SociedadeAves | Oposição à substituição de vivos por congelados Flora Fong - 7 Set 2015 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]proposta de acabar com o abate das aves de capoeira e passar a importar directamente aves congeladas não agradou aos grossistas do sector. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) foi quem apresentou a proposta, mas o sector considera que esta ideia vai destruir a sobrevivência do mercado. A proposta chegou depois da propagação da gripe das aves, que atingiu a China o ano passado. O IACM considera que a importação de frangos congelados seria melhor para evitar esta doença, mas os comerciantes dizem que as inspecções actuais são suficientes e que não permitem grandes hipóteses de contaminação. “Actualmente, as aves vivas não podem ser importadas sem a inspecção, nem são guardados para o dia seguinte caso não consigam ser vendidas. O mercado abastecedor faz limpezas várias vezes por mês e está distante das habitações, pelo que a hipótese de haver esta estirpe da gripe é muito pouca”, defendeu ao Jornal do Cidadão o representante dos grossistas de aves de capoeira de Macau, Chao Wa Seng. O Conselho de Administração do IACM explicou no início deste ano que a ideia de haver um abate centralizado permitiria escolher sítios mais distantes da população. Chao Wa Seng diz contudo que o sector está já em extinção e não recebe apoio do Governo, pelo que criticou a proposta do IACM em substituir os frangos vivos pelos refrigerados. O sector vai perder todo o espaço de sobrevivência, diz, e todos os trabalhadores podem passar a estar desempregados. O representante quer que as coisas se mantenham iguais, mas o presidente do Conselho do IACM revelou na semana passada que a província de Guangdong apresentou a mesma proposta e que esta pode mesmo a vir ser aplicada em Macau, ainda que venham a ser realizadas consultas públicas no segundo semestre do ano.