Huawei exportou 200 milhões de telemóveis em 2018

[dropcap]A[/dropcap] gigante chinesa das telecomunicações Huawei exportou, em 2018, mais de 200 milhões de telemóveis para todo o mundo, um novo recorde para a empresa, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. Segundo a fonte, a Huawei superou a norte-americana Apple, em vendas, no terceiro e quarto trimestre deste ano, convertendo-se no segundo maior vendedor de ‘smartphones’, logo a seguir à sul-coreana Samsung.
Em 2010, as exportações anuais da Huawei, que tem sede em Shenzhen, sul da China, fixaram-se em três milhões de telemóveis, compara a firma de análise de mercado IDC, que é citada pela Xinhua.
Hoje, a empresa é o maior fabricante global de equipamentos de rede e está na vanguarda no desenvolvimento de redes de quinta geração (5G).
A Huawei tem, no entanto, estado sob crescente escrutínio em alguns países ocidentais, devido às suas alegadas ligações ao Partido Comunista Chinês (PCC).
Fundada em 1987, por um ex-engenheiro das forças armadas chinesas, a Huawei rejeita as acusações de que é controlada pelo PCC, ou que desenvolve equipamentos que facilitam a espionagem chinesa. Mas funcionários estrangeiros citaram uma lei da China que requer às empresas a cooperação com os serviços secretos.
A emergência das redes 5G acrescentou receios, à medida que os governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como activos estratégicos para a segurança nacional.
Esta tecnologia destina-se a expandir as redes de telecomunicações para conectarem carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais eléctricas.
No início deste mês, a directora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi detida no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, por suspeita de ter mentido sobre uma filial da empresa, para poder aceder ao mercado iraniano, violando sanções norte-americanas.

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