Eleições | Lista de Cloee Chao pede benefícios iguais aos da Função Pública

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]omeçou por ser activista em defesa dos direitos dos croupiers. Depois dos protestos de 2014, Cloee Chao deixou de estar tão activa nesse trabalho. Este ano, porém, decidiu voltar à ribalta como candidata às eleições legislativas através da “Linha da Frente dos Trabalhadores de Casinos”.

A lista, composta por oito membros, todos eles funcionários da indústria do jogo de nível básico, apresentou ontem o seu programa político. Cloee Chao disse que o objectivo da candidatura é aumentar os benefícios de todos os que trabalham no sector, equiparando as regalias às que são atribuídas aos funcionários públicos.

A candidata fala de benefícios como a atribuição de cinco dias de trabalho e dois dias de folga por semana, 22 dias de férias por ano, 90 dias de licença de maternidade e cinco de licença de paternidade. Cloee Chao pede ainda que sejam pagos 14 meses de ordenado.

Cloee Chao referiu que, aquando da liberalização do sector do jogo, as operadoras que investiram no mercado prometeram regalias como a atribuição de subsídios para a habitação ou mais vagas nas creches destinadas aos filhos dos trabalhadores do jogo.

A candidata lamentou que, passados mais de dez anos, o aumento significativo das receitas não levou as operadoras a cumprirem as promessas feitas. Uma delas prende-se com o não pagamento das gorjetas pagas pelos clientes nas mesas de jogo.

“Todos os anos as operadoras têm lucros elevados mas nem todos os anos recebemos aumentos de salário ou bónus”, apontou a líder da lista 25.

Sim à Lei Sindical

A “Linha da Frente dos Trabalhadores de Casinos” pede ainda que seja legislada a Lei Sindical, que já foi chumbada nove vezes na Assembleia Legislativa. Para Cloee Chao, o diploma em causa nunca foi aprovado devido aos interesses de alguns deputados do hemiciclo.

Por isso, um dos objectivos da candidatura é apresentar a Lei Sindical, para que os trabalhadores possam ter outras formas de diálogo com as operadoras em vez de optarem por protestos ou greve.

Cloee Chao defende ainda que os trabalhadores não residentes não devem desempenhar as funções de croupier (algo que a legislação em vigor já prevê), além de defender o fim das salas de fumo nos casinos.

A maioria dos pontos do programa político versam sobre os trabalhadores do jogo, mas a lista 25 diz estar também atenta a questões como o trânsito ou a habitação. Contudo, como são temas presentes em todas as candidaturas, Cloee Chao disse preferir enfatizar a luta pelos direitos dos trabalhadores do jogo.

11 Set 2017

Jogo | Manifestação exigiu aumentos e lei sindical

Depois das taxas, os croupiers. Ontem a Associação Nova dos Direitos e Interesses dos Trabalhadores do Jogo, dirigida por Cloee Chao, foi até à sede do Governo pedir aumentos salariais e a implementação da lei sindical

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]nquanto o Governo estuda, o povo reclama. Enquanto o Governo promete avançar com um concurso público para estudar a implementação da lei sindical, mais uma associação ligada ao sector do Jogo volta a pedir a legislação de um artigo da Lei Básica. Cloee Chao voltou à rua com a sua Associação Nova dos Direitos e Interesses dos Trabalhadores do Jogo e com 300 croupiers. Exigem aumentos salariais na ordem dos cinco por cento às operadoras e pedem uma lei sindical, para que “nunca mais seja preciso ir à rua apresentar a mesma reinvindicação”.

No protesto estava Lo, de 50 anos, que disse ao HM que não vê o seu salário aumentado há dois anos, algo que não acompanha a inflação.

A carta entregue na sede do Governo, dirigida ao Chefe do Executivo, refere que em 2016 apenas a Sands China ajustou os salários dos seus trabalhadores, sendo que as restantes operadoras não fazem aumentos desde 2015, tendo “prejudicado de forma disfarçada” os direitos sociais dos empregados.

“No início de 2016 as empresas de Jogo publicaram os juros líquidos de 12,5 mil milhões de patacas após o pagamento de impostos. Apesar do sector ter sofrido um ajustamento profundo, os dados mostram que todas as empresas ainda obtiveram enormes lucros.”

Cloee Chao alertou para o facto dos salários pagos na indústria não serem tão bons como a maioria das pessoas pensam, tendo em conta ordenados pagos a pessoal administrativo, técnicos, empregadas de limpeza, pessoal de segurança e condutores. Estes estarão a ser substituídos por não residentes, que ganham salários mais baixos.

“Há mais de dez anos um croupier recebia 14 mil patacas, mas hoje em dia recebe 18 mil, o que está de acordo com a média salarial revelada pelas estatísticas oficiais (15 mil patacas). Onde está então o emprego com alto salário? Podem imaginar os salários que são pagos noutras posições”, lê-se na carta.

A ausência de uma lei sindical faz com que, no caso dos trabalhadores exigirem aumentos, “só podem ficar à espera que os capitalistas se tornem benevolentes, ou optam por sair à rua”, sem outras saídas.

Cloee Chao confirmou que deseja recolher assinaturas do sector, caso os aumentos não se realizem após o Ano Novo Chinês. As reivindicações também deverão chegar às mãos dos deputados do hemiciclo.

10 Jan 2017

Croupiers | Mais duas associações contra opinião de Cheang Chi Keong

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] associação Forefront of Macau Gaming associou-se à Associação dos Empregados das Empresas de Jogo de Macau e já recolheu cerca de 1800 assinaturas de croupiers que visam pedir ao Chefe do Executivo para conservar a actual política de manter os lugares de croupier nos casinos exclusivamente para os residentes.
Cloee Chao, secretária-geral da associação e membro da Forefront of Macau Gaming, disse ao HM que muitos croupiers ficaram preocupados após lerem as declarações do deputado Cheang Chi Keong ao jornal Ou Mun. Este defendeu que a introdução de trabalhadores não residentes (TNR) nesta profissão não iria causar problemas na economia, nem despedimentos.

Exemplos de fora

“Soube que os casinos em Singapura já começaram a despedir pessoas e cerca de 400 pessoas saíram dos casinos. Os empregados em Macau têm vindo a sofrer pressões por parte das operadoras. Como as receitas caíram as operadoras lançaram muitas exigências e muitos empregados receberam avisos para não as cumprir. Isto gerou preocupação nos empregados que acham que estas são acções para facilitar despedimentos”, referiu.
“O deputado falou sobre a introdução de TNR neste momento mas isso não corresponde aos desejos da sociedade e será muito grave para todos os croupiers”, acrescentou Cloee Chao.
“Esta recolha de assinaturas é voluntária. Esperamos que o Governo possa criar uma lei para proibir a introdução de TNR no sector. O Jogo é a principal actividade económica e, dos cerca de 80 mil empregados, 50 mil são croupiers. Este trabalho é a base para muitas famílias e não queremos ouvir mais discursos parecidos com o do deputado Cheang Chi Keong”, rematou.
Esta não é a primeira associação que se manifesta contra as palavras do membro do hemiciclo. Na sexta-feira passada a Power of the Macau Gaming entregou uma petição ao Chefe do Executivo a pedir para que se mantenha a actual política.

14 Jun 2016