PolíticaSegurança | Secretário fala de grande aumento de imigração ilegal Tomás Chio - 14 Jan 2016 Wong Sio Chak alerta para um elevado aumento de imigrantes ilegais em Macau, na ordem dos 60%, sendo que a maioria terá chegado ao território para trabalhar [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, disse numa entrevista ao jornal Ou Mun que Macau registou um elevado número de imigrantes ilegais em 2015 face a 2014, um aumento que será na ordem dos 60%. Para o Secretário, quase 99% desses trabalhadores terão chegado à RAEM para trabalharem de forma ilegal. “O Governo tem feito muito para ultrapassar o problema da imigração ilegal, sendo que mais de 1800 imigrantes ilegais foram detectados e presos de Janeiro a Setembro do último ano. Desses, 30% deles são oriundos de países do sudeste asiático”, apontou Wong Sio Chak. Cerca de 900 imigrantes ilegais terão entrado em Macau pelo trilho de Long Chai Kok, localizado junto à praia de Hac-Sá, em Coloane, sendo que muitos terão afirmado ter chegado a Macau apenas para jogar nos casinos. Contudo, o Secretário para a Segurança disse ao Ou Mun acreditar que muitos vêm para trabalhar. Resposta à altura O facto desses imigrantes terem sido presos significa, para o Secretário, que Macau tem capacidade de resposta para este problema, mas também é um sinal de que o problema é grave. Com a aprovação da nova área marítima, Wong Sio Chak espera poder reorganizar os trabalhos nesta área. O Secretário explicou que, enquanto os Serviços de Alfândega são responsáveis pela captura dos imigrantes ilegais no mar, a Polícia de Segurança Pública (PSP) trata dos casos em terra. Foi ainda garantida a cooperação entre a PSP e os Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), por forma a resolver o problema dos ilegais nas obras. “O Governo vai continuar a cooperar com o departamento de segurança de Guangdong, por forma a evitar que grupos criminosos utilizem o vazio legal para aumentar as actividades ilegais”, disse Wong Sio Chak na entrevista. O Secretário referiu ainda que o Governo já tem um plano para a segurança informática, mas que “o maior problema é que será difícil recrutar profissionais no futuro para este centro”.