Sofia Margarida Mota PolíticaLeong Sun Iok quer limitar níveis de ruído durante o dia [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok insiste na necessidade de rever novamente o regime de controlo do ruído ambiental de forma a que sejam definidos mais limites durante o período diurno. Leong já tinha manifestado a necessidade de uma revisão mais profunda da Lei do Controlo do Ruído Ambiental no final do mês passado, quando foi aprovada na generalidade a alteração ao diploma. À altura, o objectivo era flexibilizar os procedimentos de autorização de ruído nocturno para a execução de obras públicas. O deputado volta agora a reforçar a sua posição em interpelação escrita, onde questiona o Governo sobre as medidas que tem vindo a tomar para reduzir a emissão de ruído durante o dia. No documento dirigido ao Executivo, o tribuno destaca a necessidade de utilização de auscultadores sem fios por pessoas que se juntam para dançar e praticar exercício nos parques, pela manhã. Isto porque de acordo com o deputado, estas actividades incomodam os moradores que também têm direito a usufruir destes espaços. Também a realização de espectáculos em áreas públicas é alvo da crítica do deputado. Horários trocados Uma das principais preocupações de Leong Sun Iok é a qualidade do descanso dos muitos residentes que trabalham por turnos e que são particularmente afectados pelo barulho. O mesmo se aplica ao movimento das ruas, essencialmente nos principais troços turísticos da cidade, onde o ruído tem início nas primeiras horas do dia. “Por exemplo, em algumas áreas residenciais perto de atracções turísticas, há um grande número de transportes que começam a operar muito cedo, afectando os moradores que precisam de descansar nas primeiras horas da manhã”, aponta. Por outro lado, “como cidade turística, há em Macau muitas indústrias em que os funcionários precisam de trabalhar por turnos e os residentes também têm a necessidade de descansar durante o dia pelo que o problema do ruído se tornou cada vez mais difícil de ignorar”, sublinha. Outro aspecto que preocupa Leong Sun Iok, é a fiscalização do ruído que, considera, não está a ser devidamente realizada. Neste sentido, o deputado pede ao Governo que esclareça os mecanismos de que dispõe para o efeito.
João Santos Filipe PolíticaDeputado dos Operários quer relatório de trabalhos para reduzir impacto de obras [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok quer saber que medidas estão a ser tomadas pelo Governo para evitar que o crescimento de 35 por cento no número de obras de grande dimensão nas estradas afecte mais o trânsito. É este o conteúdo de uma interpelação escrita da legisladora da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), com a data de 28 de Dezembro e divulgado ontem. “O trabalho de grande dimensão vai ser maior no próximo ano. Em particular, vias como Avenida do Almirante Lacerda ou Rotunda da Amizade vão sentir um grande impacto. Que medidas específicas vão ser tomadas para reduzir o impacto? Será que o Executivo vai considerar facilitar as restrições da construção à noite em certos locais para acelerar os procedimentos?”, questiona o deputado. Leong Sun Iok sugere também que a haja uma implementação efectiva da flexibilização dos horários da função pública, como acontece durante o Grande Prémio de Macau, para evitar os congestionamentos de grande dimensão das horas de ponta. “Os trabalhadores de escritório são alguns dos grupos que mais se deslocam durante as horas de ponta. No passado foi dito que seria implementado um sistema de horário flexível para efectivamente reduzir a pressão sobre o trânsito nas horas de ponta. Qual é o andamento dos trabalhos nos diferentes departamentos? E que planos existem para continuar a optimizar e de forma contínua este mecanismo?”, pergunta. Já em relação ao transporte de alunos, o deputado da FAOM defende que deve ser estudado um mecanismo para juntar as carrinhas de diferentes escolas, quando os percursos são semelhantes, para reduzir o número destes veículos circular. “Será que o Governo pode assumir os trabalhos de coordenação entre os horários das escolas do primeiro e segundo ciclos, com o objectivo de reduzir o número de deslocações das carrinhas escolares nas horas de ponta? E será que pode ser estudado um mecanismo para que uma carrinha seja utilizada por alunos de diferente escolas?”, é interrogado. No mesmo documento, o legislador recorda o relatório do Comissariado de Auditoria (CA) de Maio de 2017, que lançou fortes críticas ao Grupo de Coordenação e Gestão de Obras Viárias por falhar nas suas tarefas. Entre as falhas apontas, constava o facto de não haver qualquer coordenação entre planos de obras para as mesas zonas das estradas da cidade. Leong Sun Iok quer agora saber que trabalhos foram implementados para mudar a situação identificada pelo CA. “Como é que o Governo melhorou os mecanismo existentes de coordenação de obras para alcançar o objectivo de coordenar e supervisionar os trabalhos de escavação nas estradas e assegurar que o impacto é reduzido?”, pergunta.
João Santos Filipe PolíticaLeong Sun Iok quer túnel da Ponte de Sai Van aberto à circulação Deputado defende abertura do tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van à circulação, como medido temporária para as horas de ponta, congestionamentos e como resposta à Ponte HKZM [dropcap]L[/dropcap]eong Sun Iok, deputado ligado aos Operários, defende que o túnel do tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van deveria ser aberto ao trânsito durante as alturas de maior congestionamento e em casos excepcionais. Esta é uma solução temporária apresentada na sequência no congestionamento de 15 de Dezembro, quando até a Ponte Governador Nobre de Carvalho teve de ser aberta ao público, na sequência das longas filas de trânsito. “Actualmente o tabuleiro inferior da Ponte de Sai Van só é aberto durante a passagem de tufões. Será que o Governo vai estudar a possibilidade de melhorar as condições de ventilação e de passagem da infra-estrutura tabuleiro para aumentar a frequência da abertura ao público? Além disso, será que o tabuleiro pode ser aberto durante situações de congestionamento e horas de ponta?”, questiona Leong Sun Iok. “Será que não é possível criar um mecanismo temporário de circulação?”, acrescenta. Segundo o legislador, há necessidade de melhorar as ligações entre Macau e Taipa, devido ao aumento dos veículos em circulação, abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e ainda aos novos aterros, que vão ter capacidade para acomodar 100 mil pessoas. Ao mesmo tempo, Leong aponta que existe urgência na definição da quinta ligação entre Macau e Taipa, que deverá ser um túnel situado ao lado da Ponte Governador Nobre de Carvalho. Além das actuais pontes, está também a ser ainda preparada uma quarta ligação, que será uma ponte entre a Zona A e a Zona E1 dos Aterros. Críticas ao Executivo Na interpelação do deputado, que tem a data de ontem, foram também feitas críticas ao Executivo devido ao congestionamento recente. Leong Sun Iok recordou que a situação do dia 15 de Dezembro fez com que os condutores considerassem a resposta do Governo “lenta e desadequada”, pelo tempo que se demorou a abrir a Ponte Governador Nobre de Carvalho ao trânsito. “Muitos condutores e residentes queixaram-se e criticaram o Governo por ter uma resposta confusa e lenta ao caso”, apontou. “As autoridades explicaram toda a situação com três factores: os trabalhos de manutenção da Ponte de Sai Van, os vários acidentes na Ponte da Amizade e ainda a realização de um concerto no Cotai, que aumento o número de travessias dos condutores”, acrescentou. Porém, o deputado traça um cenário bem mais caótico das ligações: “O trânsito diário nas pontes da Amizade e de Sai Van é enorme e a capacidade das duas infra-estruturas está muito próxima do limite. Por isso, sempre que há um acidente o trânsito entre qualquer área afectada e a Península de Macau ficar logo caótico”, indica. “Apesar dos factores temporários utilizados pela Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a verdade é que as pontes estão saturadas e é muito difícil haver mais capacidade para as necessidades crescentes. Com a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau a pressão no trânsito tornou-se ainda maior […] O Governo tem a obrigação de fazer um planeamento antecipado das necessidades e ligações para aliviar a situação do trânsito”, defendeu.
Sofia Margarida Mota PolíticaPorto Interior | Leong Sun Iok quer promoção de turismo marítimo [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok quer saber se o Executivo tem algum plano para o Porto Interior de modo a promover a zona como um polo de atracção turística dotado de estruturas para o comércio e lazer. O legislador ligado à FAOM sublinha que como é uma área de docas já há muito estabelecida e que contém “um cenário da antiga vila de pescadores particularmente atraente” faz sentido desenvolver um projecto ligado ao turismo marítimo. Leong recorda que o Executivo já propôs desenvolver no Porto Interior uma área de excelência ao ar livre através da promoção de espaços comerciais e de restauração que permitissem aos seus utilizadores desfrutar da costa. No entanto, e como ainda nada foi feito, o deputado quer saber em que estado estão os trabalhos. Aliás, segundo o tribuno, o turismo associado a zonas costeiras tem sido um assunto mencionado pelo Executivo sem resultados à vista. “O desenvolvimento desta área estagnou devido à falta de planeamento geral”, lê-se na interpelação escrita dirigida ao Governo. Tendo em conta a experiência das regiões vizinhas, Leong sublinha ainda a importância da economia marítima para o desenvolvimento do turismo. Por outro lado, e tendo em conta a jurisdição de Macau sob uma maior área marítima, “as autoridades devem aproveitar as vantagens de uma cidade costeira e combinar a cultura pesqueira tradicional, promover activamente os produtos de turismo marítimo e promover a diversificação económica e a construção de um centro turismo mundial e lazer”, remata.
Hoje Macau PolíticaLei da contratação pública | Dois deputados questionam diploma [dropcap]O[/dropcap]deputado Leong Sun Iok disse ao Jornal do Cidadão estar preocupado com a existência de zonas cinzentas na proposta de lei da contratação pública que o Governo apresentou esta semana, e que está actualmente em consulta pública. Ao jornal de língua chinesa, o deputado referiu que a proposta não abrange os projectos transfronteiriços, o que pode causar problemas na sequência do desenvolvimento do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da cooperação regional. Nesse sentido, Leong Sun Iok teme que a fiscalização venha a ser contornada nesse tipo de projectos. Ao mesmo jornal, o deputado Au Kam San teme o possível agravamento de irregularidades na sequência do aumento dos valores praticados nos concursos públicos. O legislador entende que é compreensível elevar seis vezes os valores limite dos concursos públicos para obras, mas salientou que é importante travar irregularidades. Au Kam San lembrou que, no passado, houve casos em que se dividiam obras por forma a evitar a realização de concurso público. Nesse sentido, com o aumento dos valores, o deputado teme que essa situação possa continuar a existir. Lam U Tou, ex-candidato às eleições legislativas e presidente da Associação Sinergia Macau, referiu que é importante criar um mecanismo que garanta a transparência de informações, uma vez que este pode ser o fundamento necessário para aumentar os valores praticados nos concursos. A um outro jornal chinês, Lam U Tou defendeu que devem ser asseguradas questões como a eficiência, justiça e transparência nos processos de contratações, tendo pedido a publicação de todas as informações, incluindo documentos, valores das propostas e resultados dos concursos públicos.
Victor Ng Política“Parque Oceanus” | Deputado da FAOM exige calendário para recuperar terreno [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), voltou a exigir um calendário para a recuperação, por parte do Governo, do terreno localizado à entrada da Taipa, que iria servir para a construção de um parque aquático de nome “Oceanus”. “Desde 1997, quando o terreno foi concedido, já passaram 21 anos. [O concessionário], além de deixar o terreno vazio sem fazer as construções de base, suspeita-se ainda que o terreno tem vindo a ser usado como depósito de equipamentos e de materiais de construção”, lê-se na interpelação escrita. Esta não é a primeira vez que Leong Sun Iok questiona o Governo sobre esta matéria, tendo feito uma conferência de imprensa com Ella Lei, sua colega de bancada na Assembleia Legislativa, em Setembro, onde foi exigida uma resposta do Executivo sobre este assunto. Leong Sun Iok acredita que o referido terreno pode dar resposta às necessidades da sociedade e servir para a construção de habitação pública ou equipamentos sociais. O deputado pretende também saber as medidas que o Governo tem adoptado para combater os actos de ocupação ilegal dos terrenos concessionados.
Victor Ng PolíticaHabitação | Pedida mais eficiência para atribuir casas económicas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), entregou uma interpelação escrita ao Governo onde exige o aumento da eficiência na atribuição, por parte do Instituto da Habitação (IH), de casas económicas. Como exemplo foi dado o caso de um grupo de moradores de dois edifícios de habitação pública, de nome Cheng Tou e Fai Ieng, localizados na Ilha Verde, que entregaram uma carta ao Governo queixando-se do longo tempo de espera pela atribuição das fracções. As candidaturas, neste caso, terão começado em 2003. Para Leong Sun Iok, o longo tempo de espera para ter acesso a uma casa tem como consequência sucessivas mudanças de casa e aumentos nas rendas, o que traz maior pressão para o agregado familiar. O deputado considera que os principais problemas do IH nesta matéria prendem-se com a baixa eficiência nos processos e a falta de transparência entre a construção do edifício e a celebração das escrituras com os moradores. Leong Sun Iok acredita que o IH deveria seguir o exemplo das autoridades de Hong Kong, que anualmente fazem uma análise sobre a situação do alojamento e o tempo de espera dos candidatos, para que estes possam planear a sua vida pessoal. O deputado pede que essa seja uma medida de referência e que seja elaborado um calendário para a construção de casas económicas e a sua atribuição. Tendo em conta que uma das razões para o atraso das obras está ligada às empresas de construção, Leong Sun Iok pretende saber se o Governo vai reforçar a fiscalização das concessionárias e aumentar as multas a aplicar caso haja adiamento de obras. O deputado questiona ainda em que ponto se encontra a revisão da lei de habitação económica.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaMetro Ligeiro | Decisão do TUI leva deputado a questionar calendário O deputado Leong Sun Iok interpelou o Governo sobre o cumprimento do prazo de abertura do segmento da Taipa do Metro Ligeiro no próximo ano, depois do tribunal ter obrigado à realização de um novo concurso público. Contudo, a obra do parque de materiais e oficinas está quase concluída [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] decisão do Tribunal de Última Instância (TUI) que obriga o Governo a realizar um novo concurso público para a construção do parque de materiais e oficinas do Metro Ligeiro levou o deputado Leong Sun Iok a apresentar uma interpelação escrita sobre o cumprimento do prazo de conclusão do segmento da Taipa. Contudo, informações ontem reveladas pelo Gabinete de Infra-estruturas de Transportes (GIT) mostram que o possível atraso do segmento da Taipa devido à decisão do TUI não se coloca pelo facto do parque de materiais e oficinas estarem quase concluidos. As vistorias deverão ser realizadas em Outubro deste ano, enquanto que a conclusão de toda a empreitada deverá finalizar-se em Maio de 2019. De frisar que o parque de materiais e oficinas é a parte mais importante da infra-estrutura, por ser responsável pelo funcionamento do meio de transporte. No comunicado ontem divulgado, o GIT adiantou ainda que “atendendo às experiências no passado recente, o Governo reviu o caderno de encargos da empreitada do novo parque de materiais e oficinas, e introduziu um novo mecanismo de prémios e sanções”. Além disso, “procedeu-se à pormenorização das exigências de trabalhos e penalidades relativas às irregularidades de execução do contrato”. Nesse sentido, foi aplicada uma multa diária com o “valor máximo de 950 mil patacas por cada dia, a fim de aumentar a exequibilidade das sanções e reforçar a fiscalização das obras”. O GIT acrescenta ainda que “serão implementadas as cláusulas de prémios”, uma vez que, se o empreiteiro conseguir concluir a obra com antecedência e “de acordo com o estipulado os prazos parcelares vinculativos, e ultimar, com antecedência, toda a obra, poderá ganhar um prémio equivalente a 8 por cento do valor de adjudicação”. A decisão do TUI diz respeito à adjudicação feita em Julho de 2016 à Companhia de Engenharia e de Construção da China, por mais de mil milhões de patacas, tendo a China Road and Bridge ficado em segundo lugar no concurso. Esta empresa decidiu levar o caso a tribunal com o argumento que o Governo não observou os critérios de avaliação formulados no anúncio e no programa de consulta. Mais fiscalização Na sua interpelação, Leong Sun Iok, ligado ao universo da Federação das Associações dos Operários de Macau, questionou também o facto de não existir um tecto para o orçamento do Metro Ligeiro, uma vez que, em 2003, esse orçamento passou de 3 mil milhões de patacas para as actuais 16,4 mil milhões. O deputado perguntou também ao Executivo quando é que será implementado o regulamento administrativo que regula a empresa responsável pela gestão e funcionamento do transporte, uma vez que está previsto que esta seja criada no segundo trimestre deste ano. Leong Sun Iok afirmou estar preocupado com as futuras despesas da infra-estrutura, que podem vir a agravar a pressão financeira do Governo, uma vez que, pelas contas do deputado, o segmento da Taipa pode custar 900 milhões de patacas por ano, um valor semelhante ao subsídio atribuído às empresas de autocarros num ano. O membro da Assembleia Legislativa questionou ainda quais são as medidas de fiscalização a adoptar em relação ao funcionamento da empresa de gestão.
Victor Ng PolíticaLeong Sun Iok quer pedidos de residência com parecer de DSAL ou da Comissão de Talentos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok defende que a apreciação dos pedidos de residência na qualidade de técnico especializado deve passar a ser uma responsabilidade da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) ou da Comissão de Desenvolvimento de Talentos. O membro da Assembleia Legislativa acredita que estes órgãos do Governo são os mais capacitados para efectuar os trabalhos de supervisão dos pedidos e avaliar se as pessoas que pedem a residência têm as capacidades exigidas. Actualmente, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) é a entidade responsável pelos pedidos de residência por técnicos especializados do exterior e ainda por pessoas que tenham efectuado investimentos relevantes na RAEM. Segundo um artigo no Jornal do Cidadão, Leong Sun Iok defende que no que diz respeito aos investimentos, o IPIM é a entidade mais competente para tratar dos processos, pelo que não deve haver alterações. Contudo, sustenta que o mesmo não se verifica em relação aos trabalhadores especializados. Mais intervenção governativa Por outro lado, o deputado explicou que têm sido as empresas a assumirem o papel dominante nos processos de residência para técnicos especializados, com a justificação que é necessário suprir falhas no mercado. Porém, para Leong Sun Iok esta é uma função que devia ter sido assumida pelo Governo, para evitar a importação de mão-de-obra desnecessária, mas que pratica preços mais baratos. Também segundo Leong Sun Iok, o Executivo deve melhorar as políticas de imigração e garantir que os imigrantes contribuem efectivamente para a região, ao invés de facilitar o desperdícios de recursos. As declarações de Leong são mais uma reacção ao caso dos pedidos de residência divulgado pelo Comissariado contra a Corrupção, em que foram relatadas várias irregularidades nos pedidos de residência para trabalhadores especializados e investimentos considerados relevados para a RAEM.
Diana do Mar PolíticaAL | Proposto debate sobre adiamento do regime de trabalho a tempo parcial Leong Sun Iok submeteu uma proposta de debate em que defende o adiamento do regime de trabalho a tempo parcial. Para o deputado dos Operários, o documento que foi alvo de consulta pública reduz as garantias mínimas oferecidas pela lei laboral [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]or considerar que “o Governo não deve baixar o padrão mínimo das garantias” da actual lei laboral, Leong Sun Iok defende que o regime de trabalho a tempo parcial deve ser adiado até que haja “um amplo consenso” e uma “boa proposta”. Numa proposta de debate, o deputado sustenta que o documento submetido a consulta pública no ano passado contraria as garantias básicas constantes da Lei das Relações de Trabalho. Leong Sun Iok dá exemplos: “O trabalhador a tempo parcial tem direito a licença por falta e a licença de maternidade não remunerada; não se aplicam os regimes de período experimental, férias anuais, aviso prévio ou indemnização por resolução de contrato; e as partes podem acordar uma compensação adicional por prestação de trabalho extraordinário ou em dia de descanso semanal ou dia de feriado obrigatório”. Disposições que, argumenta, “violam os critérios mínimos da Lei das Relações de Trabalho e contrariam o princípio e o espírito da lei de bases da política de emprego e dos direitos laborais, reduzindo a protecção legal existente para os trabalhadores a tempo parcial”. “Por exemplo, vários portadores de deficiência trabalham menos de 18 horas por semana, assim, caso seja aplicado o novo regime, provavelmente o empregador vai optar pelo regime de trabalho a tempo parcial para contratações, o que resultará na redução das actuais garantias laborais básicas”. “Sem as devidas garantias, dificilmente se consegue encorajar os trabalhadores a tempo parcial a integrarem o mercado de trabalho”, enfatiza o também membro do Conselho Permanente de Concertação Social. Falta de consenso Na proposta de debate, que terá de ser votada pelos seus pares, o deputado também coloca a tónica na ausência de um “amplo consenso” na sociedade, dado que, à luz dos resultados da consulta pública, “o número dos que se opuseram à criação deste regime foi quase duas vezes maior do que o dos apoiantes”, o que “já é suficiente para reflectir as preocupações” em relação ao regime em causa”. “Ao legislar, o Governo tem de prometer a impossibilidade de o citado regime vir reduzir as vigentes garantias básicas da Lei das Relações de Trabalho, não devendo discriminar e explorar os trabalhadores a tempo parcial”, aponta Leong Sun Iok, para quem “não convém legislar e implementar, forçadamente, o regime de trabalho a tempo parcial”. A proposta de debate, datada de dia 12, foi entretanto admitida pela Assembleia Legislativa, estando por agendar o plenário para a votação.
Sofia Margarida Mota PolíticaFunção Pública | Leong Sun Iok quer triagem inicial nos processos de recrutamento O deputado Leong Sun Iok quer que a triagem de candidatos à função pública seja feita a partir do início do processo. O Governo deve separar as formas de recrutamento do pessoal especializado, do indiferenciado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar das alterações nos sistema de recrutamento para a função pública, os processos continuam lentos, ineficazes e dispendiosos. A denuncia é feita em interpelação oral pelo deputado com ligações à FAOM, Leong Sun Iok. “O novo regime contribui para contratar pessoal com equidade, justiça e publicidade, mas a falta de uma ponderação científica no recrutamento e no regime de contratação originou algumas questões tais como morosidade, baixa eficácia, elevado custo, etc., e a falta de resposta atempada às necessidades ao nível de pessoal de alguns serviços públicos”, lê-se. O tribuno recorda que o sistema de recrutamento uniformizado, em vigor desde 2016, é aplicável a 14 carreiras do regime geral e 19 do regime especializado , no entanto a avaliação e competências é obrigatória para todos. Este procedimento em nada facilita os processos de recrutamento pelo que sugere um mecanismo de triagem de candidaturas que direcione os interessados para os exames mais apropriados. Para Leong Sun Iok, o Governo deve separar as formas de recrutamento e contratação do pessoal especializado, do indiferenciado sendo que para os últimos “em que a natureza do trabalho é igual, pode-se adoptar uma prova uniformizada “ para evitar a sobreposição de recursos. Dadas as condições apelativas dadas pelo Governo aos funcionários públicos, as candidaturas recebidas são aos milhares. “Ser trabalhador dos serviços públicos é um sonho de muitos residentes, (…) por exemplo, o primeiro concurso de gestão uniformizada para a carreira de técnico superior realizado após a revisão do regime atraiu 21 368 candidatos”, ilustra. Esta situação, que não distingue carreiras, representa “um gasto de materiais, de recursos humanos e de dinheiro” desnecessário”, sublinha. Por outro lado as pessoas candidatam-se para qualquer serviço só para integrar a função publica não tendo em conta se querem ou fazer as funções exigidas pelo emprego, lamenta. A solução, sugere, passará por uma distinção no processo de admissão, de modo a separar o recrutamento para ambas as carreiras na função pública. Na terça-feira, depois da reunião da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública, o presidente de comissão Si Ka Lon avançou que o Governo pondera a revisão do regime de recrutamento centralizado dos trabalhadores da Administração Pública de modo a diminuir o tempo dos processos. A revisão proposta vai, para já, limitar apenas o número de entrevistas realizadas após a prova de avaliação de competências profissionais, à proporção do número de vagas.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Deputado reitera necessidade de fiscalização dos pedidos de residência [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais rigor, padrões rígidos e claros e um mecanismo de fiscalização e supervisão dos procedimentos dos pedidos de residência por investimento ou por cargo de técnico especializado são os pedidos do deputado Leong Sun Iok ao Executivo. Ainda na sequência do relatório divulgado na semana passada pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que denunciava vários casos fraudulentos de atribuição de residência pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), o deputado admite a necessidade tanto de técnicos especializados como de investimento no território. Leong concorda com a atribuição de residência por estes dois motivos, no entanto os processos têm de ser legais e os procedimentos não podem admitir falhas. Para o efeito, o deputado reitera o pedido que tem sido apresentado por outros colegas legisladores: o Executivo tem de estabelecer medidas claras e criar um mecanismo de fiscalização que acompanhe os pedidos de residência de modo a não admitir fraudes.
Victor Ng SociedadeCasinos | Leong Sun Iok pede excepções à interdição de entrada de funcionários nas salas de jogo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok defende excepções para a recém-anunciada proposta de lei que prevê a interdição de entrada de funcionários da indústria de jogo nos casinos fora do horário de expediente. Em declarações ao Jornal do Cidadão, o deputado eleito por sufrágio directo propõe ao Executivo que permita aos trabalhadores entrarem nos casinos em situações especiais mediante apresentação de um pedido ‘online’ para o efeito. Embora reconheça que há funcionários do sector que concordam com a proposta de revisão à lei sobre o condicionamento da entrada, do trabalho e do jogo nos casinos, Leong Sun Iok observa que há outros que se opõem por considerarem que a sua liberdade individual vai ser afectada. Na perspectiva do deputado, a proibição de entrada pode proteger os trabalhadores recém-chegados ao sector do vício de jogo, mas defende que há margem para melhorar a proposta. Neste sentido, Leong Sun Iok espera que o Executivo introduza mais flexibilidade, permitindo então que os trabalhadores da principal indústria do jogo possam entrar mediante a apresentação de um pedido online para o efeito, em que explicitam os motivos, citando como exemplo casos em que um funcionário pretende levar familiares ou amigos que vêm de fora aos espaços de jogo. Em paralelo, o deputado insta o Executivo a prestar serviços de aconselhamento e de formação aos funcionários dos casinos que violem a interdição, propondo que os que se submetam a esses serviços sofram um abate na multa – que vai variar entre 1.000 e 10.000 patacas. Segundo a proposta de lei, a proibição de entrada vai abranger os que “desempenhem funções nas mesas e máquinas de jogo, caixas de tesouraria, relações públicas, restauração, limpeza e segurança nos casinos, bem como os que tenham a cargo a fiscalização” dos mesmos. Tal como sucede com os funcionários públicos, os trabalhadores da indústria do jogo apenas vão poder entrar nos casinos nos primeiros três dias do Ano Novo Chinês. De resto, a proibição só pode ser levantada “para efeitos de formação e de participação nas actividades de cariz associativo”. À luz do regime actual, os funcionários da indústria de jogo encontram-se apenas proibidos de jogar nos casinos explorados pela respectiva entidade patronal, mas podem tentar a sorte nos restantes fora do horário de trabalho.
Hoje Macau PolíticaEstacionamento | Leong Sun Iok quer mais parques para motas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok pede ao Governo uma restruturação de concepção dos lugares de estacionamento destinados a motociclos, assim como o aumento dos lugares disponíveis para o efeito. De acordo com uma interpelação escrita entregue ao Governo, os lugares existentes para estacionar motas não estão bem desenhados e apresentam perigos e limitações na medida em que “os motociclistas não se conseguem, manter de pé enquanto estacionam”, exemplifica. Por outro lado, a escassez de lugares é também uma situação que tem que ser corrigida, aponta o tribuno. Para Leong Sun Iok, as motas são um dos principais meios de transporte utilizados pelos residentes diariamente, pelo que urge um aumento dos lugares disponíveis.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Deputado quer novo planeamento para a zona da Pérola Oriental [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok pede ao Executivo um novo planeamento para a zona da rotunda da Pérola Oriental. “Proponho ao Governo que proceda ao reordenamento da rede das instalações viárias da zona em causa e ao planeamento da rotunda da Pérola Oriental, e que pondere construir ali viadutos”, referiu ontem o deputado no período de antes da ordem do dia, na Assembleia Legislativa. O objectivo é a preparação de condições capazes de receber o aumento do trânsito e de pessoas provocado com a abertura da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Leong sugeriu ainda ao Executivo que incentive as concessionárias de jogo a disponibilizarem serviços de transporte em Zhuhai. Para o deputado, uma forma de aliviar a pressão do tráfego na zona norte seria promover a utilização do posto fronteiriço de Hengqin.
Sofia Margarida Mota PolíticaDados Pessoais | Leong Sun Iok quer limites no acesso por parte das operadoras [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo deve assegurar a privacidade dos dados pessoais para quem está à procura de emprego no sector do jogo. A ideia é deixada pelo deputado Leong Sun Iok em interpelação escrita onde apela à defesa dos trabalhadores deste sector. “As concessionárias exigem a assinatura das referidas procurações para apreciação de perfil”, denuncia o tribuno. O pedido feito por parte dos empregadores não deixa outra hipótese aos interessados do que a obediência, até porque “são parte frágil e, como estão à procura de emprego, mesmo que insatisfeitos com o teor da procuração, não se atrevem a manifestar-se contra”. Leong Sun Iok afirma categoricamente que “os trabalhadores são como que forçados a assinalá-la”, lê-se na missiva dirigida ao Executivo. A posição do deputado baseia-se em abusos levados a cabo pelas operadoras. “Devido à falta de fiscalização, a apreciação do perfil por parte das empresas facilmente dá lugar a abusos e quebra de sigilo, privando os trabalhadores do seu direito ao emprego”, refere Leong. Por outro lado, a medida pode ainda proporcionar “a difusão intencional de informações não verídicas ou comentários mal intencionados”. Listas cinzentas Ao acesso, quase forçado, aos dados pessoais dos que procuram emprego no sector do jogo, acresce a problema da suposta existência de uma lista negra para este segmento da população activa de Macau. “O Governo defende que não há indícios da existência de tal lista, mas as queixas não param”, aponta o deputado. De acordo com Leong Sun Ion, constam desta lista os dados sobre os trabalhadores despedidos, ou que deixaram os seus empregos devido a más relações com as concessionárias. Para o deputado, a troca de dados facilitada através da existência da lista negra de trabalhadores de jogo, é uma forma acordada entre as concessionárias “para assegurarem a filtragem automática dos indivíduos dessa lista impedindo-os de voltar a trabalhar no sector”. Tanto a assinatura de uma procuração que permita o acesso aos dados pessoais dos que andam à procura de emprego, como a lista negra “violam manifestamente o princípio da boa-fé na lei laboral, retirando aos residentes o gozo do direito de igualdade”. O deputado acrescenta ainda que estas realidades deixam ainda a suspeita de violações da lei de protecção de dados pessoais Nesse sentido, o deputado entende que é necessário que o Governo tome medidas para assegurar os direitos dos trabalhadores do sector, bem como a protecção dos seus dados pessoais.
Hoje Macau Breves PolíticaVisita oficial | Chui Sai On vai hoje para Cambodja e Tailândia Visita oficial | Chui Sai On vai hoje para Cambodja e Tailândia [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, parte hoje para uma visita oficial ao Cambodja e Tailândia no âmbito da política “Uma Faixa, Uma Rota”, aponta um comunicado. O objectivo da visita é “aprofundar a cooperação e intercâmbio na área do turismo, economia e comércio e, de acordo com as necessidades do País, aproveitar as vantagens de Macau, para que o território desempenhe o seu papel singular de ponte, contribuindo para a grande estratégia de desenvolvimento da construção de ‘Uma Faixa, Uma Rota’”. A comitiva inclui a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, os membros do Conselho Executivo e representantes da comunidade ultramarina e de jovens de Macau. A visita termina esta sexta-feira, estando na agenda visitas às capitais Phnom Penh e Banguecoque. Está prevista a realização de “encontros com vários oficiais de alto nível dos dois países”. Mercado da Taipa | Leong Sun Iok quer calendário das obras [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pergunta sobre prazos para a renovação do mercado municipal da Taipa. Na opinião do membro da Assembleia Legislativa, o plano de ampliação do espaço tem decorrido a um ritmo lento, sendo que há vários anos que os moradores não procuram o espaço para fazer as suas compras, o que causa dificuldades aos vendilhões. Tendo em conta que o mercado é o único a funcionar na Taipa, Leong Sun Iok quer saber quando é que as obras serão realizadas e quais as medidas que serão criadas para apoiar os vendilhões durante este processo. Além disso, o deputado deseja saber se o plano de ampliação contém uma zona de comidas e bebidas, para que haja uma maior variedade de serviços e incentivo para que os moradores ali façam as suas compras. Habitação | Song Pek Kei questiona planeamento de lotes da Doca do Lam Mau [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] deputada Song Pek Kei entregou uma interpelação escrita ao Governo onde questiona o planeamento de dois lotes na zona da doca do Lam Mau, no Fai Chi Kei. Song Pek Kei recorda que o Governo prometeu dar prioridade à construção de habitações públicas mas, no entender da deputada, os pequenos terrenos na zona da doca do Lam Mau podem não ter as condições ideais para erguer casas públicas. Nesse sentido, a deputada quer saber se é possível construir nos referidos terrenos mais lares de idosos, creches e espaços para a prática desportiva, uma vez que são espaços de que a população também necessita.
João Santos Filipe Manchete PolíticaAL | Deputado da FAOM clama por transparência nas empresas públicas As empresas com capitais públicos, como a Macau Investimento e Desenvolvimento, a TDM ou a CAM estiveram debaixo do fogo dos deputados na sexta-feira. No ano passado, as 14 empresas com capitais público tiveram um investimento de 6,8 mil milhões. Lionel Leong responde que os objectivos são outros [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok está preocupado com as empresas públicas e exige uma maior transparência face aos 6,8 mil milhões de patacas investidos só no ano passado. No plenário da Assembleia Legislativa, o deputado apoiado pela Federação de Associações dos Moradores de Macau (FAOM) considerou que estas empresas, assim como um associação incluída nas contas, cuja identidade não foi revelada, que constituem um perigo devido à falta de fiscalização, e falou em “berços de corrupção”. “O Governo investe montantes elevados em empresas públicas, mas em Macau não há regulamentação nem orientações para a gestão deste tipo de empresas. Só no ano passado foram investidos 6,8 mil milhões em empresas deste género. As empresas envolvem elevados montantes, mas falta transparência”, afirmou Leon Sun Iok. “É preciso fiscalizar o capital investido. Falta de transparência e inspecção nestas empresas, que podem ser um berço para a corrupção”, acrescentou. Ainda de acordo com os montantes apresentados pelo deputado eleito pela via directa, em 2017 o Governo investiu 1,6 mil milhões da CAM – Sociedade do Aeroporto de Macau, 3,92 mil milhões na Macau Investimento e Desenvolvimento, 410 milhões da Tai Lei Loi e 200 milhões da TDM. Objectivo não é o lucro Por sua vez, Lionel Leong defendeu-se das críticas e apontou que o Governo gere estas empresas em prol de objectivos políticos e que muitas não têm como meta gerar lucros para a reserva financeira da RAEM. “Concordo com a opinião expressa, há necessidade de aumentar a transparência. Mas as empresas criadas com capitais públicos têm, geralmente, outros objectivos políticos, além de fins lucrativos, como por exemplo a promoção do desenvolvimento de certa indústria emergente”, começou por responder Lionel Leong. “Apesar das empresas em causa poderem não ter muitos proveitos, ou até sofrer perdas, particularmente na fase inicial do investimento, poderão ser obtidos benefícios fora do respectivo sector para a sociedade em geral e a economia de Macau,sendo estes, por vezes, talvez muito maiores”, frisou. “É geralmente difícil quantificar os benefícios”, frisou. Em relação às inspecção das empresas em causa, o secretário apontou que as tutelas em causa estão encarregues de o fazer, assim como o Comissariado de Auditoria, no âmbito da monitorização das contas anuais da RAEM. Também durante a discussão Mak Soi Kun apresentou queixas ao secretário. Numa reunião com a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos das Finanças Públicas, Lionel Leong tinha-se comprometido a entregar os documentos com o número das despesas das 14 companhias e as subsidiárias das mesmas. “Espero que esses documentos sejam enviados, como nos foi dito”, afirmou o deputado e presidente da comissão. Em resposta, Lionel Leong reafirmou a vontade de disponibilizar a informação pedida e abriu a porta para que possam ser criadas no futuro novos regulamentos para definir as condições e decisões destas empresas públicas.
João Santos Filipe PolíticaDeputado dos Operários alerta para falta de profissionais [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] membro da Assembleia Legislativa Leong Sun Iok defende a criação de um plano por parte do Governo para treinar quadros qualificados para o sector da banca. De acordo com o deputado ligado à FAOM, no prazo de três a seis anos, o sector vai precisar entre 749 e 1.488 trabalhadores. O legislador teve como base para a tomada de posição um relatório da Comissão de Desenvolvimento de Talentos. “Será que a Comissão de Desenvolvimento de Talentos, em colaboração com a sociedade e instituições de ensino, pode lançar um programa para mais talentos para esta área?”, questionou o deputado dos Operários, numa interpelação escrita. Por outro lado, Leong Sun Iok fala da dificuldade sentida por vários recém-formados para entrarem no sector devido à falta de experiência profissional. Em relação a esta questão, o legislador pede que o Governo pense num programa que permita aos estudantes começarem a estagiar, enquanto estiverem ainda a frequentar o ensino superior. Finalmente, o deputado quer saber o que vai ser feito no sentido de serem as próprias instituições bancárias a garantirem uma melhor qualificação dos seus profissionais. No documento enviado à Assembleia Legislativa, Leong Sun Iok recorda também que o sector financeiro faz parte das apostas do Plano Quinquenal do Governo, mas que sem profissionais suficientes e qualificados não vai haver crescimento. Para o deputado do universo dos Operários, este poderia ser um sector chave para a diversificação da economia local.
João Santos Filipe PolíticaLeong Sun Iok pede ao Governo mais acção na luta dentro dos casinos [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]eputado ligado aos Operários critica inacção do Executivo na hora de aplicar a lei contra o fumo nos casinos. Segundo Leong, apenas 20 por cento das queixas sobre fumo ilegal nos espaços da principal indústria do território resultam em multas. O deputado Leong Sun Iok está preocupado com a incapacidade dos Serviços de Saúde (SSM) e Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) para controlarem o fumo ilegal dentro dos casinos. Numa interpelação entregue na Quinta-feira, o legislador dos Operários quer que seja divulgada uma lista ao público com a identificação de todas as salas de fumo em estabelecimento de divertimento. “Para prevenir que os empresários escondam as sala ou áreas de fumo ilegais nos estabelecimentos, as autoridades vão informar o público sobre todos os espaços legais para fumar existentes nos casinos?”, questiona Leong Sun Iok. Segundo o legislador eleito pela via directa, esta lista poderia ser utilizada “para que o público e os trabalhadores nos espaços monitorizassem por si a criação de áreas ilegais de fumo”. Ao mesmo tempo, a nova lei do tabaco define uma multa máxima para as infracções de 200 mil patacas. O deputado pergunta também quantas infracções foram encontradas em casinos e estabelecimentos privados e quantos foram punidos com multas no valor máximo. Por outro lado, Leong Sun Iok critica os mecanismos de inspecção, queixas e aplicação da lei dentro dos casinos, que considera como resultados “não satisfatórios”. Por essa razão, quer saber quais são as medidas administrativas que vão ser tomadas para aumentar a eficácia dos mecanismos existentes e “proteger a saúde dos trabalhadores do fumo no local do trabalho”. Críticas ao Governo e Wynn Na interpelação escrita, Leong Sun Iok não poupa a operadora Wynn, que segundo as acusações do legislador, criou espaços ilegais de fumo no casino Wynn Palace. Leong deixa igualmente a entender que há fugas de informação que vêm de dentro das autoridades e que permitem às operadoras protegerem-se. “Segundo os relatos dos trabalhadores, momentos antes dos inspectores chegarem para confirmarem a existência de espaços ilegais de fumo, esses mesmo espaços foram encerrados. A reabertura dos espaços ilegais, logo após a saída dos inspectores foi uma afronta descarada ao Governo e à aplicação da lei”, revelou. Segundo a interpelação, os casinos são um dos principais pontos de violação da lei do tabaco, havendo alguma impunidade. Por exemplo, entre 2015 e 2017, apesar de ter havido um total de 4717 queixas em relação aos casinos, apenas 684 casos, ou seja cerca de 20 por cento, resultaram em punições.
Sofia Margarida Mota PolíticaPescas | Deputado quer mais apoio ao sector Os pescadores locais têm cada vez mais dificuldades. São necessários mais apoios à actividade e medidas para que a pesca se alie a outros sectores fundamentais ao desenvolvimento local. O deputado Leong Sun Iok pede ao Governo que actue [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok não quer ver desaparecer a pouca indústria pesqueira que ainda existe no território e apela ao Governo que dê mais condições aos pescadores locais. A ideia é que a pesca seja salvaguardada e que a actividade possa vir a complementar os sectores do turismo e da cultura. Em interpelação escrita, Leong Sun Iok é claro: o sector das pescas deve ser apoiado e integrar o desenvolvimento económico e turístico do território, e o Governo deve oferecer mais apoios. O deputado alerta para o decréscimo de recursos dados à pesca local e à protecção desta actividade. “Apesar do apoio ao sector, existem ainda cerca de 100 barcos e mais de 500 pescadores a enfrentar os problemas associados às épocas de pesca e à paragem sazonal desta actividade”, refere. Com a extensão do período de pausa as queixas aumentam no que respeita à diminuição do produto das pescas enquanto as despesas com a manutenção dos barcos tem aumentado, especialmente nos últimos anos, aponta. A causa, diz Leong Sun Iok, tem que ver com o facto dos barcos ficarem muitas vezes parados durante os períodos de suspensão de actividade e, como tal, “agravarem os problemas mecânicos das embarcações”, aponta. Leong Sun Iok não deixa de recordar na missiva dirigida ao Executivo que a pesca é uma actividade que conta com uma longa história e tradição local apesar de se encontrar em declínio desde meados da década de 1990. Apesar dos esforços do Governo em criar actividades de manutenção da actividade e tentar reduzir os danos associados aos períodos de pausa, o deputado considera que os apoios não são ainda suficientes. A solução está aqui Mas o problema tem solução e Leong Sun Iok dá algumas sugestões ao Governo. Para o deputado, o Executivo deve agir em duas frentes simultaneamente. “Por um lado proponho que o Governo aumente a assistência e apoios dados aos pescadores, e por outro, dada a área marítima de Macau ter aumentado para 85 quilómetros quadrados e a necessidade de enfrentar as demandas do projecto da Grande Baía, “o Executivo deve expandir activamente o seu espaço económico ligado às actividades marítimas e proceder à formulação de uma série de medidas suplementares de modo a encorajar o sector à inovação e desenvolvimento”. Para Leong Sun Iok, estas iniciativas devem ser conjugadas com outros sectores de relevo para a economia local e andar em consonância com as actividades culturais e turísticas locais. “O Governo deve promover o desenvolvimento da pesca recreativa”, refere a título de exemplo, de modo a criar “um mundo de turismo e de actividades de lazer ao mesmo tempo que ajuda os pescadores a actualizarem as suas competências de diferentes formas”. É urgente, afirma, que o Governo disponha de medidas que visem proteger a pesca tradicional e a cultura a ela associada. Por outro lado, o deputado pretende ainda saber se o Executivo tenciona aumentar o apoio financeiro aos trabalhadores do sector das pescas durante os períodos de suspensão de actividade bem como se dispõe já de algum mecanismo para actuar em caso de catástrofe.
Hoje Macau SociedadeInstaurados processos por fumo ilegal no casino Wynn [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]epois dos deputados Leong Sun Iok e Ella Lei terem entregue na sede do Governo uma carta que dá conta de alegadas situações de fumo ilegal nos espaços de jogo do empreendimento Wynn, eis que os Serviços de Saúde (SS) vêm afirmar, em comunicado, de que já foram elaborados três autos de notícia, tendo sido instaurados processos para acompanhamento. Isto porque foi verificado que “em algumas salas VIP não estavam afixados os dísticos de proibição de fumar nos locais onde [o fumo] é proibido”. Ainda assim, e desde Outubro do ano passado, os SS garantem que “não encontraram nenhuma situação ilegal relacionadas com áreas ilegais para fumadores”. Desde essa data foram também realizadas mais de 20 acções de fiscalização no casino Wynn. Entretanto, os SS já “trocaram algumas informações com os trabalhadores do casino Wynn para conhecer mais detalhes sobre a situação”. Em parceria com a Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), “foram acusados mais de 80 infractores no casino Wynn”, sendo que 70 por cento dessas acusações “foram elaboradas pelos agentes da DICJ”, aponta um comunicado.
Sofia Margarida Mota PolíticaLeong Sun Iok insiste na qualidade da construção de habitação pública [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo tem de fiscalizar a qualidade da construção das habitações públicas e deve fazê-lo desde o início dos projectos. A directriz é dada pelo deputado Leong Sun Iok que alerta para os problemas repetidos nos prédios destinados à habitação pública. “Afectados pelo frio recente, os azulejos da parede do Edifício do Lago estão de novo partidos e a dificultar o acesso dos moradores além de representarem perigo para a sua circulação”, começa por dizer Leong Sun Iok. O problema não é novo e tem vindo a repetir-se naquelas construção já há muito tempo, alerta. Por outro lado, os residentes daquelas instalações “já não levam a sério as reparações levadas a cabo pelo Governo, dizendo que não passam de reparos menores. No entanto, também admitem, diz o deputado, que “resolver o problema é difícil agora porque tem que ver com a própria construção”. Para Leong Sun Iok a situação tem essencialmente que ver com a ausência de fiscalização por parte do Governo quando se trata de construções públicas. Mas os problemas não se ficam pelo Edifício do Lago. De acordo com Leong Sun Iok, problemas relacionados com a queda de tijolos, infiltrações e ferrugem nos canos têm sido uma constante nas queixas dos residentes em edifícios de habitação pública. Na iminência de mais projectos deste género estarem neste momento a ser pensados, o deputado pretende saber de Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, têm algum plano de monitorização dos projectos e das obras “para não repetir os mesmos erros”.
Victor Ng PolíticaVeículos eléctricos | Leong Sun Iok fala em pouca eficácia do Governo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok escreveu uma interpelação escrita ao Governo onde fala da falta de eficácia do Governo na promoção dos veículos amigos do ambiente, apesar dos trabalhos de divulgação que têm sido realizados nos últimos anos. O deputado citou dados estatísticos que mostram que, até final de Outubro, existiam apenas 209 carros eléctricos a circular no território, número que ocupa menos de 0,1 por cento do total de veículos motorizados registados. Na visão de Leong Sun Iok, a pouca adesão a este tipo de veículos prende-se com a insuficiência na sua promoção, a falta de instalações complementares bem como a falta de lugares de carregamento de baterias. Como a maioria desses lugares de carregamento estão situados nos parques de estacionamento públicos, isso pode tornar-se um inconveniente para muitos condutores, lembrou Leong Sun Iok. O deputado, número dois de Ella Lei na Assembleia Legislativa e ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, pediu ao Governo para explicar as razões que têm levado à pouca utilização de veículos verdes, exigindo a instalação de mais equipamentos nos edifícios para o carregamento de baterias. Por outro lado, Leong Sun Iok acha que a participação dos serviços públicos é essencial para incentivar a que mais pessoas usem veículos ecológicos. Nesse sentido, o deputado questiona o Executivo sobre as medidas de fomento deste tipo de veículos por parte dos serviços públicos.