SociedadeAssociação de Médicos de Língua Portuguesa pede fiscalização aos cuidados geriátricos Joana Freitas - 9 Mar 2016 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação de Médicos de Língua Portuguesa pediu ao Governo mais fiscalização face aos cuidados geriátricos, normalmente prestados por associações. De acordo com um comunicado do Executivo, o pedido foi feito numa reunião entre a Associação e o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, onde também se referiu a necessidade de criar melhores condições para os médicos de fora. “A Associação dos Médicos de Língua Portuguesa referiu que, face ao aumento constante da população e da sua esperança de vida, os cuidados geriátricos nos lares de idosos deveriam ser fiscalizados o que permitiria antecipar problemas detectados aquando da chegada à urgência hospitalar”, pode ler-se no comunicado disponibilizado aos média. O HM tentou perceber junto de Jorge Sales Marques, presidente da Associação, a necessidade desta fiscalização e ainda obter comentários sobre outros assuntos da reunião, mas o também médico não se mostrou disponível por este ter sido um encontro interno e de “cortesia”. Alexis Tam, contudo, diz concordar com a sugestão. “O Secretário concordou em abordar esta questão com os responsáveis da Saúde e da Acção Social e reconheceu que, também aqui, a melhoria de gestão pode trazer melhorias evidentes. Por outro lado, reiterou que a família desempenha um papel imprescindível e insubstituível no cuidado aos cidadãos seniores.” Melhores salários Da parte da Associação de Médicos fica a promessa de “trabalhar mais para a melhoria dos cuidados de saúde”, ainda de acordo com o comunicado, que refere também que o grupo considera que esta melhoria tem sido atingida graças à “contratação de médicos estrangeiros como os portugueses”. É ainda deixada a mensagem de que “os constrangimentos de recrutamento salariais e de alojamento, uma vez ultrapassados, poderiam ajudar a atrair profissionais de saúde de elevada qualidade”. O Governo compromete-se a arranjar “melhores condições” face a esta situação, sendo que Alexis Tam assegura que a contratação ao exterior – de médicos portugueses e não só – é para continuar. No documento entregue pelo Gabinete de Tam aos jornalistas, fica ainda a saber-se que a Associação está satisfeita com as melhorias que têm vindo a ser feitas na área da Saúde, nomeadamente ao nível da comunicação interna e dos cuidados. “O empenho que tem sido feito na melhoria da comunicação interna entre os diverso departamentos e entre estes e os centros de saúde pode, em muito, resultar benefícios para os utentes. Sales Marques mencionou a importância das reformas que têm sido feitas, nomeadamente a da aposta nos cuidados primários como mecanismo essencial para evitar a sobrecarga dos serviços de urgência e a da formação médica, tendo reiterado o apoio da associação àquelas políticas do Governo.”