João Santos Filipe Manchete SociedadeGás natural | Pedido financiamento para aumentar segurança Os incêndios recentes levaram o deputado Si Ka Lon a sugerir uma maior implementação do abastecimento de gás natural, por motivos de segurança e também como parte das políticas ambientais O deputado Si Ka Lon defende o alargamento dos subsídios do Fundo de Reparação Predial à instalação de canalizações para o uso de gás natural nos edifícios de habitação. A posição foi tomada numa interpelação escrita, divulgada na sexta-feira. Após a ocorrência de dois incêndios nas últimas duas semanas, que causaram sete feridos, o deputado veio defender a necessidade de serem adoptadas mais medidas de segurança para evitar nova ocorrências. E uma das medidas sugeridas passa por financiar a instalação de canalizações de distribuição de gás natural nos edifícios: “Tendo em conta os recentes incêndios no Toi San e na Taipa, em que se suspeita que pelo menos um dos casos está relacionado com uma fuga de gás, o que mostra os riscos existentes, as autoridades têm a intenção de acelerar o estudo para lançar mais medidas de segurança, como o alargamento do financiamento Fundo de Reparação Predial?”, questionou Si Ka Lon. Outra das questões do deputado ligado à comunidade de Fujian, indica a necessidade de “aumentar o nível do conhecimento da população sobre o gás natural” e promover uma maior utilização, dado os benefícios ao nível da segurança. “Será que o Governo vai apostar mais no gás natural […] e na maior utilização em Macau?”, perguntou. O deputado aponta que actualmente o sistema de distribuição de gás natural está disponível no território, mas que “está principalmente concentrado nos novos edifícios de habitação pública ou hotéis das concessionárias”. Por isso, Si pede uma actualização dos números sobre a utilização de gás natural. Falta de vontade Como parte das explicações para a pouca implementação do gás natural, que até 2022 tinha 10 mil utilizadores, o legislador indica que os proprietários tendem a não querer pagar pelas obras de instalação: “Os pequenos proprietários geralmente não se mostram disponíveis a fazer as obras de instalação do gás natural, devido aos elevados custos iniciais e ao retorno pouco evidente”, explicou. “São urgentes as medidas necessárias de incentivo para que mais residentes beneficiem da segurança do gás natural”, frisou. Ao argumento da segurança, Si Ka Lon junta também a importância da redução das emissões de carbono, de acordo com os planos ambientais da RAEM. Neste sentido, o deputado pergunta se há planos para que a proporção da energia adquirida a Zhuhai seja proveniente de fontes não fósseis. “Actualmente, a proporção de energia não fóssil na electricidade adquirida por Macau é superior a 40 por cento. As autoridades declararam que antes do contrato terminar, em 2026, que vai haver discussões para ‘aumentar gradualmente a percentagem’. Quando vai ser feita a negociação?”, questionou. Si Ka Lon quer também saber se há metas definidas a cinco ou 10 anos, sobre a redução da proporção da energia importada gerada por combustíveis fósseis.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Mais apostadores estrangeiros aumentam isenção de imposto Sem revelar o valor do crescimento da isenção do imposto de jogo, Helena de Senna Fernandes indica que há uma nova tendência, que resulta dos esforços das concessionárias e do Governo para internacionalizar o mercado O Governo afirmou que o aumento do número de jogadores estrangeiros em Macau levou à aprovação de mais pedidos de isenção de pagamento do imposto do jogo. A revelação foi feita pela directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, em resposta a uma interpelação do deputado Lei Chan U. “O montante aprovado em relação aos requerimentos de redução ou isenção de contribuições apresentados pelas concessionarias de jogos de fortuna ou azar no ano passado, em virtude da expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros, registou um aumento face a 2023”, pode ler-se na resposta divulgada no final do mês passado. “De acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em 2024, o número de visitantes internacionais aumentou 66 por cento em termos anuais”, foi acrescentado. Apesar de mencionar o aumento da isenção de impostos, a resposta assinada por Helena de Senna Fernandes não indica qualquer dado sobre a dimensão do incremento, além da subida percentual de visitantes internacionais. As alterações mais recentes à lei do jogo vieram permitir às concessionárias obter uma isenção até 5 por cento sobre o imposto do jogo, nas receitas geradas por jogadores internacionais. Actualmente, as receitas do jogo pagam um imposto de 40 por cento. Maior promoção A ausência de dados não impediu a representante do Governo de indicar que a evolução tem sido impulsionada pelas concessionárias por “proporcionarem serviços diversificados e de qualidade” para turistas internacionais, como a segregação destes jogadores, a expansão de delegações no estrangeiro para promover Macau como destino turístico, as ofertas preferenciais para visitantes internacionais e o lançamento de mais voos privados. Helena de Senna Fernandes explica igualmente que estes esforços têm sido conciliados com os do Governo para a promoção mais activa da RAEM como destino turístico. No documento, a directora dos Serviços de Turismo revela ainda que em 2025 o objectivo da promoção do turismo de Macau passa pelo mercado do Nordeste Asiático, em países como a Coreia do Sul ou Japão. Além disso, a promoção vai recomeçar na Europa, Estados Unidos, Índia e o Médio Oriente. A estes mercados junta-se a Grande China e o Sudeste Asiático, onde os esforços têm sido intensificados nos últimos anos. A promoção de Macau como destino turístico passa também por participar em feiras internacionais de turismo em locais como o Japão, Indonésia, Malásia, Tailândia e Coreia do Sul.
João Luz SociedadeGoverno realça sensibilização para burlas no estrangeiro Continua a campanha de prevenção lançada pelo Governo para alertar a população para os perigos da criminalidade organizada no estrangeiro e dos centros de burlas no Sudeste Asiático. A directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, fez uma compilação do trabalho de vários departamentos da Administração, e das forças policiais, na sensibilização para o perigo das redes de crime organizado que se dedicam a burlas telefónicas e cibernéticas. Em resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai, Helena de Senna Fernandes afirma que, “para sensibilizar os residentes de Macau para os aspectos a ter em conta quando se deslocam ao exterior”, a DST distribuiu, através das associações de agências de viagem, folhetos informativos e produziu um vídeo com dicas de segurança para viagens ao exterior. Estes materiais recomendam aos residentes o planeamento prévio de itinerários, contrair seguro de viagem, preparação para os vários tipos de pagamento usados no local, guardar os passaportes em lugares seguros e manter o contacto com familiares e amigos durante a viagem. A responsável realça também a importância de os residentes tomarem consciência dos riscos que podem encontrar. Além disso, é salientado que o Governo tem uma página de internet que lança alertas de viagem e informações, “incluindo as fornecidas pela Embaixada da República Popular da China na Tailândia, alertando os cidadãos chineses” para a importância dos cuidados a ter em conta antes de viajar para o exterior. Combate informativo Helena de Senna Fernandes menciona uma rede alargada de entidades administrativas, além da DST, como as direcções de serviços de Assuntos da Justiça e Educação e Desenvolvimento da Juventude e a Polícia Judiciária (PJ), que tem alertado para o perigo destas redes de crime organizado. A responsável salienta uma conferência de imprensa da organizada pela PJ em Dezembro do ano passado que teve como objectivo difundir informações sobre o assunto, assim como “o envio de mensagens anti-burlas através das contas oficiais de redes sociais dos serviços policiais” apelando à vigilância do público. Foi também lançada uma campanha de sensibilização na rede escolar para sensibilizar pais e estudantes para o perigo dos esquemas fraudulentos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeObras rodoviárias | Pedido pavimento de melhor qualidade O deputado dos Operários, Leong Sun Iok, pede multas para os empreiteiros que se atrasem nas obras, melhor qualidade nos trabalhos e adopção de pavimentos mais resistentes, como acontece em Hong Kong Leong Sun Iok defende que o Governo deve seguir o exemplo de Hong Kong e adoptar um pavimento nas estradas com mais qualidade e capacidade de resistência. O assunto faz parte de uma interpelação escrita em que o deputado dos Operários se mostra preocupado com a qualidade das estradas e das obras. De acordo com o membro da Assembleia Legislativa, os veículos pesados em circulação do território exercem uma grande pressão sobre as estradas locais, o que aliado ao fluxo de trânsito, contribui para um desgaste mais rápido da pavimentação. Por este motivo, Leong indica que o “pavimento de asfalto convencional dificilmente consegue fazer face à pressão do tráfego actual”, o que leva ao surgimento de “buracos e irregularidades”. Ao mesmo tempo, Leong indica aponta o exemplo de Hong Kong, onde começou a ser utilizado um novo pavimento a “título experimental”, com resultados “favoráveis” e que mostram uma maior capacidade de resistência ao desgaste. Por isso, o deputado quer saber se o Executivo vai seguir o exemplo: “No futuro, o Governo tem algum plano para introduzir materiais e tecnologias mais inovadores e aumentar os padrões e requisitos técnicos para o controlo da qualidade das estradas, de modo a melhorar a qualidade e a durabilidade das estradas?”, questiona. Qualidade das obras Por outro lado, o legislador mostra-se preocupado com a qualidade de algumas obras realizadas, principalmente quando projectos de maior dimensão são executados por fases. Segundo Leong, muitas vezes o asfalto acaba por apresentar irregularidades, o que se torna perigoso, principalmente para as motos. “A fim de minimizar o impacto para os residentes, nos últimos anos, as grandes obras em Macau foram geralmente realizadas por fases. No entanto, as superfícies das estradas repavimentadas não estavam bem ligadas, o que resultou em desníveis e mesmo em buracos de várias dimensões”, atirou. “Posso perguntar aos serviços competentes como irão melhorar o processo de trabalho para garantir que os pavimentos rodoviários em várias fases possam convergir suavemente e resolver eficazmente o problema existente de pavimentos rodoviários irregulares?”, questiona. Ainda em relação às obras rodoviárias, o deputado pretende saber que medidas estão a ser adoptadas pelo Executivo para penalizar os empreiteiros que se atrasam nos trabalhos, apesar de prometerem prazos mais curtos. “A escavação de estradas é por vezes inevitável, mas é também precisamente devido à persistência das obras rodoviárias que se verificam congestionamentos de tráfego, poluição atmosférica, etc., que afectam o comportamento dos residentes em termos de deslocações e da sua qualidade de vida”, vincou. “Que sanções foram aplicadas quando houve atrasos nas obras?”
Andreia Sofia Silva SociedadeGoverno lança novo alerta sobre covid-19 Os Serviços de Saúde de Macau (SS) indicam uma diminuição dos casos de gripe, com a situação actual “abaixo do nível de alerta”. Porém, no caso das infecções covid-19, “o vírus SARS-Cov-2 está a tornar-se activo”, pelo que se faz um apelo à vacinação, sobretudo para doentes crónicos e idosos. Os SS adiantam, no entanto, que ainda não se registou qualquer morte causada por covid-19 desde o início do ano. Segundo uma nota ontem divulgada, que cita dados laboratoriais da nona semana do ano, ou seja, do final de Fevereiro, “a taxa de positividade de detecção da covid-19 foi de 13,7 por cento”, sendo que este valor “representa um aumento significativo face à semana anterior, de 3.8 por cento”. Em termos gerais, os SS acreditam que “a actividade gripal irá manter-se activa nas próximas semanas”, chamando-se a atenção, porém, para uma certa estabilidade. O número de doentes atendidos no serviço de urgência na nona semana de 2025, ou seja, fins de Fevereiro, “diminuiu em relação à semana anterior”, tendo sido atendida uma média diária de 1.190 pessoas, 282 delas crianças. Verifica-se, assim, que “a tendência de descida da taxa de positividade de detecção do vírus influenza, passando de 10.5 por cento na oitava semana do ano (abaixo do nível de alerta de 13,1 por cento), para cinco por cento na nona semana”. Subida na média diária Porém, os SS alertam que não é ainda tempo para afastar as atenções em relação à gripe, pois verifica-se “uma média de cerca de 83 pessoas [doentes], por dia, o que representa uma subida em comparação com dados anteriores”. Dessas 83 pessoas, 31 são adultos e 52 crianças. Assim, os SS entendem que “a propagação do vírus do tracto respiratório em Macau ainda está activa”. No tocante a casos colectivos de gripe, desde Janeiro que ocorreram 46 no território, bem como 25 casos causados pelo vírus influenza A e cinco pelo vírus influenza B.
Hoje Macau SociedadeIPOR | Grupo Bai Li é o novo accionista O Instituto Português do Oriente (IPOR) tem um novo accionista por decisão tomada a 24 de Janeiro deste ano na 74.ª assembleia-geral da instituição de ensino do português como língua estrangeira. Trata-se da Companhia Bai Li Grupo Lda. que se junta assim à estrutura associativa já composta pela Fundação Oriente, na qualidade de associado fundador, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., o Banco Nacional Ultramarino, a Quinta da Marmeleira e a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM). Segundo um comunicado do IPOR, o grupo Bai Li é reconhecido “pela excelência na área do comércio internacional, especialmente no sector de distribuição de vinhos”, tendo “procurado posicionar-se como plataforma comercial sino-portuguesa em Macau, investindo ao longo dos anos numa série de projectos e actividades na plataforma de serviços de cooperação comercial sino- portuguesa”. O objectivo destas acções, segundo o IPOR, é ajudar a tornar Macau “um veículo de ligação para a colocação de produtos portugueses na República Popular da China, estratégia complementada com acções de promoção do turismo, da cultura e da língua portuguesa, alinhando-se assim com os princípios e objectivos do IPOR”. Ainda segundo a mesma nota, a entrada do novo accionista “demonstra não só o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo IPOR na preservação e difusão da língua e cultura portuguesas na região Ásia-Pacífico, mas também a identificação e compromisso da companhia no reforço da missão que o instituto encerra”. Assim, “esta cooperação é mais um passo para a afirmação do papel do IPOR não só como agente disseminador do valor económico e global da língua portuguesa, mas também da cooperação cultural e promotor da interculturalidade”.
Andreia Sofia Silva SociedadeDSEC | Registado aumento anual de TNR Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que, no final do ano passado, Macau tinha 688.300 pessoas, um “crescimento ligeiro” de 0,7 por cento, ou seja, um crescimento de 4.600 pessoas em termos anuais. Segundo a DSEC, tal deve-se “principalmente ao acréscimo do número de trabalhadores não residentes (TNR) domiciliados em Macau”, cujo aumento foi de 4.900 pessoas. No tocante à população local, ou seja, sem TNR e estudantes do exterior, chegou às 568.700 pessoas, “baixando ligeiramente” 0,4 por cento em termos anuais. Tal deve-se “principalmente ao facto de a emigração líquida de residentes de Macau, com a saída a ser superior à entrada, ter sido mais elevada do que o crescimento natural (ou seja, o número de nado-vivos é maior do que o de óbitos)”. Em termos dos movimentos populacionais, em 2024 existiam 3.677 indivíduos do Interior da China recém-chegados a Macau titulares de um salvo conduto, o que representa mais 260 pessoas em termos anuais, sendo que 64,8 por cento pertencia ao sexo feminino. No ano passado foi dada residência a 1.074 pessoas, mais 196 em termos anuais, sendo a maioria dessas pessoas de Hong Kong, no total de 364.
Hoje Macau Manchete SociedadeSJM | Regresso aos lucros após quatro anos de prejuízos A SJM obteve um lucro de 3 milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, e conseguiu reduzir a dívida acumulada em 6 por cento, para 26,5 mil milhões de dólares de Hong Kong A concessionária do jogo SJM Holdings anunciou um lucro de três milhões de dólares de Hong Kong em 2024, após perdas sem precedentes durante quatro anos consecutivos. Num comunicado enviado na terça-feira à bolsa de valores de Hong Kong, a empresa fundada pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho Hung Sun recordou que tinha registado um prejuízo de 2,01 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2023. Os casinos da SJM arrecadaram 28,8 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais 35,9 por cento do que no ano anterior, enquanto as receitas não jogo subiram 22,9 por cento, para 1,92 mil milhões de dólares de Hong Kong. Com as receitas a subir, a empresa registou um lucro operacional de 3,76 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais do dobro do que em 2023. Durante o ano passado, a SJM conseguiu reduzir em 6 por cento a dívida total, para 26,5 mil milhões de dólares de Hong Kong no final de Dezembro. Em 22 de Janeiro, a agência de notação financeira Fitch Ratings manteve a classificação da dívida da SJM graças à recuperação do turismo em Macau. A Fitch disse que o Grand Lisboa Palace, empreendimento de jogo e hotelaria inaugurado em Julho de 2021, em plena pandemia, obrigou a SJM a acumular um nível elevado de dívida. Novas receitas A empresa disse na terça-feira que o Grand Lisboa Palace passou de prejuízos em 2023 para um lucro operacional de 499 milhões de dólares de Hong Kong no ano passado. As receitas do novo empreendimento da SJM mais que duplicaram, atingindo 6,58 mil milhões de dólares de Hong Kong. O mercado de massas representou 82,4 por cento das receitas dos casinos da empresa, enquanto o jogo VIP se ficou por uma fatia de 9,3 por cento. As grandes apostas, que em 2019 representavam 46,2 por cento das receitas dos casinos de Macau, foram afetadas pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, em Novembro de 2021. O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado, em janeiro de 2023, a 18 anos de prisão, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau. A SJM disse que vai renovar por completo todos os quartos do Grand Lisboa, um dos mais importantes casinos da empresa, assim como aumentar em 10 por cento o número de quartos “através de conversão de antigas áreas reservadas a ‘junkets’”.
Hoje Macau SociedadeSegurança | Chan Pou Sam alerta que excesso de zelo prejudica Macau O presidente honorário da Associação de Promoção de Vida Social e Bem-Estar da População de Macau, Chan Pou Sam, defende que a sociedade deve evitar o excessos de zelo, para não prejudicar a imagem do território. A opinião foi expressa ao jornal Exmoo, na sequência de um acidente de viação, durante a filmagem de um filme em Macau. O acidente aconteceu na Rua do Seminário, no mês passado, resultou no atropelamento de 12 pessoas, a maioria ligada à equipa de produção, e as imagens captadas tornaram-se virais. Posteriormente, tanto o Corpo de Polícia de Segurança Pública como o Instituto Cultural vieram revelar que a equipa não tinha seguido as indicações de segurança emitidas, apesar de não haver indícios de ilegalidades. Face ao incidente, Chan Pou Sam alertou que as leis locais devem ser aplicadas, sem necessidade de excessos de zelo ou de empolamento das situações por parte dos residentes nas redes sociais. Chan avisou ainda que este tipo de situações, com o avolumar das críticas, pode fazer com que no futuro as produções deixem de escolher Macau como destino de filmagem, o que indicou ser contrário ao interesse do território. Chan Pou Sam recordou que ao longo dos 30 anos, houve cerca de 50 equipas de filmagem em Macau, por isso, indicou que o território tem condições para receber mais projectos de cinema e televisão.
Hoje Macau SociedadeIao Hon | IAM inspecciona mercado devido a presença de rato Na passada terça-feira, circulou nas redes sociais um vídeo onde se podia ver um rato a atravessar as tubagens junto ao tecto da zona de restauração do Mercado Municipal do Iao Hon. Em resposta, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) “procedeu a uma inspecção exaustiva das condições de higiene do local e das bancas onde a comida é confeccionada” no espaço referido, mas também “em todos os mercados e centros de comida cozinhada sob a sua jurisdição”. Num comunicado divulgado ontem, o IAM afirmou que as inspecções têm por fim “reforçar o controlo dos roedores e as medidas sanitárias nos locais em questão”. O organismo municipal assegurou que “presta grande importância” às condições de higiene dos mercados e das zonas restauração dos mercados, mais uma vez depois de um vídeo partilhado nas redes sociais se ter tornado viral. Recorde-se que o mesmo aconteceu depois de ter sido publicado nas redes sociais um vídeo que mostrava um rato em cima de produtos alimentares num supermercado da cadeia Royal, que levou ao encerramento temporário de três superfícies comerciais e um restaurante no início de Janeiro. Em relação à zona de restauração do Mercado do Iao Hon, o IAM revelou não terem sido encontrados vestígios de ratos. As tubagens onde foi avistada a ratazana foram limpas com lixívia diluída e foram instaladas ratoeiras nas zonas das bancas de comerciantes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSegurança | Bombeiros apelam a cautela na utilização de gás Face a um incêndio que fez cinco feridos e que se suspeita ter sido causado por uma fuga de gás, o Corpo de Bombeiros veio a público através de um comunicado onde indica ter realizado várias inspecções a edifícios e casas nos últimos anos Após uma explosão seguida de incêndio que causou cinco feridos, o Corpo de Bombeiros (CB) apelou à população para prestar “elevada atenção à segurança na utilização de aparelhos de fogão a gás”. O comunicado, em língua portuguesa, foi emitido na manhã de ontem, dado que se suspeita que na origem das chamas tenha estado uma “fuga de gás de petróleo liquefeito”. “O CB salienta novamente que não se pode negligenciar o risco de segurança do gás, quer seja em casa, restaurantes e outros espaços”, pode ler-se na mensagem. “Espera-se que os cidadãos e os sectores reforcem a vigilância, a prevenção e que tratem bem dos assuntos de segurança relativos à utilização e instalação correctas dos aparelhos de fogão a gás, de modo a garantir em conjunto a segurança da vida e dos bens”, foi acrescentado. A mensagem serviu igualmente para o CB defender-se de eventuais acusações de falha nas inspecções realizadas. “Desde 2019, o CB começou a deslocar-se às comunidades para realizar continuamente inspecções aos fogões a gás em domicílios, conjuntamente com as associações e organizações de moradores e os chefes comunitários de segurança contra incêndios”, foi indicado. “Até Fevereiro do corrente ano, foram efectuadas 1.742 inspecções em domicílios”, foi complementado. Segundo o CB, durante as inspecções verificaram-se “as especificações de segurança, o local de instalação [dos aparelhos] e o prazo de validade do tubo de aparelhos de fogão a gás”, e como resultado encontraram-se problemas como tubos de ligação do gás ao fogão fora da validade, ligações defeituosas para a saída dos gases dos esquentadores ou a colocação em lugares de risco das bilhas de gás. Mais segurança Nas últimas duas semanas aconteceram dois incêndios em edifícios residenciais, o que tem levado a que a manutenção dos equipamentos de segurança contra incêndio tenha sido questionada. O primeiro incêndio aconteceu no Edifício do Lago, acredita-se que devido a um curto-circuito com uma televisão, e causou polémica, dado que o alarme para alertar os moradores não disparou. Como consequência, a deputada Lo Choi In fez uma interpelação escrita a pedir melhores inspecções de fiscalização. No incêndio de segunda-feira, ainda no local, o CB garantiu que os equipamentos de segurança funcionaram como esperado. Contudo, devido à explosão com uma fuga de gás no sistema de abastecimento centralizado, o impacto acabou de atingir maior dimensões, com cinco feridos, entre os quais duas crianças com queimaduras em pelo menos 20 por cento do corpo, além de ter havido a projecção do 19.º andar de vários objectos para a via pública, entre os quais uma máquina de lavar a roupa.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher detida por acusar idoso de violação Uma mulher está indiciada por ter acusado falsamente um idoso de violação. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ). De acordo com o relato apresentado, a mulher oriunda do Interior da China conheceu o homem numa plataforma online. Foi dessa forma que os dois combinaram viajar para Macau a 26 de Fevereiro, com a mulher a ficar no hotel reservado pelo idoso. Durante este período, os dois terão mantido relações sexuais consensuais várias vezes, segundo a PJ. Contudo, a 1 de Março a mulher apresentou queixa ao Corpo de Polícia de Segurança Pública devido a uma alegada violação. As investigações ao caso levaram a PJ a considerar que a violação nunca aconteceu e que a queixa terá tido origem numa disputa financeira entre os dois. Como resultado das investigações, a mulher acabou por ser detida e o caso foi encaminhado para o Ministério Público.
João Santos Filipe Manchete SociedadeToi San | Explosão deixa duas crianças com queimaduras de terceiro grau O acidente teve origem numa fuga de gás do abastecimento central e causou cinco feridos. Mais de 300 pessoas de 100 apartamentos foram retiradas das suas casas, e uma máquina de lavar roupa foi projectada para a rua Duas crianças com queimaduras em mais de 20 por cento do corpo, uma empregada doméstica com queimaduras em 35 por cento do corpo, e outras duas feridas. Foi este o resultado de uma explosão, seguida de incêndio, no 19.º andar do Edifício Jardim Cidade Nova (também denominado San Seng Si Fa Un), na Avenida Tamagnini Barbosa, no bairro do Toi San, na noite de segunda-feira. O acidente aconteceu por volta das 21h, e terá sido causado por uma fuga de gás no abastecimento centralizado, que resultou numa explosão de grande dimensão, seguida de um incêndio. Em relação aos ocupantes do apartamento onde aconteceu a explosão, um menino de dois anos teve de ser transportado para o hospital com queimaduras de terceiro grau em 20 por cento do corpo. Outra criança, uma menina de oito anos, sofreu queimaduras de terceiro grau em 25 por cento do corpo. No apartamento onde aconteceu a explosão estava ainda uma empregada doméstica, com 55 anos e nacionalidade vietnamita, que sofreu queimaduras de segundo grau em 35 por cento do corpo. Todos foram levados para o hospital. As autoridades contabilizam mais duas pessoas feridas na sequência do incidente, uma vizinha que estava no apartamento ao lado e inalou os fumos do incêndio, e uma transeunte que passava na rua e foi atingida por objectos projectados do 19.º andar, embora sem gravidade. Máquina de lavar voadora De acordo com a informação do Corpo de Bombeiros, a explosão terá causado vários danos, não só no interior do apartamento afectado, mas também nos elevadores do edifício, que passaram a funcionar de forma deficiente, impossibilitando a utilização. Depois de extinto o incêndio, Lam Chon Sang, segundo-comandante do Corpo de Bombeiros, explicou que os bombeiros tiveram de subir os andares pelas escadas, o que dificultou o combate às chamas, principalmente a nível do abastecimento de água. No entanto, depois de ser feita a ligação com a fonte de água, os bombeiros terão demorado cerca de dois minutos a extinguir o incêndio. Aos órgãos de comunicação social, Lam Chon Sang revelou que as chamas afectaram um dos dois quartos da casa, a sala de estar, além da cozinha. Como consequência, o sistema de gás central teve de ser desligado. O acidente levou a que cerca de 300 moradores de 100 apartamentos fossem retirados do edifício. Ao contrário de outros incêndios mais recentes, Lam destacou que todos os equipamentos de protecção contra incêndio estavam a funcionar e que os moradores ouviram o alarme de emergência. As chamas foram combatidas por 56 bombeiros, auxiliados por 19 veículos de resposta a emergências. A explosão fez com que vários objectos fossem projectados para a rua do 19.º andar. Além de peças de vestuário, também uma máquina de lavar roupa foi atirada para fora do aparamento, caindo na rua. Três em duas semanas Horas após a ocorrência, o Instituto de Acção Social (IAS) emitiu um comunicado a afirmar estar “muito atento ao incêndio” e que foram enviados para o local “assistentes sociais para prestar o apoio necessário às famílias afectadas pelo incêndio”. Segundo os dados do IAS, cerca de 30 residentes afectados precisaram de pernoitar nos centros de acolhimento disponibilizados. Com a ocorrência no Edifício Jardim Cidade Nova, Macau soma três incêndios em prédios de habitação no espaço de duas semanas. O primeiro, registado a 24 de Fevereiro, aconteceu no Edifício do Lago, causou dois feridos, e obrigou a que 18 pessoas fossem retiradas das suas casas. O incêndio assumiu contornos polémicos, uma vez que os moradores se queixaram que os alarmes de incêndio não tocaram. Posteriormente, em Seac Pai Van, na quinta-feira passada, outro incêndio num apartamento causou uma vítima mortal. Contudo, neste caso, as autoridades responsabilizaram a vítima pelas chamas, devido a um historial de problemas psicológicos. Associações polémicas Após a divulgação do incidente, algumas associações tradicionais deslocaram-se ao local e tiraram fotografias alegadamente a ajudar alguns dos residentes afectados. As fotografias foram partilhadas nas redes sociais pelas associações, como a Associação das Mulheres, mas as imagens causaram polémica, com internautas a acusarem as associações de aproveitamento eleitoral. As eleições para a Assembleia Legislativa foram agendadas para 14 de Setembro, e actualmente a Associação das Mulheres tem dois deputados.
Hoje Macau SociedadeJogo | Número de trabalhadores cresce 2,3% No final do quarto trimestre do ano passado, o número de trabalhadores nas lotarias e outros jogos de aposta aumentou 2,3 por cento, face ao período homólogo, de acordo com os dados da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No final do trimestre, o sector do jogo empregava 52.971 trabalhadores a tempo inteiro, o que representou um aumento de 1.200 trabalhadores face ao quarto trimestre de 2023. Entre os 52.971 empregados, 23.618 desempenhavam as funções de croupiers, um aumento de 259 empregados num espaço do jogo, o que representou um crescimento de 1,2 por cento. Em termos dos vencimentos, em Dezembro de 2024 a remuneração média dos trabalhadores a tempo inteiro deste sector era de 26.890 patacas, mais 6,3 por cento, em termos anuais. Estes dados excluem as remunerações irregulares. A remuneração média dos croupiers foi de 21.470 patacas, mais 2,9 por cento. Sobre este aspecto, a DSEC indicou que as pessoas ganharam mais, porque trabalharam mais, embora reconheça que tenha havido igualmente um aumento salarial. No fim do último trimestre, existiam 253 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, uma redução de 147 vagas em termos anuais. Segundo a DSEC, a maioria das vagas dizia respeito a empregos administrativos (90), seguidos pelos directores e quadros dirigentes de empresas (54). Em relação aos requisitos de recrutamento, 64,8 por cento das vagas requeriam experiência profissional, 62,5 por cento exigiam apenas habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar. Os dados da DSEC excluem os promotores e colaboradores de jogos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Preços voltam a cair, mas houve mais transacções O mercado continua longe dos valores praticados antes da pandemia, com sinais cada vez mais mistos. Se a comparação dos dados mais recentes for feita com a primeira metade de Janeiro, as casas ficaram mais caras, mas registaram-se menos transacções O preço médio da habitação sofreu uma redução de 11,9 por cento na primeira metade de Fevereiro, face ao período homólogo, de acordo com os números revelados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Segundo os dados mais recentes, o preço médio do metro quadrado na primeira metade de Fevereiro deste ano foi de 75.316 patacas. Fazendo as contas, uma casa com 90 metros quadrados estava avaliada em 6,78 milhões de patacas. Em comparação, na primeira quinzena de Fevereiro de 2024, o preço médio do metro quadrado era de 85.487 patacas, o que significa que o mesmo apartamento estaria avaliado em 7,69 milhões de patacas. Quando a comparação é feita com os valores praticados na primeira quinzena de Janeiro deste ano, as casas em Macau ficaram mais caras, dado que nesse período o preço médio do metro quadrado era de 69.882 patacas. Em Janeiro, a casa com 90 metros quadrados estava avaliada em 6,30 milhões de patacas. Em termos anuais, com preços mais baratos registaram-se mais compras e vendas de habitação no território, um crescimento de 16,7 por cento. No início de Fevereiro foram contabilizaram-se 84 transacções, quando no período homólogo o número tinha sido de 72 transacções. Todavia, se a comparação for feita entre a primeira metade de Fevereiro e a primeira metade de Janeiro, houve uma redução de 32,8 por cento, dado que as 125 transacções de Janeiro foram reduzidas para 84 transacções no mês mais recente. Mais caro em Coloane Os dados mais recentes da DSF mostram ainda que o metro quadrado é mais caro em Coloane, onde o preço médio foi de 80.746 patacas, nas nove transacções registadas. Na primeira metade de Fevereiro de 2024, tiveram lugar quatro transacções a um preço médio de 111.996 patacas por metro quadrado. Na primeira quinzena de Janeiro de 2025, registaram-se nove transacções, a um preço médio de 72.252 patacas por metro quadrado. A Taipa foi a segunda zona mais cara de Macau, com o metro quadrado a ser comercializado, em média, por 74.367 patacas. Durante a primeira metade de Fevereiro de 2025, foram registadas 21 transacções de habitação. Em comparação, em Fevereiro de 2024, tinham sido declaradas 16 transacções, a uma média de 85.342 patacas por metro quadrado. Como normalmente acontece, Macau voltou a ser a zona do território onde foram declaradas mais transacções, com 54 negócios, realizados a uma média de 74.359 patacas por metro quadrado. No início de Janeiro, concretizaram-se 96 transacções, a um preço médio de 66.753 patacas por metro quadrado. Na primeira quinzena de Janeiro de 2025, as 96 transacções declaradas aconteceram a uma média de 66.753 patacas por metro quadrado.
Hoje Macau SociedadeBanca | Aumentam depósitos em Janeiro Em Janeiro, os depósitos dos residentes nos bancos locais subiram ligeiramente para 763,5 mil milhões de patacas, face a Dezembro, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Ao mesmo tempo, os depósitos dos não residentes cresceram 5,4 por cento, tendo atingido 314,4 mil milhões de patacas, face ao mês anterior. No mesmo período, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 1,4 por cento, quando comparado com o mês anterior, tendo chegado a 1.290,3 mil milhões de patacas. A maior parte dos depósitos estavam em dólares de Hong Kong, com uma proporção de 46,2 por cento, seguindo-se os depósitos em dólares americanos, com uma proporção de 24,5 por cento, e a pataca, com 20 por cento. Os depósitos em renminbis representavam 7,5 por cento do total. Também em Janeiro, os empréstimos internos ao sector privado decresceram 0,5 por cento em comparação com o mês anterior, para 513,8 mil milhões de patacas. Por outro lado, os empréstimos ao exterior cresceram 0,3 por cento, para 499,3 mil milhões de patacas.
João Santos Filipe SociedadeCrescimento do jogo deve atingir 6,5 por cento ao longo de todo o ano A correctora Seaport Research Partners estima que as receitas do jogo vão crescer 6,5 por cento ao longo deste ano, o que significaria um valor de 241 mil milhões de patacas. As estimativas constam de um relatório da Seaport Research Partners, citado pelo portal GGR Asia. “Prevemos que o crescimento das receitas brutas do jogo em 2025 seja de aproximadamente 6,5 por cento em termos anuais, com um crescimento mais elevado na segunda metade do ano”, consta do relatório assinado por Vitaly Umansky. “O crescimento deve ser impulsionado pelo aumento dos esforços de marketing das operadoras e pela melhoria da confiança dos consumidores na China”, foi acrescentado. O documento surge dias depois de ter sido revelado que as receitas brutas do jogo cresceram 6,8 por cento em Fevereiro, para 19,74 mil milhões de patacas. Com as reuniões magnas a começarem hoje, em Pequim, o analista admite ainda ter a esperança que sejam anunciadas políticas de maior apoio ao crescimento económico: “Esperamos que as políticas resultantes das duas sessões evidenciem uma posição mais favorável ao crescimento do que a registada nos últimos dois anos”, indicou. Vitaly Umansky explicou também que a expectativa não é da adopção de subsídios de consumo no Interior, mas antes por “estímulos adicionais” relacionados com a as despesas do governo e de políticas para aumentar as despesas dos consumidores e a actividade empresarial privada. Mês positivo Segundo o mesmo portal, o crescimento de 6,8 por cento das receitas do jogo em Fevereiro foi igualmente considerado positivo pelos analistas da JP Morgan Securtities, DS Kim, Selina Li e Mufan Shi. “Apesar das preocupações do mercado quanto a um fraco desempenho no Ano Novo Lunar, as receitas brutas do jogo revelaram-se fortes em Fevereiro e cresceram 7 por cento em termos anuais para 19,7 mil milhões de patacas, ficando 6 por cento acima do consenso”, foi destacado num relatório para os investidores emitido no domingo. No entanto, para este banco de investimento o crescimento ao longo do ano vai ser mais moderado: “Este número faz-nos sentir bastante confortáveis em relação ao consenso sobre o crescimento de 2 a 3 por cento das receitas do jogo ao longo de 2025”, frisaram.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEdifício do Lago | Pedida investigação a dispositivos de segurança Perante as queixas dos residentes de que o alarme de incêndio não tocou, a deputada ligada à comunidade de Jiangmen pede uma investigação à segurança da habitação social, assim como uma intensificação das inspecções em todos os edifícios de Macau A deputada Lo Choi In apelou ao Governo para realizar uma investigação ao estado dos equipamentos de segurança contra incêndio no Edifício do Lago, após o incêndio da semana passada que obrigou à retirada de 20 pessoas. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita, em que a legisladora ligada à comunidade de Jiangmen sublinha que os moradores não ouviram os alarmes e incêndio. A informação sobre os problemas com os equipamentos contra incêndio tinha sido relatada logo no dia da deflagração das chamas, mas foi também confirmada pelo gabinete da deputada. “O nosso serviço enviou pessoal ao local para compreender a situação. Os moradores do mesmo edifício, bem como os da vizinhança, disseram-nos que não ouviram qualquer som de alarme suspeito durante o incêndio”, relatou. “A partir deste incidente, é possível constatar que a sociedade gestora do edifício pode ter deficiências na gestão do seu equipamento de combate a incêndios, tendo mesmo deixado de fornecer atempadamente informações e orientações correctas aos bombeiros durante o incidente”, complementou. Face a este cenário, Lo Choi In pede a intervenção das autoridades: “O Governo já se inteirou da forma como é feita a gestão no edifício onde aconteceu o incêndio?”, perguntou. “Em relação aos problemas com os equipamentos de segurança no local do incêndio, será que o Governo tem a intenção de lançar uma investigação ao sucedido, para apurar deficiências de gestão?”, questionou. Problemas mais profundos Lo Choi In destacou igualmente que os problemas dos equipamentos de segurança nos edifícios de Macau não são incomuns e recordou o caso na Areia Preta, em 2019, com o Edifício Jardim Kong Fok Cheong. “Soube-se que, nessa altura, a gestão do edifício era extremamente deficiente, pois as portas corta-fumo de muitos andares estavam seriamente danificadas, os extintores tinham expirado há 10 anos, a iluminação das saídas de emergência não funcionava correctamente e as escadas dos andares estavam cheias de objectos diversos”, recordou a deputada. “Pior ainda, quando o incêndio deflagrou, não só o sistema de alarme de incêndio do edifício não soou, como também o sistema de abastecimento de água para incêndios falhou, tendo sido difícil apagar o fogo durante algum tempo na ausência de abastecimento de água, mas, felizmente, os vizinhos telefonaram uns aos outros nessa altura”, complementou. Tendo em conta estas problemas recorrentes, a deputada quer saber se o Governo vai intensificar a fiscalização dos diferentes edifícios e obrigar os condomínios a cumprirem as exigências de segurança.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Segundo mês de maior utilização O Metro Ligeiro transportou uma média diária de 27.100 passageiros em Fevereiro, que coincidiu com parte dos dias dos feriados do Ano Novo Lunar. No total, foram transportados cerca de 758,8 mil passageiros. Os números foram divulgados ontem no portal da empresa. Em comparação com o mês anterior, registou-se um aumento diário de 1.800 passageiros, dado que em Janeiro a média por dia tinha sido de 25.300 passageiros. Estes números representam o segundo mês com maior utilização do metro desde a abertura. Até agora, a maior média de utilização aconteceu em Dezembro de 2019, quando viajaram em média 33 mil pessoas por dia neste meio de transporte. Todavia, nesse mês, o primeiro de funcionamento, as viagens eram gratuitas, e apenas era possível circular na Taipa. Actualmente, a rede do metro permite viajar para a Barra, Ilha da Montanha e Seac Pai Van.
Hoje Macau SociedadeÓbito | Faleceu empresário Jorge Ferro Ribeiro Jorge Ferro Ribeiro, presidente do conselho de administração da empresa de investimentos Geocapital e histórico parceiro de Stanley Ho, morreu no sábado, na Herdade em Montargil, de acordo com a informação do Jornal Económico. Segundo a publicação o investidor e representante dos interesses de Stanley Ho em Portugal, Jorge Ferro Ribeiro foi presidente da empresa Construções Técnicas, que também operava em Macau, e da Interfina, grupo com diversos negócios, entre os quais de consultoria e gestão. A Geocapital é uma empresa resultante de uma parceria entre os herdeiros de Stanley Ho e o empresário Jorge Ferro Ribeiro. Em 2005, esteve envolvida na compra pela TAP da entretanto rebatizada de TAP Engenharia e Manutenção, mas que na altura se chamava VEM. A Geocapital apresentava Macau e os seus investidores a empresas de outros países, e tentava também aproximar as várias empresas desses países, utilizando as suas ligações. Recorda também o Jornal Económica, que no início dos anos 90, Stanley Ho e Ferro Ribeiro estabeleceram um consórcio com três gigantes das telecomunicações, de França, Alemanha e Hong Kong, e tentaram obter uma das primeiras licenças para operar uma rede de telemóveis em Portugal. No entanto, na altura, perderam para a TMN, que obteve a primeira licença, e para a Telecel, que garantiu a segunda.
João Luz Manchete SociedadeHabitação económica | Arranca escolha de 3.000 apartamentos O primeiro grupo de famílias seleccionadas para comprar um apartamento de habitação económica do concurso de 2019 começa hoje a escolher as fracções. O Instituto de Habitação vai dar tempo aos compradores para contraírem empréstimos, não sendo necessário fazer pagamentos no momento da assinatura do contrato-promessa As casas estão prontas desde Setembro de 2024, acrescentando três edifícios de Habitação Económica na Zona A dos Novos Aterros, e a partir de hoje podem ser escolhidas pelas famílias seleccionadas no concurso público que arrancou em 2019. Este concurso, o último realizado ao abrigo da antiga “Lei da habitação económica”, terminou na semana passada com a selecção de 2.993 agregados candidatos pelo Instituto de Habitação (IH). Os apartamentos que vão ser escolhidos situam-se na Zona A dos Novos Aterros. São, no total, 3.017 fracções distribuídas por três prédios: o Edifício Tong Seng (Lote B4), Edifício Tong Chong (Lote B9) e o Edifício Tong Kai (Lote B10). Separando por tipologia, os agregados selecciondos pelo IH podem escolher entre 760 apartamentos T1, 1.000 T2 e 1.257 da tipologia T3. Segundo informação divulgada ontem pelo IH, o organismo está a notificar, por grupos, os agregados familiares habilitados do concurso de habitação económica sobre a escolha das fracções, com o primeiro grupo a ser chamado hoje à sede do IH para escolher os apartamentos. Como deve ser Além das notificações, o IH está a enviar ofícios sobre a escolha de fracções, acompanhados de tabelas com os preços de venda. Recorde-se que o preço médio de venda das fracções aos lotes em questão ronda as 35.600 patacas por metro quadrado. Além disso, os compradores não podem vender as casas durante um período de 16 anos, e depois de decorrido esse prazo têm de compensar o IH, “sendo o rácio bonificado entre 60 e 70 por cento”. Após a escolha dos apartamentos, os candidatos assinam o contrato-promessa de compra e venda dos imóveis, assim como documentos relacionados. “No momento da assinatura do contrato-promessa, não é necessário efectuar qualquer pagamento. O IH irá reservar o tempo suficiente para o tratamento das formalidades relativas aos empréstimos hipotecários pelos respectivos agregados familiares”, garantiu o IH. Depois de contraídos os empréstimos, os compradores são notificados para efectuar “o pagamento dos valores das habitações e o tratamento das formalidades relativas à recepção das chaves das fracções”, acrescentou o IH. Os candidatos seleccionados podem consultar na página oficial do IH os diversos modelos e preços dos apartamentos, ou visitar os andares modelo no Edifício Mong Tak da Habitação Social de Mong Há, para conhecer “tipologias e materiais utilizados” nas fracções.
Hoje Macau Manchete SociedadePIB | Economia de Macau cresceu 8,8% em 2024 O produto interno bruto de Macau cresceu 8,8 por cento em 2024, em comparação com o ano anterior, apoiado pelo aumento da indústria do jogo e da procura interna. Por outro lado, a despesa do Governo desceu 5,1 por cento face a 2023, com o fim dos cartões de consumo O produto interno bruto (PIB) atingiu, no ano passado, 403,3 mil milhões de patacas, “equivalendo a 86,4 por cento do volume económico do ano 2019”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado. O valor do PIB no fim do ano passado representou um crescimento anual de 8,8 por cento face a 2023. “As exportações de serviços e a procura interna (incluindo a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do Governo e o investimento) cresceram 9,2 e 2,3 por cento, respectivamente, em termos anuais”, lê-se na mesma nota. Em relação ao crescimento das exportações de serviços, a DSEC salienta o impulso dado pelo aumento anual de 23,8 por cento do número de entradas de visitantes registado em 2024. O factor determinante para a evolução positiva do PIB foi o aumento de 21,8 por cento das exportações de serviços do jogo ao longo do ano passado. Crescimento que contrastou com descida anual de 6,1 por cento das exportações de outros serviços turísticos, “devido à base de comparação relativamente elevada do ano 2023”. Ainda assim, neste capítulo, o registo de 2024 representou um crescimento de 13 por face a 2019. A DSEC referiu ainda que o comércio externo de mercadorias e as exportações e importações de bens caíram, no ano passado, respectivamente, 14,5 e 7,6 por cento, quando feita uma comparação com 2023. Ainda de acordo com os dados, o consumo privado em 2024 aumentou 4,9 por cento, em termos anuais, “graças à recuperação contínua das actividades económicas e à ininterrupta estabilidade do mercado de trabalho”. A DSEC revelou também que “o PIB per capita, que mede o valor médio dos bens e serviços produzidos por pessoa, foi de 587.922 patacas”, valor que representa uma subida de 7,6 por cento em relação a 2023. O outro lado No sentido contrário, a despesa do Governo caiu, no período em análise, 5,1 por cento, após o fim de medidas de apoio económico, lançadas para aliviar o impacto da pandemia, com a DSEC a salientar as rondas de cartão do consumo lançadas até 2023. No sector público, o investimento em equipamento subiu 1,2 por cento, face a 2023, enquanto o investimento em construção caiu 10 por cento, “devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura”, lê-se na nota. No que diz respeito ao privado, o investimento em equipamento cresceu 31,1 por cento e em construção subiu 5,1 por cento, em termos anuais. Já no último trimestre de 2024, o PIB de Macau aumentou 3,4 por cento, face ao mesmo período de 2023. A DSEC destacou que a procura interna e as exportações de serviços tiveram acréscimos homólogos de 2,8 e 2,1 por cento, respectivamente. João Luz / Lusa
Hoje Macau SociedadeISAF | Recolhido medicamento do São Januário O Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF) mandou recolher um lote do medicamento antiviral, “ZOVIRAX IV INFUSION INJ 250MG”, produzido pela italiana “GlaxoSmithKline Limited”, depois da descoberta de “partículas em forma de vidro num dos seus frascos”. O lote do medicamento afectado foi fornecido apenas ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, que parou “imediatamente” de o utilizar. O medicamento destina-se apenas aos doentes internados, para tratar infecções por herpes simplex e varicela-zóster. As autoridades acrescentam não terem recebido “nenhuma notificação de caso de indisposição após o consumo do medicamento”. Segundo o fabricante, não há provas de que outros produtos do mesmo lote tenham sido afectados.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Desemprego cai para mínimo histórico de 1,6% A taxa de desemprego em Macau caiu para 1,6 por cento entre Novembro e Janeiro, um mínimo histórico desde que começaram a ser divulgados dados sobre o desemprego, em 1992. Também a taxa de desemprego de residentes bateu recorde fixando-se nos 2,1 por cento No período entre Novembro e Janeiro, a taxa de desemprego desceu para 1,6 por cento, o valor mais baixo desde que a DSEC começou a recolher dados sobre o desemprego em Macau, em 1992, ainda antes da transição de administração do território, de Portugal para a China. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), depois de sete meses seguidos a rondar 1,7 por cento, o indicador caiu 0,1 pontos percentuais em relação ao período anterior, entre Outubro e Dezembro. Num comunicado, a DSEC explicou que a redução da taxa se deve “principalmente ao Ano Novo Chinês ter originado a redução do número de indivíduos à procura de emprego, a qual levou à diminuição do número de desempregados”. O sector dos casinos contratou mais 900 pessoas entre Novembro e Janeiro, atingindo uma mão-de-obra de 72.500, enquanto o comércio por grosso e retalho também contratou mais 200 pessoas. Macau recebeu em Janeiro quase 3,65 milhões de visitantes, mais 27,4 por cento do que no mesmo mês de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre, enquanto as receitas do jogo caíram 5,6 por cento em termos anuais. Reforços do exterior Também os números do subemprego caíram, com os subempregados a cair 700 pessoas para um total de 5.000 entre Novembro e Janeiro, face ao período anterior, com a taxa de subemprego a cair ligeiramente para 1,3 por cento. A DSEC indica que a maior parte dos subempregados durante o período em análise pertencia aos ramos “das actividades imobiliárias e serviços prestados às empresas”. Nos últimos três meses, a taxa de desemprego caiu para um mínimo histórico, apesar da mão-de-obra vinda do exterior, incluindo no Interior da China, ter aumentado em quase 5.900 durante o ano de 2024. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais em 5 de Fevereiro, Macau empregava no final de Dezembro mais de 182.500 trabalhadores migrantes. Um número ainda assim longe do pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, antes do início da pandemia de covid–19. Aliás, a taxa de desemprego entre os habitantes com estatuto de residente caiu ainda mais, 0,2 pontos percentuais em relação ao período anterior, entre Outubro e Dezembro, para 2,1 por cento, valor que é também um mínimo histórico. Entre Novembro e Janeiro, o número de residentes desempregados encolheu em cerca de 500, para 6.200, o valor mais baixo desde há 27 anos. Desde 1998, no entanto, a população de Macau aumentou 61,5 por cento, para 686.600 no final de Setembro, de acordo com mais recente estimativa da DSEC.