Burla | Perde 3,24 milhões em falso investimento

Uma mulher perdeu 3,24 milhões de patacas depois de acreditar que estava a fazer um investimento com lucro garantido. O caso foi relatado ontem pela Polícia Judiciária (PJ) e citado pelo jornal Ou Mun.

De acordo com as autoridades, a vítima instalou uma aplicação no telemóvel com investimento em acções, que prometia lucro em todos os investimentos. Ao pensar que ia sempre ganhar dinheiro, a mulher fez 16 transferências para 12 contas bancárias, acreditando que estava a investir em acções.

Como mais tarde não conseguiu levantar o montante investido, nem os supostos lucros, a mulher percebeu que tinha sido burlada. Após investigar as contas bancárias para onde foi enviado o dinheiro, a PJ deteve um homem, em Macau, que recebeu 1,4 milhões de dólares de Hong Kong com origem desconhecida. Entre este montante, as autoridades acreditam que 82 mil dólares de Hong Kong vieram da vítima, e que o restante pode estar ligado a outras três vítimas de burlas.

Quando foi detido, o homem declarou às autoridades que tinha recebido o dinheiro a pedido uma pessoa que tinha conhecido num casino. O detido afirmou também que apenas ajudou essa pessoa a movimentar dinheiro e que não cobrou qualquer comissão pela “ajuda”.

18 Abr 2024

PJ | Mulher presa por receber dinheiro de burlas

Uma mulher com cerca de 40 anos foi detida, depois de ter criado uma conta bancária em Hong Kong, onde foram depositados 1,65 milhões de dólares de Hong Kong que resultaram da burla a um residente. A detenção foi anunciada ontem pela Polícia Judiciária, e realizada quando a mulher tentou entrar em Macau, através das Portas do Cerco.

A burla tinha ocorrido a 24 de Agosto do ano passado, quando um jovem recebeu uma chamada de alguém que se fez passar pela polícia de Xangai. Nessa conversa, a vítima aceitou uma chamada de vídeo para mostrar os dados da conta bancária às pessoas que simularam ser as autoridades do Interior.

Com a cooperação da vítima, os burlões conseguiram transferir 6,85 milhões de dólares de Hong Kong para diferentes contas bancárias na RAEHK. Como o jovem achou todo o procedimento suspeito, acabou por apresentar queixa mais tarde, a 5 de Setembro.

Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar a proprietária de uma das contas para a qual tinha sido transferido parte do dinheiro, neste caso 1,65 milhões dólares de Hong Kong.

Com a identidade da proprietária da conta, as autoridades procederam à detenção, assim que a mulher tentou entrar em Macau. Quando confrontada com o crime, a mulher reconheceu que tinha aberto várias contas em Hong Kong, a pedido de uma rede de burlões. A detida afirmou ainda que lhe tinha sido prometido 20 por cento de todo o dinheiro que entrasse nas contas, mas lamentou o facto de nunca ter sido paga.

17 Abr 2024

PJ | Lançado miniprograma antiburla no WeChat

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem o lançamento oficial do “Miniprograma antiburla” no WeChat. O programa tem quatro funções: fazer pesquisas no âmbito da burla, dar pistas sobre as burlas, saber mais sobre burlas, identificar casos de burla.

O público pode aceder ao programa por meio da conta oficial da PJ no WeChat (PJ_Macao) e os utilizadores não têm necessidade de instalar outra aplicação, nem de inserir o seu número de telefone e dados pessoais.

A iniciativa tem como objectivo aumentar a “sensibilização do público contra burla com recurso às telecomunicações e a burla cibernética e reduzir a possibilidade de os cidadãos serem enganados”. O lançamento do miniprograma foi anunciado ontem à tarde pelo Director da PJ, Sit Chong Meng, ontem em conferência de imprensa. O responsável indicou que “a prevenção é, desde sempre, a chave do combate à burla”.

O software permite ao público “inserir informações, tais como o número da chamada recebida, emails, bancos e contas duvidosas, obter resultados da avaliação de riscos de burla após comparação e análise feitas pelo sistema”, é indicado pela PJ.

10 Abr 2024

PJ | Descoberta burla associada à rede de lojas “Mannings”

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou na quarta-feira a existência de um esquema de burla associado à rede de lojas “Mannings”, que vende produtos de beleza, cosméticos e electrodomésticos.

Segundo uma nota de imprensa da PJ, os burlões enviam SMS que informam que o prazo de validade do bónus da conta de cliente da loja está a terminar, convidando os clientes a carregarem num link, onde, supostamente, podem trocar pontos por produtos a preços baixos. Aí, ao terem acesso a um falso website da “Mannings”, acabam por dar os dados do cartão de crédito.

A PJ descreve que “para mais facilmente enganar as vítimas, os burlões recorrem ao phishing para alterar o nome do remetente da SMS, para que se pense que tais mensagens são verdadeiras e enviadas pela ‘Mannings'”. Na terça-feira as autoridades policiais receberam dez queixas de pessoas burladas e que perderem até dezenas de milhares de patacas.

A “Mannings” já esclareceu o ocorrido, informando que “nunca envia mensagens de texto com links solicitando dados bancários”.

5 Abr 2024

Burla | Esteticista engana duas mulheres com falsos tratamentos

Duas mulheres foram burladas por uma esteticista que trabalhava num salão de beleza depois de terem sido persuadidas a pagar de forma antecipada montantes elevados por serviços e tratamentos de estética que nunca chegaram a ser realizados. Segundo o jornal Ou Mun, sob o pretexto de conceder descontos nos serviços, uma das mulheres pagou antecipadamente 45.608 mil patacas, enquanto a outra vítima pagou 20.265 patacas.

Recorrendo a várias justificações, a esteticista nunca realizou os prometidos tratamentos, até que entre os meses de Setembro e Outubro do ano passado as vítimas foram informadas pela gerência do salão de beleza de que a esteticista tinha sido despedida do local em Maio.

A mesma gerência confirmou então que na conta bancária da empresa não constava qualquer pagamento das mulheres, pelo que estas denunciaram o caso à Polícia Judiciária, que deteve ontem a esteticista em causa. A mulher acabou por confessar que o dinheiro extorquido às vítimas serviu para saldar dívidas que tinha contraído. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, sendo a esteticista suspeita da prática do crime de burla de valor elevado.

14 Mar 2024

Burla | “Polícia de Fujian” leva 2 milhões de HKD

Um homem foi burlado em 2,2 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) depois de ter acreditado que estava a ser contactado pelas autoridades do Interior. O caso foi revelado pela Polícia Judiciária ontem e citado pelo jornal Ou Mun.

Os primeiros contactos com o homem foram feitos em Dezembro do ano passado, quando a vítima recebeu uma chamada de alguém que se apresentou como empregado da China Mobile. Nessa conversa, o burlado fpoi informado de que tinham sido detectadas várias chamadas fraudulentas com origem no seu telemóvel.

Face a essa informação, o falso empregado da China Mobile encaminhou a chamada outra pessoa, que se apresentou como parte da polícia de Fujian. Esta segunda pessoa disse à vítima que estava em curso uma investigação e que era necessário depositar dinheiro em contas bancárias do Interior e de Hong Kong, para que a origem dos fundos fosse verificada.

Sem suspeitar de que estava a ser burlado, o homem foi fazendo várias transferências até chegar à quantia de 2,2 milhões de dólares de Hong Kong. Além disso, a vítima tinha ainda de ligar à “polícia de Fujian” todos os dias para declarar o seu paradeiro, o que também fez.

Sem mais dinheiro, o homem recusou continuar com as transferências bancárias. Foi também nessa altura falou com amigos sobre o caso, e lhe foi indicado que possivelmente tinha caído num esquema de burla. O homem ainda tentou voltou a ligar alegadamente para Fujian, mas como não conseguiu estabelecer o contacto acabou por apresentar queixa junto das autoridades.

31 Jan 2024

Burla | Falsas autoridades sacam um milhão

A Polícia Judiciária (PJ) recebeu duas denúncias relativas a dois casos de burla no valor de um milhão de patacas levadas a cabo por pessoas que se fizeram passar por falsos agentes. Segundo o jornal Ou Mun, a primeira vítima de burla é de meia idade e contou ter recebido uma chamada telefónica no dia 7 de um homem que disse pertencer ao departamento de imigração de Macau.

O falso responsável afirmou que o número da vítima estava envolvido em esquemas de burlas do interior da China e que precisava de colaborar com a investigação, tendo de pagar para isso. Desta forma, a vítima transferiu, no dia 12, 540 mil dólares de Hong Kong para verificação de dados, tendo sido pedida a transferência, três dias depois, de uma caução de dois milhões de dólares de Hong Kong. Foi aí que a vítima percebeu a burla e denunciou a situação à PJ.

O segundo caso diz respeito a um estudante do interior da China que recebeu uma falsa chamada de um funcionário do Gabinete de Ligação do Governo Central, afirmando que o aluno estava a ser acusado de cometer crimes na China e estaria a ser procurado pelas autoridades.

O jovem falou com um falso agente policial que lhe disse ser necessário transferir 800 mil renminbis para verificação de dados. Uma vez que o cartão bancário do jovem tinha um limite máximo de transferências, este transferiu apenas 500 mil renminbis, tendo sido informado pelas verdadeiras autoridades de que a sua transferência era suspeita. Foi aí que o estudante percebeu que tinha sido burlado.

18 Jan 2024

PJ | Detido por burla de 450 mil HKD

Um homem foi detido depois de ter burlado outro em 450 mil dólares de Hong Kong (HKD), numa troca de dinheiro. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ). O detido tem cerca de 20 anos.

Segundo o relato das autoridades, o caso ocorreu no domingo, quando o suspeito combinou uma troca de dinheiro pelas redes sociais com a vítima. De acordo com o combinado entre os dois cidadãos do Interior, o suspeito recebia fichas de jogo no valor de 450 mil dólares de Hong Kong, e mais tarde transferiria a quantia para a conta do outro homem, através de transferência electrónica.

Contudo, como após o encontro a transferência electrónica demorou várias horas, a vítima acabou por voltar a contactar o suspeito para pedir explicações. A resposta foi que o dinheiro tinha sido todo perdido no jogo, pelo que não iria ser realizada qualquer transferência. A situação levou a vítima a apresentar queixa e o homem foi detido ainda no mesmo dia, por volta das 10h.

Quando questionado pela Polícia Judiciária, o suspeito recusou ter cometido qualquer crime, afirmou estar inocente e que a alegada vítima lhe tinha dado o dinheiro para jogar, sem qualquer outra condição. O caso foi transferido para o MP. O homem está indiciado do crime de burla.

12 Jan 2024

Infiltrações | Detido por enganar clientes com reparações

Um homem com 30 anos foi detido e está indiciado pela prática do crime de burla, devido a um esquema em que prometia resolver infiltrações. O caso foi apresentado ontem pela Polícia Judiciária (PJ).

Segundo o modus operandi da rede de burlões, eram colocados anúncios online onde uma “empresa do Interior” se apresentava como especialista em infiltrações. Quando eram contactados por clientes, os “especialistas” prometiam uma técnica inovadora com o preenchimento de buracos com espuma. Por cada quilo de espuma cobravam 780 renminbis. No entanto, a polémica surgiu quando foram a casa de um cliente, na Avenida Horta e Costa, e depois de fazerem um orçamento de 15.600 renminbis, tentaram cobrar 73 mil renminbis. A diferença no preço foi justificada com a utilização de mais quilos do que o inicialmente previsto. O cliente recusou pagar mais de 26 mil renminbis.

Um mês depois da obra realizada, as infiltrações voltaram a surgir, pelo que o homem tentou contactar os “especialistas”, sem sucesso, o que o levou a apresentar queixa junto das autoridades. Além desta, a PJ recebeu outras quatro queixas contra este grupo, por motivos semelhantes, entre Abril e Junho do ano passado. Segundo os dados da polícia, registaram-se mais serviços semelhantes em Macau, pelo que não foi afastado o cenário de haver mais vítimas.

9 Jan 2024

Burla | Investimento falso leva a desfalque de 1,61 milhões

A Polícia Judiciária (PJ) recebeu denúncias que duas vítimas locais burladas em 1,61 milhões de dólares de Hong Kong e 50 mil patacas depois de terem caído em esquemas de investimento falso.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a PJ revelou que a primeira vítima foi convidada para entrar num grupo de Whatsapp em Agosto e que um membro do grupo a convenceu a fazer investimentos através de uma aplicação para telemóvel, um método muito usado por burlões.

A vítima depositou 1,74 milhões de dólares de Hong Kong e conseguiu tirar 127 mil dólares de Hong Kong. No entanto, quando tentou retirar o resto dos fundos, foi informada que precisaria de pagar 350 mil dólares de Hong Kong de caução. A nova exigência levou a vítima a perceber que estaria a ser alvo de burla e acabou por denunciar o caso às autoridades.

O outro caso revelado ontem diz respeito a um indivíduo que foi convencido por uma internauta a comprar moeda digital. Depois de ter depositado 50 mil patacas, pediram-lhe para depositar mais 36 mil dólares americanos, sugestão que não seguiu e que o levou a apresentar queixa à PJ.

13 Dez 2023

Suspeito de burlar idoso em 50 mil patacas fica em prisão preventiva

Um homem de Hong Kong que foi detido por estar envolvido numa burla vai aguardar o desfecho do caso em prisão preventiva, de acordo com um comunicado emitido ontem pelo Ministério Público.

“Segundo o que foi apurado, o homem de Hong Kong, que foi detido, terá cooperado com outros suspeitos para praticar burla contra um idoso de Macau, em que um dos mesmos [suspeitos], com recurso a telefone, fez passar-se por genro do ofendido, alegando falsamente que foi detido por ter cometido agressão e necessitava de dinheiro para prestação de caução”, foi relatado pelo MP. “De seguida, o arguido deste inquérito fez passar-se por advogado para receber o dinheiro burlado. O inquérito envolveu um total de cinquenta mil patacas”, foi acrescentado.

A decisão da prisão preventiva foi decidida pelo Juiz de Instrução Criminal “tendo em conta o facto de que o arguido não é residente local e a gravidade dos demais factos”. A prisão preventiva foi também explicada com o objectivo de evitar “a sua fuga de Macau, a continuação da prática de actividade criminosa da mesma natureza e a perturbação da ordem pública e tranquilidade social”.

O arguido está indiciado pela prática do crime de burla de valor elevado, que pode ser punido com pena de prisão que pode chegar aos cinco anos.

Casos múltiplos

Quando anunciou que o arguido vai aguardar julgamento em prisão preventiva, o MP explicou que “nos dias recentes, ocorreram sucessivamente em Macau vários casos de burla com uso de telecomunicações, nos quais os criminosos se fizeram passar por familiares dos ofendidos, profissionais ou funcionários de serviços públicos através das chamadas telefónicas ou mensagens”. De acordo com o MP, estes criminosos aproveitaram ainda “diversos pretextos para solicitarem aos ofendidos o pagamento ou transferência de dinheiro para contas bancárias designadas”.

Face a esta tendência criminal, o MP apelou à população para “quando receberem chamadas telefónicas ou mensagens suspeitas, manterem o alerta verificando de forma proactiva a identidade da outra parte”.

23 Nov 2023

Crime | Burlões aguardam julgamento em prisão preventiva

Dois homens de Hong Kong acusados de burla através do esquema “adivinha quem sou eu” vão aguardar julgamento em prisão preventiva, depois de causarem perdas de 730 mil patacas. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério Público, através de um comunicado em que é lançado um apelo à população para manter a atenção para este tipo de criminalidade.

“Recentemente, têm ocorrido frequentemente casos de burla com uso de telecomunicações que causam prejuízos patrimoniais graves aos ofendidos. Assim, o Ministério Público apela aos cidadãos que fiquem mais em alerta e prestem atenção às informações de sensibilização acerca de prevenção de burla com uso de telecomunicações divulgadas pela polícia”, foi comunicado. “Caso recebam chamadas suspeitas que lhes solicitem o pagamento de dinheiro, devem confirmar a sua veracidade junto dos seus familiares, evitando a transferência ou entrega de dinheiro às pessoas desconhecidas, de forma precipitada. Se suspeitarem da existência dos casos de burla, devem denunciar o facto à polícia ou ao Ministério Público com a maior brevidade possível”, foi acrescentado.

No esquema “adivinha quem sou eu”, os burlões ligam às vítimas fingindo serem seus familiares para lhes pedirem dinheiro.

O primeiro caso mencionado pelo MP resultou em perdas de 360 mil patacas; e o detido está acusado de quatro crimes de burla de valor elevado. A moldura penal para este crime pode chegar até aos 5 anos de prisão. No segundo caso, o detido está acusado da prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado, que prevê uma pena de prisão que pode chegar até 10 anos de prisão.

8 Nov 2023

Burlas telefónicas | Mais de 160 milhões perdidos

Até Agosto foram registadas perdas de 160 milhões de patacas em burlas telefónicas e Internet, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), ao canal chinês da Rádio Macau.

Segundo Leong Heng Hong, segundo-comandante do CPSP, nos primeiros oito meses do ano registou-se o dobro das ocorrências de fraudes face ao ano passado. Leong Heng Hong indicou também que as autoridades têm apostado em campanhas de promoção junto da população sobre a existência de burlas online e as medidas que devem ser adoptadas, para evitar perdas financeiras.

No âmbito dos mecanismos de prevenção, o segundo-comandante do CPSP revelou que desde 2019 mais de 80 residentes foram desencorajados pelos bancos de realizar transferências bancárias, por suspeitas de fraude. Este mecanismo de prevenção terá permitido evitar burlas avaliadas em cerca de 17 milhões de patacas.

Na participação no programa Fórum Macau, Leong Heng Hong abordou também a caça aos peões que atravessam as ruas fora das passadeiras. De acordo com a informação adiantada, só na Tamagnini Barbosa, no norte da cidade, mais de 636 pessoas foram multadas por atravessarem a rua fora das passadeiras. O segundo ponto com mais multas foi a Avenida do Comendador Ho Yin, com 438 infracções. O top três foi completado com a Avenida Marginal Flor de Lotus, onde se registaram 197 infracções.

7 Nov 2023

Pais destroçados por burlas

É possível que esteja a acontecer a nível mundial, mas em Portugal o fenómeno está a generalizar-se e a deixar mães e pais completamente destroçados devido às burlas de que são alvo de uma forma que engana especialmente os mais intimamente ligados aos filhos. Eu explico: acontece por quase todo o país que uma mãe ou um pai recebe uma mensagem no telemóvel deste género: “- Olá mãe, o meu telefone avariou e estou a falar-te aqui por outro de um amigo. Desculpa, estar a incomodar-te, mas tive aqui um problema e precisava da tua ajuda.” A mãe responde: “- Então, Ricardo o que te aconteceu? Ó querido mas do que é que precisas?”

Os filhos normalmente estão longe. Se os pais vivem no Porto, o filho pode estar a estudar ou a trabalhar em Lisboa, em Londres, Paris, Dubai ou outra qualquer cidade do estrangeiro. E o diálogo, via mensagem por telemóvel continua: “- Não te preocupes, mãe. Eu depois explico-te. Só que agora tenho mesmo que resolver este problema e agradeço que me faças uma transferência de 950 euros para a conta que eu te vou dar. Obrigado, querida mãe.”

A mãe, amedrontada responde: “- Mas querido Ricardo porque tem de ser para outra conta que não a tua habitual?” Resposta: “- Mãezinha, a minha outra conta foi bloqueada, depois explico-te tudo e amanhã mesmo devolvo-te os 950 euros. Peço-te o grande favor que envies pelo multibanco para a conta FT40 3356 0000 425400981 830 6.”

A mãe, que adora o seu Ricardo, sem pensar em mais nada, apenas que o seu filho deve estar a passar por um problema grave e que terá de lhe resolver de imediato o problema, sai pela porta fora e dirige-se à primeira caixa ATM que encontra e transfere para a conta indicada os 950 euros. Pronto. A burla está consumada. Não se tratava de filho nenhum.

A mãe saudosa não pensou duas vezes. Parar um pouco para pensar, olhar para o visor da linha whatsApp, ver o número de telefone que podia observar no cimo do visor. Responder que iria ligar-lhe para falar com o filho de viva voz e ainda cometeu um erro fatal em pronunciar logo o nome do filho, algo que nunca se deve fazer.

Casos como este estão a acontecer todos os dias nas mais diversas localidades. As nossas fontes na Polícia Judiciária informaram-nos que é um caos o que está a acontecer. O pai ou a mãe que estão a receber mensagens no telemóvel, na sua grande maioria acredita de imediato que é o filho que está a escrever-lhe em aflição. O sentimentalismo e o amor dos pais são de tal forma que se dirigem em acto contínuo a uma caixa de multibanco para transferir as diferentes quantias solicitadas pelos burlões.

É inacreditável o que está a acontecer. Uma senhora que conhecemos, viúva, que vive de uma reforma muito baixa, foi abordada por um falso filho, cujo verdadeiro filho reside em Inglaterra, e transferiu 350 euros ficando doze dias sem praticamente comer ou fazer frente a outras despesas.

Desde já, aviso os amigos leitores que tomem uma especial e profunda atenção a casos como este. Se receberem uma mensagem do vosso “filho” que se encontra em Hong Kong, Austrália, Canadá ou Tailândia, não respondam nem mantenham diálogo.

Liguem de imediato para o vosso filho e confirmarão que estavam a ser alvo de uma burla. Estes casos são graves porque o instinto paternal decide que o apoio tem de ser dado de imediato ao querido filho e os burlões estão precisamente a aproveitarem-se dessa particularidade para conseguirem o objectivo e ganhar muito dinheiro. Uma das nossas fontes policiais informou-nos que pelas suas estatísticas existem indivíduos que estão a obter cerca de 5000 euros por dia e que em Portugal a rede mafiosa está a obter cerca de 1 milhão de euros por mês. Quase inacreditável.

Trata-se de um fenómeno horrível, de aproveitamento total do amor paterno e da inconsciência e desconhecimento tecnológico da maioria das pessoas atingida. Aqui fica um aviso sério, mas essencialmente a constatação de um fenómeno que está a deixar muitas famílias destroçadas assim que sentem que foram roubadas.

6 Nov 2023

PJ | Desempregada presa por burla

Uma residente com 47 anos foi presa, por estar envolvida num esquema de burlas relacionada com a oferta de empregos.

Segundo a Polícia Judiciária (PJ), a suspeita encontrou-se com uma mulher num casino de Macau, e prometeu arranja-lhe emprego para a filha, assim como uma autorização de residência, a troco de um pagamento de 130 mil dólares de Hong Kong. O trabalho prometido era na empresa de construção do marido da mulher.

Com a promessa foi ainda informado que o todo o processo seria terminado dentro de 20 dias, o que nunca aconteceu. No entanto, como a residente ficou incontactável depois de receber o pagamento, a vítima apresentou queixa junto das autoridades. A mulher residente foi detida a 22 de Outubro, quando se preparava para deixar Macau e ir para o Interior.

26 Out 2023

Burla | “Falsos polícias” causam perdas de 120 mil patacas

Dois casos de burla em que os criminosos se fizeram passar por agentes da polícia do Interior causaram perdas de 120 mil patacas, de acordo com a informação do Corpo de Polícia de Segurança Pública, citada pelo Jornal Ou Mun.

No primeiro caso, que aconteceu na sexta-feira da semana passada, um homem foi contactado por uma conta de WeChat que se identificava como “Serviços de Alfândega de Zhejiang”. Na troca de mensagens a vítima foi “informada” pelos burlões que estava a ser investigada por estar envolvida na venda de vários produtos proibidos no Interior, e foram-lhe pedidas 90 mil patacas, como caução associada aos custos da investigação.

Com a promessa que o dinheiro seria devolvido, assim que fosse declarado inocente, o homem transferiu o dinheiro para uma conta em Hong Kong. Só mais tarde, quando viu um anúncio contra burlas da Polícia Judiciária, o indivíduo percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa.

No segundo caso, que aconteceu no domingo, o método foi semelhante. Os burlões apresentaram-se como “polícia” de Xangai e disseram à vítima, uma jovem, que estava a ser investigada por enviar mensagens para o Interior a promover jogo. Segundo o CPSP, com medo da investigação, a mulher aceitou fazer uma chamada de vídeo com os burlões e filmou vários detalhes da sua conta bancária online.

Com acesso aos números necessários e respectivos códigos de segurança, os burlões conseguiram transferir para as suas contas cerca de 34 mil patacas. A mulher apresentou queixa quando se apercebeu da transferência bancária.

20 Out 2023

PJ | Arranja namorada virtual e perde 110 mil patacas

Um residente com cerca de 70 anos foi burlado em cerca de 110 mil patacas, depois de ter sido convencido por uma “namorada virtual” a investir em produtos financeiros.

Segundo o relato da Polícia Judiciária, citado pelo Jornal Ou Mun, no dia 29 de Junho o homem conheceu uma mulher online, que afirmou trabalhar no sector financeiro. O casal depressa se aproximou, e o homem passou a encarar a mulher como sua namorada, apesar de nunca a ter conhecido pessoalmente. A relação evoluiu, e a alegada burlona acabou por prometer casar com o homem se fizessem um investimento conjunto em produtos financeiros. Aposta que acabou por obter lucros.

Seduzido, o homem enviou cerca de 3.100 dólares americanos para uma conta em Hong Kong, indicada pela mulher. Ao mesmo tempo, o sujeito podia seguir o alegado investimento através de uma aplicação online.

No passado mês de Julho, com um lucro superior a 50 mil dólares, o homem decidiu levantar os seus ganhos. Contudo, o serviço a clientes da aplicação disse-lhe que tinha de fazer um pagamento de 10 mil dólares americanos para cobrir despesas administrativas, de forma a poder levantar os dividendos.

Apesar de ter desconfiado, o homem contactou a namorada, que o encorajou a pagar o montante pedido, o que fez. Porém, o sujeito nunca conseguiu aceder ao dinheiro, e acabou bloqueado tanto pelo serviço ao cliente da aplicação, como pela namorada, o que fez com que apresentasse queixa às autoridades.

31 Ago 2023

Burla | Residente perde 2,38 milhões de patacas

Uma mulher de 35 anos, oriunda do Interior da China, foi detida por suspeitas do crime de burla, em que a vítima terá sido um residente de 20 anos, desfalcado em 2,38 milhões de patacas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o caso começou em 2021, quando ambos se conheceram num casino.

A mulher terá seduzido o jovem com a proposta de venda de moeda digital no valor de seis milhões de dólares americanos, mas estaria com dificuldade em pagar os respectivos emolumentos e taxas relacionadas com o processo de transacção. Por isso, pediu um empréstimo à vítima, que começou por ceder 805 mil patacas.

A alegada burlona afirmou depois que a sua conta de moedas digitais tinha sido hackeada, perdendo todo o dinheiro, pedindo mais 1,58 milhões de patacas como empréstimo para pagar as referidas taxas, alegando que, mais tarde, iria receber parte do património de um amigo.

A mulher prometeu ainda reembolsar as seis milhões de patacas depois de receber a referida herança. O jovem acabou por denunciar o caso às autoridades após os reembolsos dos empréstimos serem adiados consecutivamente pela mulher.

17 Ago 2023

Burla | Mulher enganada em compra de malas online

A Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma queixa de burla online, após uma mulher ter comprado algumas malas online, no valor de 41 mil dólares de Hong Kong, de acordo com a informação citada pelo Jornal Ou Mun.

Segundo o relato, a mulher encontrou um portal online com malas de luxo do Japão, onde os preços eram metade dos praticados nos lugares de venda habituais. Atraída pelo preço, registou-se no portal e fez uma encomenda no valor de 41 mil dólares de Hong Kong.

No entanto, após falar com os serviços de atendimento ao cliente, a mulher foi informada que o pagamento tinha de ser feito através da transferência bancária para uma conta, não podendo ser feito no próprio site.

A mulher não viu problemas neste método e pediu ajuda ao marido para fazer a transferência. Porém, este desconfiou do método e contactou o apoio ao cliente sobre a prática pouco habitual. Do outro lado da linha, foi informado que se fizesse a transferência bancária não teria de pagar os impostos, pelo que o preço seria mais barato.

Pressionado pela mulher o homem concordou com o pagamento, mas continuou a verificar o portal. Nessa altura, percebeu que havia algo de errado e tentou pedir um reembolso, porém do outro lado ninguém atendeu a chamada. Por isso, acabou por apresentar queixa junto da PJ que está a investigar o caso, sem que tenha havido qualquer detenção.

16 Ago 2023

Part-time | PJ alerta para casos de burla

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta de burlas que estão a ser cometidas através de falsos anúncios de recrutamento, nas redes sociais, para trabalhos a tempo parcial.

Segundo um comunicado, as denúncias dão conta que, “quando as vítimas fizeram o contacto, alguém lhes respondeu que já não havia vaga de emprego anunciada, tendo-lhes então recomendado um outro emprego em part-time”. Para concorrerem a essa vagas, bastava fazerem “like” nas publicações e inscreverem-se no site, concluindo as tarefas exigidas, sendo que, após estas tarefas, poderiam receber um vencimento. “Todavia, para que recebesse a remuneração, deveria preencher imediatamente os seus dados pessoais, da conta bancária, bem como transmitir código de verificação do banco enviado por SMS”, descreve a PJ, sendo que as vítimas não receberam quaisquer fundos depois de terem realizado as tarefas pedidas, mas perceberam que “alguém desconhecido tinha levantado dinheiro da sua conta bancária”.

Desta forma, a PJ “apela aos cidadãos para terem cuidado quando procurarem um emprego e para não revelarem os seus dados pessoais e nem o código de verificação do banco”.

14 Ago 2023

PJ | Falsos técnicos de infiltrações roubaram 100 mil

A Polícia Judiciária (PJ) deteve três cidadãos do interior da China por suspeita de burla no valor de 100 mil patacas. Segundo o jornal Ou Mun, os homens fizeram-se passar por técnicos de tratamento de infiltrações em edifícios habitacionais, tendo burlado quatro residentes. O caso foi denunciado a 30 de Julho por uma das vítimas, sendo que esta pagou 50 mil patacas para ver a infiltração da sua casa tratada.

Segundo informações da PJ, os suspeitos publicitaram o alegado serviço nas redes sociais, sendo que, nas casas das vítimas, usavam algumas ferramentas para se fazerem passar por técnicos. Aí alegavam que era apenas necessário injectar um produto para evitar a infiltração, no valor de 688 a 988 patacas. No entanto, alegavam posteriormente que o estado da infiltração era grave, pedindo então 50 mil patacas por todo o serviço, injectando uma maior quantidade de produto. Os suspeitos admitiram trabalhar em nome de um grupo criminoso oriundo da China que recebeu 70 por cento do montante retirado às vítimas, tendo os burlões ficado com o restante.

O caso foi encaminhado para o Ministério Público, podendo os suspeitos incorrer nos crimes de associações criminosa e burla com valor elevado. A PJ acredita que pode haver mais vítimas, apelando à denúncia de casos.

3 Ago 2023

Troca de dinheiro | Detidos por burla de 370 mil yuan

Dois homens, com 29 e 25 anos de idade, foram detidos por terem burlado uma mulher em cerca de 370 mil yuan, de acordo com a informação divulgada ontem pela Polícia Judiciária.

Segundo o jornal Ou Mun, que citou a PJ, no sábado um dos homens e a mulher combinaram uma troca de dinheiro ilegal, através de uma aplicação móvel, para um quarto de hotel no Cotai.

Nesse dia, a mulher do Interior, encontrou os dois homens e estes apresentaram-lhe vários maços de notas. Em troca, a mulher tinha de fazer uma transferência online de yuan para uma conta indicada, o que fez. Contudo, a jogadora insistiu que os homens a acompanhassem a uma caixa do casino, para confirmar a veracidade das notas. Apesar de aguardarem pela oportunidade para fugirem, os homens do Interior acabaram por ser detidos no casino quando foi confirmado que as notas eram falsas.

31 Jul 2023

Emprego | Burladas em mais de 260 mil patacas

Duas mulheres que estavam à procura de emprego a tempo parcial foram burladas em mais de 260 mil patacas, de acordo com a informação da Polícia Judiciária, citada pelo Jornal Ou Mun.

O primeiro caso aconteceu no dia 16 e envolve uma residente de Macau, que respondeu a um anúncio onde se indicava que uma empresa de venda de produtos de beleza procurava pessoas para trabalharem na área do apoio aos clientes. Com a resposta à candidatura de emprego, a mulher foi informada de que os candidatos escolhidos iam receber uma comissão das vendas, pelo que tinham de pagar uma caução.

No início, a mulher realizou um pagamento de 23.700 patacas, mas foi informada que devido a problemas técnicos tinham de pagar mais 45 mil patacas. Nessa altura a vítima percebeu que estava a ser burlada e exigiu que lhe devolvessem as 23.700 patacas. A partir desse momento nunca mais conseguiu contactar com a alegada empresa, pelo que apresentou queixa junto das autoridades.

O segundo caso diz respeito a uma mulher do Interior, que também procurava um part-time online. Também neste caso foi pedido à vítima que pagasse cauções para a candidatura, o que ela foi fazendo de forma repetida, uma vez que lhe era dito que tinha ocorrido “um problema técnico”. No final, quando suspeitou de que estava a ser burlada, a mulher já tinha perdido mais de 236 mil patacas.

Ambos os casos estão a ser investigados pela Polícia Judiciária, não havendo ainda informação sobre os criminosos.

21 Jul 2023

Julgamento | Gestores de sala VIP negaram acusações de burla

Dezoito clientes burlados em cerca de 27 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), um homem numa fuga milionária, e dois gestores sentados no banco dos arguidos. Esta é a configuração do julgamento do caso das salas VIP Dongbo, que teve mais uma sessão na quarta-feira.
A Dongbo operou duas salas VIP, na City of Dreams e Galaxy, entre 2019 e Setembro de 2021 através de uma licença de promoção de jogo alugada. Durante esse período, o Ministério Público argumenta que os dirigentes da empresa procuraram atrair avultados depósitos entre mais de duas centenas de clientes, angariando um valor total de 287 milhões de HKD.
Os problemas surgiram com as queixas de jogadores impossibilitados de recuperar o dinheiro depositado, situação que culminou na denúncia de 18 vítimas que terão perdido 27 milhões de HKD.
O principal arguido e fundador da Dongbo, um cidadão chinês de apelido Shi, terá fugido de Macau com o dinheiro em falta, deixando no banco dos arguidos dois gestores de apelidos Chan e Lam que eram vice-presidente executivo e director de operações, respectivamente. Na quarta-feira, Chan e Lam, negaram as acusações de burla no Tribunal de Primeira Instância.
A maioria das testemunhas ouvidas não corrobou a tese de que as salas VIP não usavam os depósitos como investimentos que renderiam juros e que as quantias depositadas seriam apenas para jogar. Apesar disso, as testemunhas referiram que as salas da Dongbo ofereciam um bónus de 1,1 a 1,25 por cento quando o dinheiro era trocado por fichas, desconto considerado atraente.

O outro lado
Porém, uma ex-funcionária da Dongbo, de apelido Lei, apresentou em tribunal uma versão diferente, afirmando ter depositado 5 milhões de HKD porque o director de operações lhe terá garantido que poderia receber um juro mensal de 50 mil HKD. A testemunha afirmou ter confiado no director de operações da Dongbo, porque ambos teriam trabalhado no Grupo Suncity, de onde saíram depois de assinarem rescisões amigáveis que terminaram os contratos com a empresa de Alvin Chau.
Parte das testemunhas perdeu dinheiro porque depois de efectuar o depósito a sala VIP foi encerrada. Uma testemunha afirmou em tribunal que falou com o fundador da Dongbo, que terá revelado estar em Shenzhen, e que este lhe garantiu o reembolso da quantia depositada. A devolução dos fundos nunca terá acontecido.
Outra das testemunhas ouvidas em tribunal, foi o detentor da licença de promoção de jogo usada pela Dongbo nas suas operações. A testemunha, que alega ter perdido 200 mil HKD, indicou ter alugado a licença por 50 mil HKD por mês e que na altura da celebração do contrato ficou estabelecido que a Dongbo não teria entre as suas operações a possibilidade de receber depósitos.

14 Jul 2023