João Santos Filipe Manchete SociedadeConsulado | Atendimentos prioritários sem marcação voltam hoje A medida foi explicada com a dificuldade de alguns utentes no uso de novas tecnologias e com o fim das longas filas de espera do período pós-pandemia. Porém, a marcação online vai continuar a ser a ferramenta principal para a maior parte das pessoas O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong vai voltar a atender pessoas sem marcação para tratar de assuntos relacionados com cartão de cidadão ou passaporte. A informação foi divulgada através de um comunicado publicado no sábado nas redes sociais. A medida abrange apenas as pessoas consideradas prioritárias. Face às novas medidas de gestão, a partir de hoje passa a haver 16 vagas diárias, disponíveis entre as 13h30 e as 16h, que são ocupadas “por ordem de chegada”. De acordo com o comunicado do consulado, as marcações destinam-se a idosos, pessoas com deficiência ou incapacidade, mulheres grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo. Os critérios para definir os cidadãos com direito a atendimento prioritário resultam do Decreto-Lei nº 58/2016, de 29 de Agosto. Consideram-se crianças de colo as que têm até dois anos de idade. No que diz respeito a “pessoas com deficiência ou incapacidade”, exige-se um nível de incapacidade igual ou superior a 60 por cento. Finalmente, as pessoas idosas são as que têm 65 anos ou mais e apresentem “evidente alteração ou limitação das funções físicas ou mentais”. As senhas só podem ser levantadas pelo utente que vai usufruir do serviço: “Note-se que as senhas só serão distribuídas aos próprios utentes, e não a terceiros”, foi destacado. Dificuldades online O regresso dos atendimentos sem marcação foi justificado com o facto de o pico da procura pós covid-19 ter sido ultrapassado e por vários utentes enfrentarem dificuldades para fazerem as marcações online. “Alguns utentes, sobretudo idosos, têm transmitido aos nossos serviços algumas dificuldades e desconforto com o uso de tecnologias e ferramentas digitais”, foi indicado. “Esta medida visa, essencialmente, proporcionar um atendimento mais simples aos utentes que têm dificuldades no uso das ferramentas e aplicações informáticas, e mantém-se o princípio geral de marcação da grande maioria das vagas através da plataforma (www.cgportugal.org), pois constitui a forma comprovadamente mais eficaz e transparente de gestão das vagas”, foi justificado. Além disso, mantem-se disponível o apoio, no balcão da recepção, para a marcação de atendimentos na plataforma e o endereço de correio electrónico info.macau@mne.pt para casos de urgência. No comunicado foi também explicado que a medida pode ser agora introduzida depois de no período pós-pandemia ter havido “uma procura inédita” pelos serviços do consulado, com a instituição a reconhecer que o período de espera para a emissão e renovação de cartões do cidadão e passaportes chegou a ser de seis meses.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Convenções e exposições a crescer 34,5% Na primeira metade do ano o território recebeu 702 convenções e exposições o que representou um crescimento de 34,5 por cento dos eventos realizados em termos anuais. De acordo com os dados da Direcção Serviços de Estatística e Censos (DSEC) este ano foram realizados mais 180 eventos em comparação com o período homólogo. A DSEC indicou também que, em comparação com a primeira metade de 2019, o último ano antes dos efeitos da pandemia, houve uma recuperação de 95,6 por cento do número de convenções e exposições, que na primeira metade de 2019 tinha sido de 734 eventos. A DSEC estimou ainda que na primeira metade de 2024 as receitas económicas não jogo ligadas às convenções e exposições atingiram 47 mil milhões de patacas, mais 35,8 por cento, face ao período homólogo, quando se tinham cifrado em 1,82 mil milhões de patacas. Apesar de haver mais eventos, registou-se um menor número de visitantes. Segundo a DSEC, no primeiro semestre do ano o número de participantes e visitantes fixou-se em 479 mil, menos 29,1 por cento, em termos anuais. Em relação aos temas em discussão, o número de eventos sobre comércio e gestão foi o mais elevado (260), representando 37,0 por cento do total. Houve ainda 93 eventos de turismo, 77 de tecnologias de informação e 75 de finanças, o que representou 13,2 por cento, 11,0 por cento e 10,7 por cento do total, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeLai Chi Vun | Novas obras em 2025 O Instituto Cultural (IC) espera desenvolver, no próximo ano, a segunda fase dos projectos de revitalização dos estaleiros de Lai Chi Vun, nomeadamente os lotes X5 ao X10. Depois destas obras, que passam pela “reabilitação estrutural e de construção das infra-estruturas”, serão ainda acrescentadas instalações ligadas ao turismo cultural. Actualmente, está a ser executada a segunda fase dos projectos de revitalização dos estaleiros X11 ao X15, estando a ser aditados “elementos interactivos multimédia” e mais “instalações de lazer com características próprias, espaços de diversão para pais e filhos, espaços para espectáculos ao ar livre e restauração e gastronomia”. As obras relativas aos estaleiros X11 e X15 deverão terminar ainda este ano, diz o IC numa resposta à interpelação escrita do deputado Ma Io Fong.
João Luz Manchete SociedadeChuva | Estrada abate e árvore cai em cima de templo As fortes chuvadas que se abateram sobre Macau na manhã de ontem provocaram o abatimento de uma estrada na Zona A, abrindo uma cratera com três metros de profundidade. Na Areia Preta, o Templo de Tin Hau voltou a ser atingido por uma árvore. O tempo de trovoada e chuvas fortes vai continuar a fustigar Macau nos próximos dias Chuva forte não foi a única coisa a cair ontem em Macau. Na manhã de ontem, por volta das 10h30 da manhã, a recém-construída via na Avenida Doutor Ma Man Kei, perto da Rotunda de Hou Kong na Zona A dos Novos Aterros, abateu criando uma cratera com três metros de profundidade e seis metros de largura. Uma equipa do Corpo de Bombeiros acorreu ao local, sem que tenha havido registo de feridos ou veículos afectados. Um comunicado da Direcção dos Serviços das Obras Públicas (DSOP) indicou que “na manhã do dia 15 de Agosto, no período de emissão do sinal vermelho de chuva intensa, estava em curso a obra da galeria técnica no estaleiro vedado, situado na Rotunda de Hou Kong e Avenida Doutor Ma Man Kei da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, tendo ocorrido o desmoronamento de terra num pavimento”. As autoridades afirmaram que não houve feridos, ou estragos nas máquinas de construção, nem impacto na circulação de veículos nas vias públicas. A DSOP pediu à empresa de construção e à empresa de fiscalização mais atenção às condições meteorológicas durante a execução dos trabalhos. Não muito longe do pedaço de estrada engolido, um edifício classificado não foi poupado às sequelas da intempérie. O Templo de Tin Hau, na Rua dos Pescadores, voltou a ser atingido por uma árvore antiga, que esmagou um altar no exterior do templo. O Instituto Cultural e o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) enviaram equipas para o local para se inteirarem da situação e, depois de uma inspecção preliminar, concluíram que a estrutura principal do templo não ficou danificada. Águas mil A árvore estava na Lista de Salvaguarda de Árvores Antigas e de Reconhecido Valor desde Novembro de 2020 e desde então a sua condição foi sempre considerada problemática, obrigando a manutenção no ano passado. Desta vez, o IAM encontrou vestígios de doença fúngica no tronco e problemas na raiz que terão enfraquecido a árvore ao ponto de não resistir à chuvada desta manhã. Em Junho do ano passado, o Templo de Tin Hau foi atingindo por ramos de uma árvore antiga que danificou parte do telhado. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicaram ontem que Macau está sob a influência de um vale depressionário, que nos próximos dias o território será afectado por aguaceiros por vezes muito fortes e trovoadas ocasionais. As previsões apontam para a continuação do mau tempo até ao meio da próxima semana. Durante a manhã de ontem, até ao meio-dia, a precipitação na península de Macau chegou aos 72,8 milímetros, na Taipa 70,4 milímetros e 44,4 milímetros em Coloane. Coutinho atento O deputado Pereira Coutinho afirmou numa publicação nas redes sociais que irá acompanhar de perto o incidente do aluimento da estrada na Zona A dos Novos Aterros e que recebeu muitas opiniões e preocupações de residentes. “Um engenheiro que me contactou referiu a falta de tempo suficiente para assentar antes de proceder à construção de edifícios. Neste momento, há que averiguar as causas por uma entidade independente e credível e apurar as devidas responsabilidades porque é um caso muito grave e elevado risco para a segurança das pessoas e evitar que casos idênticos voltem a repetir.”
Hoje Macau SociedadeHabitação | Rendas subiram 1,7% no segundo trimestre A renda média por metro quadrado de fracções habitacionais subiu 1,7 por cento no segundo trimestre deste ano, em relação aos primeiros três meses do ano, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). As zonas onde os preços subiram mais foram Coloane (+5,5 por cento), Novos Aterros da Areia Preta (+4,6 por cento) e NAPE e Praia Grande (+2 por cento). A média das rendas foi equilibrada com as descidas na Baixa de Macau (0,4 por cento) e zona da Rua da Barca (0,2 por cento). Em termos de área útil, as rendas médias do escalão inferior a 50 metros quadrados e as do escalão dos 50 aos 99,9 metros quadrados subiram 1,7 e 1,9 por cento, respectivamente, em termos trimestrais. Apesar de o comércio já ter vivido dias melhores em Macau, as rendas das fracções para lojas e espaços comerciais subiram 0,6 por cento entre o primeiro e o segundo trimestre. As zonas com maiores aumentos foram a Baixa de Macau (+3,5 por cento) e Areia Preta e Iao Hon (+1,9 por cento). A DSEC explica a subida das rendas com a não renovação de bastantes contratos de arrendamento de valor mais baixo durante o trimestre em análise. Em termos anuais, as rendas das habitações aumentaram 3,8 por cento no segundo trimestre, enquanto as rendas das lojas e fracções industriais subiram 1,6 e 1,5 por cento em relação ao segundo trimestre de 2023. Já as rendas dos escritórios diminuíram 2,1 por cento.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Três feiras com 308 vagas entre 22 e 26 de Agosto A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três sessões de feiras de emprego, disponibilizando um total de 308 vagas, nos dias 22, 23 e 26 de Agosto, para os sectores da hotelaria, entretenimento e venda a retalho. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, as inscrições para as três sessões abrem hoje e os interessados podem inscrever-se no website da DSAL até ao meio-dia de 21 de Agosto. A primeira sessão está marcada para a manhã de 22 de Agosto, com a oferta de 209 vagas para a indústria da hotelaria para cargos como gerente de restaurante, gerente assistente de restaurante, supervisor de serviços de restauração, barista, agente de serviços de restauração, mestre de cozinha, cozinheiro e supervisor sénior. Na parte da tarde do dia seguinte, serão disponibilizadas 57 ofertas também para o sector hoteleiro. Na manhã de 26 de Agosto, será a vez dos sectores de lazer e entretimento e da venda a retalho, com 42 ofertas de emprego para empregado de loja, vendedor e empacotador. A primeira sessão terá lugar no Hotel Grand Lisboa Palace, a segunda no Hotel Okura Macau e a terceira no edifício da FAOM na Rua da Ribeira do Patane nº 2-6.
João Santos Filipe Manchete SociedadeGalaxy | Lucros de 4,39 mil milhões em seis meses Em comparação com o período homólogo, os lucros aumentaram 51,8 por cento, reflectindo o crescimento das receitas em 5,75 mil milhões de dólares de Hong Kong Na primeira metade do ano a Galaxy obteve lucros de 4,39 mil milhões de dólares de Hong Kong, de acordo com os números divulgados através da Bolsa de Hong Kong. Os lucros da concessionária de jogo registaram um aumento de 51,8 por cento, face ao período homólogo, quando tinham sido registados 2,90 mil milhões de dólares de Hong Kong. “Ao longo do semestre continuámos a desenvolver todos os segmentos do nosso negócio e a melhorar ainda mais os nossos resorts”, escreveu Lui Che Woo, presidente do grupo, numa carta divulgada com os resultados. “Estamos muito satisfeitos por relatar que tanto no segundo trimestre como na primeira metade do ano, os nossos hotéis registaram uma taxa de ocupação de praticamente 100 por cento”, acrescentou. Os lucros da Galaxy reflectem um aumento das receitas que cresceram de 15,72 mil milhões de dólares de Hong Kong para 21,47 mil milhões de dólares de Hong Kong, uma diferença de 5,75 mil milhões. As receitas brutas com os casinos da concessionária subiram para os 19,97 mil milhões de dólares de Hong Kong, face aos 13,73 mil milhões de dólares de Hong Kong. Também as despesas com “comissões e incentivos” registaram um crescimento, para 3,19 mil milhões de dólares de Hong Kong. Na primeira metade do ano passado, os gastos com “comissões e incentivos” tinham sido de 1,82 mil milhões de dólares de Hong Kong. Como resultado, as receitas líquidas do jogo subiram para 16,78 mil milhões de dólares de Hong Kong, quando no período homólogo tinham sido de 11,92 mil milhões. Em termos da hotelaria, a subida foi menos significativa. Na primeira metade deste ano, houve um crescimento de aproximadamente 700 milhões de dólares de Hong Kong, de 2,30 mil milhões para 3,09 mil milhões. Além do negócio da hotelaria e do jogo, a Galaxy dedica-se à venda de materiais de construção. Neste segmento, as receitas foram de 1,61 mil milhões de dólares. Também a venda de materiais de construção melhorou face ao período entre Janeiro e Junho do ano passado, quando as receitas tinham sido de 1,51 mil milhões de dólares de Hong Kong. Novo hotel em 2025 Em relação ao futuro mais próximo da concessionária de jogo, voltou a ser assumido o compromisso de abrir o hotel de luxo Capella a meio do próximo ano. O hotel Capella vai ter 17 andares e cerca de 100 villas e suites de luxo. Ao longo do ano, a Galaxy vai ainda desenvolver a capacidade do Centro Internacional de Convenções Galaxy, da Galaxy Arena e dos hotéis Raffles e Andaz. “Estamos firmemente concentrados no desenvolvimento da Fase 4, que já está a decorrer”, pode ler-se no comunicado dos resultados. “A Fase 4 tem aproximadamente 600.000 metros quadrados metros quadrados de desenvolvimento e está programada para ser concluída em 2027”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeFM | Candidaturas a planos de apoio terminam amanhã Termina amanhã, às 17h30, o prazo de entrega de candidaturas para a atribuição de apoio financeiro aos três planos (“Projectos académicos”, “Actividades comunitárias” e “Intercâmbios”) da Fundação Macau. A instituição liderada por Wu Zhiliang abriu as candidaturas a 15 de Julho, indicando que este ano irá “reforçar a avaliação da qualidade das actividades ou projectos candidatos, nomeadamente quanto aos benefícios sociais proporcionados, tomando como referência mais indicadores técnicos como grau de inovação das actividades ou projectos candidatos e compatibilidade com as linhas de acção governativa”. Os fundos destinam-se a financiar despesas de funcionamento de associações, projectos académicos, actividades comunitárias como “palestras, workshops, colóquios, acções de formação, exposições, concursos, publicações, actividades integradas nos bairros comunitários e festivais de grande escala nos bairros comunitários”. Na categoria “Intercâmbios”, são elegíveis projectos de visita ao “Interior da China, Hong Kong, Taiwan e outros países ou regiões”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeKam Pek | Centro comunitário revitalizado com espaço gastronómico O Centro Comunitário Kam Pek, local histórico na avenida Almeida Ribeiro, será revitalizado com o estabelecimento de um mercado gastronómico e espaço de retalho. O projecto da Sociedade de Jogos de Macau foi ontem apresentado, esperando-se a participação das empresas locais No local onde hoje existe o antigo Centro Comunitário Kam Pek, na avenida Almeida Ribeiro, irá nascer o “Kam Pek Market”, um novo mercado gastronómico e de lojas de retalho que pretende atrair as atenções das pequenas e médias empresas (PME) do território. O projecto, anunciado ontem pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM), inclui-se no “Plano de Revitalização da Avenida de Almeida Ribeiro”, desenvolvido em colaboração com o Instituto Cultural, Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico e Tecnológico e ainda a Direcção dos Serviços de Turismo, entre outras entidades governamentais e associações locais ligadas ao sector económico. Segundo um comunicado, a SJM pretende transformar o Kam Pek “num vibrante centro gastronómico e cultural” na Almeida Ribeiro, disponibilizando a quem o visita “uma gama diversificada de restaurantes internacionais casuais, lojas de moda, espaços de entretenimento e ainda elementos artísticos e culturais”. Será realizado um concurso para atribuir dez espaços no novo mercado, sendo que, numa primeira fase, irão abrir dez espaços gastronómicos no rés-do-chão e primeiro andar, com data de abertura prevista para meados de Dezembro deste ano e Ano Novo Chinês em 2025. Além disso, serão convidadas marcas gastronómicas e de restauração para explorarem cinco espaços adicionais. Numa fase posterior, serão anunciados os detalhes para a exploração de espaços no segundo andar. Para participarem no concurso, as empresas devem ter “estratégias operacionais, experiência relevante na área” e estarem elegíveis conforme os critérios definidos. As propostas podem começar a ser apresentadas amanhã, encerrando-se o concurso a 6 de Setembro. Art Déco e companhia O futuro “Kam Pek Market” irá incorpoar “elementos estruturais de estilo Art Déco”, a fim de se criar “um ambiente descontraído que possa atrair jovens clientes”, garantindo-se o respeito pelas características patrimoniais da zona, nomeadamente “o papel do edifício como centro de entretenimento e lazer da comunidade”. Espera-se ainda que a SJM venha a operar a sua própria marca de comidas e bebidas no mercado, “trabalhando lado a lado com as PME para criar um destino gastronómico para os habitantes locais e visitantes”, pode ler-se. Será ainda criada uma área de consultoria intitulada “Instituição PME-SJM”, a fim de “apresentar aos participantes uma série de seminários e workshops temáticos”. Daisy Ho, directora-executiva da SJM disse que se pretende criar, com este projecto, um “plano de operações ‘one stop’ com melhor rácio custo-benefício para as PME e instalações aperfeiçoadas, o que faz com que as PME possam reduzir custos operacionais”. Cada espaço pode funcionar até um ano, sendo que o tempo mínimo de exploração é de seis meses. Os comerciantes necessitam de depositar uma caução de cinco mil dólares de Hong Kong para arrancar com a actividade, com a renda cobrada a ser de dez por cento do volume mensal de negócios. Um comerciante, de apelido Cheong, lembrou que os negócios locais “continuam a estar numa situação difícil, mas isso não acontece numa zona específica, mas em toda a Macau”. Tal resulta, disse, “numa fraca capacidade de consumo, independentemente dos turistas ou dos residentes”. “É bom que as concessionárias de jogo possam revitalizar estas zonas e atrair não apenas turistas ou residentes, mas beneficiar também as PME. Há uma grande diferença entre operar um negócio num mercado e pagar a renda de uma loja”, disse Cheong, que tem uma loja na Rua do Campo. Chan Meng Kei, presidente da Associação de Mútuo Auxílio dos Moradores da Avenida Almeida Ribeiro, defendeu que o “Kam Pek Market” irá “atrair um maior fluxo de visitantes para a baixa da cidade, em direcção à Ponte 16, fazendo com que possam visitar os bairros nas proximidades”.
Hoje Macau SociedadeJogos | Impostos rendem 51,6 mil milhões até Julho Até Julho, as receitas do orçamento da RAEM com os impostos dos jogos de fortuna ou azar atingiram 51,6 mil milhões de patacas, de acordo com os dados da Direcção de Serviços de Finanças (DSF). O montante representa um crescimento de 18,9 milhões mil milhões de patacas em comparação com o ano passado, quando até Julho as receitas com os impostos tinham sido de 32,7 mil milhões de patacas. Em termos geral, as receitas totais do orçamento foram 61,5 mil milhões de patacas, um aumento superior a 10 mil milhões face a 2023. Por seu turno, as despesas totais cresceram para 52,2 mil milhões de patacas, com comparação com os 47,7 mil milhões de patacas gastos nos primeiros sete meses do ano passado. Tendo em conta as receitas e as despesas, até Julho o orçamento da RAEM apresenta um excedente de 9,3 mil milhões de patacas, um aumento face ao excedente de 3,5 mil milhões de patacas do período homologo.
Hoje Macau SociedadeCâmbio ilegal | Lawrence Ho admite impacto de criminalização Na apresentação dos resultados da concessionária Melco, o presidente e CEO da empresa, Lawrence Ho, admitiu que a criminalização das trocas ilegais de dinheiro vai ter “algum impacto” na liquidez dos casinos, mas afirmou que a mudança não é uma surpresa. “Acho que este assunto da troca de dinheiro não é novo, está a ser discutido há mais de um ano. Por isso, não é uma surpresa para nós, mas claro que vai ter algum impacto em termos da liquidez dos jogadores”, afirmou o empresário. “No entanto, acho que o assunto mais relevante foi uma ligeira redução da procura em Junho, apesar de termos visto o regresso do crescimento em Julho. Também Agosto teve um bom começo”, acrescentou. Ho explicou a redução ligeira da procura em Junho com o Campeonato Europeu de Futebol, que decorreu entre Junho e Julho. Em relação às vendas a retalho nos hotéis-casinos, Lawrence Ho reconheceu que a procura ainda é “muito fraca”, à semelhança do que disse estar a acontecer em Hong Kong e no Interior. Lawrence Ho deixou ainda o desejo de que a economia chinesa recupere rapidamente do período que atravessa. No que diz respeito aos resultados, a Melco obteve lucros de 36,6 milhões de dólares americanos no primeiro semestre, anunciou a empresa, que no período homólogo de 2023 reportou prejuízos. Entre Janeiro e Junho do ano passado, a Melco tinha registado um prejuízo de 104,7 milhões de dólares. Numa análise trimestral, a empresa também apresentou uma tendência positiva, com os lucros a crescerem de 15,2 milhões de dólares, nos primeiros três meses de 2024, para 21,4 milhões de dólares, no segundo trimestre.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBNU | Lucros do primeiro semestre cresceram 12,2 milhões Pela primeira vez desde a pandemia, o Banco Nacional Ultramarino apresentou no primeiro semestre deste ano lucros superiores a 300 milhões de patacas. No entanto, a instituição reconhece ainda não ter controlado o aumento dos custos da digitalização Nos primeiros seis meses deste ano, os lucros do Banco Nacional Ultramarino (BNU) atingiram 300,6 milhões de patacas, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial e através de um comunicado da instituição. Os resultados não auditados mostram que pela primeira vez desde a pandemia os resultados da primeira metade do ano do BNU superaram a barreira dos 300 milhões de patacas. “O banco apresentou um lucro após impostos de 300,6 milhões de patacas, um aumento de 12,2 milhões de patacas ou 4,2 por cento em comparação com o mesmo período de 2023”, pode ler-se no comunicado emitido ontem. As taxas de juro mais elevadas foram o facto apontado para o aumento dos lucros. “O desempenho do banco foi sustentado por um aumento de 2 por cento na margem financeira, totalizando 9,5 milhões de patacas, devido a taxas de juros mais elevadas”, foi explicado. “Além disso, os lucros das operações financeiras aumentaram em 6,5 milhões de patacas em termos homólogos, principalmente devido à não recorrência de uma perda extraordinária resultante da alienação de investimentos financeiros ocorrida em 2023”, foi acrescentado. Os resultados mostram a tendência de aumento dos lucros do BNU no período pós pandemia, mas ainda não chegam aos níveis pré-pandemia. Na primeira metade de 2019, o último ano antes do impacto da pandemia da covid-19, o banco apresentou lucros de 366,8 milhões de patacas. Maiores receitas Na primeira metade de 2024, o BNU conseguiu receitas de 1.029,4 milhões de patacas, um aumento de 102,4 milhões de patacas em comparação com o período homólogo, em que as receitas tinham sido de 927 milhões de patacas. Durante os primeiros seis meses do ano, o banco apresentou despesas de 728,8 milhões de patacas, um aumento de 90,2 milhões de patacas em comparação com o período homólogo, quando as despesas tinham sido de 638,6 milhões de patacas. Em comunicado, o banco admitiu ainda não ter conseguido controlar os custos da digitalização, com pessoal e publicidade. “Iniciativas de poupança de custos, como a optimização de processos operacionais e a revisão da finalidade dos serviços, não foram suficientes para compensar totalmente o aumento dos gastos em digitalização, o aumento dos custos com pessoal e maiores despesas com publicidade”, foi indicado. “O banco reconhece a importância destes investimentos em digitalização, capital humano e marketing para melhorar a experiência dos clientes, aumentar a eficiência interna e adaptar-se à evolução digital […] Espera-se que estas despesas ajudem o banco a posicionar-se de forma mais eficaz no mercado e apoiar o seu crescimento e sustentabilidade no longo prazo”, foi justificado. Banco na Montanha Em relação aos planos de negócio, o BNU destaca o papel que pretende assumir em Hengqin (Ilha da Montanha), na senda das orientações do Governo, de se posicionar como uma ponte e ligação entre o Interior e os Países de Língua Portuguesa. “A sucursal do banco em Hengqin continua a atender às necessidades financeiras dos investidores de Macau e Hong Kong, incluindo tanto indivíduos como empresas, à medida que a Área da Grande Baía e a Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin continuam a desenvolver-se e a integrar-se. A sucursal visa facilitar ligações entre a China Continental, Macau e os Países de Língua Portuguesa, proporcionando apoio financeiro e contribuindo para o desenvolvimento de um ambiente empresarial diversificado tanto em Macau quanto na Área da Grande Baía”, foi indicado.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Receitas de 11 dias de Agosto acima de Junho e Julho Nos primeiros 11 dias deste mês, as receitas médias diárias dos casinos de Macau melhoraram face Junho e Julho, segundo as estimativas da JP Morgan. Apesar de manter a previsão de 19,5 mil milhões de patacas para este mês, os analistas ressalvam que a perspectiva pode ser conservadora e ultrapassada pelos resultados reais Depois de um arranque ao ritmo brando dos dois meses anteriores, Agosto parece ter entrado em velocidade de cruzeiro em termos de receitas brutas da indústria do jogo, de acordo com as estimativas dos analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific). Os analistas estimam que as receitas brutas dos primeiros 11 dias de Agosto tenham atingido 7,1 mil milhões de patacas, elevando as receitas médias diárias para 645 milhões de patacas. Este registo representa uma subida significativa, tendo em conta a estimativas apresentadas na semana passada para os primeiros seis dias do mês, com receitas médias diárias de 533 milhões de patacas, em linha com a performance de Julho. “Estes resultados indicam que o registo da semana passada melhorou sequencialmente para 657 milhões de patacas por dia, reflectindo uma procura sólida do mercado de massas para as férias do Verão, acima dos 590 a 600 milhões de patacas por dia entre Junho e Julho”, é referido na nota. Os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li indicam que no período em análise, as receitas brutas do segmento de massas ultrapassaram os níveis pré-pandémicos (110 por cento), enquanto o VIP baixou para cerca de 25 por cento em comparação com 2019. Com muita calma Apesar das boas perspectivas trazidas pela segunda semana deste mês, a JP Morgan mantém a previsão anterior que apontava para receitas brutas na casa dos 19,5 mil milhões de patacas, com receitas médias diárias entre 610 e 630 milhões de patacas. Os analistas ressalvam que as perspectivas podem ser um pouco conservadoras, a manterem-se as tendências semanais até ao fim do mês. Recorde-se que os casinos de Macau estão ainda a recuperar do pior mês deste ano, Junho, um período tradicionalmente afectado pela sazonalidade em jeito de ressaca depois do Maio abastado. Entre Junho e Julho, a indústria recuperou quase mil milhões de patacas em receitas, com 18,59 mil milhões de patacas no mês passado, face aos 17,69 mil milhões de patacas de Junho, um crescimento de 5,1 por cento.
Hoje Macau SociedadeDST | Alerta sobre perigo de terramotos no Japão A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) apelou aos residentes que se encontrem no Japão ou que vão viajar para se manterem atentos para a possibilidade de ocorrerem terramotos. O alerta foi deixado na manhã de ontem, dado que o Japão é um dos destinos turísticos favoritos dos residentes. “Na sequência dos avisos das autoridades japonesas sobre a eventual ocorrência de um mega terramoto em determinada área do país, a Direcção dos Serviços de Turismo alerta os residentes de Macau que se encontrem no Japão ou que planeiem deslocar-se àquele país para se manterem atentos e prestarem atenção às informações mais recentes divulgadas pelo governo nipónico”, foi indicado. “A DST alerta ainda os residentes de Macau que se encontrem no Japão para estarem atentos à evolução do terramoto, aos alertas meteorológicos e às informações sobre prevenção de desastres naturais, seguindo as medidas de prevenção e instruções de refúgio emitidas pelas autoridades japonesas, elevando a consciência de autoprotecção e reforçando a sua própria segurança”, foi acrescentado. No aviso, foi ainda deixada a indicação que “em caso de necessidade de assistência”, os residentes de Macau podem contactar a Linha Aberta do Turismo em funcionamento 24 horas 00853 2833 3000, a Linha Aberta Global de Emergência dos Serviços de Protecção e Assistência Consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, através do 0086-10-12308 ou 00 86 10 65612308, e ainda para a Embaixada da RPC no Japão 0081-3-6450-2195.
Hoje Macau SociedadeHabitação para idosos | Estacionamento público considerado caro A deputada Ella Lei defende que o Governo deve explicar a razão do estacionamento público para automóveis na habitação para idosos ter o custo de 8 patacas por hora durante o dia, e 4 patacas à noite. Num comunicado, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) considerou o preço excessivo e questionou o facto de os parques de estacionamento públicos mais recentes praticarem preços mais caros em comparação com os parques públicos antigos. Como exemplo dos parques mais caros, Ella Lei indicou o Parque de Estacionamento Público ao Ar Livre da Estrada Governador Albano de Oliveira, o Parque de Estacionamento Público do Edifício de Especialidade de Saúde Pública e o Parque de Estacionamento Público do Hospital Macau Union. A legisladora admitiu ainda ter recebido várias queixas de residentes das futuras habitações sociais na Avenida de Venceslau de Morais e nas habitações públicas na Zona A dos Novos Aterros Urbanos, porque os preços também são vistos como caros. “Além de considerar os custos operativos [na formação do preço], o Governo deve pensar em outros factores antes de tomar uma decisão prudentemente”, apontou Ella Lei. A deputada pede moderação nos preços estabelecidos pelo Executivo, para que este não seja responsável por “aumentar os custos de vida para a população” ou por “gerar a um aumento dos preços nos estacionamentos privados”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Governo acusado de desorientação por construção no Iao Hon Após suspender a construção de habitação intermédia na Avenida Wai Long, supostamente por falta de procura, o Governo anunciou a construção no Bairro do Iao Hon. A mudança está a causar polémica O novo projecto de habitação intermédia no Bairro do Iao Hon está a gerar dúvidas entre os deputados, que acusam o Executivo de desorientação política. No início do mês, na Assembleia Legislativa, o Governo admitiu ir construir habitação intermédia no Bairro do Iao Hon, no âmbito do projecto de renovação urbana para a zona. A habitação intermédia é financiada com dinheiros públicos e vendida aos residentes de “classe média”, cujos rendimentos são tidos como excessivos para poder comprar habitação económica. A também chamada “habitação sanduíche” é assim mais cara e supostamente tem mais qualidade do que a económica. Só que a revelação mais recente do Executivo apanhou alguns deputados de surpresa, que definem a política de habitação como “incoerente” ou “desorientada”. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Ron Lam admitiu não perceber o novo projecto, dado que o Executivo vai avançar para a construção de habitação intermédia no Iao Hon, depois há meses ter abdicado de construir habitação intermédia na Avenida Wai Long, na Taipa. Na altura, o projecto na Taipa foi suspenso com a justificação de que “não havia procura suficiente” para a habitação intermédia. Lam confessa não conseguir compreender como em “tão pouco tempo” surgiu uma procura tão grande que justifique a construção no Iao Hon. O membro da Assembleia Legislativa definiu ainda a mudança de posição do Governo como “pouco transparente”, dado que os fundamentos não foram explicados publicamente. Para Ron Lam, todas as alterações recentes mostram que a política de habitação do Governo está a falhar, porque não responde à expectativas da população de acesso a casas com qualidade e a preços moderados. Política “desorganizada” Por sua vez, Nick Lei, deputado ligado à comunidade de Fuijan, admitiu ao Jornal do Cidadão que o recente anúncio de construção no Iao Ho passou a imagem de que a política de habitação está “desorganizada”. Também Lei considerou pouco positivo o facto de a decisão para o Iao Hon ter sido tomada sem que tivesse havido qualquer informação ou explicação pública. Lei aponta que este aspecto é incompreensível porque a habitação é uma “questão essencial” para a população e qualquer alteração política tem “impacto na vida dos residentes”. O deputado deixou assim a esperança de que as autoridades revelem mais pormenores sobre o projecto, como o preço de venda, a área das habitações e que assegurem a existência de lojas, supermercados e outros equipamentos em quantidade suficiente para os futuros moradores.
Hoje Macau SociedadeEPM | Rita Santos fala em nova fase para a instituição Rita Santos, conselheira das Comunidades Portuguesas, disse esperar que a Escola Portuguesa de Macau (EPM) entre agora numa nova fase de tranquilidade, com um normal funcionamento da instituição de ensino, após o relatório do ministério português da Educação ter decidido que os professores e psicóloga demitidos devem ser novamente contratados. Segundo a TDM Rádio Macau, Rita Santos pediu que não haja uma perseguição aos profissionais novamente contratados, prometendo acompanhar o funcionamento da escola. Os professores Carlos Botão, Elsa Botão, Maria Alexandra e Manuela Dora Coelho voltarão a dar aulas na EPM depois do despedimento, bem como a psicóloga Isabel Marques, conforme decretado no relatório de inspecção.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST leva gastronomia e cultura portuguesas a Xi’an Dança folclórica, música e gastronomia portuguesas vão integrar a acção de promoção turística de Macau no noroeste da China, de 22 a 26 de Agosto, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). A Semana de Macau em Xi’an, capital da província de Shaanxi, vai levar espectáculos a uma popular praça pública no parque Qujiang, local com mais de 2.200 anos de história. Entre os espectáculos vão estar grupos de dança folclórica e bandas de música portuguesa, “para reflectir as características culturais chinesas e portuguesas de Macau”, acrescentou a DST, em comunicado. A Semana de Macau em Xi’an vai ainda abranger um festival gastronómico, entre 20 de Agosto a 1 de Setembro, num hotel da cidade chinesa, acrescentou, na mesma nota. Chefes de cozinha de Macau vão preparar um ‘buffet’ com pratos portugueses e macaenses, indicou a DST, referindo-se à gastronomia, considerada a primeira cozinha de fusão do mundo, da comunidade euro-asiática, com muitos lusodescendentes e raízes no território. O comunicado lembrou que os voos directos regulares entre Xi’an e Macau vão recomeçar a 20 de Agosto, pela primeira vez desde o fim da pandemia da covid-19. Desde 6 de Março que os residentes de Xi’an passaram a poder requisitar vistos individuais para Macau, medida que alargou para 51 as cidades da China abrangidas pelo programa. A DST, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin vão ainda procurar reunir empresários de Xi’an e de Macau. As três entidades vão organizar uma sessão de bolsa de negócios e uma conferência de promoção de eventos, para encorajar empresários das duas cidades a “explorar oportunidades de negócios em conjunto”, referiu a DST.
Hoje Macau SociedadeGalaxy | Plano de emprego e formação com 20 vagas A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Galaxy anunciaram ontem o lançamento do “Plano de Desenvolvimento de Elites GEC (Área dos Serviços de Resort Integrado e Operações de Hotelaria)”, que irá disponibilizar 20 vagas. O plano, cujo prazo de inscrição começa hoje e termina a 20 de Agosto, seguirá o regime de “primeiro contratação, depois formação”, possibilitando a “residentes de Macau que pretendem ingressar no sector dos serviços de lazer e turismo integrados”. A iniciativa oferece 15 vagas para “maître d’hôtel” e cinco para “agente dos serviços de resort”. Os candidatos admitidos irão receber formações profissionais, incluindo em contexto de trabalho, “formação de técnicas profissionais, formação em atendimento cinco estrelas ao cliente, inglês prático de Linguaskills da Cambridge (oral) – Curso de formação em conversação inglesa para o sector de prestação de serviços. Os candidatos irão também receber as devidas certificações profissionais. O bom desempenho nas acções de formação será reflectido na “progressão e ajustamento salarial”, garante a DSAL.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Criminalização de trocas de dinheiro vai abalar preço das acções Os analistas do banco de investimento Citigroup receiam que a criminalização das trocas ilegais de dinheiro contribua para afastar investidores do sector do jogo que dizem apresentar um ambiente fragilizado A decisão do Governo de propor a criminalização da troca ilegal de dinheiro para o jogo vai ter impacto no valor das acções das concessionárias e contribuir para um maior ambiente de incerteza à volta da principal indústria do território. O aviso foi deixado pelo banco de investimento Citigroup, num relatório citado pelo portal GGR Asia. “Na nossa opinião, as notícias sobre a decisão de criminalizar as actividades de troca de dinheiro pode criar ruído e levar a uma fragilização do valor das acções no curto prazo”, pode ler-se no relatório dos analistas George Choi e Ryan Cheung. O documento indica também que o impacto da medida vai reflectir-se na criação de um ambiente de incerteza sobre o jogo, aumentando a desconfiança dos investidores. “Apesar de a maior parte dos jogadores recorrer a meios legítimos para levar os fundos para Macau […] tememos que as notícias negativas sejam mais um factor de incerteza que pode causar danos num ambiente de investimento no sector jogo que já se encontra fragilizado”, foi argumentado. Apesar das notícias negativas, o relatório também indica que de acordo com as tendências mais recentes do mercado do turismo, “Macau continua a estar no entre o topo dos destinos exteriores preferidos para os turistas do Interior”. Mudança de planos Inicialmente, o Governo resistiu aos pedidos para avançar com a criminalização das trocas ilegais de dinheiro, por considerar que tinha os meios para lidar com o problema. No entanto, na sexta-feira foi tornado público que a mais recente versão da proposta de lei de combate aos crimes de jogo ilegal também passa a contemplar a criminalização das trocas de dinheiro. A alteração, que ainda tem de ser aprovada pela Assembleia Legislativa, acontece depois do Ministério da Segurança Pública do Interior ter realizado uma reunião, a 5 de Julho, em que declarou que a troca ilegal de dinheiro em Macau era uma das principais preocupações a nível da segurança do país. Com a criminalização, qualquer pessoa que troque ilegalmente dinheiro nos casinos arrisca-se a ter de cumprir uma pena de prisão que pode chegar aos cinco anos. Se a troca for realizada nas premissas dos casinos, existe uma presunção automática de que o dinheiro vai servir para jogar, pelo que durante o julgamento a acusação não vai precisar de fazer prova sobre este aspecto. De acordo com Chan Chak Mo, presidente da comissão da Assembleia Legislativa que está a discutir a proposta de lei, a criminalização deverá ser aprovada até ao final do ano civil.
João Santos Filipe SociedadeIncumprimento no crédito das PME dispara para nível recorde Na primeira metade do ano, o valor dos empréstimos não pagos pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) subiu para o valor recorde de 4,6 mil milhões de patacas, de acordo com os dados mais recentes da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Quando se compara o valor dos empréstimos não pagos nos primeiros seis meses deste ano com o montante referente à primeira metade do ano passado, observa-se um crescimento de 3,4 mil milhões de patacas, de 1,2 mil milhões de patacas para 4,6 mil milhões de patacas. Desde 2014, altura em que o portal da AMCM apresenta as primeiras estatísticas sobre o incumprimento pelas PME, nunca o valor tinha chegado aos 3 mil milhões de patacas. O recorde anterior foi batido na segunda metade do ano passado, quando o montante não pago era de 2,9 mil milhões de patacas, ou seja, no semestre anterior. Todavia, até ao final de 2022, os empréstimos não pagos das PME nunca tinham ultrapassado 700 milhões de patacas. Tendência mais geral O que também continua a subir é o rácio das dívidas não pagas, calculado pelo total dos empréstimos concedidos. Actualmente, 5,7 por cento dos empréstimos concedidos são considerados não pagos, o que significa que por cada 100 milhões de patacas emprestados, 5,7 milhões ficam por pagar. No final 2.º semestre do ano passado, o rácio dos empréstimos não pagos não ia além dos 3,5 por cento, ou seja, por cada 100 milhões de patacas emprestados, 3,5 milhões não era pagos. Também em termos do rácio existe um novo recorde, dado que desde 2014 até ao primeiro semestre de 2023, o rácio dos empréstimos não pagos pelas PME nunca tinha sido superior a 1 por cento. As estatísticas mostram também que o valor dos créditos concedidos está a diminuir. Na primeira metade do ano passado, o valor dos créditos aprovados era de praticamente 85 mil milhões de patacas, mesmo que nem todo o montante fosse utilizado. Nos primeiros seis meses desde ano, o montante dos empréstimos caiu para 81 mil milhões de patacas. A diferença foi explicada pela AMCM com o “reembolso de vários empréstimos de elevado montante”.
João Luz Manchete SociedadeEPM | Conselheiros das comunidades saúdam decisão do Governo Os conselheiros das comunidades portuguesas do círculo da China congratularam-se pelo “acompanhamento e apoio” do Governo “na resolução da situação vivida” na Escola Portuguesa de Macau nos “últimos dois meses e meio”. Além disso, deram conhecimento à DSEDJ e à DSAL do despacho do Governo português Os conselheiros disseram reconhecer no despacho do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que renovou os contratos de professores que haviam sido dispensados pela direcção da escola, “a vontade clara de resolver a questão de forma justa”, de acordo com um comunicado enviado às redacções. Na quarta-feira, o ministro renovou por mais um ano as licenças especiais de cinco colaboradores da Escola Portuguesa de Macau (EPM), dispensados em Maio pela direcção da escola, num despacho assinado por Fernando Alexandre. A decisão foi tomada na sequência de um relatório elaborado pela Inspecção Geral da Educação e Ciência (IGEC), depois de uma inspecção à EPM, realizada entre 12 e 25 de Julho. Os conselheiros do círculo da China (Tóquio, Seul, Banguecoque e Singapura) saudaram o que consideraram ser “a resolução da situação dos professores”, bem como “a compreensão da importância de assegurar” o ensino do Português como Língua Não Materna (PLNM) “no estrito respeito da legislação em vigor”, indicaram na mesma nota. Também destacaram “a definição dos mecanismos que permitirão monitorizar e assegurar o bom funcionamento dos órgãos administrativos e pedagógicos da EPM, garantindo um clima de trabalho com serenidade e confiança na instituição”. Comunicação local No relatório da IGEC concluiu-se que não existiram “critérios objectivos, imparciais e transparentes na cessação ou não renovação dos contratos com professores e nos novos recrutamentos de professores”, não tendo o director da EPM, Acácio de Brito, no cargo desde Dezembro, pedido previamente “ao órgão colegial de administração da entidade titular a emissão de critérios definidores ou de orientações”. O relatório pediu a intervenção reguladora do Estado português para restabelecer “o bom funcionamento da EPM e poder iniciar-se o ano lectivo de 2024/2025 em plena normalidade, essencial para garantir a permanência e a difusão da língua e da cultura portuguesas” em Macau. Entre outras conclusões, considerou ainda que a “incerteza e dúvidas criadas na comunidade escolar e nas comunidades locais servidas pela EPM pela forma como o Director lidou com a questão da propalada redução ou da eliminação da actividade lectiva do PLNM, dando ele próprio azo a esse clima de incerteza”. “Esta decisão do Ministro da Educação, Ciência e Inovação demonstra o seu empenho em preservar esta instituição tão prezada e digna da confiança da comunidade local, tal como tem acontecido ao longo de mais de 25 anos de existência”, assinalaram os conselheiros. No dia seguinte à divulgação do despacho assinado por Fernando Alexandre, o gabinete dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas do Círculo da China enviou missivas aos directores dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e Serviços de Assuntos Laborais (DSAL) a dar conta das renovações das licenças especiais dos cinco profissionais dispensados e agradecendo a atenção de apoio dados pelos órgãos da Administração ao caso. Na carta enviada ao director da DSEDJ, Kong Chi Meng, Rita Santos destaca que a decisão do Governo português assegura que a EPM “cumprirá integralmente a lei vigente na RAEM, nomeadamente no que diz respeito ao recrutamento de pessoal”. Na comunicação com a DSAL, Rita Santos pediu o acompanhamento do órgão liderado por Wong Chi Hong relativamente a um caso de uma professora de inglês da EPM, “residente permanente de Macau, contratada localmente e injustamente despedida, ao passo que uma trabalhadora não-residente com as mesmas funções foi mantida ao serviço da EPM”. Com Lusa
Hoje Macau SociedadeVenetian | G2E Asia entre 7 e 9 de Maio de 2025 A feira de jogo G2E Asia vai regressar a Macau no próximo ano, entre 7 e 9 de Maio, de acordo com um comunicado dos organizadores, a empresa Reed Exhibition. A data do evento é antecipada em cerca de um mês em relação ao evento deste ano. De acordo com os números dos organizadores, a edição de 2024 da feira G2E Asia atraiu a Macau mais de 6.300 profissionais ligados ao sector do jogo, com 65 por cento a serem considerados visitantes internacionais. “O evento conjunto apresentou uma mostra espectacular de mais de 100 expositores, distribuídos por 22.000 metros quadrados de espaço de exposição. Complementando o salão de exposições, houve duas linhas de conferências com mais de 30 sessões e uma impressionante lista de mais de 100 oradores”, pode ler-se no comunicado. “Esta convergência facilitou a troca de uma grande quantidade de conhecimentos e ideias entre os participantes”, foi acrescentado.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Trocas ilegais de dinheiro vão ser criminalizadas Após o Ministério da Segurança Pública do Interior ter indicado as trocas ilegais de dinheiro em Macau como um motivo de preocupação, o Governo recuou na posição inicial e passou a prever a criminalização da prática dentro dos casinos O Governo vai avançar com a criminalização da troca ilegal de dinheiro com propósito de jogo nos casinos. A alteração consta da nova versão da proposta de lei de combate aos crimes de jogo ilegal, que está a ser analisada na 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido apresentada pelo Governo uma nova versão da lei com a criminalização da troca ilegal de dinheiro nos casinos, Chan Chak Mo, deputado que preside à comissão, reconheceu que o Executivo não forneceu qualquer explicação especifica sobre a nova política. No entanto, o deputado afirmou entender que o artigo foi alterado e passa a prever a criminalização por sugestão “dos deputados” e devido ao aumento dos casos de burlas relacionados com a troca ilegal de dinheiro. Chan deixou claro que esta é uma mudança na proposta de lei com o apoio dos membros da Assembleia Legislativa. A alteração acontece depois do Ministério da Segurança Pública do Interior ter realizado uma reunião, a 5 de Julho, em que declarou que a troca ilegal de dinheiro em Macau era uma das principais preocupações a nível da segurança do país. Com a criminalização, qualquer pessoa que troque ilegalmente dinheiro nos casinos arrisca-se a ter de cumprir uma pena de prisão que pode chegar aos cinco anos. Se a troca for realizada nas premissas dos casinos, existe uma presunção automática de que o dinheiro vai servir para jogar, pelo que durante o julgamento a acusação não vai precisar de fazer prova sobre este aspecto. Prática presumida “Presume-me para a prática de jogo o comércio de câmbio praticado nos casinos. Este é o elemento, se está dentro dos casinos presume-se que a troca de câmbio é para a prática de jogo. Não é preciso provar”, afirmou Chan Chak Mo, citado pela Rádio Macau. Chan Chak Mo apontou ainda que se alguém realizar a troca ilegal de dinheiro num casino e conseguir provar que o dinheiro não era para ser usado no jogo, a troca não é considerada crime. No entanto, se a troca ilegal acontecer fora dos casinos só será crime, no caso de a acusação conseguir provar que o dinheiro ia servir para apostar nas mesas ou máquinas de jogo. Na reunião, de acordo com o portal GGR Asia, o presidente da comissão adiantou o final do ano civil como um limite para aprovar a lei que actualmente está a ser discutida. Todavia, se por um lado, Chan Chak Mo afastou a possibilidade da votação final acontecer até à próxima quinta-feira, altura de férias para o hemiciclo, por outro, recusou prever uma data para essa votação.