Governo acusado de falta de fiscalização em caso de abuso sexual

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]presidente da Associação de Educação Chinesa de Macau, Ho Sio Kam, e o reitor da escola primária da Ilha Verde consideram que os casos de abuso sexual na Associação das Águias Voadoras só aconteceu devido à falta de supervisão a estas associações.
Ho Sio Kam, também ex-deputada, disse ao Jornal Ou Mun, que o sector de educação está preocupado com a questão que envolve a Associação, onde um dos funcionários foi acusado de abuso sexual, e diz que a falta de supervisão às associações financiadas pelo Governo é um dos motivos para que casos destes aconteçam. “As actividades realizadas pela Associação são, normalmente, eventos fechados e é difícil que as escolas saibam os problemas que possam ter acontecido durante essas actividades”, diz, relembrando que quando aconteceram os abusos sexuais as crianças estavam num acampamento.
A responsável sugere que as escolas possam garantir que casos destes não aconteçam através do envio de funcionários das próprias escolas com os alunos. Mas diz também que deve ser feita uma avaliação e supervisão às associações que ofereçam este tipo de serviços.
A Associação Águias Voadoras, recorde-se, ficou sem o financiamento da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude depois de se ter descoberto o caso. Para o reitor da escola primária da Ilha Verde, contudo, o “corte dos apoios financeiros não é a melhor maneira de tratar do assunto, porque este caso envolveu o comportamento pessoal de um funcionário e não o da associação”.
O reitor indicou ainda que a associação em causa “muito se dedicou ao sector da educação” durante o ano passado e, por isso, o Governo poderia dar mais uma oportunidade às Águias. O que existe, diz, é falta de supervisão dos departamentos governamentais às associações financiadas.

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