Primeiro-ministro são-tomense de visita ao país entre 11 e 17 deste mês

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, efectua de 11 a 17 deste mês uma visita de trabalho à República Popular da China, naquela que é a primeira visita de Estado após o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

“Durante essa visita iremos assinar uma série de acordos, um acordo mãe de cooperação geral com a China e depois acordos particulares para projectos específicos em sectores específicos”, disse o primeiro-ministro, que só regressa a casa no dia 22 de Abril.

Patrice Trovoada deixou sábado o país com destino a Portugal, de onde partirá para Pequim esta segunda-feira, chefiando uma delegação que integra os ministros dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Urbino Botelho, e das Finanças, Comércio e Economia Azul, Américo Ramos.

Patrice Trovoada reconhece que “há uma grande expectativa” na cooperação com este novo parceiro, depois de São Tomé e Príncipe ter cortado relações com Taiwan.

“É verdade que existe uma grande expectativa, mas eu quero voltar a frisar uma questão é que nós somos um país extremamente dependente do exterior e não temos o controlo daquilo que não está no nosso controlo, que é exactamente o exterior”, disse o primeiro-ministro antes de deixar o país.

“Eu digo isso para que as pessoas procurem sempre ter essa atitude de que é melhor contar primeiro connosco próprios, é preciso termos uma gestão extremamente prudente e cautelosa do país”, acrescentou.

Boa vontade

No entanto, Patrice Trovoada destacou “a vontade política” do parceiro chinês em cooperar com o seu país.

“Ajudar-nos, sobretudo, no domínio das infra-estruturas, mas fundamentalmente ajudar-nos a sermos cada vez mais auto-suficientes e termos cada vez mais controlo do nosso desenvolvimento”, explicou.

“Esta visita à China marcará um passo importante, um passo histórico nas nossas relações bilaterais, mas um passo também importante no que diz respeito ao desenvolvimento económico de São Tomé e Príncipe sobretudo no domínio que toca as infra-estruturas”, acrescentou.

No final do ano passado, São Tomé e Príncipe cortou relações com Taiwan (República da China) e restabeleceu os laços diplomáticos com a Républica Popular da China.

Na sua política diplomática, os chineses exigem que os seus parceiros diplomáticos reconheçam somente a Républica Popular da China.

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