Hou Kong | Condenada actuação da escola mas afastada punição

O Chefe do Executivo Ho Iat Seng considerou ontem que a Escola Secundária Hou Kong não procedeu bem ao decidir avançar com a visita de estudo de 30 alunos a Xi’an, numa altura que o desenvolvimento da pandemia no Interior da China revelava sinais evidentes de estar a piorar.

“Tanto os professores, como a escola e os encarregados de educação devem assumir a responsabilidade, uma vez que em Nanjing já havia surtos [de covid-19]. Mesmo assim, eles quiseram avançar com a ideia de fazer a viagem e eu considero que não o deviam ter feito”, começou por dizer Ho sobre o assunto.

“As escolas podem organizar visitas ao Interior da China, nunca proibimos isso. Mas a escola devia ter sido capaz de analisar a situação epidemiológica e inteirar-se dos locais onde havia surtos ou começaram a aparecer casos. Suponhamos que volta a haver casos em Guangdong. A escola deveria continuar com a ideia de ir a Guangdong? Não devia. Claro que Xi’an não é considerado um local de médio ou alto risco mas a escola devia ter avaliado que, em Julho, o risco de transmissão atingiu o pico (…) e ter em conta a situação de Nanjing, porque esta localidade é um hub de transportes aéreos para outras localidades.

Quando questionado se o estabelecimento de ensino iria sofrer consequências práticas pelo incidente, Ho Iat Seng disse que “as autoridades competentes de Macau devem entrar em contacto com a escola Hou Kong”, mas que a própria escola “já emitiu um pedido de desculpas” e “aprendeu a lição para o futuro”.

Recorde-se que a viagem de intercâmbio organizada pela Hou Kong entre 19 e 24 de Julho, envolveu 30 estudantes e que, no regresso a Macau, os elementos do grupo contactaram com dois casos ligados ao surto de Nanjing que estavam no voo CZ376 entre Xi’an e Zhuhai.

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