PolíticaTufões | Governo equaciona encerramento de autocarros dourados na Ponte HKZM João Santos Filipe - 6 Ago 2019 Raimundo do Rosário criticou o facto de com o sinal tufão número 8 haver serviços públicos que estão fechados por segurança, enquanto alguns particulares se mantêm em funcionamento. O secretário mostrou-se preocupado com a segurança da população, em particular na travessia pela Ponte HKZM [dropcap]O[/dropcap] Governo vai rever a situação dos autocarros dourados da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que continuaram a operar apesar de no território estar içado o sinal 8 de tufão. Na semana passada, com a passagem do tufão Wipha, a situação levou a que vários passageiros ficassem retidos à entrada em Macau, porque depois de passarem a fronteira não havia transportes públicos a funcionar. “Vamos discutir a situação com a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e com a empresa autocarros directos que circulam na ponte. Uma hora e meia depois de ser içado o sinal n.º 8, os transportes públicos ficam suspensos. Estes autocarros dourados também deviam ficar suspensos”, afirmou ontem o secretário para os Transportes e Obras Públicas, que esteve ontem na Assembleia Legislativa a responder às perguntas dos deputados. Devido ao caos na nova ponte, como medida excepcional, foi restabelecido parte dos serviços de transporte colectivo. Porém, Raimundo do Rosário mostrou-se muito preocupado com o número de passageiros acumulados na Praça de Ferreira do Amaral. “Queremos que o serviço na ponte deixe de funcionar durante o sinal n.º 8. Nós tivemos autocarros especiais, mas não passavam pela Ferreira do Amaral. Mesmo assim, havia muitas pessoas que estavam lá à espera de serem levadas para a ponte. Na fronteira da nova ponte ainda há locais cobertos para esperar, mas na Praça de Ferreira do Amaral não. Será que esta situação não é perigosa? Acho que devemos suspender todos os transportes”, completou. Ao mesmo tempo, Raimundo do Rosário sublinhou a necessidade de assegurar a segurança e afirmou não entender o facto de os serviços públicos fecharem com o sinal n.º 8, mas haver privados que continuam a operar. “Não precisamos de trabalhar quando está içado o sinal n.º 8, por motivos de segurança. (…) Por questões de segurança os serviços públicos e alguns privados ficam suspensos. Mas depois há outros que funcionam. Será que isto não coloca a segurança em causa”, perguntou. “Como os serviços ficam a funcionar não podemos excluir a hipótese de as pessoas saírem, irem ao cinema e jantar foram. Mas isso não é perigoso?” questionou.