Paseo del Prado e Jardim de Buen Retiro incluídos na lista de património mundial da UNESCO

O Paseo del Prado, o Jardim do Buen Retiro e o complexo arquitetónico, artístico e natural que os rodeiam, em Madrid, Espanha, passam desde ontem a fazer parte da lista do Património Mundial da UNESCO.

As decisões foram tomadas na 44.ª sessão do comité do Património Mundial da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer ‘online’, a partir da cidade de Fuzhou, na China, desde 16 de Julho e até ao próximo dia 31.

A Unesco decidiu inscrever a candidatura espanhola que toma a designação madrilena da “Paisagem da Luz”, e inclui o Paseo del Prado e do Buen Retiro, uma das primeiras alamedas arborizadas da capital espanhola, e onde se encontram edifícios como os dos museus do Prado, Rainha Sofia e Thyssen-Bornemisza, o Palácio de Cibeles e o Banco de Espanha.

A candidatura de Madrid esteve no limbo por alguns instantes, devido, primeiro, às dúvidas sobre o assunto suscitadas pelo relatório técnico do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e, posteriormente, pela intenção do presidente da sessão de adiar a decisão sobre a inclusão, por 24 horas, até segunda-feira.

Uma vez que se atingiu a fase final de revisão da candidatura e, como faltava apenas modificar alguns pontos para a inclusão da “Paisagem de Luz” na lista da UNESCO, vários países, entre eles Omã e a Etiópia, propuseram à presidência o encerramento do processo.

Em poucos minutos a situação foi ultrapassada e decidida a inscrição na lista da UNESCO do espaço urbano, artístico e natural de Madrid, pelo seu “excecional valor universal”.

Com esta inclusão, Espanha passa a ter 49 bens inscritos na Lista do Património Mundial da UNESCO, cinco dos quais estão na comunidade de Madrid: o Hayedo de Montejo, o mosteiro El Escorial, a cidade de Alcalá de Henares, a paisagem cultural de Aranjuez e, a partir de agora, o Paseo del Prado, o Jardim do Buen Retiro e o complexo arquitetónico, artístico e natural que os rodeia.

No sábado, a UNESCO já tinha decidido incluir na lista do Património Mundial onze cidades termais europeias, a expressão do pré-modernismo de Mathildenhöhe, em Darmstadt, na Alemanha, frescos italianos do século XIV, em Pádua, e a área cultural de Hima, na Arábia Saudita.

O Comité do Património Mundial da UNESCO reúne-se ‘online’ até 31 de Julho, para a sua sessão anual, presidida a partir de Fuzhou, pelo vice-ministro chinês da Educação, Tian Xuejun, presidente da comissão local da UNESCO.

A análise de candidaturas vai prosseguir até à próxima quinta-feira, dia 28. Desde o início desta sessão do comité, no passado fim de semana, a zona portuária de Liverpool foi retirada da lista de património mundial, por causa da promoção imobiliária, no espaço urbano, Veneza saiu da lista de património em risco, por ter proibido o acesso de navios de cruzeiro ao seu porto, e à Turquia foi exigido um relatório sobre o estado de conservação da antiga basílica de Santa Sofia, em Istambul, a apresentar até 2022.

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