Presidenciais | Urnas em Macau com pouca afluência

Pouco mais de 500 pessoas foram votar no próximo Presidente da República português. Apesar do Consulado prever uma grande afluência, tal não aconteceu

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar dos eleitores de Macau terem à sua disposição dois dias para votarem nas eleições às presidenciais de Portugal, apenas 526 pessoas – de um total 15977 -foram votar.
“No primeiro dia [sábado] votaram 262 pessoas”, indicou ao HM Ricardo Silva, Chanceler do Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong. Até ontem tinham votado mais 262 pessoas, perfazendo um total de 526 votantes.
À disposição do eleitorado recenseado em Macau estavam seis mesas de voto, sendo que ontem uma recebia apenas os votos enviados de Xangai, Pequim, Seul e Tóquio, como informou Vítor Sereno, Cônsul-Geral do Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong, aos meios de comunicação. O número de mesas foi justificado pelo próprio como preparação para “um afluxo elevado” previsto.

Lista recorde

Mais de 9,7 milhões de eleitores foram chamados a escolher o novo Presidente da República, que irá substituir Aníbal Cavaco Silva, sendo dez os candidatos na corrida, o que constitui um recorde de nomes no boletim de voto. Se um dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos será eleito no imediato chefe de Estado, mas caso contrário haverá uma segunda volta, a 14 de Fevereiro, com os dois concorrentes mais votados.
Os dez candidatos apareciam no boletim de voto pela seguinte ordem: Henrique Neto, António Sampaio da Nóvoa, Cândido Ferreira, Edgar Silva, Jorge Sequeira, Vitorino Silva (Tino de Rans), Marisa Matias, Maria de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Morais. Para o sufrágio de domingo estavam inscritos um total de 9.741.792 eleitores, mais 85.318 do que em 2011, ano em que Cavaco Silva foi reconduzido no cargo de Presidente na primeira volta, com um resultado de 53,14%. Nas últimas eleições, a abstenção também subiu para valores recorde, situando-se nos 53,56%. A menor abstenção verificou-se na reeleição de Ramalho Eanes, em 1980, com 15,6%. No pós-25 de Abril foram eleitos por sufrágio universal e directo Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva, sendo que todos foram reeleitos.

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