SociedadeProdutos farmacêuticos custam mais de 470 milhões ao Governo Joana Freitas - 6 Set 2016 [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 470 milhões de patacas. É o valor que o Governo vai pagar pelo fornecimento de medicamentos e alguns produtos farmacêuticos para as farmácias que fazem parte da rede dos Serviços de Saúde (SS). Entre as empresas encarregues deste serviço há quem detenha mais do que uma. Um despacho do Chefe do Executivo autoriza a celebração do contrato, que incide apenas em medicamentos e produtos farmacêuticos e deixa de fora, por exemplo, vacinas e material médico, que também é comprado – na sua maioria e de acordo com o Boletim Oficial – a estas empresas. No total, são 474,89 milhões de patacas a ser pagos desde este ano e até 2018. A empresa que mais recebe é a Four Star Companhia Limitada, com 114,27 milhões de patacas. Segue-se a Agência Lei Va Hong Limitada, que é paga em 111,1 milhões de patacas. Esta empresa tem como sócios Chan Tak Meng, Lou Fok Kei, António Au Ieong e Ieong Man Cheong, este último membro do Gabinete de Estudos das Políticas. Lou Fok Kei apresenta-se ainda como administrador de outras empresas na lista: é a The Glory Medicina Lda., cujos serviços estão orçados em 94,3 milhões de patacas. Outros ganhos Surge ainda a Firma Chun Cheong – Produtos Farmacêuticos, Lda. que recebe por estes serviços mais de 91 milhões de patacas. A firma tem como administradores três residentes locais (Kong Sui Ling, Au Ieong Tun e Chuen Kong), mas viu também parte da sua participação vendida a duas empresas registadas nas Ilhas Virgens Britânicas. Outras das companhias não está registada, não sendo possível aceder ao seu registo comercial. É a Hong Tai Hong, que recebe mais de 31,6 milhões pelo fornecimento dos medicamentos. Cheng San (11,6 milhões), Medreich Kali Macau (6,6 milhões) e Firma Welfare Instruments (6,2 milhões) também aparecem listadas, ao lado da Luen Cheong Hong (Macau) Limitada (2,25 milhões), da Yu Chun Lda. (2,6 milhões) e da Grupo Popular, a quem foram pagos 2,9 milhões de patacas. A Grupo Popular — Companhia de Produtos e Serviços de Saúde, Limitada estava ligada a Henrique Nolasco da Silva e Susana Chou, ex-presidente da Assembleia Legislativa, que renunciaram aos cargos, de acordo com o registo comercial da empresa.