China / ÁsiaCovid-19 | Equipa da OMS prossegue investigação com visita a mercado em Wuhan Hoje Macau - 31 Jan 2021 Os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que investigam na China a origem do coronavírus visitaram hoje o mercado Huanan, em Wuhan, primeiro local conhecido do surto, constataram jornalistas da agência AFP no local. Este mercado, onde eram vendidos animais selvagens vivos, está fechado desde janeiro de 2020, e apenas foi permitida a entrada a veículos do grupo de investigadores da OMS. Os membros da equipa, que na quinta-feira terminaram uma quarentena de 14 dias, iniciaram a investigação de campo na sexta-feira, com a visita ao hospital onde a China diz que os primeiros pacientes com covid-19 foram tratados. A visita é politicamente sensível para Pequim, que tem sido acusada de ser lenta a reagir aos primeiros casos de covid-19 relatados no final de 2019 nesta metrópole do centro da China. O Governo comunista está praticamente em silêncio sobre o assunto e Pequim minimiza o âmbito da missão dos especialistas estrangeiros. “Isto não é uma investigação”, disse na sexta-feira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, recusando acusações ao seu país. Hoje os especialistas não responderam a perguntas quando chegaram ao mercado e membros dos serviços de segurança disseram aos jornalistas para saírem do local. Há poucos dias, o diário nacionalista Global Times publicou um artigo que relativizava a importância deste mercado no início da pandemia, alegando que as “investigações” sugeriam que não era o local de origem do novo coronavírus. Manchado por uma gestão controversa da pandemia durante as primeiras semanas, o Governo comunista prefere destacar a sua vitória sobre o coronavírus. De acordo com números oficiais, a China conseguiu limitar o contágio a menos de 90.000 casos e o número de mortes oficial é de 4.636. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.