SociedadeMulheres e Kaifong receberam até Julho quase um milhão de patacas por serviços “insuficientes” Diana do Mar - 28 Dez 2018 As duas instituições que prestam serviços de psicoterapia comunitária, que foram recentemente colocados em causa pelos Serviços de Saúde por estarem aquém do desejado, receberam quase um milhão de patacas nos primeiros sete meses do ano [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde reconheceram recentemente que os serviços de psicoterapia comunitária prestados por duas instituições subsidiadas são “insuficientes”, ao falhar designadamente em encaminhar os pacientes para a especialidade em tempo útil. Em causa figuram a Associação Geral das Mulheres e a União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong) que, nos primeiros sete meses do ano, receberam um total de 906.675 patacas. Os dados constam das listas de apoios financeiros atribuídos pelos Serviços de Saúde, publicadas em Boletim Oficial. Dos dois gigantes tradicionais, a Associação Geral das Mulheres recebeu 826.100 patacas até Julho, enquanto os Kaifong 80.575, ambas para a prestação do serviço de psicoterapia comunitária. Um serviço cuja qualidade foi posta em causa pelos Serviços de Saúde que, em meados do mês, admitiram que ambas falharam em cumprir o papel de detectar e encaminhar os casos problemáticos para tratamento oportuno nos serviços especializados. Isto porque, segundo os dados facultados pelas mesmas, nos primeiros dez meses do ano, 111 de 644 utentes necessitaram de ser encaminhados, mas a taxa de encaminhamento foi inferior a 1 por cento, quando deveria ter correspondido então a 17,2 por cento. Um cenário que – apontaram os Serviços de Saúde – “reflecte os problemas relacionados com a falta de experiência clinica e a diferença na qualidade dos serviços dos psicólogos nas instituições relevantes”. Não obstante, os Serviços de Saúde ressalvaram, porém, que não suspenderam nem reduziram os subsídios dos serviços de psicoterapia comunitária nem os das actividades promocionais para o próximo ano. Falaram antes de “uma nova redistribuição e ajustamento das quotas e objectos dos serviços prestados pelas instituições subsidiadas, a fim de proporcionar tratamentos precisos a grupos específicos e de qualidade clínica”.