Metro Ligeiro | Ron Lam pede solução rápida para conflito laboral

O deputado Ron Lam publicou ontem uma opinião no Facebook a pedir urgência na resolução dos problemas laborais sentidos por trabalhadores que vão passar da MTR Corporation Limited para a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau (MLM), antes que termine a concessão da MTR para operação e reparação do Metro Ligeiro no dia 1 de Abril.

O deputado defende uma solução unificada e célere para os problemas suscitados pela transferência dos trabalhadores de uma empresa para a outra, sem lesar os direitos laborais.

A tomada de posição surge depois de no dia 15 de Março o deputado ter enviado uma carta ao Executivo com uma série de reivindicações de trabalhadores.

Uma das exigências passa pelo reconhecimento pela MLM do tempo de trabalho prestado à MTR, afastando a hipótese apresentada a funcionários que já assinaram o novo contrato que estabelece de novo um período experimental de três meses. Ora, como esta prática não configura a mera transferência de recursos humanos, os trabalhadores defendem que devem ser compensados por despedimento pela MTR.

Ron Lam afirmou também que os novos contratos da MLM anularam benefícios que os trabalhadores gozavam na empresa anterior como, por exemplo, o 13.º mês, ou o sistema de aumentos de salários e férias anuais por cada cinco anos de trabalho, que com os novos vínculos representam recomeçar no zero.

27 Mar 2024

Metro Ligeiro | Preço de renda por terreno em Zhuhai ainda por negociar

O Governo da RAEM aguarda pela data de transferência do exercício da jurisdição dos terrenos no outro lado das Portas do Cerco para começar a negociar a renda a pagar ao Governo Popular Municipal de Zhuhai

As autoridades de Macau só vão negociar o valor da renda ao pagar Governo Popular Municipal de Zhuhai, pelo terreno e área marítima no lado sudeste do Posto Fronteiriço de Gongbei, depois do Conselho de Estado indicar o dia de transferência de jurisdição. Os esclarecimentos foram prestados pela Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), ao HM.

Segundo a DSRPDR, que cita a decisão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional sobre a delegação de poderes à RAEM, o “dia de transferência de jurisdição das referidas áreas terrestre e marítima e as coordenadas e áreas concretas serão determinados pelo Conselho de Estado”.

Contudo, até agora, o Conselho de Estado ainda não determinou a data da delegação de poderes. “Deste modo, o Governo da RAEM só poderá iniciar as negociações com o Governo Popular Municipal de Zhuhai da Província de Guangdong sobre os termos concretos do contrato de arrendamento, incluindo o montante de arrendamento após o Conselho de Estado determinar o dia de transferência de jurisdição das referidas áreas terrestre e marítima e as coordenadas e áreas concretas”, foi explicado.

Desde o ano passado que foi tornado público que a RAEM vai ficar responsável pelas áreas terrestre e marítima “do lado sudeste do Posto Fronteiriço de Gongbei da Cidade de Zhuhai da Província de Guangdong”, onde vai ser construída a ligação do Metro Ligeiro com o Interior.

 

Arrendamento até 2049

A decisão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional foi tomada a 29 de Dezembro, e publicada no Boletim Oficial da RAEM de 9 de Fevereiro.

Segundo a decisão, o “Governo da RAEM adquire, por arrendamento, o direito de uso das respectivas áreas terrestre e marítima. O prazo de arrendamento iniciar-se-á a partir do dia da transferência de jurisdição das referidas áreas até 19 de Dezembro de 2049”.

No documento, consta igualmente que “após expirar o prazo do arrendamento, este poderá ser renovado por decisão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional”.

A informação revela que o terreno fica situado no “lado norte do cruzamento entre a Praça das Portas do Cerco e a Avenida Norte do Hipódromo”, “no lado a sul do Túnel de Gongbei na Cidade de Zhuhai da Província de Guangdong”, “no lado leste do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco”, e “no lado oeste da delimitação marítima entre” a cidade de Zhuhai e a RAEM.

Quando anunciou a transferência do exercício da jurisdição sobre a área do Metro Ligeiro de Macau em Zhuhai, o Comité Permanente considerou que vai contribuir “para tirar pleno proveito dos benefícios económicos e sociais do projecto”, impulsionar “a interligação das infra-estruturas entre Macau e o Interior da China” e promover “uma melhor integração de Macau na conjuntura do desenvolvimento nacional”.

27 Fev 2024

Metro Ligeiro | Ajuste directo para armazenar equipamentos custa 56 milhões

Entre os seis contratados para a prestação de serviços assinados no ano passado pela Metro Ligeiro de Macau, dois foram distribuídos por ajuste directo. As empresas escolhidas directamente são as estatais Nam Kwong e Companhia de Seguros da China Taiping (Macau)

 

A Metro Ligeiro de Macau atribuiu à empresa Nam Kwong um contrato por ajuste directo de 56,2 milhões de patacas. A informação foi divulgada na semana passada e consta do portal da empresa.

Segundo a informação disponível, o ajuste directo visa os “serviços de armazenamento, gestão de armazéns e de distribuição de mercadorias dos equipamentos e sobressalentes de reserva do sistema de metro ligeiro”. No âmbito dos serviços de gestão de armazéns estão incluídas tarefas como segurança, abastecimento de água, de energia e limpeza.

O contrato prevê a prestação do serviço pela Companhia de Logística Nam Kwong durante dois anos, tendo entrado em vigor a 19 de Dezembro e prolongando-se até 18 de Dezembro de 2025.

O valor representa uma redução face ao contrato anterior que vigorou entre 19 de Dezembro de 2021 e 18 de Dezembro de 2023. Nessa altura, a Companhia de Logística Nam Kwong recebeu 58,4 milhões de patacas para prestar os “serviços de armazenamento, gestão, segurança, limpeza e transporte dos equipamentos e sobressalentes de reserva do sistema de metro ligeiro”.

Tal como aconteceu com a contratação mais recente, a informação adiantada pela empresa Metro Ligeiro de Macau indica que a atribuição do contrato resultou igualmente de ajuste directo. Esta é uma modalidade de contratação pública que pode ser utilizada quando se considera que o serviço a prestar é demasiado especializado e não existem outras empresas com capacidade.

Aposta nos seguros

No que diz respeito a ajustes directos, esta tem sido mais a excepção do que a regra no Metro Ligeiro de Macau. Porém, foi utilizada duas vezes nas seis contratações realizadas no ano passado pela empresa com capitais públicos.

O outro concurso público visou a contratação de seguros de bens danificados e máquinas avariadas e o contrato foi atribuído à Companhia de Seguros da China Taiping (Macau) pelo preço de praticamente 4,6 milhões de patacas. A empresa mãe da Companhia de Seguros da China Taiping (Macau) é detida a 90 por cento pelo Ministério das Finanças do Governo Central.

No que diz respeito à restante contratação, em quatro contratos, a empresa do Metro Ligeiro de Macau atribuiu mais 76 milhões de patacas às empresas Companhia de Gestão de Segurança Global, Serviços de Limpeza East Sun, Gestão de Propriedades e Instalações Premier e Companhia de Engenharia Jardine (Macau).

31 Jan 2024

Metro | Consulta de empresas para explorar Linha de Seac Pai Vai

A exploração da Linha do Metro de Seac Pai Van vai ser atribuída através de uma consulta de empresas especializadas no serviço. A revelação foi feita ontem pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, em resposta a uma interpelação do deputado Leong Sun Iok.

“Vamos lançar um concurso, ou uma consulta e algumas empresas, para a linha de Seac Pai Van, não haverá um ajuste directo [à empresa MTR de Hong Kong]. Esperamos que o concurso abranja poucas serviços, mas por agora não tenho mais informações”, revelou o secretário.

Raimundo do Rosário revelou também que todos os cabos eléctricos na Linha de Seac Pai Van foram instalados, pelo que existem agora condições para começar com os primeiros testes de circulação das carruagens. “Segundo as informações mais recentes que tenho, vamos começar os testes com as carruagens na Linha de Seac Pai Van brevemente, porque já foram instalados todos os cabos”, indicou.

Em relação ao contrato de exploração do Metro Ligeiro, atribuído à empresa MTR de Hong Kong e que expira no final deste ano, o secretário afirmou não ter neste momento informações para partilhar. Leong Sun Iok pretendia saber se haveria um prolongamento da concessão ou um concurso público. Contudo, a garantia que recebeu do secretário é que o valor pago à MTR de Hong Kong até ao fim do contrato vai ficar abaixo dos 5 mil milhões de patacas, apesar do contrato assinado inicialmente prever um valor de 5,8 mil milhões de patacas.

9 Jan 2024

Metro ligeiro | Raimundo do Rosário recusa críticas de Ron Lam

Após o deputado Ron Lam defender que a compra de um cabo que levou à suspensão do metro ligeiro durante meses devia ser investigada pelo CCAC, o secretário para os Transportes e Obras Públicas veio acusá-lo de espalhar “notícias falsas”

O gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas, recusou a veracidade de algumas críticas proferidas pelo deputado Ron Lam. Num comunicado em que diz responder “com firmeza”, mas sem nunca identificar o deputado, Raimundo do Rosários recusa que os serviços tenham “eliminado” informação sobre projectos públicos, e fala de “notícias falsas”.

Após o Comissariado de Auditoria (CA) ter encontrado falhas na compra de um cabo para o metro ligeiro, Ron Lam defendeu que os contornos do caso justificavam que fosse alvo de uma investigação pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), uma vez que tinha sido adquirido um cabo com padrões de qualidade inferiores aos exigíveis.

O membro das Assembleia Legislativa apontou igualmente num artigo publicado no Jornal do Cidadão, que tinha havido “omissão de factos evidentes” sobre o projecto e que mesmo como deputado não conseguia obter as informações sobre o metro, e que as respostas lhe chegavam através de comunicados públicos.

Na sexta-feira, o gabinete do secretário veio protestar contra a opinião do deputado e negar que tenha existido eliminação “de informações nos serviços públicos” ou “irregularidades na realização de tarefas” ou “no uso de materiais nas obras”. “Tendo em conta que essas alegações afectam gravemente os trabalhos realizados pelo Governo da RAEM, o secretário para os Transportes e Obras Públicas vem agora responder com firmeza sobre o assunto em causa”, foi indicado como justificação para o comunicado.

Disco duro

No artigo, Ron Lam apontava que documentos de “um disco rígido externo” tinham sido apagados pelo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), tendo sido posteriormente recuperados pela Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). Para o deputado, este procedimento levava a “suspeitar que alguns serviços públicos” tinham “tentado encobrir o caso, o que é um problema muito grave”.

No entanto, esta descrição é recusada pela tutela. “O Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) foi extinto em 1 de Outubro de 2019, e todos os documentos relativos às obras da responsabilidade desse gabinete foram gravados num disco rígido e, para serem consultados, é necessária a instalação de um sistema de gestão de documentos”, indica o comunicado. “Assim, claro é que não ocorreu qualquer ‘eliminação’ de documentos, nem ‘recuperação’ de informações pelos serviços públicos”, foi acrescentado. “O secretário para os Transportes e Obras Públicas repudia veementemente esta especulação meramente intuitiva e sem qualquer fundamento que põe em causa a credibilidade do Governo da RAEM”, foi completado.

O secretário recusou também que o concurso em que foram aceites as propostas para o metro ligeiro adoptasse como critério de qualidade os padrões do Interior.

“Antes de 2018, os sistemas electromecânicos das obras públicas de Macau não incluíam as normas nacionais como um dos critérios de projecto e de vistoria para efeitos de recepção da obra”, foi contextualizado. “O concurso público para a construção do sistema de circulação do Metro Ligeiro foi lançado em 2009, pelo que o conteúdo da proposta foi elaborado de acordo com as ‘normas técnicas e requisitos comuns na altura’, e que não ocorreu nenhuma ‘troca secreta’ de materiais ou ‘irregularidades na realização de tarefas ou no uso de materiais’”, foi acrescentado.

8 Jan 2024

Metro | Pedida investigação do CCAC sobre compra de cabo

A compra e instalação de um cabo de qualidade duvidosa levou à suspensão do metro ligeiro durante meses. Para o deputado Ron Lam o incidente deve ser investigado, dado que anteriormente o Governo tinha garantido que os materiais cumpriam os padrões de qualidade

 

O deputado Ron Lam defende que o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deve investigar a compra do cabo eléctrico que obrigou à suspensão do metro ligeiro durante meses. A posição foi tomada em declarações prestadas ao Jornal do Cidadão, na sequência de um relatório do Comissariado de Auditoria (CA) sobre o caso.

De acordo com as conclusões do CA, os danos sofridos pelo cabo que obrigaram à suspensão do metro ligeiro deveram-se ao facto de o cabo inicialmente instalado não cumprir os padrões mínimos de qualidade. Sobre o incidente, Ron Lam indicou que para a maioria da população o metro ligeiro é visto como um “elefante branco” e a opinião sobre o projecto é negativa.

Face a esta situação, mantém a esperança de que o CCAC investigue os procedimentos de compra, de forma a legitimar o projecto junto da sociedade, e para aumentar a confiança da população sobre este meio de transporte.

Na opinião do deputado, o relatório do CA veio a público mostrar que houve uma falha “inaceitável” cometida por todos os envolvidos, desde o Governo, à empresa de consultoria e ao fornecedor. Por outro lado, Ron Lam destacou o facto de o antigo Gabinete de Infra-estruturas de Transportes, responsável pelo projecto no início, ter “omitido factos evidentes”.

Debaixo do tapete

O deputado criticou ainda os responsáveis, porque, no seu entender, se não fosse o CA, nunca se teria conhecimento da natureza dos problemas relatados. O legislador considerou igualmente negativo o facto de no passado ter pedido várias vezes informações sobre o metro, mas apenas ter obtido respostas através de comunicados.

Ron Lam recordou ainda que confrontou Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, com o assunto na Assembleia Legislativa, e lhe foi respondido que não tinham sido utilizados materiais com qualidade inferior: “Os procedimentos foram concretizados, não utilizámos materiais com qualidade inferior, não cometemos erros nem saltámos nenhum passo [na construção”, citou, sobre a resposta do secretário.

Na opinião de Lam, face às respostas do secretário, o problema não devia ter acontecido, pelo que é necessário averiguar o que se passou, até porque o CA apontou existir problemas de supervisão nas obras do metro.

Também a deputada Ella Lei abordou o caso, e defendeu que o Governo deve assumir um maior papel na fiscalização dos trabalhos, mesmo quando contrata empresas para desempenhar essa função. A legisladora defendeu que deve ser o Governo a assumir o maior papel, porque se tratam de áreas muito específicas com as quais a população não tem competência para lidar, pelo que não consegue detectar os problemas.

5 Jan 2024

Metro | Relatório aponta “omissões evidentes” na gestão do GIT

Foi ontem divulgado um relatório do Comissariado de Auditoria que aponta “omissões evidentes” na gestão do antigo Gabinete de Infra-estruturas de Transportes. Em causa, estão as avarias num cabo eléctrico que levaram à paragem de cinco meses da linha da Taipa e que se deveram a falhas na verificação de padrões técnicos

 

O Comissariado de Auditoria (CA) entende que o antigo Gabinete de Infra-estruturas de Transportes (GIT), extinto em Outubro de 2019, praticou “omissões evidentes de gestão” na aquisição do cabo eléctrico para a linha da Taipa do metro ligeiro. Esta foi feita “sem correspondente verificação” relativamente a padrões técnicos de funcionamento, o que levou a 18 avarias em menos de dois anos, a partir de 13 de Janeiro de 2020, e à suspensão do metro ligeiro por cinco meses, em 2021, para a substituição do cabo.

O relatório do CA aponta que “a causa directa da falha no cabo se deveu a um enrugamento na blindagem de fita de cobre, defeito este que vem de origem, levando à danificação da blindagem ao fim de um certo tempo, originando a ruptura da camada de isolamento e, consequentemente, falhas no cabo eléctrico”.

O CA entende ainda que as “especificações técnicas da camada de blindagem da fita de cobre foram pouco exigentes, fazendo com que esta camada não fosse capaz de resistir ou reduzir o problema dos danos causados pelo seu enrugamento que, consequentemente, levou à ruptura da camada de isolamento”.

Pouca fiscalização

O CA alerta também para falhas cometidas pelo antigo GIT na hora de adoptar padrões e especificações técnicas, pois o concurso público determinava que os cabos deveriam estar em conformidade com a norma IEC, que estabelece os requisitos técnicos mínimos para a estrutura dos cabos eléctricos.

Contudo, quanto à blindagem dos cabos, a norma em questão não “estabelece quaisquer requisitos, deixando, assim, à legislação nacional a regulação do tipo de material a usar, o tamanho e método de enrolamento da blindagem”. Desta forma, “as especificações técnicas podiam ser definidas pelo fornecedor”.

Assim sendo, quanto à blindagem da fita de cobre, “o fornecedor apenas propôs especificações técnicas quanto ao método de enrolamento e à sua espessura, que o GIT aceitou”, além de que “as especificações adoptadas pelo fornecedor não são tão exigentes como as do padrão nacional”.

O CA conclui, neste contexto, que o GIT, relativamente à escolha das normas técnicas, “devia ter tido em consideração o contexto concreto em que Macau se encontra inserido”, pois “o cabo efectivamente utilizado no sistema de metro ligeiro foi instalado sem ser sujeito aos ensaios conforme previsto na norma IEC e no contrato de fornecimento”, bem como “sem a correspondente certificação, o que reflecte a existência de omissões evidentes na gestão do GIT”.

De destacar que tanto o consultor do projecto como o GIT alertou o fornecedor para a questão do cabo, mas depois “não se insistiu junto do fornecedor o envio do relatório” sobre esse material, não sendo possível avaliar “se o fornecedor fez ou não os ensaios requeridos ao tipo de cabo que foi utilizado no sistema do metro ligeiro, e se estavam em conformidade com a norma IEC”.

O relatório alerta ainda que, na área das obras públicas, o trabalho não termina com a adjudicação e a contratação de entidades externas de fiscalização, tendo o Governo de ser “responsável pela salvaguarda dos interesses da RAEM”. Deve, por isso, “tomar as devidas medidas de correcção e regulação”.

29 Dez 2023

Metro Ligeiro | Percurso entre estações Oceano e Barra em 4 minutos

O Metro Ligeiro leva quatro minutos a atravessar a Ponte de Sai Van, entre as estações Oceano (a última da Linha da Taipa) e a estação da Barra, já do lado de Macau.

Com tudo preparado para inaugurar a Estação do Metro Ligeiro da Barra na próxima sexta-feira, a empresa que gere o transporte vai vender até ao próximo domingo bilhetes comemorativos da abertura da Estação da Barra e da Linha da Taipa para a escolha e compra. O preço de um conjunto de bilhetes comemorativos é de 180 patacas e podem ser adquiridos numa janela de venda especial instalada na Estação da Barra.

Será ainda organizada uma festa de recepção de passageiros na Estação da Barra para as primeiras partidas, das estações da Barra e Jockey Clube, ambas às 06h30.

Em coordenação com a extensão do serviço da Linha da Taipa até à Estação da Barra do Metro Ligeiro, será ajustado o horário de serviço do transporte e aumentadas as frequências de circulação. O horário de operação do metro ligeiro é de segunda a sexta-feira, das 06h30 às 23h15, nos sábados, domingos e feriados, das 06h30 às 23h59.

A Sociedade do Metro Ligeiro de Macau referiu ainda que as carruagens passam entre períodos que variam entre 7,5 e 10 minutos em média.

6 Dez 2023

Macau estima poupar 890 milhões de patacas em contrato do metro ligeiro

Macau estima poupar 890 milhões de patacas no primeiro contrato de exploração do metro ligeiro, que termina no final de 2024, garantiu esta quarta-feira o secretário para os Transportes e Públicas, Raimundo do Rosário.

O Governo de Macau atribuiu, por adjudicação direta, a exploração do metro ligeiro, inaugurado a 10 de Dezembro de 2019, à MTR Corporation Limited, empresa que opera o metro de Hong Kong, por 5,88 mil milhões de patacas. Mas o secretário Raimundo do Rosário garantiu que “no fim [do contrato] este valor vai ser diminuído, mais ou menos para 4,99 mil milhões, não vai ultrapassar cinco mil milhões”.

O dirigente, que falava na Assembleia Legislativa durante uma sessão de perguntas e respostas sobre o relatório das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2024, não revelou, no entanto, as razões para a redução.

A operação do metro ligeiro esteve parada entre outubro de 2021 e abril de 2022, para substituir cabos de alta tensão com um comprimento total de cerca de 124 quilómetros, devido a sobreaquecimento. Rosário sublinhou que o contrato com a MTR já inclui a ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da ponte Sai Van, que será inaugurada a 08 de dezembro. “Não precisamos de pagar mais”, acrescentou.

Este meio de transporte opera atualmente apenas uma linha, na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de dez a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias. Em junho, o secretário tinha garantido aos deputados que não irá atribuir à MTR por adjudicação direta o próximo contrato de exploração do metro, que irá incluir uma expansão até à Barra, o bairro de Seac Pai Van, em Coloane, e a vizinha Hengqin (ilha da Montanha).

A construção da linha para Hengqin, na China continental, arrancou em março de 2021, vai custar 3,5 mil milhões de patacas e deverá estar concluída até ao final de 2024. O Governo lançou em outubro de 2022 os concursos para a concepção e construção da Linha Leste do metro ligeiro, que deverá fazer, a partir da primeira metade de 2029, a ligação ao norte da península de Macau, onde se situa a principal fronteira com a China continental.

O metro registou, em média, 9.150 passageiros por dia em agosto, o número mais elevado desde que este meio de transporte começou a cobrar tarifas, em fevereiro de 2020. Com a extensão do metro ligeiro, as autoridades preveem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030.

O metro ligeiro, uma das principais obras públicas de Macau desde a transferência da administração de Portugal para a China, em 1999, sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução. A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas.

30 Nov 2023

Metro Ligeiro | Barra pode ser hub para turismo comunitário

Com a abertura da estação da Barra do Metro Ligeiro a uma semana de distância, um membro do Conselho dos Serviço Comunitários sugere que a Barra sirva de plataforma para os turistas visitarem as partes menos conhecidas da cidade. Dirigente dos Kaifong pede correspondência de tarifas entre Metro Ligeiro e autocarros

 

No próximo dia 8 de Dezembro, o Metro Ligeiro irá chegar à península, com a abertura da estação da Barra. O membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, Chan Ngoi Chon, considera que a ligação de Macau à Taipa através do Metro Ligeiro não só acrescenta uma alternativa para a rede de transportes públicos do território, como acrescenta um novo elemento à indústria do turismo.

Nesse sentido, o também dirigente da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau acredita que a Barra pode ser um hub de turismo para vários pontos da cidade, através dos autocarros do Centro Modal de Transportes da Barra. A ideia é desviar o fluxo de turistas das zonas mais populares para os bairros comunitários.

Em declarações ao jornal Ou Mun, Chan Ngoi Chon sugeriu, por exemplo, que sejam afixadas publicidades nas estações do Metro Ligeiro a promover os bairros comunitários, e apontou que o comércio local deveria concentrar-se em oferecer produtos característicos dos bairros, dirigidos às novas gerações de forma a revitalizar as economias comunitárias.

Porém, o conselheiro questiona se a abertura da estação do Metro Ligeiro na Barra não irá potenciar o caos do trânsito da zona, já afectado pelas obras da Estação Elevatória de Águas Pluviais e Drenagem no Sul do Porto Interior. Como tal, o responsável apelou às autoridades para terem em consideração o impacto na vida dos residentes da zona sul do Porto Interior e para planearem com cuidado a gestão do tráfego da zona.

Pedido de equivalência

Por sua vez, o chefe do gabinete da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong) na zona sul, Chang Ka Wa, voltou a dar eco a um pedido antigo: a equivalência entre as tarifas do Metro Ligeiro e os autocarros, ou seja, que quem sai de um transporte possa entrar no outro com o mesmo bilhete, como acontece nos autocarros. Além disso, pediu ao Governo para ponderar a introdução de descontos na transferência de transportes e acrescentar a possibilidade de pagamento electrónico através de aplicações móveis.

O dirigente dos Kaifong acrescentou ainda que a localização da primeira estação do Metro Ligeiro em Macau é excelente, por estar perto de pontos turísticos como o Templo de A-Má, o Lago Sai Van, a Torre de Macau e até a zona da Almeida Ribeiro. A proximidade do terminal da Barra que liga por ferry o sul da península a Coloane é outro trunfo que, na óptica de Chang Ka Wa, pode ser aproveitado para divergir os turistas dos pontos mais populares.

30 Nov 2023

Metro Ligeiro | Governo aumenta tarifas para viagens de 10 estações

A partir de 8 de Dezembro começa a operar a ligação entre a Linha da Taipa e a Estação da Barra do Metro Ligeiro. Com a notícia surge um aumento das tarifas, embora a maioria não sofra alterações

 

A partir de 8 de Dezembro começa a funcionar a ligação do Metro Ligeiro entre a Linha da Taipa e a Estação da Barra, no lado de Macau. Com a nova ligação surgem alterações na forma de contabilizar os preços, que deixam quase tudo como antes, mas que aumentam as tarifas de algumas viagens.

De acordo com os dados publicados ontem em Boletim Oficial através de um despacho assinado pelo Chefe do Executivo, quase todos os preços ficam nos níveis anteriores. Mas, a diferença vai ser sentida para quem faz viagens de 10 estações.

Actualmente, o preço de uma viagem de 10 estações é 10 patacas, É também a deslocação máxima distância percorrida, para quem, por exemplo, apanhe o transporte na estação Terminal Marítimo da Taipa e se desloque até à estação de Oceano, ou vice-versa.

A partir de 8 de Dezembro, o montante cobrado para quem percorra 10 estações sobe para 12 patacas. Em comunicado, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau justificou as alterações nos “intervalos” de contagem das estações para efeitos da expansão futura que se antecipa. “Será aumentado pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A. um novo intervalo de preços do Metro Ligeiro a partir do dia 8 de Dezembro de 2023, para se articular com a extensão da rede de traçado do Metro Ligeiro e o aumento do número de estações no futuro”, foi publicado.

Além disso, no caso em que é percorrida a ligação entre a Estação da Barra e a Estação do Oceano ou entre a Estação de Hengqin e a Estação do Lótus, apesar de o percurso não fazer paragem em nenhuma estação, para efeitos de tarifa são contadas como viagens em que se passam por duas estações.

Sem alterações

No que diz respeito aos restantes preços não há alterações a registar. Para quem viaja até três estações, paga 6 patacas, entre quatro e seis estações 8 patacas e entre sete e nove estações o preço é 10 patacas. O escalão mais caro, entre as 10 e 12 estações custa 12 patacas.

Os preços baixam para três, quatro, cinco e seis patacas, quando o utilizador é titular do passe do Metro Ligeiro, do Cartão Macau Pass ou para os passageiros com menos de 12 anos ou mais de 65 anos que podem comprar bilhetes com desconto especial.

No caso dos estudantes, o preço da viagem é uma pataca e meia, duas patacas, duas patacas e meia e três patacas. Segundo os dados oficiais da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, nos primeiros 10 meses do ano, a média diária de passageiros foi de 6.045. O mês com maior utilização foi Agosto, quando a média diária de passageiros atingiu 9.150.

28 Nov 2023

Metro Ligeiro | Prevista pouca utilização da linha de Seac Pai Van

A associação Aliança do Povo de Instituição de Macau prevê que a linha de Seac Pai Van do Metro Ligeiro terá poucos passageiros que residam no local, tendo em conta a distância entre as habitações e a estação do Metro Ligeiro.

Citada pelo jornal Ou Mun, a vice-presidente da associação, Lei Kit Fong, argumenta que apenas os edifícios de habitação social Lok Kuan e Praia Park, de habitação privada, ficam próximos da entrada da estação, obrigando os restantes moradores a deslocarem-se uma distância considerável.

Lei Kit Fong disse ainda que a estação não é servida por autocarros públicos, o que fará com que os moradores, sobretudo idosos, optem pelo autocarro.

Além disso, a responsável pediu uma análise à conexão entre as linhas de Seac Pai Van, Barra e Hengqin, que começam a funcionar entre o final deste ano e próximo ano, para garantir a chegada de mais turistas a Coloane e à povoação de Lai Chi Vun.

Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Obras Públicas, a linha de Seac Pai Van estará construída em Fevereiro do próximo ano, apesar da previsão inicial de conclusão para Dezembro. Atraso explicado com os constrangimentos gerados pela pandemia. A linha terá 1,6 quilómetros de comprimento e duas estações (Seac Pai Van e Hospital das Ilhas).

17 Out 2023

Metro | Adjudicação da construção da Linha Leste contestada em tribunal

O contrato de 4,47 mil milhões de patacas atribuído ao consórcio formado por CCECC (Macau), Nam Kwong e China Railway 16th Bureau Group está a ser contestado pelas empresas Sam Yau, Rock-One e China Tunnel Construction

 

O concurso público que resultou na adjudicação da construção do segmento Norte da Linha Leste do Metro Ligeiro está a ser contestado em tribunal. Em causa, está uma acção colocada no Tribunal de Segunda Instância (TSI) pelo consórcio derrotado constituído pelas empresas Companhia de Desenvolvimento Predial Sam Yau, Companhia de Construção e Engenharia Rock-One e a Companhia China Tunnel Construction Guangdong.

O concurso público foi lançado em Outubro do ano passado, e contou com a participação de seis consórcios, que apresentaram propostas cujos preços cobrados variaram entre 4,47 mil milhões de patacas e os 5,14 mil milhões de patacas. Todos os prazos de execução das concorrentes eram de 1.350 dias, sendo que o prazo máximo era de 1.500 dias.

No final, as obras foram atribuídas ao consórcio das empresas estatais CCECC (Macau) Companhia de Construção e Engenharia Civil China, Companhia de Fomento Predial Nam Kwong e China Railway 16th Bureau Group que apresentou o preço mais baixo.

No entanto, o consórcio da Companhia de Desenvolvimento Predial Sam Yau, Companhia de Construção e Engenharia Rock-One e China Tunnel Construction Co., Ltd. Guangdong fez entrar no Tribunal de Segunda Instância uma acção a contestar o resultado do concurso público.

O HM não conhece os argumentos do processo, mas sabe que com uma proposta com um valor de 4,87 mil milhões de patacas, as empresas Sam Yau, Rock-One e China Tunnel Construction consideram que deviam ter sido as escolhidas, devido a outros critérios não relacionados com o preço.

 

Providência cautelar recusada

Além do processo principal, as empresas queixosas fizeram entrar uma providência cautelar, para suspender a adjudicação, até que a questão principal fosse decidida pelos tribunais.

Todavia, numa decisão com a data de 24 de Julho, o TSI recusou a providência cautelar para suspender o concurso público, por, entre outros motivos, apontar que causaria uma “grave lesão no interesse público”. “Ora, sendo evidente o esforço que tem sido feito em toda a RAEM para implantar uma rede de metro ligeiro que ligue os principais pontos do Território de forma a poder contribuir para o descongestionamento do tráfico de veículos […], acrescentar a todo esse processo um atraso que poderia ser de anos […] dúvidas não subsistem que a suspensão de eficácia do acto de adjudicação iria colidir com o interesse público subjacente ao acto de adjudicação em causa”, pode ler-se na decisão a que o HM teve acesso.

A decisão do TSI sobre a providência cautelar terá sido acatada pelas empresas em causa, sem que tenha havido recurso para o Tribunal de Última Instância. Também o local da obra foi entregue às vencedoras do concurso no mês passado, e os trabalhos deverão arrastar-se até Março de 2028.

A Linha Leste do Metro Ligeiro vai ter 7,7 quilómetros de comprimento, com seis estações, e vai ligar as Portas do Cerco à Zona A e Zona E dos Novos Aterros, bem como à Estação do Terminal Marítimo da Taipa.

15 Set 2023

Metro vai ligar-se a comboio de alta velocidade em Hengqin

Foi lançado, na última quinta-feira, o concurso público para o estudo de concepção da ligação do comboio de alta velocidade Guangzhou-Zhuhai-Macau ao centro da ilha de Hengqin e ao sistema de metro ligeiro de Macau.

Segundo informações divulgadas na quinta-feira pela Direcção dos Serviços de Planeamento Urbanístico e Construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, o comboio, que já faz a ligação entre Zhuhai e Hengqin, até ao parque Chimelong, terá mais uma ligação com o centro de Hengqin. Será depois estudada a conexão com a estação do metro ligeiro de Macau junto à fronteira com o comboio rápido, numa distância que varia entre sete e nove quilómetros.

Prevê-se que o comboio de alta velocidade circule a 350 quilómetros por hora num percurso com sete paragens, começando na zona norte da cidade de Guangzhou com ligações ao aeroporto de Baiyun, Yuzhu, Nansha, Zhongshan, Hezhou, em Zhuhai e ilha de Hengqin.

Até Chimelong

Recorde-se que já está em funcionamento a linha de comboio de alta velocidade intermunicipal Guangzhou-Zhuhai, que passa pelas cidades de Foshan e Zhongshan até chegar a Zhuhai, bem perto do posto fronteiriço de Gongbei. Em 2020, a linha expandiu-se para a zona do Chimelong, em Hengqin, onde existe também um espaço reservado para uma futura conexão com o sistema de metro ligeiro de Macau.

O concurso público para o comboio de alta velocidade inclui ainda um estudo de integração urbanística entre a estação de comboios de Hengqin e os restantes meios de transporte e zona pedonal. Prevê-se que o planeamento e construção durem até 2035, sendo que o orçamento apenas para a concepção é de 5,6 milhões de renminbis.

As autoridades entendem que o comboio rápido e as ligações que irá proporcionar “é um importante projecto de apoio à promoção da prosperidade e estabilidade a longo prazo de Macau”, bem como a “aceleração da construção” da Zona de Cooperação Aprofundada.

5 Set 2023

Metro | Acessos a estação impraticáveis por falhas de concepção

A Sociedade do Metro Ligeiro de Macau foi confrontada com a existência de um defeito de construção na obra milionária, mas fechou-se em copas. Admite a realização de obras de “optimização”, mas não explica se a RAEM foi lesada, nem se vai procurar obter uma compensação

 

Construídos em 2019, parte dos acessos à Estação do Jockey Club do Metro Ligeiro estão vedados e não podem ser utilizados por serem considerados um risco para a segurança dos utilizadores. A informação foi divulgada pelo Jornal All About Macau, com a falha a ter origem no projecto original de concepção, que terá sido mal desenhado, de acordo com a denúncia feita alegadamente por um ex-trabalhador da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau (MLM), que explora este meio de transporte.

Após a publicação ter escrito um artigo sobre o facto de vários acessos à Estação do Jockey Club estarem vedados há vários anos, ao ponto de terem crescido ervas de daninhas no local, o jornal recebeu uma carta anónima assinada por uma pessoa que se apresentou como “ex-funcionário da MLM e da MTR Operações Ferroviárias (Macau)”.

Na carta, é indicado que os acessos estão vedados há vários anos porque foram mal desenhados e são considerados perigosos. “A escada rolante que dá acesso à Estação do Jockey Clube foi suspensa porque tem uma grande fenda na ligação com a plataforma do primeiro andar”, é explicado. “A fenda tem largura suficiente para uma pessoa possa cair. Também o elevador foi colocado demasiado perto da escada, por isso, nas horas de ponta, com o fluxo dos visitantes a aumentar, pode haver uma concentração excessiva de passageiros, pelo que os acesos foram vedados com barreiras com água e ainda lonas”, foi acrescentado.

O ex-funcionário apontou ainda as responsabilidades ao antigo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), por não ter evitado os problemas antes destes surgirem. “Como é que não encontraram estes problemas logo na fase de desenho ou quando começaram as obras? E depois da inspecção, quando aceitaram a obra, não viram que algo estava errado?”, questiona o ex-funcionário da MLM. “Isto mostra a negligência do antigo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, ou seja, a actual MLM”, é igualmente considerado na missiva.

O silêncio dos culpados

Após ter recebido a informação sobre as causas da vedação, o jornal All About Macau contactou a MLM. A resposta chegou através de um comunicado da empresa, em que apontou ir fazer “obras de optimização” na Estação do Jockey Clube e no Centro Modal de Transportes da Estrada Governador Albano de Oliveira.

O comunicado, com data de segunda-feira, aponta ainda que com as novas obras vai haver mais espaço nas infra-estruturas, o que é tido como a “optimização”.

Por outro lado, foi reconhecido que os acessos estão vedados “temporariamente” e não “são zonas de livre acesso”. A empresa indicou também que tem “agentes de segurança no local para inspeccionar e limpar periodicamente a plataforma”.

Segundo o jornal All About Macau, apesar de a empresa ter sido questionada directamente sobre as causas da vedação, a MLM nunca deu qualquer justificação.

A MLM também não indicou se em caso de defeito deveria haver uma compensação monetária, nem se vai procurar obter essa compensação.

30 Ago 2023

Metro ligeiro | Pedido plano contra incêndios

O deputado Leong Hong Sai defende que o Governo deve ter planos de prevenção contra incêndios na linha da Barra do metro ligeiro. O pedido foi feito num artigo publicado no Jornal do Cidadão, e surge na sequência dos testes na Estação de Metro Ligeiro na Barra, que deve entrar em funcionamento até ao final do ano.

Segundo o jornal do Cidadão, o deputado dos Moradores explicou que a linha entre a Taipa e a Barra opera no tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van, um espaço fechado, por isso, além do Governo precisar de reforçar a impermeabilização, é igualmente necessário realizar planos para retirar os passageiros do metro ligeiro, em caso de urgência.

Por outro lado, o deputado também quer que o Governo melhore a correspondência entre as linhas do metro ligeiro, a rede de autocarros e o sistema pedonal da zona da Barra, para facilitar as deslocações para as atracções turísticas.

7 Ago 2023

As acções valem mais do que as palavras

As belas fábulas contadas ao longo de milhares de anos não passam de histórias e não é possível matar a fome com o desenho de uma fatia de bolo. Para vivermos num mundo de fadas encantado, temos de construí-lo com as nossas próprias mãos.

Recentemente, durante a sessão de interpelações orais da Assembleia Legislativa, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, afirmou que, em Maio, se deslocaram no Metro Ligeiro cerca de 5.500 passageiros. Raimundo do Rosário acredita que com a abertura em sequência da Linha da Barra, da Linha de Hengqin e a da Linha da Taipa, haverá cada vez mais pessoas a utilizar o Metro Ligeiro. Salientou também que não é fácil conseguir um orçamento equilibrado na área dos transportes públicos, em parte alguma do mundo. Finalizou, mencionando que houve um concurso público para administrar as lojas na Estação da Barra do Metro Ligeiro, mas que até agora ninguém concorreu, o que demonstra a falta de interesse na proposta.

Se bem me lembro, durante o planeamento inicial da construção do Metro Ligeiro, as autoridades apresentaram-no ao público recorrendo a estimativas quantitativas e afirmaram que cada quilómetro de linha serviria aproximadamente 50.000 habitantes, demonstrando desta forma que seria um meio de transporte útil. No entanto, a realidade mostrou que os custos de construção do Metro Ligeiro, contando com alguns problemas de ordem técnica, excederam amplamente as estimativas. Não estaremos de forma alguma a exagerar se chamarmos a este projecto um elefante branco. De uma perspectiva comercial, não é surpreendente que não surjam propostas para gerir as lojas da Estação da Barra do Metro Ligeiro, porque a incerteza paira sobre o futuro desta estação. Se o Governo não tomar em linha de conta os aspectos práticos, os projectos fracassam.

Por outro lado, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, fala ponderadamente, mas dizer a verdade não significa que os problemas se vão resolver ou que se vá adoptar uma abordagem pragmática. Segundo alguns noticiários, quando interpelada pelos deputados da Assembleia Legislativa, a secretária Au afirmou que, de acordo com a previsão da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, no próximo ano, o número de estudantes em Macau atingiria o seu pico, chegando aos 88.000, número que virá progressivamente a decair para os 81.000 em 2030. Ao mesmo tempo que promovem reformas em escolas sem características pedagógicas distintivas, as autoridades vão exigir que outras reduzam o número de alunos por turma no ano lectivo de 2025/2026. Caso contrário, as “escolas pequenas” ou sem características pedagógicas distintivas vão ter dificuldade em recrutar alunos.

Aparentemente a secretária Au tem, de facto, feito grandes esforços para preservar a sobrevivência das “pequenas escolas” e das escolas sem características pedagógicas distintivas face a uma taxa de natalidade persistentemente baixa em Macau. No entanto, estas políticas proteccionistas podem na verdade ajudar as escolas sem características pedagógicas distintivas a proceder a reformas e melhorar a sua qualidade de ensino ao longo dos anos? Há alguns anos, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude convidou grupos pedagógicos de Xangai a visitar Macau para o intercâmbio de experiências e pontos de vista, nomeadamente a experiência de transformação de escolas “desfavorecidas” de Xangai, que tinham uma notação pedagógica fraca e passaram a ter uma boa notação. Se Xangai pode fazê-lo, porque é que Macau não pode?

Já se passaram vários anos e, em Macau, a taxa de retenção de alunos no ensino não superior tem vindo consistentemente a baixar devido a vários esforços. No Estudo sobre o Progresso Internacional da Literacia (Progress in International Reading Literacy Study), Macau aparece classificado a nível mundial entre o 9.º e o 15.º lugar. Com um desempenho tão extraordinário, se ainda nos preocupamos com a sobrevivência das “pequenas escolas” e das escolas sem características pedagógicas distintivas, onde é que estão os verdadeiros problemas?

9 Jun 2023

Metro Ligeiro | Secretário exclui adjudicação directa à MTR

Os contratos de concessão necessários ao alargamento da rede de Metro Ligeiro nas linhas da Barra, Seac Pai Van e Hengqin não vão seguir o modelo de adjudicação directa à MTR Corporation Limited, que explora os serviços do sistema do Metro Ligeiro da Linha da Taipa até Dezembro de 2024. A garantia foi ontem dada pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas na sessão plenária de respostas a interpelações orais de deputados.

Raimundo do Rosário respondia a uma interpelação da deputada Ella Lei sobre os futuros contratos de concessão da operação, exploração e manutenção da rede de transportes.

O governante realçou que a forma suave e bem-sucedida como correu a fase de testes da Linha da Barrra, no início deste ano, reforça a confiança na possibilidade de abertura até ao fim deste ano.

Quanto às linhas de Seac Pai Van e Hengqin, Raimundo do Rosário estima que, se não ocorreram circunstâncias especiais, devem estar concluídas e abertas à circulação no final do próximo ano.

Em relação à Linha Leste, o secretário considera que o próximo Governo da RAEM poderá inaugurar o troço até ao fim do seu mandato, estabelecendo ligações a todos os terminais marítimos transfronteiriços, assim como ao aeroporto e fronteiras terrestes.

6 Jun 2023

Metro Ligeiro | Recorde de passageiros batido no mês passado

Perto de 6.500 passageiros usaram diariamente o Metro Ligeiro durante o mês de Abril. A média diária traduz-se no recorde absoluto dos últimos três anos, desde que o transporte deixou de ser gratuito

 

O Metro Ligeiro de Macau registou, em média, cerca de 6.500 passageiros por dia em Abril, o número mais elevado desde que o meio de transporte começou a cobrar tarifas, em Fevereiro de 2020.

De acordo com dados oficiais divulgados pela operadora, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a média de passageiros aumentou mais de um terço, em comparação com Março, e quase quadruplicou em relação ao mesmo mês de 2022.

O Metro Ligeiro foi inaugurado a 10 de Dezembro de 2019 e esse mês continua a deter o recorde, com uma média diária de 33 mil passageiros, seguido de Janeiro de 2020, com uma média de 16 mil, sendo que em ambos os meses as viagens eram gratuitas.

Em Fevereiro de 2020, com o início da cobrança de tarifas e a detecção dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus em Macau, a média diária de passageiros caiu para 1.100.

O Metro Ligeiro voltaria a registar este valor mínimo em Julho de 2022, mês em que a cidade esteve em confinamento durante duas semanas devido a um surto de covid-19.

Este meio de transporte opera actualmente apenas uma linha, na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de 10 a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias.

Durante os feriados do 1.º de Maio, um dos picos turísticos da China continental, o operador do Metro Ligeiro aumentou a frequência de circulação das carruagens para intervalos de entre nove e 12 minutos.

Com a extensão do Metro Ligeiro, as autoridades preveem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030.

A ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da Ponte Sai Van, já começou a ser testada, anunciou no início de Março a Direcção dos Serviços de Obras Públicas.

Em Março de 2021, arrancou a construção da linha de Metro Ligeiro entre o território e Hengqin, que vai custar 3,5 mil milhões de patacas, e deverá estar concluída até 2025.

Projecções e derrapagens

O Governo lançou no final de Outubro os concursos para a concepção e construção da Linha Leste do Metro Ligeiro, que fará a ligação ao norte da península de Macau. As Linhas da Acção Governativa para 2023 prevêem que a construção da Linha Leste do Metro Ligeiro arranque na primeira metade do ano e esteja concluída até ao final de 2028.

O Metro Ligeiro, uma das principais obras públicas de Macau desde a transferência da administração de Portugal para a China, em 20 de Dezembro de 1999, sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução. A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas.

3 Mai 2023

Metro Ligeiro | Concluídos dois terços da Linha de Seac Pai Van

A ligação do Metro Ligeiro entre o Hospital das Ilhas e as habitações sociais de Seac Pai Van vai ficar terminada durante o próximo ano. As Obras Públicas agradeceram ontem a paciência da população

 

A Linha de Seac Pai Van do Metro Ligeiro está concluída a dois terços, de acordo com a informação divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). O marco, atingido na semana passada, foi considerado um “sucesso”, pode ser ler-se no comunicado da direcção liderada por Lam Wai Hou.

A meta foi alcançada após terem sido terminados os “trabalhos de elevação e montagem da última peça pré-fabricada do viaduto da Linha Seac Pai Van do Metro Ligeiro”. “Com a conclusão dos trabalhos de elevação e montagem da última peça pré-fabricada do viaduto da Linha Seac Pai Van do Metro Ligeiro realizada na semana passada, foi igualmente concluída com sucesso a meta obrigatória relativa à estrutura do viaduto”, foi divulgado. “Actualmente, regista-se a conclusão da obra em de cerca de 67”, foi acrescentado.

Na nova etapa das obras, os trabalhos vão passar pela “instalação de parapeitos” e “organização dos trabalhos do sistema e material circulante”. De acordo com o calendário, espera-se que entrada em funcionamento desta linha aconteça no próximo ano.

Apoio da população

A Linha do Metro Ligeiro de Seac Pai Vai vai ter duas estações, uma no Hospital das Ilhas e outra perto das habitações sociais de Seac Pai Van. As obras começaram em 2021, e estão a cargo da empresa estatal China Road and Bridge Corporation, responsável por outros projectos como a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Desde o início das obras, em Setembro de 2021, fora instaladas 321 estacas perfuradas, 70 pilares com alturas compreendidas entre 10 e 12 metros, e a estrutura do viaduto, composta por mais de 750 peças pré-fabricadas.

No comunicado divulgado ontem, a DSPO agradeceu também à população devido à compreensão perante as obras.
“A conclusão dos trabalhos com sucesso e num curto período de tempo deveu-se à plena cooperação dos moradores no período de execução dos trabalhos, pelo que se expressa os sinceros agradecimentos aos moradores pela sua paciência”, foi escrito como uma forma de agradecimento.

12 Abr 2023

Metro Ligeiro | Concedidos mais de 2.600 passes “Mak Mak”

O Governo atribuiu um total de 2.694 passes especiais de três dias para o metro ligeiro no âmbito do programa “Passe de Metro Ligeiro Mak Mak”, implementado em Agosto de 2021, suspenso devido à pandemia e retomado depois entre Abril e Outubro do ano passado.

Numa resposta a uma interpelação escrita do deputado Lei Chan U, Chiang Ngoc Vai, director substituto da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), afirmou que este programa “permitiu que mais turistas realizassem viagens de metro ligeiro e visitassem mais zonas”, pelo que obteve “um certo efeito”. A própria empresa que gere o metro ligeiro adiantou, segundo a resposta ao deputado, que “o plano de oferta [dos passes] facilitou a deslocação dos turistas de Macau, o que produziu um certo efeito positivo”.

Sobre o facto de o sistema do metro ligeiro vir a ser gerido por uma equipa com mais residentes de Macau, a DSAT disse que esse é um objectivo com o passar do tempo. “A MLM [Sociedade do Metro Ligeiro] começou a assumir gradualmente parte dos serviços de operação do metro ligeiro. Espera-se que através da localização e acumulação de experiências se possa formar, de forma gradual, uma equipa local que domine a operação ferroviária, a fim de concretizar o objectivo de operação autónoma do metro ligeiro no futuro”, lê-se na resposta.

21 Fev 2023

Metro Ligeiro | Lei Chan U pede esclarecimentos sobre “outsourcing”

O deputado dos Operários interpelou o Governo a pedir informações sobre a capacidade da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau para assumir a operação da linha que vai fazer a ligação à Estação da Barra

 

Lei Chan U quer saber como será definida a gestão das operações do Metro Ligeiro quando o contrato firmado com a empresa MTR Operação Ferroviárias (Macau), para assistir na operação do meio de transporte, chegar ao fim. A questão faz parte de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

A pergunta surge numa altura em que se prepara o funcionamento da Estação Intermodal da Barra, que vai permitir ligar à Península de Macau à Linha da Taipa, a única actualmente em funcionamento. Lei Chan U quer perceber como vai ser o modelo de gestão da nova estação, que fica a cargo da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, e que funções vão assumidas pela MTR Operação Ferroviárias, no âmbito do contrato de assistência.

Segundo os planos anunciados pelo Governo, a nova estação vai entrar em funcionamento entre o final deste ano e o início de 2024. Recorde-se que foi também indicado por governantes a intenção de dar condições à empresa pública do Metro Ligeiro de forma a assumir a maior parte das funções, com os serviços de “outsourcing” e subcontratação a serem relegados para segundo plano.

Agora, o legislador pediu ao Governo que garanta que a empresa pública tem capacidade para assumir as tarefas. “A ligação à estação da Barra vai ser completada brevemente. Quais são os planos para a exploração desta ligação?”, começou por perguntar. “Será que a empresa do Metro Ligeiro tem capacidade para assumir parte das operações da ligação à Barra e reduzir os serviços de outsourcing?”, questionou.

No mesmo sentido, Lei pergunta se haverá concurso público com a participação de mais empresas no final do actual contrato.

Incentivos ao turismo

Para promover da utilização do Metro Ligeiro e aumentar o consumo interno, os Serviços de Turismo lançaram em 2021 o “Passe do Metro Ligeiro Mak Mak”.

A iniciativa permitia a turistas que chegassem ao território transportados pela Air Macau trocar o bilhete por um passe de metro com viagens ilimitadas durante três dias.

A iniciativa foi feita numa altura em que o território estava sobre as restrições da política de zero casos de covid-19. Apesar disso, Lei Chan U pediu ao Governo para fazer um balanço sobre a “eficácia do plano”.

Ao mesmo tempo, o deputado perguntou se a iniciativa vai ser prolongada e se medidas semelhantes vão continuar a ser adoptadas, para promover o desenvolvimento da economia local e a recuperação do sector do turismo.

19 Jan 2023

Metro ligeiro | Linha chega à península em 2023

O Governo assegurou ontem no hemiciclo que o Metro Ligeiro chegará à península de Macau no próximo ano, com a conclusão da estação da Barra. Também em 2023 irá arrancar a construção da nova Linha Este, que liga a Taipa às Portas do Cerco, com uma passagem pelas zonas urbanas dos novos aterros.

Raimundo do Rosário assegurou ainda que serão aceleradas “outras obras públicas de grande relevância”, como a quarta ponte que liga a península de Macau à Taipa.

1 Dez 2022

Metro Ligeiro | Concurso para construção da Linha do Leste

O Governo lançou ontem os concursos para a concepção e construção dos dois segmentos, norte e sul, da Linha Leste do metro ligeiro, um projecto que deverá prolongar-se durante cerca de quatro anos.

Os vencedores terão um prazo máximo de 1.500 dias, a partir da data da assinatura dos contratos, para completar a obra, segundo a DSOP. Os interessados têm até 15 de Fevereiro de 2023 para expor as propostas, tendo ainda de apresentar uma caução entre 120 milhões e 130 milhões de patacas. Caso os prazos sejam cumpridos, a Linha Leste, com um comprimento total de 7,65 quilómetros e seis estações, todas subterrâneas, poderá estar concluída em 2027.

A Linha Leste fará a ligação entre o norte da península de Macau e a ilha da Taipa, ligando a principal fronteira com a China continental à zona que serve o aeroporto e o terminal marítimo em cerca de 15 minutos, através da zona A dos novos aterros.

26 Out 2022