária, os investidores chineses voltaram-se para activos considerados como portos seguros: embora a procura por joias tenha diminuído, as compras de moedas e metais preciosos mantiveram-se firmes nos três primeiros trimestres.