Sporting campeão: Hora tardia ‘rouba’ força à festa em Macau, sem tirar drama e lágrimas

A hora tardia do jogo ‘roubou’ força às celebrações em Macau do título nacional de futebol do Sporting, mas a diferença de sete horas não despojou os adeptos do drama nem das lágrimas contidas durante 19 anos.

A mais de 10.000 quilómetros de Portugal, os sportinguistas vibraram com a vitória sobre o Boavista (1-0) já na madrugada de quarta-feira, mas a distância só ‘emprestou’ intensidade aos festejos num bar na ilha da Taipa que adiou especialmente a hora de fecho para projetar o jogo que ‘carimbou’ o 19.º título, à 32.ª jornada.

Num grupo composto por muitos jogadores do Sporting de Macau, seniores e veteranos, já próximo do final do jogo, alguém do grupo procurou sossegar o nervosismo e tensão geral, face às perdidas do Sporting e à vantagem ‘maga’ do marcador: “Somos do Sporting, qual é a novidade? Temos de sofrer”.

“É claro que não era preciso sofrer tanto, mas sendo sportinguista, e, sabendo como tem sido a história do Sporting, (…) é claro que tínhamos de sofrer [neste jogo]”, desabafou no final do encontro Pedro Paulo Santos, ainda a recuperar das emoções.

Entre abraços, Carlos Oliveira, reforçou o sentimento: “Foi um grande alívio emocional, (…) mas correu bem”.

Afinal, salientou, “isso é o sportinguista, se formos ver os campeonatos para trás da história recente (…) é sempre sofrimento até à última”, para reconsiderar logo de seguida: “Bom, foi a três jornadas do fim”, portanto, “correu bem”.

Pedro Paulo Santos até preferia que o título fosse garantido na jornada seguinte, pelo simbolismo e pela rivalidade, mas não conseguiu disfarçar satisfação imediata.

“Até esperava que fosse no jogo com o Benfica, tinha tido um sentimento especial, obviamente, apesar de ser muito triste ver os estádios vazios, era bom festejar o título na Luz, mas estou contente do Sporting ter conseguido já a três jornadas do fim, que se mantém invicto há 32 jornadas”, assinalou.

Os festejos, tinham arrebatado o fôlego e a fluência a Ismael Gulamo, mas não a memória. O sportinguista sublinhou que a conquista do campeonato foi um feito de todos, lembrou a frase motivacional ‘leonina’ de “Onde vai um vão todos” e recordou o último campeonato que o Sporting venceu, o de “Jardel, do João Pinto, lembro-me de tudo”, reiterou.

Embalados pelo entusiasmo, já pela manhã que se levantava na capital mundial do jogo, e à falta de melhor cenário, mais de uma dezena de adeptos fez questão de se deslocar para o casino da MGM para tirar uma fotografia junto do leão, um símbolo que é partilhado pela operadora de casinos e, claro, pelo Sporting.

12 Mai 2021

Futebol | Liga de Elite arranca com Benfica e Chao Pak Kei como favoritos

O principal campeonato arranca hoje, com o jogo entre Sporting e Hang Sai, às 19h00. Logo a seguir, o Benfica de Macau, com uma formação bastante diferente da época anterior, tem pela frente o Ka I

 

[dropcap]A[/dropcap] Liga de Elite arranca esta tarde e Benfica de Macau e Chao Pak Kei são vistos como os principais candidatos. Enquanto as águias procuram a sexta vitória consecutiva, o C.P.K. espera traduzir o investimento com a contratação de alguns nomes sonantes em vitórias. Nesta luta não é ainda de excluir uma intromissão do Ching Fung, equipa que finalizou a Liga de Elite do ano passado no quarto lugar.

“Apesar das alterações, o Benfica de Macau é o favorito e continuar a ser uma das equipas mais fortes. Está ao mesmo nível de um C.P.K., um clube que se reforçou bem e tem um bom equilíbrio ao nível de jogadores locais e estrangeiros”, disse, ao HM, Joseph Tam, treinador do Monte Carlo. “Estas duas equipas vão ser os favoritos, mas não podemos excluir o Ching Fung da luta, até porque se reforçou bem com o William Gomes. É um clube ambicioso. Uma potência emergente no futebol local”, acrescentou.

Esta é uma leitura semelhante à do técnico do Sporting de Macau, Pedro Lopes, que espera um grande equilíbrio entre os três clubes. “Ninguém tem dúvidas que o Chao Pak Kei está muito forte. O Benfica de Macau, apesar da perda de alguns jogadores importantes em outras épocas, também vai continuar forte. E depois temos o Ching Fung que aposta forte, já o ano passado foi quarto, e que tem tudo para melhorar”, explico Pedro Lopes, ao HM. “São três equipas que vão estar taco-a-taco no topo da Liga”, frisou.

No que diz respeito aos pentacampeões, os principais reforço são o atacante Danilo, ex-avançado do C.P.K., e o meio-campista Ortega, ex-Ching Fung. No sentido oposto registam-se as saídas de Tetteh, Okello, Hugo Silva, Gil, Edgar Texeira, Pang Chi Hang, Iuri Capelo e Tony Lopes. Já Alison e Leonel Fernandes estão inscritos, mas encontram-se a estudar em Pequim.

Em relação ao Chao Pak Kei, a contratação de Pang Chi Hang ao Benfica de Macau foi a principal novidade do mercado, além do guarda-redes Juan Castro e do central Lei Ka Him.

Já o Ching Fung manteve a estrutura da equipa do ano passado, numa clara aposta pela continuidade, e reforçou-se com o avançado William Gomes, uma garantia de golos para a formação.

Segunda linha

A seguir aos favoritos surge uma segunda linha da equipas que deverão animar a luta pelo quarto lugar. Neste grupo estão Monte Carlo, Sporting de Macau, Ka I e Hang Sai, que é uma das grandes incógnitas da época.

“Não podemos excluir o Sporting de Macau, Ka I e Monte Carlo. São equipas que estão numa segunda linha mas que podem causar surpresas”, considera Joseph Tam. “Neste grupo poderá ainda ser incluído o Hang Sai. Reforçaram-se muito”, apontou.

Também Pedro Lopes considera que Monte Carlo, Ka I e Sporting de Macau serão “outsiders”. Mas mesmo no cenário em que os desempenhos destas formações não correspondam a um nível tão elevado, o técnico avisa que poderão sempre influenciar a luta pelo título, ao “roubar” pontos aos candidatos.

Apesar deste cenário, o treinador dos leões assume como meta para o Sporting de Macau a manutenção da Liga de Elite.

Na luta pela permanência, antevê-se nesta fase que Polícia e os recém-promovidos Sub-23 e Tim Iec sejam os principais protagonistas.

 

Sporting enfrenta “incógnita”

“Uma incógnita”. Foi desta forma que o treinador Pedro Lopes definiu o encontro de hoje, às 19h00, diante do Hang Sai, no Canídromo. Na base desta dúvida está o facto do treinador não saber que jogadores vai ter disponíveis para o encontro e pelo adversário se ter reforçado bem. “O Hang Sai fez um investimento muito forte. Tinha um jogador estrangeiro e agora tem quatro ou cinco. Não sabemos o que temos pela frente”, reconheceu. O técnico criticou também o facto do encontro ocorrer demasiado perto da hora de trabalho. “Não sei que jogadores vou ter disponíveis”, admitiu.

 

Jogos da 1.ª Jornada

Hoje

Sporting de Macau (19h00) Hang Sai
Ka I (21h00) Benfica de Macau

Amanhã

Chao Pak Kei (19h00) Ching Fung
Sub-23 (21h00) Tim Iec

Sexta-feira

Monte Carlo (19h00) Polícia

Nota: Todos os jogos decorrem no Canídromo

23 Jan 2019

Taça | Pedro Lopes estreia-se no Sporting com vitória frente ao Ka I por 3-2

O Sporting carimbou a passagem às meias-finais da Taça da Associação de Futebol de Macau com uma vitória por 3-2, diante do Ka I. Também o Benfica consegui o apuramento, com a goleada por 7-0 com o Lai Chi

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] técnico Pedro Lopes estreou-se no comando técnico do Sporting com uma vitória, no sábado à noite, diante do Ka I, por 3-2. No Estádio de Macau, os leões entraram a ganhar, mas deixaram-se empatar 2-2. Contudo, o tento de Jean Peres, aos 68 minutos, permitiu à formação verde e branca colocar-se na frente e carimbar a passagem à próxima fase.

“Foi uma estreia que me fez sentir satisfeito. Este resultado é também a continuação do trabalho do Nuno Capela [treinador que deixou o clube na semana passada]. Mantivemos as coisas como tínhamos vindo a trabalhar, não fizemos grandes alterações, apenas uns pequenos ajustes porque estávamos diante do um adversário complicado e demo-nos bem”, disse Pedro Lopes, treinador do Sporting de Macau, ao HM.

“A mudança aconteceu de forma suave e os jogadores não sentiram muito as alterações, até porque esta é uma equipa que já veio a trabalhar junta este ano. Mas senti que os jogadores estavam muito determinados, tranquilos e focados em vencer. A prova disso é que mesmo quando foi o 2-2, a equipa reagiu bem e conseguiu apontar o 3-2”, acrescentou.

Logo no primeiro tempo os leões criaram mais oportunidades e chegaram à vantagem por 2-0, com golos de Price aos 33 e 40 minutos. Porém, em cima do intervalo, William fez o 2-1, com que a primeira parte chegou ao fim.

Depois do intervalo foram apenas precisos oito minutos para que o Ka I, ainda motivado pelo golo, chegasse ao empate. Souza foi o marcador de serviço.

Apesar do empate, a formação leonina não se deixou abalar e aos 68 minutos, Jean Peres, que tinha entrado minutos antes, fez o 3-2. Foi com este resultado que o encontro chegou ao fim.

Na próxima ronda da competição, as meias-finais, o Sporting vai ter pela frente o vencedor do encontro entre Cheng Fung e Monte Carlo, que se realizou ontem e que ainda decorria à hora de fecho do HM.

Benfica seguiu em frente

Também o Benfica de Macau carimbou a passagem à próxima fase da competição com uma goleada por 7-0, diante do Lai Chi. Na próxima ronda, as meias-finais, os encarnados vão ter pela frente o Chao Pak Kei ou o Hang Sai, encontro que terminou depois da hora de fecho do HM.
Os golos do Benfica foram apontados por Lai Kam Hong (5), Alison Brito (11 e 19), Iuri Capelo (57), Ip Cho Kan (68), José Martins (62) e Pang Chi Hang (70).

As meias-finais estão agendadas para 12 de Abril.

9 Jul 2018

Futebol | Nuno Capela deixa comando do Sporting de Macau

Técnico dos leões decidiu encerrar um ciclo “intenso” de dois anos na Liga de Elite para dedicar-se à família e obter a certificação como treinador. Porém, vai estar disponível para analisar propostas futuras. O seu lugar será ocupado pelo, até agora, treinador adjunto Pedro Lopes

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uno Capela abandonou o comando do Sporting de Macau, após a derrota por 2-0, no domingo, frente ao Benfica de Macau. A saída acontece antes de se começar a disputar a Taça de Macau. Ao HM, Nuno Capela explicou a decisão com o “fim de ciclo”.

“Chegou ao fim o ciclo, achei que estava na altura de dar o lugar a outros. Avisei a direcção que iria sair do clube a meio do mês. Infelizmente, depois, surgiu esta questão da taça [de Macau], que nem me passou pela cabeça, quando a comuniquei a saída”, disse o técnico, ontem.

“Só tenho de agradecer a oportunidade que me foi dada. Foi importante poder orientar um clube de primeira divisão, numa altura em que estou a começar a treinar. Foi uma experiência fantástica, foram dois anos muito intensos”, acrescentou.

A demissão foi acertada a bem e, apesar da questão da Taça de Macau ter surgido depois, Nuno Capela já não vai regressar ao banco: “A participação na Taça de Macau não se coloca”, justificou.

Além de treinador da equipa sénior dos leões, Nuno Capela é igualmente um dos responsáveis pela academia. Esta é uma posição que vai manter, pelo menos, até ao final do mês.

“Há compromissos assumidos até ao final do mês, que vou cumprir. Depois terá de haver um novo contrato para a academia. Se houver interesse por parte do Sporting vamos conversar sobre esse assunto”, indicou.

Em relação ao futuro, o treinador diz que se quer focar mais na família e em obter a certificação como técnico. Porém, se surgir “alguma boa proposta”, diz que está disponível para analisá-la.

Partida pacífica

A saída do técnico foi anunciada pelo Sporting Clube de Macau através de uma mensagem nas redes sociais, publicada na segunda-feira à noite. A equipa agradeceu o contributo e desejou-lhe as maiores felicidades.

“O Sporting Clube de Macau agradece o contributo do Professor Nuno Capela durante as épocas de 2017 e de 2018. O seu papel foi absolutamente fundamental em 2017, quando o SCM garantiu a manutenção na Liga de Elite, numa fase complicada do clube”, recordou a formação.

“Foi ainda parte integrante da equipa responsável pela criação da Academia de Futebol Júnior do SCM, assumindo o seu comando técnico, com a capacidade e dedicação que lhe são publicamente reconhecidas”, foi ainda sublinhado.

Ao HM, José Reis, director do SCM, também desejou as felicidades a Nuno Capela e confirmou que a saída partiu do técnico, dentro da normalidade, sem que tivesse existido qualquer diferendo entre clube e treinador.

Pedro Lopes, que até agora era adjunto de Nuno Capela, é o senhor que se segue no comando da equipa técnica do Sporting de Macau.

4 Jul 2018

Academia do Sporting de Macau arranca com três equipas e 58 atletas

O Sporting de Macau fez ontem a apresentação dos escalões sub-9, sub-13 e sub-18 da Academia de formação de jogadores. Os responsáveis esperam que o projecto permita estabelecer as bases para o futuro do clube

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Sporting de Macau apresentou ontem os três escalões que vão constituir a academia do clube esta temporada, nomeadamente os sub-9, sub-13 e sub-18. No total, estas equipas vão envolver 58 atletas.

“Estamos muito felizes. Era um objectivo antigo do clube que só foi possível concretizar agora. É um projecto que depende do empenho dos treinadores Nuno Capela, Pedro Lopes e do dirigente José Reis. São eles os grandes responsáveis pelo que conseguimos concretizar para esta época”, afirmou Leonel Borges, presidente interino do Sporting Clube de Macau.

“Não tínhamos grandes possibilidades financeiras, mas conseguiram mobilizar as pessoas e procurar apoios, o que foi algo de extraordinário. É muito importante ter estes escalões, até porque esperamos que os sub-18 possam começar a fornecer atletas ao nosso escalão principal”, acrescentou.

Por sua vez, Nuno Capela, treinador dos seniores e um dos homens por trás do projecto, destacou a importância dos atletas mais velhos da academia subirem à formação principal. “Temos dois objectivos muito bem definidos: o primeiro é fornecer atletas à equipa principal. Este é o futuro do Sporting Clube de Macau. O segundo objectivo é o competitivo. Nas competições em que estivermos presentes queremos, logo no primeiro ano, ter uma prestação digna”, justificou o técnico. “E quando digo uma prestação digna estou a apontar ao primeiro ou segundo lugar”, frisou.

Por outro lado, Nuno Capela realçou o trabalho de Pedro Lopes e da estrutura do clube para a concretizar a academia. “O projecto que apresentámos hoje [ontem] é um trabalho colectivo, tenho de agradecer ao Pedro Lopes pela ajuda e ao clube que me permitiu desenvolver um projecto de raiz. Para mim, isto é uma felicidade”, revelou.

No escalão sub-9, os treinadores vão ser César Gibelino e Bright, atletas dos seniores, e os sub-13 por Pedro Pires, Prince e Malachay, também eles jogadores da equipa principal. Já os sub-18 têm como treinadores Pedro Lopes e Pedro Pires.

Equipa de veteranos

A cerimónia de ontem, que decorreu no auditório da Escola Portuguesa de Macau, serviu igualmente para apresentar a equipa de veteranos, também conhecidos como Velha Guarda. Nuno Capela e Pedro Lopes vão ser os técnicos da equipa.

“O objectivo é manter junto do clube um grupo de pessoas que por vias da idade já não actuam nos seniores, mas que ainda querem praticar o desporto que gostam, que é o futebol. O objectivo competitivo vai passar por fazer o melhor possível, também porque não conhecemos as outras equipas”, explicou.

O campeonato de veteranos, que é de futebol de sete e é disputado no D. Bosco, vai ter mais um ponto de interesse, com o clássico entre Sporting e FC Porto.

“Claro que são sempre jogos especiais e não vamos entrar em campo para perder. Mas acho que o mais importante é haver um bom convívio e espírito de amizade entre os atletas. Neste escalação, os resultados deixam de ter tanta importância”, declarou Nuno Capela.

29 Mar 2018

Equipa do Sporting Clube de Portugal vem jogar a Macau

Convite partiu do embaixador chinês em Lisboa e visa celebrar o 40.º aniversário da primeira visita de uma equipa europeia de futebol à China, que foi realizada pelo clube de Alvalade

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Sporting Clube de Portugal vai visitar o território entre Maio e Junho, a convite do embaixador chinês em Portugal, Cai Run. Esta é a forma encontrada pelo clube e pelas autoridades chinesas para celebrarem o 40.º aniversário da primeira visita de uma equipa de futebol europeia à China. Na altura, a 25 de Junho de 1978, foi Sporting.

A visita foi anunciada, na Segunda-feira, pelos leões, numa conferência de imprensa em Lisboa, no Auditório Artur Agostinho. A visita a Macau integra uma digressão à China de 10 dias do clube de Alvalade, que vai passar ainda por Pequim e Xangai, com a realização de jogos nas três cidades chinesas.

“Levaremos uma equipa à China para disputar encontros, que não podem ser considerados contra conjuntos amadores porque a realidade da Liga Chinesa ganhou uma outra dimensão”, disse Carlos Vieira, vice-presidente do Sporting e administração da SAD, durante a apresentação dos eventos.

“Foi uma visita histórica e sem precedentes. Não promoveu apenas a colaboração e o câmbio na área do futebol, mas também o conhecimento mútuo e a amizade entre os povos”, considerou, por sua vez, Cai Run, sobre a visita de há quarenta anos que contou com a participação de históricos do clube de Alvalade como Manuel Fernandes ou Augusto Inácio.

Além da visita da equipa de futebol, vai haver uma exposição itinerante sobre a primeira viagem à China, que chega a Macau a 1 de Julho. Antes, a 10 de Junho, dia de Portugal, vai estar exposta em Pequim e a 29 de Junho passa por Xangai.

 

Expectativa no Sporting de Macau

A novidade anunciada pelo Sporting de Portugal foi recebida com entusiasmo e expectativa junto da filial do clube em Macau. No entanto, neste altura, é muito pouco provável que haja um jogo entre as duas formações, reconheceu José Reis, director dos leões locais, ao HM.

“A existência de um jogo em Macau é muito aliciante e o Sporting de Macau está disponível para colaborar com digressão. Consideramos difícil que haja um jogo entre as equipas devido ao evidente desnível”, afirmou José Reis. “Estes são jogos de demonstração para entreter o público, mas também têm uma componente desportiva, por isso é importante que sejam entre equipas equilibradas”, frisou.

Por outro lado, o director fala em diferentes maneiras, do SCM participar na digressão, entre as quais a oportunidade de visitas dos atletas à academia local ou a realização de um jantar de convívio.

Entretanto, foi pedido ao SCM que nomeie alguns nomes para integrarem a comissão de honra da celebração dos 40 anos da primeira visita à China.

 

Augusto Inácio ficou encantado há 40 anos

Entre a comitiva do Sporting que visitou a China há 40 anos estava integrado Augusto Inácio, antigo jogador e treinador dos leões. Ao HM, o actual comentador desportivo recordou a alegria do território e as quatro horas passadas no Casino Lisboa.

“Na altura, Macau era completamente diferente da China. Era uma cidade completamente aberta. Lembro-me da alegria da cidade, do jogo e de ter passado quatro horas no Casino Lisboa”, afirmou Augusto Inácio, a rir.

“Macau era uma cidade apaixonante, tinha tudo a mais do que a China, era uma cidade muito alegre, viva e muito virada para o Ocidente. Fiquei muito encantando”, acrescentou.

Já em relação à visita ao Interior da China, Augusto Inácio realça a simpatia dos chineses e a forma como sabem receber os visitantes.

“Foi uma viagem fantástica, em que correu tudo bem. Deu para percebermos que o povo chinês é muito simpático e acolhedor. Tentámos retribuir a simpatia com a nossa maneira de ser e de estar”, recordou.

“Era uma China muito diferente. Na altura, estava em desenvolvimento, era um país muito fechado. O Sporting deu um passo importante para contribuir para as relações diplomáticas entre a República Popular da China e Portugal”, considerou o ex-jogador.

Depois da década de 70, Augusto Inácio não regressou à China, nem a Macau. Contudo, se for convidado e não estiver impedido por motivos profissionais, espera integrar a comitiva.

Ao HM, afirmou ainda ter disponibilidade para assumir as funções de treinador na China: “No passado, chegou a haver a possibilidade a nível profissional de voltar, mais do que uma vez. Gostaria muito de regressar, mesmo que fosse a nível profissional”, apontou.

28 Fev 2018

Liga de Elite | Reforços leoninos já treinam com a equipa

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]rince Aggreh, Malachy Elu e Chidi Bright são os nomes dos três reforços que o agente de futebol Graham Heydorn colocou no Sporting de Macau para esta época. Os atletas, de origem nigeriana, estão a treinar sob a orientação de Nuno Capela desde o início da semana e assistiram, logo no Domingo passado, à vitória do Benfica diante do Chao Pak Kei por 4-1.

“O meu objectivo é fazer uma boa época pelo Sporting de Macau e acredito que o clube tem condições para isso. Estou a ter uma boa impressão do clube e posso dizer que fui muito bem recebido e orientado nos primeiros dias”, disse Aggreh, ontem, ao HM.

O jogador é ponta-de-lança, tem 21 anos e conta com seis internacionalizações e três golos pela selecção da Nigéria. No Sporting tem pela frente a primeira experiência a jogar no estrangeiro e espera poder dar o salto para outros voos com esta oportunidade.

“Até agora joguei sempre na Nigéria, mas acredito que tomei a decisão certa ao vir jogar para o Sporting de Macau, onde posso criar outras oportunidades. Espero poder ajudar o clube nos seus objectivos”, apontou.

“Com esta aposta em Macau quero poder conseguir dar um primeiro passo para depois poder actuar em outras ligas asiáticas mais competitivas”, revelou.

Aggreh não é o único reforço para o ataque e vem acompanhado por Malachy Elu, atleta de 22 anos, que também está a fazer a estreia fora de portas.

“Estou a sentir-me muito bem. Esta mudança está a correr bem até agora e acredito que é o clube certo. O primeiro jogo a que assistimos já deu para ver algum do nível local e vou tentar ajudar o clube”, apontou Elu.

Defesa com passagem por Angola

Entre os jogadores que agora chegam ao Sporting de Macau o mais experiente é Chidi Bright, de 25 anos. O atleta actuou na época passada no Santa Rita de Cássia de Angola e muda-se para Macau, onde também espera criar oportunidades para outros mercados. Antes, actuou na Nigéria e na Jordânia.

“Em Angola aprendi algum português muito básico, só algumas palavras. Mas acredito que me está a facilitar a nível da adaptação à realidade de Macau. Sinto-me bem por poder conviver novamente com pessoas que falam português”, afirmou.

No Sporting de Macau Chidi Bright vai reforçar a defesa, actuando no centro do terreno. Os atletas já estão disponíveis para jogar no próximo encontro, no Domingo, diante da Polícia.

Os leões ocupam actualmente o 6.º lugar da Liga de Elite com quatro pontos, em nove possíveis.

8 Fev 2018

Sporting de Macau | Sócio vai propor encerramento de contas no BNU

Um associado do Sporting de Macau vai sugerir o encerramento de todas as contas do clube no BNU, após a instituição bancária ter rejeitado, pelo segundo ano consecutivo, apoiar os leões locais

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Sporting Clube de Macau tem uma Assembleia Geral Extraordinária agendada para 31 de Janeiro, às 18h30, no Consulado Geral de Portugal em Macau, e um dos sócios vai propor o encerramento das contas do clube no BNU. A sugestão vai ser apresentada por José Reis, que apesar de estar envolvido nas operações do clube, faz a proposta a título pessoal. Em causa está o facto do banco ter rejeitado, pelo segundo ano consecutivo, prestar qualquer apoio financeiro ao clube.

“Após dois anos sucessivos de evidente desinvestimento na responsabilidade social por parte do BNU, nesta conjuntura de envio para Portugal de remessas de dinheiro e com os cortes já assumidos em marketing, publicidade, entre outros, como sócio entendo que já não há motivos para manter o BNU na nossa lista de parceiros privilegiados”, afirmou José Reis, ontem, ao HM.

“Simbolicamente, na minha perspectiva, como repúdio perante esta atitude do BNU vou propor que o Sporting Clube de Macau retire as suas contas bancárias do banco. É uma medida simbólica na medida em que os nossos saltos não têm dimensão para criar qualquer mossa”, acrescentou.

Da parte de José Reis existe algum incompreensão face à atitude do BNU, no sentido em que houve uma recusa total na prestação de qualquer tipo de apoio, sem ter havido um esforço para negociar os montantes.

“Não houve qualquer abertura para apoiar o clube. Houve uma resposta basicamente a dizer que não têm dinheiro e portanto que não nos vão apoiar, apesar de reconhecerem a importância da responsabilidade social”, revelou.

Gesto de boa-fé

O associado mostrou-se igualmente desiludido uma vez que o clube, num gesto de boa-fé, actuou ao longo da época passada com o logótipo do banco nas camisolas, apesar de não ter havido um acordo de patrocínio.

“Houve uma demonstração de boa-fé quando, no ano passado, nos foi recusado o patrocínio e nos foi dito que falaríamos novamente em 2018. Pessoalmente considerei a atitude do Sporting correcta, em continuar a dar exposição a uma instituição que era um parceiro privilegiado. Mas o BNU não ficou minimamente sensibilizado com essa atitude”, contou José Reis.

“Compreendo que tenham instruções superiores da Caixa Geral de Depósitos, e todos sabemos que provavelmente não é uma decisão autónoma do BNU, de cortar radicalmente neste género de despesas, mas o relacionamento tem sido com eles e não com a CGD”, frisou sobre o destinatário da medida.

Contudo, José Reis admite que a maioria dos sócios possa ter uma opinião contrária à proposta apresentada: “Se a proposta não contar com o apoio dos sócios, tudo bem. É um cenário que está em aberto e não tenho problemas com isso”, frisou.

Além deste tópico, que deverá ser um dos últimos pontos da agenda da Assembleia Geral, os associados vão ainda discutir o relatório de gestão e contas, avaliar a situação da Comissão de Gestão e discutir soluções de gestão a curto e médio prazo.

 

Liga de Elite: Nicholas Torrão 5, Lai Chi 0

O Benfica de Macau goleou ontem o Lai Chi por 5-0, em jogo referente à 2.ª Jornada da Liga de Elite. O encontro teve lugar no Estádio de Macau e o avançado das águias Nicholas Torrão teve em destaque ao apontar cinco golos. O primeiro chegou ainda na primeira parte, logo aos 5 minutos. Os restantes foram apontados no tempo complementar, aos 49, 52, 68 e 72 minutos. Com este resultado, o Benfica lidera a Liga de Elite com 6 pontos, mas com mais um jogo. Por sua vez, o Lai Chi está no último lugar, com 0 pontos, depois de também ter sido goleado na primeira jornada, desta feita pelo C.P.K., por 12-0.

26 Jan 2018

Agente promete estar atento a atletas de Macau

O canadiano Graham Heydorn é o responsável pela empresa de intermediação de jogadores 10 Management, que assinou uma parceria com o Sporting de Macau para colocar três jogadores no território. Ao HM, reconheceu esperar com o acordo catapultar atletas para ligas mais desenvolvidas, como a chinesa, coreana, japonesa e mesmo tailandesa

 

 

[dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]orque decidiu fazer esta parceria com o Sporting de Macau, numa liga que está longe de ser das mais desenvolvidas?

GH: É o facto da liga não estar totalmente desenvolvida que a torna interessante. Macau é um local cheio de oportunidades para os jogadores e o Sporting de Macau é o clube ideal, é muito organizado e, ao longo do processo das negociações, foi sempre muito profissional.

 

Não está Macau longe de ser o local ideal para promover os atletas?

Não considero isso. Aqui, os jogadores podem ser reconhecidos e facilmente despertar a atenção de ligas mais profissionais, como no Interior da China, Japão, Coreia do Sul ou mesmo de clubes da Tailândia. Também não há nada que impeça os jogadores que se destaquem em Macau de se mudarem para os escalões inferiores da Europa. Macau é um bom local de adaptação para os atletas que querem fazer uma carreira na Ásia.

 

Mas existe mesmo essa visibilidade nesta liga?

O que eu aprendi nesta área é que tudo é possível, desde que o jogadores tenham qualidade. É possível darem o salto para a China, Coreia do Sul e Japão. No entanto, temos pensar passo a passo, não é fácil para um atleta que está a começar alcançar tudo de um dia para o outro. O salto pode acontecer para as ligas secundarias desses países.

 

Qual é a duração da parceria com o Sporting de Macau?

No mínimo dois anos, mas vai ser tudo feito passo a passo. Dois anos é um prazo que nos parece razoável para no final fazer um balanço rigoroso. Antes disso não faz sentido porque estes acordos precisam de tempo para crescer e desenvolver-se. Vamos começar por colocar três jogadores, mas no futuro queremos colocar mais.

 

A parceria é uma forma da 10 Management entrar no mercado asiático?

Não, até porque já temos uma parceria na China, que nos permite acompanhar os jogadores na Ásia. Representamos jogadores no Interior da China, mas por vezes as regras limitam aquilo que queremos fazer porque há um limite no número de estrangeiros que podem ser inscritos. Nesse sentido, colocar jogadores em Macau é um bom início para se adaptarem à cultura, linguagem e comida. São aspectos essenciais para jogadores que querem fazer carreira na Ásia.

 

Faltam agentes de jogadores em Macau que possam promover o jogador local em mercados mais profissionais?

Sim e por isso vamos estar atentos aos jogadores locais. Há exemplos em todo o mundo de jogadores de ligas mais pequenas ou clubes de menor dimensão que conseguem dar o salto, contra todas expectativas, e acabar nas grandes ligas. Não há razões para que um jogador talentoso que passe por Macau não chegue a uma grande liga. Contudo reconheço que quanto mais alto é o nível da liga, maior é a probabilidade disso acontecer.

 

Quantos jogadores representa?

Nesta altura entre 40 e 50 jogadores. São atletas que estão a jogar em Portugal, França, Inglaterra, Espanha, República Checa, entre outros. Em todos estes países temos jogadores nas principais ligas.

 

Entre os jogadores que representa está Jean Michael Seri do Nice, que tem sido associado a grandes clubes como Manchester United ou Chelsea. Em que situação está uma futura transferência?

Ainda durante o mercado de Inverno ou no próximo Verão acredito que vai ser transferido. No último Verão o Barcelona apresentou uma proposta de 40 milhões de euros por ele, mas o Nice rejeitou.

 

 

Aposta em África

O recrutamento de atletas em África é uma das principais apostas da 10 Management, que nos últimos anos tem feito esses atletas entrarem na Europa principalmente através das ligas portuguesa e espanhola. O FC Porto tem sido um dos clubes mais utilizados por Graham Heydorn que já fez passar pela cidade invicta Christian Atsu, agora no Newcastle, Jean Michael Seri, que está no Nice, e Chidozie Awaziem. O último jogador representa o Nantes de França, por empréstimo do FC Porto.

23 Jan 2018

Sporting mais perto da permanência

João Maria Pegado

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]as sexta feira a jornada 8 da Liga Elite teve início com o jogo grande na luta pela permanência, Sporting De Macau 1 Vs 0 Development Team.

Os Leões do território apareceram neste jogo com um onze diferente do habitual. No lado esquerdo da defesa jogou Iuri Capelo no lugar do habitual titular Chan Fai e no meio campo apresentou dois novos reforços: o médio centro Kande e o extremo Cisse. No lado dos Sub 23 o habitual onze sem grandes surpresas.

O primeiro grande destaque vai para a escassa qualidade futebolística apresentada no relvado do estádio da Taipa, o que não impediu um jogo emotivo devido à incerteza até ao último minuto do resultado final.

O Sporting entrou bem no jogo aproveitando o facto de ter surpreendido no onze e logo cedo se instalou no meio campo ofensivo dos sub 23, os quais tinham a lição bem estuda e com ataques rápidos tentavam explorar a profundidade, aproveitando as dificuldades na transição defensiva dos pupilos de Nuno Capela, que ficavam expostos quando perdiam a bola em organização ofensiva não havendo ninguém que pressionasse na perda de bola.

Aos 15 minutos apareceu o único golo do encontro marcado por Ema Maicon que aproveita um erro da defensiva dos jovens da associação, que ao tentarem sair a jogar com a bola controlada a partir de trás, permitiram a recuperação de bola à entrada da área, pelo antigo jogador do KA I, que  com calma tirou um adversário do caminho e ficou só com o guarda redes pela frente e tranquilamente desviou para o fundo da redes. Estava feito o golo que o Sporting procurou desde do inicio e aqui o jogo mudou.

Os Leões do território, que após o golo, talvez pela importância dos três pontos em disputa e para não serem apanhados na perigosa transição ofensiva rápidos jogadores dos Sub 23, recuou a suas linhas e deixou de chegar ao meio campo ofensivo com homens suficientes para criar perigo e até ao intervalo foram o jovens da selecção a terem as melhores oportunidades.

Após o intervalo e percebendo que os sub 23 não tinham tanta qualidade quando tinham que jogar de ataque planeado, o técnico do Sporting montou uma boa organização defensiva e utilizou a arma que tinha sido até então da equipa adversária, o contra ataque. Reforçou o seu meio campo com Duarte Pinheiro Torres e dando mais músculo na primeira fase de pressão com o Marroquino Marouan. Nesta fase destaque para Pedro Lopes o guarda redes do Sporting que com boas defesas ia permitindo a vantagem do marcador.

No lado dos Sub 23 destaque para Cheong Hoi  San, o capitão da equipa da associação, dos seus pés saíram as jogadas de maior perigo da sua equipa muitas vezes jogando em combinações no lado esquerdo com Hun Seng Kuai, lateral esquerdo que dava muita profundidade ao seu corredor e com uma disponibilidade física muito boa. E foi precisamente nesta parte física que o Sporting começou a perder a luta do meio campo, contra uns jovens da associação bem preparados fisicamente e começaram a empurrar os leões para sua defensiva. Nesta fase o Sporting usou e abusou do anti-jogo algo que não é novidade na equipa leonina mas mesmo assim os jovens da associação não desistiram de procurar o golo mas nunca tiveram qualidade no ultimo terço do terreno onde a organização defensiva do Sporting esteve muito bem. Destaque ainda para as expulsões de alguns elementos técnicos do Sporting de Macau pelo segundo jogo consecutivo.

O resultado mais justo para este encontro seria o empate que premiaria a ousadia e a melhor qualidade no processo colectivo dos jovens dos Sub 23, mas o Sporting com  mais experiência soube controlar os momentos do jogo e conseguir uma vitória bastante importantíssima na luta pela permanência.

Sábado feio

Este dia fica marcado pelo triste episódio  que deve deixar todos os intervenientes do futebol de Macau tristes, especialmente a associação de futebol. No jogo entre a CPK 2 Vs 0 Policia, com golos de Ho Ka Seng e Diego Patriota, o destaque vai para a cena de pancadaria no período de desconto da segunda parte, onde o jogador do CPK Lucas, foi agredido por meia equipa da Policia. Para além das culpas óbvias que se podem ver nas imagens televisivas de quem poderá ter originado toda esta confusão, não posso deixar de responsabilizar a equipa de arbitragem, que sabendo da forma agressiva, por vezes violenta, que equipa da Policia se apresenta em todos os jogos, deixa arrastar o jogo para estas situações não controlando o jogo logo de início punindo certas entradas com admoestação de cartões e não sendo passivo na gestão do jogo.

No outro jogo (KA I 2 Vs 1 Lai Chi)o Ka I continua a somar pontos e desta vez venceu o Lai Chi com um bis de William Carlos Gomes.

O passeio continua

Benfica 4 Vs 0 Kei Lun. O líder continua a passear a sua classe pelo campeonato. Desta vez foi à bem organizada equipa de Josi Cler, que apresentou uma novidade na baliza, o brasileiro Douglas Jardim. No último jogo da jornada o Monte Carlo continua também o seu passeio com mais uma goleada, desta vez ao Cheng Fung por 7-2, confirmando a grande vocação ofensiva da equipa canarinha que mais uma vez sofreu dois golos.

Jogador da jornada- #18 Cheong Hoi  San ( Development Team ) – Jogo de gente crescida e o capitão dos Sub 23 disse presente. Excelente na fase defensiva onde sabia onde se posicionar e não se escondia do choque, recuperando muitas vezes a bola para sua equipa. Mas foi na fase ofensiva que mais se destacou onde escolhia com critério as jogadas de ataque da sua equipa. Muita qualidade com e sem bola, com certeza os grandes já andarão de olho nele.

21 Mar 2017

Sporting de Macau festeja 89 anos. Presidente defende vinda de profissionais portugueses

O presidente do Sporting Clube de Macau, António Conceição Júnior, defende que a contratação de profissionais de Portugal pode ajudar na formação e na melhoria do estado do futebol em Macau. Amador será sempre, mas há sempre margem, diz, para elevar o grau de profissionalismo

Que balanço faz desde a mais recente reactivação do Sporting Clube de Macau?
Desde a última reactivação, em 2009, parece que os principais objectivos, que era chegar à primeira divisão e ganhar o título de vice-campeão – a primeira vez que subimos à primeira divisão – foram atingidos. Claro que procuramos sempre ser campeões, mas tudo depende de muitos factores que são hoje diferentes daqueles que existiam antes da chamada “onda de profissionalização do futebol” de Macau.

Que factores, por exemplo?
Exactamente com o poder económico de cada clube. É normal e acontece em todo o lado, seja Portugal, Alemanha ou Inglaterra, embora em Inglaterra as coisas estejam mais equilibradas. Aqui em Macau, essa diferença ainda se sente muito, porque é tudo uma questão de orçamento.

Como seria possível dar a volta a essa questão?
Neste momento, ainda mais difícil se torna, uma vez que, como é sabido, o clima económico de Macau não é o mais famoso, o que implica uma reflexão sobre os gastos. Por exemplo, cada jogador sente-se – e é compreensível – o centro do mundo, mas para o Sporting, enquanto clube, não é. O clube tem determinado número de jogadores e tem que tratar de todos.

Que mudanças acredita terem sido determinantes para uma melhoria do estado do futebol em Macau?
Acho que ainda não houve as mudanças que gostaríamos que tivessem acontecido. Começaria por dizer que o desporto, no geral, seja ele motorizado, náutico ou de outro tipo, deveria ter padrões. Muito em breve vão começar os trabalhos do Grande Prémio e como toda a gente em Macau sabe, o piso da pista é verificado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Isto é de extrema importância no sentido de evitar acidentes. Macau e o Grande Prémio têm sido o padrão pelo qual se deveriam reger todos os outros desportos. Isto é, reger pela qualidade e não pela mediocridade. É nesta perspectiva que o Sporting tem vindo a lutar, não para seu benefício, mas para benefício do futebol de Macau.

Que futuras mudanças são precisas?
Considero, como representante do Sporting, que existem demasiadas divisões. Não faz sentido em Macau haver tantas divisões de futebol de 11. Há três campos e julgo que um ou dois deles podiam ter relvado sintético porque permitem uma utilização intensiva, que é o que faz falta em Macau. É curioso porque o campo dos Operários tem um relvado sintético que, ainda que de má qualidade, existe. Isto só mostra que existem precedentes, que existe quem reconheça que o tipo de piso é importantíssimo. Neste momento, não há em Macau um campo onde as equipas possam treinar regularmente.

A responsabilidade de criar e gerir esta matéria caberá ao Instituto do Desporto?
Penso que sim. Compete ao Governo, por meio deste Instituto que o representa, proporcionar condições e tomar decisões. O que é importante, em todas as áreas de governação, é a existência de uma ideologia. Este conjunto de pensamentos, com uma orientação credível e consistente, deve funcionar em benefício da cultura, do desporto, entre outras áreas.

Como por exemplo…
Tive oportunidade de assistir às comemorações do aniversário do Instituto Cultural de Macau, no Tap Seac, e que contou com espectáculos de orquestras. No fim houve um vídeo que mostrou o percurso da cultura nos últimos anos. O que se viu é que houve uma evolução positiva da cultura na região. Estou mais ligado à área cultural do que à desportiva, mas acho que essa distância também me confere uma visão menos contaminada, por assim dizer. Nos anos 90 só havia o campo do Canídromo onde jogavam duas divisões. A qualidade era boa, mas hoje em dia, são três campos não há espaço para treinar.

Não será esta escassez de recursos reflexo da falta de popularidade do futebol enquanto desporto em Macau?
Pode-se implementar a popularidade no que quer que seja. Não o Sporting em si, mas sim as instituições com responsabilidades. Em todo o lado o futebol é dos desportos mais populares. Porque é que nos anos 90 o campo do Canídromo estava sempre cheio e, actualmente, o da Taipa está quase sempre vazio? O Sporting ainda ajuda a encher com cerca de 20 adeptos.

Mas terão os clubes um papel activo nisso mesmo?
Penso que não compete aos clubes promover a modalidade; os clubes praticam-na, mas alguém tem que a promover.

Em termos da escassez de recursos físicos… À parte da necessidade de relvado sintético, faltam campos?
O importante no futebol, em Macau, não é o prestígio de ter campos de relvado, mas sim da qualidade das equipas e sobretudo da selecção de Macau. Esta não se pode medir pelo relvado. Trata-se de uma questão de gestão.

No que respeita à gestão. Num artigo de Março passado, refere que a gestão e organização desta modalidade desportiva estão “num autêntico lamaçal”. O que quis dizer com isto?
A ideia está relacionada, antes de mais, com a chuva. Depois, com o facto de que basta um mês para o campo estar completamente careca. Sabemos que entre a relva e a terra que ficou calva há dois centímetros de diferença, que podem causar lesões num jogador que pisar metade de cada tipo de terreno. Isto é, em si, um perigo. Depois, porque às tantas, com a chuva, já não é futebol, é um jogo na lama. Os jogos e os campeonatos acabam com o campo praticamente careca.

Relativamente à já discutida possibilidade da criação de uma Comissão Coordenadora para o Futebol. Qual é a sua opinião sobre isto?
Não concordo com comissões e explico por quê: quando não se quer resolver um assunto, cria-se uma comissão. Prefiro considerar a opção de escolher técnicos conhecedores e com capacidades organizativas. Devo mesmo dizer que Portugal é um local de onde não se recrutam apenas médicos, mas também é um das grandes potenciais mundiais ao nível do futebol. Tem imensa gente – se calhar muita desempregada, até – que seria capaz de organizar o futebol em Macau e quem diz este, diz qualquer outro desporto. Não venho da área desportiva, mas acredito que sempre tentei rodear-me de pessoas com qualidade, muitas das quais sabiam mais do que eu e isso deixava-me feliz, porque só assim se aprende e se desenvolvem projectos, fosse no Museu (de Macau), ou noutro local.

A opção passaria por criar um grupo de trabalho para gerir todo o sistema?
Não sei, mas seria interessante aprofundar-se a questão de tempos. Isto tem que ver com o facto inaudito de haver bolinha e depois o bolão, que é futebol de 11.

De que forma podia isto ser diferente?
Não sei porque é que não é dado à Associação de Futebol Miniatura de Macau a gestão do campeonato bolinha (futebol de sete) e o futebol de 11 deveria começar, como acontece em todo o lado, em Agosto/Setembro, prolongando-se até acabar. Isto faria com que se contraíssem as actualmente existentes três divisões em duas. Acho que se há três divisões com 30 equipas, as primeiras 15 qualificadas passariam para a primeira divisão e as restantes 15, para a segunda. Tal permitiria um campeonato mais longo e mais competitivo, que deixaria um campo livre para treinos. Não faz sentido que só possam jogar no bolão, as equipas que participarem no bolinha, porque é um bocado como se só se pudesse jogar ténis se primeiro se jogasse badmington. São coisas distintas.

Sobre o quê ou quem recai a responsabilidade de chamar mais gente para ver os jogos?
Parte das instituições estabelecer isso, mas também depende de uma outra coisa: da rever vários elementos. Os árbitros dependem, directamente, da Associação de Futebol de Macau. Em lado nenhum o sistema judiciário depende do Governo, é completamente independente e em Macau isso não existe, são contratados árbitros que trabalham para a Associação e não devia nem podia ser assim.

Isso torna a mecânica da arbitragem um pouco parcial…
Exactamente. Sempre me preocupou – e sempre fui muito exigente – que as coisas não funcionem correctamente. Outra questão é o acesso aos campos. Defendo que todas as equipas devem ter o mesmo acesso e não apenas aquelas que são patrocinadas pela própria Associação. Acho que não faz qualquer sentido que uma Associação patrocine equipas que participam nos campeonatos em que ela mesma participa.

Que previsões tem para esta próxima temporada da bolinha?
Da minha parte, temos sempre o objectivo de ganhar o mais possível, mas a bolinha nunca foi uma prioridade para o Sporting. Jogamos sempre para ganhar, mas procuramos, sobretudo, seguir o conceito do Desporto de “mente sã, corpo são”. Principalmente aqui, onde existe um assomo de profissionalismo. Se o houvesse, não aconteciam aquelas situações com os árbitros, as jornadas teriam que ser do conhecimento dos clubes do início ao fim e isso não acontece… Sabem-se de mês a mês.

Tem então que haver mais profissionalismo…
Mais profissionalismo, mas também uma renovação radical da forma como o futebol em Macau é conduzido. Ao contrário do que disse que aconteceu com a cultura, o futebol sofreu uma regressão. Nos anos 50, o futebol teve a possibilidade de mandar dois jogadores para Portugal e eles tinham qualidade suficiente, num único campo, para jogar no Sporting e ambos foram internacionais. Depois disso, de facto, houve alguns jogadores que jogaram em Portugal, mas não vingaram.

Há, então, memória de tempos em que o futebol tinha uma lógica mais profissional?
Era futebol amador, mas era muito bem organizado, comparando com a actualidade.

Faz agora um ano que o Sporting fez uma parceria com o Osaka Futebol Clube. Em que pé está essa ligação?
Tentámos trazer três jogadores japoneses para a bolinha, mas infelizmente não foi possível. Ainda estamos no início desta parceria e é preciso ter atenção aos timings, que não são iguais. Os campeonatos começam em alturas diferentes nas duas cidades, o que às vezes cria problemas. Isto também prejudica os jogadores locais que eventualmente queiramos promover, enviando-os para o Japão. O facto de não haver ajustamento e não obedecemos a um calendário internacional pode ser prejudicial.

E relativamente à ligação com o Sporting de Portugal. Qual é a sua posição quanto à contratação do ex-treinador do Benfica para o clube?
Acho muito bem e pelos vistos está a dar frutos. Penso que o futebol português deveria espalhar-se para esta área do mundo porque há em Portugal técnicos e jogadores muito competentes. Seria interessante trazê-los a Macau para organizar o próprio campeonato.

No que toca à direcção do Clube… A ideia é continuar na presidência por mais anos?
Não estou preso ao lugar. Fomos reeleitos à falta de outra lista, mas seria bom que houvesse continuidade. Desde sempre que quisemos cativar o maior número de sócios e faço, por isso, um apelo para que os sportinguistas de Macau se façam sócios. Somos não só os representantes do Sporting em Macau, como representamos Portugal via desporto.

Deviam existir mais listas?
Penso que sim. Não penso eternizar o lugar, nem esta é a minha área de especialidade, faço-o por prazer.

Aniversário com jantar de convívio no Miramar

O Sporting Clube de Macau faz 89 anos no próximo dia 25 e terá, para celebrar o aniversário, um jantar no restaurante Miramar, no dia 30, aberto a todos os sportinguistas. Os interessados deverão contactar a direcção para inscrição no evento.

16 Set 2015