Ho Iat Seng prevê fim do défice orçamental em 2025

O Chefe do Executivo anunciou na sexta-feira que o orçamento da RAEM para o próximo ano deverá registar ainda um défice de 10 mil milhões de patacas, e que o Governo estima um aumento das receitas de jogo em 2024 para valores a rondar os 200 mil milhões de patacas. Assim, só em 2025 as contas públicas deverão deixar de registar défice, adiantou.
“Haverá uma contenção de despesas em 2024, porque segundo as nossas previsões de despesas, vai haver défice. Com a previsão de 200 mil milhões de receitas de jogo podemos chegar a um equilíbrio. O nosso regime tributário é muito simples e são poucas as receitas provenientes de outras áreas. Não vamos conseguir aumentar os impostos pagos pelas pequenas e médias empresas. Devolvemos 70 por cento do imposto profissional durante a pandemia. Temos de alargar um pouco [as fontes de rendimento] e o sector financeiro terá de contribuir com 12 por cento dos impostos”, adiantou.

Sem apoios generalizados
O debate de sexta-feira ficou ainda marcado pelas críticas dos deputados relativamente às dificuldades que muitos idosos e famílias ainda enfrentam, apesar da retoma económica e turística desde Janeiro, com o fim das restrições pandémicas. Contudo, Ho Iat Seng disse não haver espaço para novas medidas de apoio, como o cartão de consumo, e não deu uma data para o regresso da injecção de sete mil patacas nas contas dos beneficiários do Fundo de Previdência Central.
“Registou-se um aumento das poupanças dos residentes nos bancos, de cerca de 600 mil milhões de patacas, o que significa que devemos apoiar medidas específicas. Mesmo para apoiar os mais pobres temos de analisar onde se deve dar esse apoio.”
Ella Lei lembrou que a palavra de ordem continua a ser contenção de despesas, mas Ho Iat Seng explicou que isso se deve ao uso racional dos orçamentos por parte dos serviços públicos. “Quando se fala em contenção fala-se de contenção de despesas de representação, viagens ou festas de Natal realizadas pelos serviços públicos. Não vale a pena haver preocupação quanto às despesas [públicas] com a vida da população, porque nunca houve uma redução no PIDDA [Plano de Investimentos e de Despesas de Desenvolvimento da Administração] nos últimos três anos.”

14 Ago 2023

Sem injecção da reserva, défice seria de quase 17,5 mil milhões até Junho

A despesa pública em Macau continua a subir e a receita a cair, de acordo os últimos dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Finanças do território. No primeiro semestre, a receita corrente foi de pouco mais de 26 mil milhões de patacas, contra os 26,8 mil milhões de patacas de 2020, um ano económico em que a pandemia de covid-19 afectou gravemente Macau.

Desta receita corrente, o Governo arrecadou 19,6 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, de acordo com o relatório sobre a execução orçamental, quando no mesmo período do ano anterior tinham sido contabilizados 21,7 mil milhões de patacas.

A receita total desceu de 67,8 mil milhões de patacas no ano anterior para 49 mil milhões de patacas este ano, enquanto a despesa pública subiu: em 2021 a despesa até Junho foi de 43,7 mil milhões de patacas, contra 44,6 mil milhões de patacas (4,71) no ano anterior.

Cortes superiores a 10%

Até ao final de Junho o Governo da RAEM realizou cortes superiores a 10 por cento nas despesas relacionadas com a rubrica “transferência, apoios e abonos”. Segundo os dados apresentados, até Junho deste ano foram gastos com apoios sociais a famílias, indivíduos, empresas e associações, e ainda em transferências para fundos autónomos 27,5 mil milhões de patacas.

Por contraste, no ano passado o montante gasto nos primeiros seis meses tinha sido de 30,9 mil milhões de patacas. A diferença representa uma redução das despesas de 3,37 mil milhões de patacas. Em relação ao saldo dos primeiros seis meses, o resultado positivo de 5,28 mil milhões de patacas ficou-se a dever à injecção de capitais da reserva financeira, que ronda os 22,71 mil milhões de patacas. Sem esse montante, o saldo orçamento seria negativo no valor de 17,43 mil milhões de patacas.

9 Jul 2021

Hong Kong | Primeiro défice orçamental desde 2003

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong vai registar este ano o seu primeiro défice orçamental em 15 anos, anunciou ontem o secretário das Finanças, numa altura de grave crise política no território e guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Paul Chan estimou que o PIB [Produto Interno Bruto] da ex-colônia britânica contraía 1,3 por cento, em 2019, o que se reflectirá no orçamento da região, que por norma regista um excedente.

O secretário atribuiu o défice para o ano fiscal 2019-2020 a uma queda na receita tributária, uma desaceleração na venda de imóveis e às ajudas anunciadas pelo Executivo local, para tentar acalmar a população.

“No final do ano fiscal, as contas da RAE estarão no vermelho”, disse Chan,. “A economia de Hong Kong atravessa momentos muito difíceis”, apontou, pedindo aos manifestantes que parem com actos violentos.
Dados divulgados na semana passada revelam que as visitas por turistas da China continental caíram 46 por cento, em Outubro, em termos homólogos.

A economia de Hong Kong também sofreu o impacto de uma prolongada guerra comercial entre a China e os EUA, já que a região é uma das plataformas de negociação entre o mercado chinês e os mercados internacionais.

O orçamento de Hong Kong não registava défice desde 2003, quando um surto de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) matou 300 pessoas na região.

3 Dez 2019

Hong Kong | Primeiro défice orçamental desde 2003

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Paul Chan estimou que o PIB [Produto Interno Bruto] da ex-colônia britânica contraía 1,3 por cento, em 2019, o que se reflectirá no orçamento da região, que por norma regista um excedente.
O secretário atribuiu o défice para o ano fiscal 2019-2020 a uma queda na receita tributária, uma desaceleração na venda de imóveis e às ajudas anunciadas pelo Executivo local, para tentar acalmar a população.
“No final do ano fiscal, as contas da RAE estarão no vermelho”, disse Chan,. “A economia de Hong Kong atravessa momentos muito difíceis”, apontou, pedindo aos manifestantes que parem com actos violentos.
Dados divulgados na semana passada revelam que as visitas por turistas da China continental caíram 46 por cento, em Outubro, em termos homólogos.
A economia de Hong Kong também sofreu o impacto de uma prolongada guerra comercial entre a China e os EUA, já que a região é uma das plataformas de negociação entre o mercado chinês e os mercados internacionais.
O orçamento de Hong Kong não registava défice desde 2003, quando um surto de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) matou 300 pessoas na região.

3 Dez 2019