Jovens resgatados na Tailândia têm alta na quinta-feira

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s 12 jovens da equipa de futebol Wild Boars e o seu treinador, que ficaram presos durante mais de duas semanas numa gruta no norte da Tailândia, vão ter alta do hospital na quinta-feira, foi ontem anunciado.

De acordo com o ministro da Saúde da Tailândia, Piyasakol Sakolsatayadorn, os 12 jovens com idades entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, de 25 anos, vão sair do hospital no mesmo dia.

Anteriormente, os médicos que trataram os primeiros quatro jovens resgatados disseram que estes poderiam sair do hospital neste domingo.

O anúncio acontece no mesmo dia em que foram divulgados vídeos com os jovens resgatados, sentados nas camas do hospital, a agradecer às equipas de resgate.

Os jovens ficaram encurralados durante mais de duas semanas numa gruta em Tham Luang, situada na província de Chiang Rai, norte da Tailândia, depois de o espaço, que fica junto à fronteira com Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos, ter ficado inundado pelas chuvas.

A operação de resgate, que envolveu centenas de pessoas, incluindo mergulhadores, foi concluída na terça-feira com a saída das últimas quatro crianças e do treinador.

As restantes crianças já tinham sido resgatadas no domingo e na segunda-feira.

O grupo de 12 rapazes e o treinador foram explorar a área depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só é possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

15 Jul 2018

Tailândia | Missão cumprida e gente feliz, sem lágrimas

Por João Carreira, enviado da agência Lusa

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o ‘acampamento’ onde os voluntários deram alimento às equipas de socorro em troca de esperança no sucesso da missão a noite terminou 18 dias depois num ambiente festivo e com muita gente feliz, sem lágrimas.

“Este era o dia que todos esperávamos e para o qual trabalhámos muito”, sublinhou uma das voluntárias, com a mesma tranquilidade e convicção com que garantira à Lusa, no dia anterior, que “tudo ia correr bem”, entre preces e orações que lhe deram forças para aguentar as cerca de 12 horas de esforço diário desde que as operações de resgate tiveram início.

À passagem de um helicóptero, de uma ambulância, de um jornalista que empunhasse uma câmara fotográfica ou de televisão, multiplicaram-se os acenos, os sorrisos e os ‘vivas’, sem qualquer embargo na voz e sempre com uma serenidade singular.

A notícia de que todos estavam bem e a salvo, no exterior da gruta, pairou durante a tarde em Mae Sai, cidade da província de Chiang Rai, e foi recebida inicialmente sem particular ou visível excitação.

Ao cair da noite, e com a chegada prevista do líder da célula de crise, Narongsak Osatanakorn, as manifestações de contentamento abriram caminho para uma conferência de imprensa na qual o responsável se permitiu expressar de forma mais expansiva, chamar o seu ‘staff’ para uma fotografia de grupo com uma dedicatória especial a toda a equipa de resgate, à monarquia tailandesa, aos voluntários e à mais de uma centena de jornalistas de todo o mundo.

“Fizemos uma coisa que ninguém pensava ser possível”, atirou Narongsak Osatanakorn antes de abandonar o ‘acampamento’ improvisado pelas autoridades, com um ar de felicidade estampado no rosto, perseguido pelos ‘media’ até à carrinha que o levaria ainda, e de novo, para o teatro das operações.

Antes, a página da marinha tailandesa expressava alguma da espiritualidade que pareceu acompanhar as pessoas que no centro logístico tiveram alguma interação com os jornalistas: “Não sabemos se foi um milagre, se foi a ciência, ou seja o que for. O importante é que os 13 javalis selvagens estão a salvo”, escreveram, numa alusão ao nome da equipa de futebol resgatada, os ‘Javalis Selvagens’.

De resto, o resgate das 12 crianças e do seu treinador de futebol, que estiveram presos numa gruta na Tailândia mais de duas semanas, suscitou hoje uma reação de júbilo à escala mundial, com vários líderes internacionais a celebrarem o feito.

Recorde-se que o grupo ficou preso numa gruta durante 18 dias, metade dos quais sem acesso a água potável e a comida.

Os 12 rapazes, entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, de 25, foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só era possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

Nas operações de socorro participaram 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.

O local onde os jovens ficaram presos estava localizado a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona, o que obrigou a que parte do percurso tivesse que ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

11 Jul 2018

Resgate de equipa de futebol presa em gruta na Tailândia ameaçada pelas chuvas

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]quipes de resgate tailandesas estão a correr contra o tempo para bombear água de uma gruta inundada para extrair 12 crianças e seu técnico de futebol com risco mínimo, disseram hoje as autoridades, quando se espera mais chuvas fortes.

Um bombeiro que trabalha na drenagem da água disse que algumas partes de uma passagem que leva a uma câmara onde os meninos e o técnico foram encontrados na segunda-feira, continuam inundadas até o teto, fazendo do mergulho a única saída possível.

“O que mais nos preocupa é o clima”, disse aos repórteres o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn.

“Não podemos correr o risco da termos uma outra inundação na gruta”, acrescentou.

Chiang Rai informou ainda que pediu à marinha tailandesa responsável pelos planos de extração para estimar o risco da operação.

A ideia passa por analisar o “tipo de prontidão [que] podemos ter hoje e decidir se podemos aproveitar essa oportunidade”, concluiu.

5 Jul 2018