SociedadeCiência e Tecnologia | Conselho quer iniciar processo de rentabilização Sofia Margarida Mota - 7 Set 2016 O Conselho de Ciência e Tecnologia quer rentabilizar patentes da UM. O projecto pretende associar doutorados e o seu trabalho a uma vertente comercial capaz de divulgar os resultados relativos à investigação científica [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma Subcomissão que virá a ser criada pelo Conselho de Ciência e Tecnologia dedicada ao fomento da investigação tem como objectivo uma futura rentabilização das patentes detidas pala Universidade de Macau (UM). A notícia foi dada ontem após a 14ª reunião ordinária do Conselho através de Rui Martins, o responsável pelo grupo a criar. O também vice-reitor da UM considera que “a ideia principal com a criação da Subcomissão é entrar numa nova fase de apoio à investigação”. O apoio do Fundo para a Ciência e Tecnologia a projectos de investigação não é novo e há 12 anos que apoia propostas das universidades, mas, e até à data, “são essencialmente projectos científicos de investigação básica”, como afirma Rui Martins. Agora, e provas dadas com os esforços por parte das instituições de ensino superior, é altura de rentabilizar o trabalho que já deu origem, no caso da UM, a cerca de 30 patentes. “Com o desenvolvimento efectuado nas universidades ao longo deste tempo é altura de ver quais são alguns dos projectos desenvolvidos e como é que se poderão explorar essas patentes comercialmente”, ilustra o vice-reitor. Laboratórios de renome O professor refere que a UM já é dotada de dois laboratórios que são referência na China. Um dos espaços tem desenvolvido trabalho de referência no que respeita à Medicina Tradicional Chinesa e um outro tem trabalho reconhecido e dedicado à investigação electrónica. “Já estamos numa fase em que depois de termos cerca de 30 patentes aprovadas temos de organizar a criação de empresas que, associadas a alunos que se tenham doutorado recentemente e que trabalharam nessas patentes, se possa explorar a sua actuação comercial.” Este salto do laboratório para a rentabilização dos resultados representa um objectivo maior, o de uma projecção “não só em Macau , como na China continental e mesmo a nível mundial”. Paralelamente, Rui Martins refere que foi criada recentemente a Faculdade de Ciências da Saúde que tem vindo a registar desenvolvimentos notórios na área da investigação. Da reunião plenária realizada ontem resultaram ainda a criação de mais duas subcomissões. Uma para a concretização de Macau enquanto cidade inteligente e uma terceira para a área da educação e popularização da ciência. A reunião contou ainda com a presença do Chefe do Executivo, Chui Sai On e com os Secretários Raimundo do Rosário, Lionel Leong e Alexis Tam.