João Luz Manchete SociedadeTurismo | Analistas alertam para necessidade de combater baixo consumo O alargamento do leque de cidades chinesas com vistos individuais para visitar Macau não se fez sentir nos sectores do jogo e comércio, em especial de produtos de luxo, de acordo com analistas. As alterações nos padrões de consumo dos turistas chineses e a concorrência interna são desafios que empresas e o próximo Governo terão de resolver As medidas aprovadas pelo Governo Central do alargamento do programa de vistos individuais para visitar Macau a mais uma dezena de cidades chinesas, assim como o aumento da quota de isenção fiscal de bens comprados no território, não teve um impacto significativo na economia local. Esta é a conclusão do presidente da Associação da Sinergia de Macau, Johnson Ian, enquanto o presidente da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau justifica a alteração nos padrões de consumo com o declínio do jogo VIP. Johnson Ian recorda que o esquema de vistos individuais desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da economia de Macau, desde a liberalização do jogo, principalmente na hotelaria, retalho de bens de luxo e receitas dos casinos. Em declarações ao portal Asia Gaming Brief, o responsável indicou que além do ciclo económico verificado no Interior da China, os comportamentos de consumo dos turistas sofreram alterações estruturais significativas. “Hoje em dia, a larga maioria dos turistas continua a vir do Interior da China. Porém, devido às condições económicas actuais, testemunhamos uma viragem para o ‘luxo acessível’, com os consumidores a preferirem produtos de marcas locais que oferecem produtos a uma fracção do preço. Esta alteração reflectiu-se nas estatísticas do comércio a retalho, em particular no mercado turístico”, afirmou Johnson Ian. Estas alterações forçaram empresas a reavaliar as suas operações e a adaptar-se às mudanças, principalmente em locais como restaurantes de luxo, ou lojas de malas e relógios de luxo. Olhar para dentro Recorde-se que a cadeia de comércio de produtos de luxo DFS despediu no fim do mês passado quase 80 trabalhadores, a primeira grande redução de mão-de-obra desde que o grupo se estabeleceu em Macau em 2008. No final de Julho, o grupo das Joalharias Chow Tai Fook reportou quebras anuais de vendas em Macau de 41,3 por cento no primeiro trimestre do ano, a pior performance do grupo em termos regionais. Já no segundo trimestre, o valor global das vendas a retalho de Macau e Hong Kong sofreu quebras de 28,8 por cento e representou 12,2 por cento dos negócios do grupo. A quebra alargou-se ao Interior da China, onde o grupo encerrou mais de 90 lojas. Também o alargamento da isenção fiscal para bens adquiridos em Macau e transportados para o continente, que passou de bens no valor de cinco mil renminbis para 12 mil renminbis, não deixa Johnson Ian optimista. Neste capítulo, o analista destaca a crescente competição de outras regiões, em particular Hainão que se transformou num destino para compras de luxo, devido às isenções fiscais aplicadas na ilha. “Até 2025, Hainão vai tornar-se numa zona de tarifa zero, representando uma concorrência ainda mais forte aos mercados de retalho de alta gama de Macau e Hong Kong. Muitos consumidores chineses já não precisam de esperar meses para se deslocarem a Macau para fazer compras. Podem simplesmente deslocar-se a Hainão ou mesmo à Europa, onde os preços podem ser mais favoráveis”, disse o dirigente ao Asia Gaming Brief. O presidente da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau, Billy Song, refere que parte das dificuldades económicas se deve ao aperto ao jogo VIP. Sem os grandes apostadores, o dirigente entende que a economia de Macau fica mais exposta a mudanças nos padrões de consumo e nas tendências de redução dos gastos e do tempo de permanência em Macau dos turistas.
Hoje Macau SociedadeReceitas do jogo fora dos casinos subiram para 4,92 milhões de patacas No ano passado as receitas do sector do jogo atingiram 188,52 mil milhões de patacas, no que representou um aumento de 335,9 por cento em comparação com 2022, quando o território ainda enfrentava várias restrições de circulação de entrada, devido à pandemia da covid-19. O crescimento foi justificado com o “regresso à normalidade das actividades turísticas” que “impulsionou o crescimento do sector do jogo”. Os números fazem parte do “Resultados do inquérito ao sector do jogo – 2023” publicado pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC) e incluem não só as receitas dos casinos, mas também das apostas nas corridas de cavalos e modalidades desportivas como basquetebol ou futebol. As receitas provenientes dos jogos de fortuna ou azar foram de 183,60 mil milhões de patacas, o que correspondeu a 97,4 por cento do total, enquanto as receitas dos outros jogos foram de 4,92 milhões de patacas, 2,6 por cento do total. Despesas globais a subir Ao mesmo tempo, as despesas globais, que excluem o pagamento de impostos, atingiram 80,06 mil milhões de patacas, um crescimento de 98,6 por cento, face a 2022. Entre este montante, as despesas com pessoal foram de 20,17 mil milhões de patacas, 25,2 por cento dos gastos globais. No entanto, a maior fatia das despesas foi destinada à exploração, com gastos de 31,71 mil milhões de patacas. A compras de mercadorias, comissões e ofertas a clientes teve um peso de 18,12 mil milhões de patacas, o que representou 22,6 por cento do total das despesas. Quanto ao valor acrescentado bruto, um indicador sobre o contributo económico do sector, fixou-se em 135,37 mil milhões de patacas, mais 345,8 por cento, face a 2022. O excedente bruto do sector (antes da dedução de impostos) cifrou-se em 115,20 mil milhões de patacas, subindo 896,5 por cento, em termos anuais. Em 2023, havia nove empresas que exploravam actividades de jogo, o que significa que o número se manteve igual ao de 2022. Entre as nove empresas, seis eram empresas concessionárias de jogos de fortuna ou azar e três exploravam actividades de apostas mútuas e lotarias.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Estudo sobre extensão custa 8,48 milhões O Governo vai pagar 8,48 milhões de patacas à empresa estatal China Railway Major Bridge Reconnaissance & Design Institute pelo estudo de viabilidade da extensão até à Ilha Verde da Linha Leste do Metro Ligeiro. A informação consta do portal da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), tendo a adjudicação sido feita directamente sem concurso público. A sucursal de Macau da China Railway Major Bridge Reconnaissance & Design Institute tem como empresa-mãe a China Railway Engineering Corporation, que é detida a 100 por cento pelo Estado chinês. Os trabalhos têm de ser realizados no prazo de 90 dias. “A fim de contribuir para o rápido desenvolvimento do transporte ferroviário de Macau, atenuar a pressão do trânsito urbano e aumentar a conveniência da deslocação de cidadãos e turistas, o Governo da RAEM vai aproveitar esta oportunidade para iniciar o estudo sobre a extensão da Linha Leste para oeste até ao Posto Fronteiriço Qingmao”, foi explicado pelas Obras Públicas, sobre a necessidade do projecto. “O túnel […] deverá passar por várias infra-estruturas importantes, áreas com características geológicas complexas ao longo do percurso e de alta dificuldade técnica […] sendo necessário realizar um grande volume de trabalhos de coordenação com o projecto da Linha Leste em termos de concepção e execução”, foi acrescentado.
Andreia Sofia Silva Manchete Sociedade“Yagi” | Passagem sem estragos obriga a dois dias sem aulas A passagem do “Yagi” por Macau, que chegou a ser classificado como um “super-tufão”, não causou estragos de grande dimensão, mas obrigou ao cancelamento, por dois dias, de aulas e demais actividades lectivas, devido ao mau tempo que se fez sentir Foi classificado pelos Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) de “super-tufão”, mas a verdade é que a passagem do “Yagi” pelo território este fim-de-semana não causou grandes estragos, apesar de ter sido içado o sinal 8 de tempestade tropical. O maior impacto foi mesmo o cancelamento de aulas e demais actividades lectivas do ensino não superior na sexta-feira e sábado. Numa nota emitida sábado, foi referido que “devido à tempestade tropical as aulas dos ensinos infantil, primário e especial ficam suspensas durante todo o dia”, sendo que as escolas foram instadas a “manter as instalações e respectivo pessoal em funcionamento, ocupando e acolhendo os alunos que cheguem às escolas, até que o seu regresso a casa se possa fazer em segurança”. No caso do ensino secundário, as aulas e actividades educativas mantiveram-se em pleno funcionamento, apesar de na sexta-feira o cancelamento ter sido generalizado. No sábado continuou o mau tempo, nomeadamente aguaceiros e trovoadas, ainda que o vento tenha enfraquecido. Por volta das 14h de sexta-feira já o sinal de tempestade tinha passado de 8 para 3, com o “Yagi” a afastar-se do território. Às 8h de sábado já o território não estava sujeito a nenhum sinal de tempestade. Três feridos As quatro piscinas ao ar livre existentes no território abriram ao público depois de uma acção de limpeza na sexta-feira. Segundo uma nota do Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), foram registados apenas três incidentes com a passagem do “Yagi” pelo território, nomeadamente “objectos em risco de queda”. Por sua vez, os Serviços de Saúde e o Hospital Kiang Wu receberam três feridos por causa do tufão, tendo os mesmos tido alta após o tratamento. O Instituto de Acção Social abriu quatro centros de acolhimento de emergência, tendo acolhido um total de 10 pessoas durante a passagem da tempestade tropical. A par disso, a linha aberta do COPC recebeu um total de 11 chamadas de consultas relacionadas com a situação do tufão ou o funcionamento dos postos fronteiriços e das pontes. Por outro lado, o Corpo de Polícia de Segurança Pública levou a cabo acções de combate às infracções cometidas por condutores de táxis, tendo registado um caso de recusa de prestação de serviço, um caso de negociação de tarifa e três casos de serviços de transporte sem autorização.
Hoje Macau SociedadeMP | Burlão colocado em prisão preventiva Um homem foi detido quando se deslocou a Macau para receber o dinheiro resultante de burlas telefónicas e vai agora aguardar julgamento em prisão preventiva. A informação foi divulgada pelo Ministério Público, através de um comunicado emitido na sexta-feira. O homem do Interior está indiciado pelos crimes de burla de valor consideravelmente elevado, que pode ter uma pena de até 10 anos de prisão, burla de valor elevado, que tem prevista uma pena que pode chegar aos 5 anos de prisão e ainda pelo crime de burla, punido com uma pena de prisão que pode atingir 3 anos. De acordo com as explicações do MP, o papel do homem passava por fingir ser advogado, e recolher dinheiro das vítimas das burlas “Quem Sou Eu”. As vítimas entregaram o dinheiro ao alegado burlão, porque acreditavam que o “advogado” representava familiares ou amigos em situações difíceis, tal como lhes tinha sido dito ao telefone pelos burlões que se fizeram passar pelos familiares ou amigos em dificuldades. “Neste inquérito, os dois ofendidos entregaram um montante total de cerca de 186 mil patacas ao arguido”, foi explicado. “Actualmente, o falso advogado que recebeu o dinheiro dos burlados foi detido enquanto demais indivíduos envolvidos ainda continuam sob investigação”, foi acrescentado. Segundo os dados estatísticos do Ministério Público, entre Setembro de 2023 e Agosto de 2024, foram autuados 1275 inquéritos e deduzidas 18 acusações pela prática da burla telefónica, tendo sido acusados 42 arguidos e aplicada a 12 arguidos a medida de prisão preventiva. “Ministério Público apela, de novo, aos cidadãos que, ao receberem uma chamada a solicitar pagamento ou transferência de dinheiro, devem manter a calma e confirmar a veracidade dessa chamada ou mensagem junto dos seus familiares e amigos ou das entidades oficiais”, foi pedido.
João Santos Filipe Manchete SociedadeZhuhai | Gastos de residentes de Macau e HK podem atingir 5,5 mil milhões Os números têm por base um relatório das autoridades de Zhuhai sobre as vantagens de terem os residentes de Macau e Hong Kong a circular na cidade vizinha. Mensalmente, os residentes das RAEs gastam na região do Interior 454 milhões de renminbis (514,7 milhões de patacas) O consumo dos residentes de Macau e Hong Kong em Zhuhai deve atingir este ano 5,5 mil milhões de renminbis (6,2 mil milhões de patacas), de acordo com as previsões das autoridades do outro lado da fronteira. Os dados foram apresentados num relatório recente, com o nome “Zhuhai tornou-se um destino de turismo popular”, citado por vários média do Interior. O estudo visou analisar os padrões de consumo dos turistas de Macau e Hong Kong que se deslocam para a cidade vizinha, ao abrigo dos programas “Os Carros de Macau vão para o Norte” e os “Os Carros de Hong Kong vão para o Norte”. De acordo com os dados divulgados, mensalmente cerca de 360 mil residentes das RAEs a deslocam-se a Zhuhai, com os feriados ou os períodos de férias a serem os períodos mais populares para as visitas. Só desde Junho deste ano, a média diária de carros a entrar na cidade chinesa vinda de Macau em dias de semana foi de 1.200 viaturas. Aos fins-de-semana, a média diária de carros foi de 2.100. No caso de Hong Kong, as médias diárias de entradas foram de 1.500 carros por dia durante os dias de semana e 4.500 carros por dia, aos fins-de-semana. No entanto, os números poderiam ser mais altos, dado que existe um limite diário máximo de quotas para atravessar a fronteira. A previsão de 5,5 mil milhões de renminbis gastos ao longo deste ano tem por base o consumo de 454 milhões de renminbis por mês dos turistas de Macau e de Hong Kong. Menos dormidas Na elaboração do relatório “Zhuhai tornou-se um destino de turismo popular” foram ainda entrevistados 200 turistas de Macau e Hong Kong. Cerca de metade dos entrevistados (100) reconheceu que não vê Zhuhai como um destino turístico para passar a noite, mas antes como um local onde vai algumas horas, antes de regressar a casa. Entre os restantes 50 por cento dos entrevistados, 25 por cento (50 entrevistados) afirmaram passarem frequentemente a noite em Zhuhai, enquanto outros 25 por cento (50 entrevistados) responderam passarem mais do que uma noite na cidade vizinha. As entrevistas foram realizadas perto do hotel Molin Golden Bay Hotel, do centro comercial Sam’s Club, ligado à americana Walmart, e ainda à entrada de Zhuhai, por ser considerados locais muito populares entre os residentes de Hong Kong e Macau. O programa “Os Carros de Macau vão para o Norte” tem sido responsabilizado localmente por deputados e comerciantes pela redução do consumo nos bairros residenciais da cidade, principalmente em áreas como a Areia Preta ou o Fai Chi Kei. Face a esta redução, Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, apelou à população que se desloca a Zhuhai que faça pelo menos “uma refeição” em Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeFaleceu Raúl Pissarra O professor Raúl Pissarra, docente na Universidade de Macau, formado em Filologia Clássica, faleceu anteontem em Portugal, onde passava férias. Conhecido em Macau pela sua vasta cultura, o seu amor à ópera e à cultura chinesa, Raúl Pissarra ensinou português em Pequim, onde chegou em 1986, com 35 anos, e foi também tradutor, tendo vertido para língua portuguesa uma história da literatura chinesa. As cerimónias fúnebres terão lugar hoje, dia 6 de Setembro, na Igreja de São João de Deus, Lisboa. O velório começará pelas 18:30 e o funeral será no sábado, dia 7 de Setembro, pelas 13:15, horários de Portugal.
Andreia Sofia Silva Manchete Sociedade“Yagi” | Hoje não há aulas no ensino não superior. Possibilidade “baixa” de ser içado sinal 9 A Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) decidiu suspender hoje as aulas de todos os níveis de ensino devido à passagem pelo território do tufão “Yagi”. Desde as 22h que está içado o sinal 8, sendo “baixa” a possibilidade de vir a ser içado o sinal 9 ao longo da madrugada de hoje. A nota da DSEDJ dá conta que, após reunião com os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), todas as aulas serão suspensas, sendo que nas instituições do ensino superior “devem observar o regulamento aplicável”. “A DSEDJ lembra às escolas que devem tomar medidas preventivas e acompanhar a situação, incluindo a instalação de portões impermeáveis, fiscalização de edifícios e instalações escolares, relocalização de equipamentos e monitorização do sistema eléctrico, bem como medidas contra inundações”, é referido na mesma nota. O “Yagi” deverá encontrar-se a cerca de 300 quilómetros de Macau entre a madrugada e manhã de hoje, sexta-feira 6. Os SMG explicam, segundo as informações mais recentes sobre o “super tufão”, que “devido à influência da circulação e das faixas de chuvas deste sistema, o vento na região está a intensificar-se, acompanhado de aguaceiros fortes e trovoadas frequentes”. O aviso azul de “Storm Surge” mantém-se içado, esperando-se inundações entre as 8h e 15h de hoje, sendo que a altura da água nas zonas baixas do Porto Interior não deverá ultrapassar os 0,5 metros. As inundações só serão mais fortes se o “Yagi” “adoptar uma trajectória mais para norte”, apontam os SMG.
João Luz SociedadeTufão | Sinal 8 içado. Macau paralisa antes da chegada do Yagi Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos emitiram ontem à noite o sinal 8 de tempestade, à medida que o tufão Yagi se aproximava da região. As aulas dos ensinos infantil, primário e especial foram ontem suspensas, as ligações marítimas interrompidas e os transportes públicos suspensos Macau elevou ontem o sinal n.º8 face à aproximação do super tufão Yagi, que entrou ontem no mar do Sul da China, indicaram os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) do território. O Observatório de Hong Kong foi mais rápido a elevar o alerta para o sinal n.º8, emitindo o aviso às 18h20 da tarde de ontem. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento. A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) anunciou a suspensão das aulas dos ensinos infantil, primário e especial durante todo o dia de ontem, ao contrário das aulas ou actividades educativas do ensino secundário, que se irão manter. O cancelamento das aulas, ainda durante o sinal n.º3 de tempestade, gerou críticas de pais que, obrigados a cumprir obrigações laborais, se viram forçados a encontrar alternativas para encontrar alguém para tomar conta das crianças. Porém, como tem sido prática comum em situações destas, a DSEDJ instruiu as escolas a manterem as “instalações e respectivo pessoal em funcionamento, ocupando e acolhendo os alunos que cheguem às escolas, até que o seu regresso a casa se possa fazer em segurança”. Também o Aeroporto Internacional de Macau alertou que os voos podem ser afectados pelo Yagi e aconselhou os passageiros a contactarem as companhias aéreas para obterem as informações mais recentes. As ligações marítimas foram também interrompidas ontem, situação que se deve manter hoje, segundo informação da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, suspendendo as ligações a Shekou em Shenzhen e Sheung Wan em Hong Kong. Águas altas De acordo com as previsões avançadas ontem, o Yagi iria passar a cerca de 300 quilómetros a sul de Macau antes desta manhã, atravessando o mar do Sul da China em direcção a noroeste, entre a costa oeste de Guangdong e a ilha de Hainão. Os SMG previram para ontem ventos que podiam atingir rajadas de até 110 quilómetros por hora, enquanto a precipitação e as trovoadas tornar-se-iam gradualmente frequentes. As autoridades mantinham ontem a previsão de inundações, com altura inferior a meio metro a afectar hoje as zonas baixas do Porto Interior. Ontem de manhã, era patente a tranquilidade e o hábito a lidar com este tipo de fenómeno meteorológico. O canal chinês da Rádio Macau ouviu comerciantes da Rua 5 de Outubro, no Porto Interior. Um dono de uma loja de mariscos secos abriu as portas como num dia normal, ainda sem a instalação de barreiras para conter a entrada de água, algo que disse apenas faria à noite, assim como arrumar os produtos em prateleiras altas. Na zona da Barra, os donos de garagens de reparação de veículos e motociclos eram os mais inquietos, com um mecânico a revelar que desde terça-feira começou a retirar gradualmente todos os veículos para estacionamentos em zonas altas da cidade. Pelo menos 15 pessoas morreram nas Filipinas, a maioria na ilha de Luzon, onde se situa a capital, Manila, devido à passagem do Yagi, informaram na quarta-feira as autoridades de Manila. À hora do fecho desta edição, o Yagi ainda não se fazia sentir em Macau. Com Lusa
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeNovo Bairro de Macau | Apontadas dificuldades no negócio O café Seng Pan Coffee Roaster, de Jessica Tong, é um dos negócios de Macau a marcar presença no Novo Bairro de Macau em Hengqin. Mas segundo o jornal Exmoo, falta flexibilidade em questões alfandegárias para a compra e transporte de produtos e também ao nível do recrutamento de funcionários para que o negócio tenha menores custos de produção A Seng Pan International Company foi uma das empresas de Macau a investir no Novo Bairro de Macau em Hengqin, com a abertura da cafetaria Seng Pan Coffee Roaster. Porém, segundo declarações de Jessica Tong, administradora e gerente-geral da empresa, ao jornal Exmoo, há ainda muito a fazer para que o negócio obrigue a menos custos numa zona residencial que está agora a nascer. Um dos pontos diz respeito ao sistema alfandegário entre Macau e Hengqin, pois, segundo Jessica Tong, ter um negócio do ramo alimentar em Hengqin implica mais custos operativos com as matérias-primas, uma vez que a cafetaria usa produtos que são mais caros do que em Macau. Tal deve-se ao facto de a matéria-prima do interior da China obrigar ao pagamento de taxas alfandegárias. Assim, Jessica Tong adoptou outro método, que é comprar produtos em Macau e fazê-los entrar em Hengqin, pedindo, por isso, maior flexibilidade no processo alfandegário de matéria-prima. Contratar é difícil Outra das dificuldades apontadas pela empresária, passa pelo recrutamento de funcionários, pois muitas pessoas queixam-se de que trabalhar em Hengqin obriga a maiores deslocações, por se tratar de uma localização remota, e obriga a lidar com o inconveniente do trânsito. No caso de um dos funcionários do café que vive no distrito de Xiangzhou, em Zhuhai, a distância não é muita, mas não existem autocarros directos. Assim, a empresária pede maiores facilidades em termos de transporte público de Zhuhai para a Zona de Cooperação Aprofundada, onde se situa o Novo Bairro de Macau. Grande parte dos trabalhadores da cafetaria é oriunda de Macau, o que obriga a empresa a gastar mais em refeições e alojamento dos funcionários. Outro problema apontado, é a questão do câmbio da moeda, pelo facto de em Macau existir a pataca e em Hengqin o renminbi. “Se os clientes pagam por MPay [plataforma digital de pagamento], haverá uma troca de patacas por renminbis tendo em conta a taxa de câmbio em vigor”, explicou Jessica Tong. Nesse sentido, dois bancos aprovaram uma medida que entra em vigor em meados deste mês, que fará com que o montante em patacas possa ser depositado numa conta bancária em patacas, e o mesmo com o renminbi. Isso resultará na possibilidade de evitar, por parte dos utilizadores, as taxas de câmbio, pois não é necessário trocar o dinheiro.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Conselheiro pede melhores acessos e transportes Melhorar os acessos entre as diferentes zonas da cidade. É esta a receita de Chan Ka Wa, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, para promover a economia do território. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Chan afirmou que abriram mais lojas na Rua da Felicidade, como parte dos projectos de revitalização do Governo, em parceria com as concessionárias do jogo. Todavia, Chan Ka Wa considerou que agora é necessário melhorar os acessos entre as diferentes zonas da cidade, para que os turistas possam consumir num número mais alargado de locais. O membro do conselho ligado à Associação dos Moradores defendeu também a revitalização do Porto Interior, perto da Ponte-Cais 16 e considerou que isso vai contribuir para promover a economia nas zonas próximas da Avenida Almeida Ribeiro. Mesmo assim, alertou o Governo para a necessidade de se conseguir lidar com o trânsito naquele ponto do teritório. Também ao canal chinês da Rádio Macau, Si Kun Hong, membro do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU), defendeu que face às mudanças nos padrões de consumo dos turistas, que o Governo deve rever os planos de desenvolvimento das diferentes zonas de Macau, e desenvolvê-las para destacar os seus traços característicos. Si considerou que, se as diferentes zonas apostarem nas suas características, aumenta a possibilidade de melhorar a experiência dos turistas e assim fazê-los a passar mais noites do território. Todavia, o membro do CPU destacou que se o Governo quer receber mais turistas, também tem de garantir que a rede de transportes tem capacidade para responder ao aumento dos utilizadores.
Andreia Sofia Silva Manchete Sociedade“Yagi” | Sinal 8 de tempestade içado hoje às 22h Será hoje içado, por volta das 22h, o sinal 8 de tempestade tropical relativo à passagem do “Yagi”, descrito pelos Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) como um “super tufão”. Segundo um comunicado dos SMG, a tempestade encontra-se nesta altura “na parte norte do Mar do Sul da China”, prevendo-se que continue a “mover-se para oés-noroeste, em direcção às regiões entre a costa oeste de Guangdong e a ilha de Hainan”. Espera-se, assim, “que o vento se intensifique progressivamente e que sejam frequentes a precipitação e as trovoadas”, sendo que o “Yagi” deverá entrar no raio de 300 quilómetros de Macau na madrugada de amanhã, sexta-feira, daí o levantamento do sinal 8 de tempestade na noite de hoje. Os SMG descrevem ainda que, “devido à influência da circulação e das faixas de chuvas deste sistema, o vento em Macau vai intensificar-se significativamente, acompanhado de aguaceiros fortes e trovoadas frequentes”. Mantém-se em vigor o aviso de “Storm Surge” de cor azul, podendo ocorrer pequenas inundações, com a água a atingir 0,5 metros de altura, entre as 8h e as 15h de amanhã nas zonas baixas do Porto Interior. Os SMG alertam para o facto de as inundações poderem agravar-se caso o “Yagi” adopte uma trajetória mais para norte. Assim, a probabilidade de emissão do aviso de “Storm Surge” de cor amarela é “moderada a relativamente alta”, podendo acontecer entre a noite de hoje e a madrugada desta sexta-feira, segundo as actuais previsões dos SMG.
Andreia Sofia Silva Sociedade“Trovoada 2024” | Operação implica 34 pessoas com medidas de coacção A operação “Trovoada 2024”, realizada entre os dias 22 de Junho e 15 de Agosto, fez com que 34 pessoas tenham ficado com medidas de coacção, nomeadamente prisão preventiva, por serem suspeitas da prática de crimes. No total, 553 pessoas foram encaminhadas para órgãos judiciais para efeitos de acusação por suspeita de prática de crime, tendo sido detidos 14 indivíduos que eram alvo de mandados de detenção e interceptação emitidos pelas autoridades judiciárias. Destes, quatro homens foram entregues ao Estabelecimento Prisional para cumprimento de pena. Segundo uma nota das autoridades, a “Trovoada 2024” teve como objectivo o combate à criminalidade organizada, tendo sido realizadas 1.199 fiscalizações em 2.895 locais. Os Serviços de Alfândega, em parceria com a Polícia Judiciária e Corpo de Polícia de Segurança Pública, mobilizaram 13.281 agentes, tendo 92.070 indivíduos sido sujeitos a identificação e 2.651 conduzidos à polícia para efeitos de averiguações. Dos casos resolvidos, destacam-se 13 casos de associação criminosa, com a detenção de 87 pessoas, 59 casos de usura para jogo, com a prisão de 106 pessoas, ou três casos de exploração ilegal de jogo, que levou 56 pessoas à prisão. Destaque ainda para os 48 casos relacionados com burlas envolvendo esquemas de troca de dinheiro, levando à detenção de 51 pessoas. Esta operação levou à apreensão de fichas de jogo no valor de cerca de 1,96 milhões de dólares de Hong Kong. Foram também apanhados 1088 não residentes por suspeita de crimes como “imigração ilegal, excesso de permanência, troca ilegal de dinheiro, prostituição, trabalho ilegal por conta própria, trabalho ilegal e actividades que não se coadunavam com a qualidade de turista”.
João Luz Manchete SociedadeTufão | Sinal 8 pode ser içado até manhã de sexta-feira Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos consideram moderada a relativamente alta a possibilidade de emitir o sinal 8 de tempestade até ao início da manhã de sexta-feira, à medida que o Yagi se aproxima da costa de Macau e se intensifica. As autoridades antecipam inundações no Porto Interior, e o Centro Nacional de Meteorologia prevê que, quando chegar a terra, o Yagi seja um super-tufão Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) anunciaram ontem a alta probabilidade de emitir o sinal 3 de tempestade esta manhã, e entre a próxima madrugada e o início da manhã de sexta-feira a probabilidade moderada a relativamente alta de elevar o alerta para o sinal 8, à medida que o Yagi se transforma num tufão rumo à costa do sul da China. “O tufão “Yagi” localizado na parte norte do Mar do Sul da China, está a mover-se para oés-noroeste (entre oeste e noroeste), em direcção às regiões entre a costa oeste de Guangdong e a ilha de Hainão”, indicaram ontem os SMG. Devido à influência da subsidência exterior deste sistema, as temperaturas na região foram ontem muito elevadas. Entre a madrugada e o início da manhã de hoje, é expectável “que os ventos na região se intensifiquem e que os aguaceiros e as trovoadas se tornem mais frequentes, portanto a emissão do sinal de tufão n.º 3 é alta. Os SMG referem que “o tufão Yagi poderá intensificar-se ainda mais e desenvolver-se para um super-tufão e que “de acordo com a actual trajectória prevista, o Yagi vai passar a cerca de 300 quilómetros a sul de Macau entre a madrugada e o início da manhã de sexta-feira. Piscina da Ribeirinha As autoridades previam ontem a “relativamente alta” probabilidade de emitir o aviso azul de storm surge entre a madrugada e o início da manhã de hoje, assim como a probabilidade moderada a relativamente alta de emitir o sinal n.º 8 de tempestade, “ao mesmo tempo, prevê-se a ocorrência de inundações com altura inferior a 0,5 m em zonas baixas do Porto Interior”. O Observatório de Hong Kong aumentou ontem o alerta para o sinal n.º3 e também abriu a possibilidade de elevar o alerta entre a tarde e a noite de hoje. À semelhança do que aconteceu em Macau, a noite de terça-feira na região vizinha foi iluminada por milhares de relâmpagos. Entre as 22h de terça-feira e a meia-noite, foram registados mais de 9.000 relâmpagos. Também o Centro Nacional de Meteorologia apontou para a potencial severidade do tufão Yagi, que poderá chegar a terra, entre a costa oeste de Guangdong e a ilha de Hainão, na sua potência máxima, devido a factores como o fornecimento suficiente de vapor de água. Nas Filipinas, as autoridades davam ontem conta de, pelo menos, 15 mortes e 21 desaparecidos na devido à passagem do Yagi. A maioria das vítimas morreram na sequência de deslizamentos de terras, afogamento ou electrocussão. Fogo-de-artifício adiado A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou o adiamento das duas exibições de abertura do 32.° Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, agendadas para a noite de sábado, devido à incerteza do estado do tempo. As duas exibições escolhidas para abrir o evento estão a cargo das equipas da Rússia e França. A DST referiu que serão divulgados detalhes sobre o programa e que está a acompanhar de perto a previsão meteorológica para avaliar o impacto na realização e segurança dos espectáculos, e eventual necessidade de implementar o plano de contingência. Limpeza reforçada O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) anunciou ontem o reforço dos trabalhos de limpeza de esgotos e sarjetas, em antecipação da passagem do tufão Yagi ao largo da zona costeira de Macau, para prevenir inundações provocadas pelas esperadas fortes chuvadas. Num comunicado emitido ontem, o organismo liderado por José Tavares vincou que a prioridade está focada nas zonas baixas, nomeadamente o bairro San Kio, Porto Interior, Praia do Manduco e zona antiga da Taipa. Além disso, o IAM indica que no passado mês de Agosto limpou mais 20 quilómetros de esgotos, removendo mais de 87 toneladas de detritos.
João Santos Filipe SociedadeGripe | Cerca de 175 mil vacinados desde Setembro de 2023 Entre Setembro do ano passado, e Agosto deste ano, cerca de 175 mil pessoas foram vacinadas contra a gripe, de acordo com a informação partilhada pelos Serviços de Saúde na reunião do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas realizada na terça-feira. De acordo com a informação oficial, citada pelo jornal Ou Mun, houve um aumento anual de 19,1 por cento do número de vacinados contra a gripe. De acordo com os conselheiros Ng Hong Kei e Li Yongjian no período de um ano, a taxa de vacinação das crianças com menos de 3 anos foi de 56,9 por cento, enquanto a taxa de vacinação dos alunos do ensino infantil, do ensino primário e do ensino secundário foi 81,3 por cento, 78,7 por cento e 67,3 por cento, respectivamente. Quanto ao pessoal dos lares, a taxa de vacinação foi 91,6 por cento. Ng Hong Kei e Li Yongjian afirmaram também que os SS consideraram a taxa de vacinação contra o tétano, tosse convulsa e sarampo baixa entre os adultos, pelo que foi deixado um apelo para que as pessoas se vacinem. Por sua vez, Ho Chong Chun, outro dos conselheiros presentes na reunião, mostrou-se preocupado com um aumento da transmissão de doenças nas escolas e bairros comunitários, motivado pelo regresso às aulas. Neste sentido Ho apelou ao Governo para seguir as “orientações de prevenção para o novo ano lectivo emitidas por autoridades das zonas vizinhas, para que a sociedade saiba mais informações e medidas de prevenção de doenças”. No encontro, indicou o jornal Ou Mun, os representantes dos SS apresentaram também o processo do Plano de Acção para Macau Saudável, lançado em Julho deste ano, com o objectivo de concretizar a “elevação da qualidade de saúde de toda a população, generalização básica de um estilo de vida saudável, o controlo efectivo de grandes doenças crónicas e a melhoria constante da qualidade de vida de todos os residentes” até 2030.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEstudo | Mega concertos aumentaram preço das acções da Galaxy Os grandes concertos, como o protagonizado em Macau pelas coreanas Blackpink, contribuíram para aumentar a valorização das acções na Bolsa de Hong Kong do Grupo Galaxy Entertainment A realização de grandes eventos pela concessionária Galaxy resultou na valorização das acções na Bolsa de Hong Kong. A tendência faz parte dos resultados do estudo “Uma análise ao impacto dos Eventos Artísticos de Grande Escala no preço das acções do jogo das empresas de Macau: um estudo de caso do Grupo Galaxy Entertainment”, publicado em Agosto na revista científica Advances in Social Science, Education and Humanities Research, por académicos da Universidade Politécnica. Para chegarem às conclusões apresentadas, os académicos analisaram a variação dos preços das acções da concessionária de Macau na Bolsa de Hong Kong durante os cinco dias anteriores e os cinco posteriores aos eventos escolhidos. Os espectáculos alvo de análise foram realizados entre Maio e Novembro de 2023, e envolveram os aristas: Blackpink, Cai Xukun, Jackson Wang, Wilber Pan e Time Youth Group. “A realização de eventos de grande escala teve um impacto positivo significativo no preço das acções do Galaxy Entertainment Group, o que serve de prova empírica para a realização uma investigação mais aprofundada sobre a relação entre a estratégia de marketing e a resposta do mercado”, indicam os autores do trabalho. Nas conclusões, consta também que os eventos de grande escala atraíram de “forma bem sucedida” a “atenção da população e dos investidores” e que tiveram “um impacto positivo significante no desenvolvimento sustentável da economia local”. “Uma série de medidas positivas para promover a estratégia de desenvolvimento 1+4 produziu resultados iniciais”, é considerado. Apesar destas conclusões dos autores sobre a eficácia das medidas, o estudo não apresenta dados com indicadores que meçam a “atenção da população”. Jogo ao centro Além dos resultados, os académicos deixam sugestões para melhorar a política de diversificação da economia. Embora seja considerado que o jogo deve ser “o centro do desenvolvimento da economia local, é sugerida a transformação das concessionárias de jogo em megas empresas de entretenimento, com outras ofertas além das mesas do jogo. “As empresas de jogo de Macau devem procurar activamente oportunidades de cooperação com os departamentos governamentais e as instituições culturais e artísticas”, é indicado. “No futuro, a organização do mercado e a construção da marca devem ser objecto de maior atenção para melhor despertar o interesse e a confiança dos investidores, de modo a aumentar o valor da marca e promover conjuntamente a prosperidade e o desenvolvimento sustentável da indústria do turismo de Macau”, é acrescentado. Além disso, é indicada a necessidade de “melhorar a eficácia da comunicação com o mercado” para transmitir atempadamente informações aos investidores e à população sobre as campanhas de promoção e marketing que vão ser adoptadas. O estudo é da autoria de Li Pegnyang, Wang Zequang, Chen Xiaodan da Universidade Politécnica de Macau, e Jin Jiamin da Universidade Normal de Zhejiang.
Hoje Macau Manchete SociedadeTrabalho | Não-residentes atingem número mais elevado em quatro anos No final de Julho, Macau tinha mais de 182 mil trabalhadores não-residentes, o valor mais elevado desde Agosto de 2020, e um aumento de quase 2 mil trabalhadores face a Junho Macau empregava, no final de Julho, mais de 182 mil trabalhadores não-residentes, o valor mais elevado desde Agosto de 2020, foi ontem anunciado. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a RAEM tinha 182.307 trabalhadores não-residentes, mais 1.999 do que no final de Junho. As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, mostram que foram contratados mais de 5.600 trabalhadores sem estatuto de residente desde o início do ano. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou este ano, ganhando 1.431 trabalhadores não-residentes, seguido dos casinos e actividades culturais e recreativas (mais 808) e dos empregados domésticos (mais 769). A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. A cidade perdeu quase 45 mil não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia. Em Janeiro de 2023, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo o Interior da China, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Mais de 30 mil e a crescer Desde Janeiro de 2023, o número de trabalhadores não-residentes em Macau aumentou em quase 30.400. O número de trabalhadores não-residentes tem vindo a aumentar há 18 meses seguidos, atingindo em final de Julho o valor mais elevado desde Agosto de 2020. A cidade acolheu nos primeiros sete meses de 2024 mais de 19,7 milhões de turistas, mais 37 por cento do que em igual período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 84,6 por cento, uma subida de 4,9 pontos percentuais em termos anuais. No domingo, a Direcção dos Serviços de Turismo anunciou que Macau recebeu em Agosto quase 3,7 milhões de visitantes, um valor mais elevado do que no mesmo mês de 2019, pela primeira vez desde o fim da pandemia. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Apesar da subida do número de trabalhadores não-residentes, a taxa de desemprego caiu para 1,7 por cento no segundo trimestre deste ano, igualando o mínimo histórico de 1,7 por cento atingido antes do início da pandemia. A economia de Macau cresceu 15,7 por cento na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais. O produto interno bruto (PIB) representou 86,2 por cento do valor registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia.
Andreia Sofia Silva Manchete Sociedade“Yagi” | Sinal 3 poderá ser içado na madrugada de quinta-feira Os Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o sinal 3 de tempestade tropical possa ser içado entre a madrugada e o início da manhã desta quinta-feira, 5, com a intensificação do vento e maior frequência de chuvas e trovoadas. Actualmente está içado o sinal 1 de tempestade tropical, esperando-se que entre hoje e amanhã o “Yagi”, que se transformou num ciclone tropical severo, atravesse a parte setentrional do Mar do Sul da China em direcção a oeste ou noroeste, deslocando-se para a área entre a parte oeste de Guangdong e a Ilha de Hainão, descrevem os SMG. Desta forma, o tempo continuará muito quente hoje, com possibilidade de aguaceiros acompanhados de trovoada esta tarde provocada pelas temperaturas elevadas, podendo ser acompanhados de ventos com rajadas fortes. Os SMG descrevem também que o “Yagi” pode ainda “intensificar-se” e passar a tufão severo, mas a sua trajectória de deslocação “ainda é incerta, podendo ser adoptado um rumo mais para norte e próximo da costa meridional da China”. Desta forma, os SMG descrevem que “consoante a variabilidade da sua trajectória e intensidade, irá avaliar oportunamente a possibilidade de emissão de sinais de tempestade tropical mais elevados” e demais avisos relacionados com cheias nas zonas baixas da cidade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEPM | Professores recontratados enviados para outras escolas Apesar do despacho do ministro da Educação de Portugal, a direcção da EPM deixou pelo menos três docentes sem aulas na instituição. Os professores foram colocados em outras escolas, ao abrigo de um acordo de colaboração com a Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) A direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) colocou noutras instituições do território pelo menos dois dos docentes que deveriam manter-se na Escola Portuguesa de Macau, de acordo com o despacho de Agosto do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre. Os docentes afectados pela colocação em outras escolas, com as quais a EPM tem acordos de cooperação, são Alexandra Aragão, colocada na Escola Zheng Guanying, e Carlos Alves, que tem como destino a Escola Luís Gonzaga Gomes. Também Dora Coelho, que chegou à EPM em 2019, no âmbito de protocolo de colaboração com outras escolas, deixa de ter horário na instituição de matriz portuguesa. O HM questionou o director da Escola Portuguesa de Macau (EPM), Acácio de Brito, sobre a colocação dos docentes fora da instituição, mas este recusou-se a fazer comentários. “Não tenho nenhum comentário sobre isso. Não comento a distribuição de serviço”, respondeu. No início de Agosto, um despacho do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, indicou que os docentes que a EPM deu como dispensados deveriam manter-se na instituição, com trabalho. “Renovo, por mais um ano, as licenças especiais dos docentes Maria Alexandra de Aragão Pozel Domingues; Elsa Maria Cecílio de Sousa Botão Alves; Carlos Miguel Botão Alves e Manuela Dora Fonseca Coelho e da psicóloga Isabel Cristina Aniceto Dias Marques, para que se possam manter na EPM com serviço docente/tarefas distribuídas no próximo ano lectivo”, podia ler-se no documento. Apanhados de surpresa Alexandra Aragão estava na EPM há mais de 30 anos, foi representante dos docentes junto da direcção no ano lectivo transacto, antes de ser dispensada no final do ano lectivo passado. Acabou com o contrato renovado, por um despacho do ministro em Portugal. No entanto, agora com a colocação na Escola Zheng Guanying à vista, a docente admitiu ao HM ter sido apanhada de surpresa. “Fui apanhada de surpresa. Claro que não era esta a minha expectativa, tinha expectativa, tendo em conta o despacho do senhor doutor ministro, de regressarmos à nossa ‘casa-mãe’”, afirmou a docente, em declarações, ao HM. “Não sei mais o que dizer”, adicionou. Por sua vez, Dora Coelho, professora de Geografia e Educação Especialidade, cuja continuidade na EPM também consta no despacho, vai desempenhar funções na Escola da Flora. A docente foi contratada em 2019 pela EPM, no âmbito do protocolo de colaboração com a DSEDJ para leccionar noutras escolas. Apesar de não estar totalmente previsto que fosse leccionar na EPM logo no primeiro ano lectivo no território, acabou por fazê-lo, dando aulas de Geografia em substituição de uma docente que deixou o território. Esta é assim a primeira vez que a docente não vai ter horário na EPM: “Não era isto que estava à espera, mas foi o que aconteceu”, admitiu Dora Coelho, ao HM. A professora destacou que a experiência anterior nas escolas Zheng Guanying e Luís Gonzaga Gomes foi positiva, e que sempre sentiu que as funções de docente nas escolas chinesas onde trabalhou foi respeitada. No entanto, não deixou de questionar a “coincidência” dos professores que eram para ser dispensados estarem a ser colocados fora da EPM. Esperava-se paz Ao HM, também Miguel de Senna Fernandes, vice-presidente do Conselho de Administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau admitiu ter sido apanhado de surpresa: “Acho estranho que isso aconteça depois de um despacho daquela natureza. A Dr.ª Alexandra continua a fazer parte do corpo docente da Escola Portuguesa de Macau, mas a confirmar-se o destacamento para outra escola, parece-me contrariar, um bocado, o espírito deste despacho”, afirmou. “Ainda estou a reflectir sobre a questão […] Depois de um despacho desta natureza estávamos à espera de um pouco mais de paz, pelo menos de estabilidade, e temos isto de novo. É preciso pensar”, acrescentou. O HM questionou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação sobre as colocações dos docentes fora da EPM, mas até à hora de fecho desta edição não recebeu qualquer resposta. O HM tentou ainda contactar o presidente da FEPM, Jorge Neto Valente, mas também sem sucesso.
Hoje Macau SociedadeMP | Criados mais serviços electrónicos O Ministério Público (MP) irá disponibilizar, de forma faseada, mais serviços digitalizados à população no contexto da entrada em vigor, no passado domingo, das novas versões das leis da “Governação Electrónica” e do “Envio de peças processuais, pagamento de custas e prática de outros actos por meios electrónicos”. Assim, são enviados e recebidos de forma digital as comunicações oficiais e documentos no âmbito judiciário entre o Ministério Público, tribunais ou outros serviços públicos, excepto quando o assunto se refere à fase de inquérito criminal. Além disso, o MP passou também a publicar no website oficial editais e demais documentos, deixando de os afixar no edifício do MP e na sede do Instituto para os Assuntos Municipais. Além disso, até final deste ano será lançado o serviço digital de certidões, que podem ser pedidas na “Conta Única de Macau” desde que o requerimento seja aprovado pelo MP. “Na fase preliminar de lançamento do serviço em causa, os documentos constantes de autos de inquérito criminal são excluídos da certidão electrónica a enviar”, é ainda explicado. O MP promete “impulsionar a electronização dos serviços judiciários, de modo a facilitar a intervenção dos cidadãos em actividades processuais”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Metro quadrado no valor mais baixo dos últimos sete anos Os dados da primeira metade de Agosto do mercado de habitação mostram uma redução de quase um terço no valor do preço médio do metro quadrado, em comparação com 2019. O mês passado foi também marcado pelo abrandamento face ao início de Julho Na primeira metade de Agosto, o preço médio do metro quadrado na compra e venda de habitação caiu para o valor mais baixo dos últimos sete anos, de acordo com a Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Os dados oficiais revelados na terça-feira mostram que o preço médio das compras e vendas caiu para 80.815 patacas por metro quadrado. Quando a comparação é feita com a primeira quinzena de Agosto de 2023, os números mais recentes mostram uma diminuição no valor médio do metro quadrado de 11.204 patacas para 92.019 patacas. A redução é mais acentuada, quando se analisa a primeira metade de Agosto dos anos de 2022 e 2021, alturas em que os preços médios por metro quadrado se cifravam em 94.088 patacas (uma redução de 11.204 patacas) e 104.088 patacas (diminuição de 23.398 patacas). O abrandamento do mercado imobiliário é ainda mais visível quando se recua a 2019, o último ano antes do impacto da pandemia da covid-19. Na primeira metade de Agosto de 2019, o metro quadrado médio era comercializado a 119.351 patacas, o que face aos valores mais recentes significa uma quebra de quase um terço do valor (32,2 por cento), ou de 38.536 patacas. A primeira quinzena de Agosto de 2019 ficou marcada pelo valor mais elevado do metro quadrado desde que os dados relativos às metades dos meses começaram a ser publicados, o que aconteceu em 2018. Transacções em quebra Também o número de compras e vendas de habitações mostra tendência negativa. Na primeira metade do último mês foram concluídos 99 negócios, uma diminuição de 36 negócios face ao período homólogo de 2023, quando o registo foi de 135 compras e vendas. O número de Agosto está acima do que tinha sido registado em 2022, quando as transacções concluídas totalizaram 74. No entanto, o cenário está longe do que acontecia até 2021, apesar de em Abril a Assembleia Legislativa ter aprovado uma proposta do Governo para abolir vários impostos aplicados às transacções de habitação. Na primeira metade de Agosto desse ano, tinham sido concluídas 272 compras e vendas de habitação. A diferença é mais significativa face à primeira quinzena de Agosto de 2019, quando se registaram 443 transacções de imóveis para habitação. A comparação entre a primeira quinzena de Agosto deste ano e a primeira quinzena de Julho também mostra igualmente um mercado em abrandamento. A diferença entre o preço médio do metro quadrado foi de 9.498 patacas, dado que em Julho tinha sido de 90.313 patacas por metro quadrado. A nível das transacções, o início de Agosto teve menos uma transacção que o início de Julho.
João Luz Manchete SociedadeBanco de Formiga | AGTech Holdings passa a ser accionista maioritário A AGTech Holdings anunciou ontem a aquisição de participação no Banco de Formiga (Macau), ficando com 51,5 por cento das acções da instituição bancária, que passará a ser uma subsidiária do grupo. O negócio representou um investimento de 234 milhões de patacas A AGTech Holdings anunciou ontem em comunicado ter terminado a aquisição de uma participação no Banco de Formiga (Macau) no valor de 243 milhões de patacas. Após a conclusão do negócio, o grupo passou a deter 51,5 por cento das acções do banco, que se tornará uma subsidiária indirecta não integral do grupo. O grupo AGTech dedica-se a investimentos das áreas das lotarias no Interior da China e prestação de serviços de pagamento electrónico e serviços conexos. Além disso, também vende e aluga terminais e equipamento de pagamento. Recorde-se que o grupo já terá adquirido, em 2022, a Macau Pass, que oferece serviço de pagamento electrónico Mpay e pagamento físico através do cartão Macau Pass. A compra da Macau Pass custou à AGTech 778 milhões de dólares de Hong Kong. No comunicado que anunciou a aquisição da participação no Banco de Formiga (Macau), o grupo apontou que o negócio pode incentivar a transformação digital de Macau através dos recursos e operações do banco, além de satisfazer a procura financeira do mercado. “A aquisição pode produzir um efeito sinérgico com a disponibilização de serviços relevantes para a vida, os negócios do sector cultural e comércio electrónico. Articulando as características turísticas e de lazer vamos oferecer serviços financeiros transfronteiriços, com vista a atrair mais turistas,” lê-se no comunicado. Mudem de rumo O Banco de Formiga (Macau), oferece no território serviços de pagamento electrónico através da Alipay, e o banco virtual também disponibiliza empréstimos dirigidos às empresas pequenas e médias e a particulares, transferências bancárias e investimentos em acções e obrigações. Além disso, o grupo enquadra o negócio no âmbito das prioridades políticas da RAEM. “A aquisição de participação do Banco de Formiga (Macau) é uma resposta activa ao plano do Governo de diversificação adequada da economia 1+4,” é destacado. A AGTech Holdings salienta ainda que o desenvolvimento da indústria de finanças modernas faz parte do discurso do Governo, enquanto uma das áreas essenciais para alcançar a diversificação económica. Recorde-se que o Banco de Formiga de Hong Kong ou de Macau foram criados pelo Ant Group e entraram em serviço em 2020 e 2019, respectivamente. Em Julho de 2020, o Ant Group anunciou a oferta pública inicial na Bolsa de Hong Kong e na Bolsa de Xangai. No entanto, em Novembro do mesmo ano, as autoridades de Hong Kong e de Xangai suspenderam a entrada do grupo na lista. As autoridades do Interior da China justificaram a posição com a necessidade de supervisão financeira e de cumprir os critérios de salvaguarda da concorrência leal e garantias dos direitos de consumidores. No início deste ano, o grupo anunciou que a sua estrutura accionista foi alterada e que o fundador, o empresário Jack Ma, desistiu do controlo do grupo.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeJO | Campeã olímpica perseguida por fãs no Galaxy A atleta Quan Hongchan, que esteve em Macau no contexto da visita da comitiva olímpica chinesa, foi alvo de uma perseguição por parte de uma multidão de fãs enquanto passeava num hotel da Galaxy. A perseguição, registada em vídeo, foi tal que obrigou Quan Hongchan a esconder-se numa casa de banho A passagem da comitiva olímpica por Macau nos últimos dias registou alguns percalços, nomeadamente uma perseguição de fãs à atleta Quan Hongchan, que conquistou duas medalhas de ouro na modalidade de mergulho nos Jogos Olímpicos (JO) de Paris. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra como a atleta, com apenas 17 anos, passeava com um chapéu e máscara num hotel da Galaxy, e depois é perseguida por uma multidão de fãs com telemóveis em punho. As imagens mostram que a atleta fugiu e escondeu-se numa casa-de-banho, enquanto os fãs se amontoavam cá fora e tentavam entrar. “Ela (Quan Hongchan) está a chorar na casa de banho, em choque. Cheguem-se para trás, a atleta prometeu tirar fotografias com vocês. No entanto, devem fazer fila… Se continuarem assim não vai haver sessão de fotografias”, disse um dos seguranças aos fãs junto à porta da casa-de-banho. Os seguranças acabaram por escoltar a atleta para o quarto de hotel onde está hospedada. Bilhetes mais controlados Entretanto, o Instituto do Desporto (ID), na figura de Luís Gomes, presidente substituto, garante estar a estudar medidas para controlar a especulação na compra de bilhetes para eventos desportivos, a fim de controlar os preços no mercado negro e problemas com a identificação dos participantes na entrada dos recintos. A questão surgiu no contexto da visita da comitiva olímpica chinesa a Macau, tendo Luís Gomes referido ao jornal Ou Mun que o Governo deseja que as actividades desportivas possam beneficiar residentes de diferentes classes sociais e idades. O último caso de especulação de bilhetes aconteceu este domingo, quando os bilhetes já estavam à venda nas redes sociais a 1500 patacas cada. O presidente substituto do ID disse que o sorteio dos bilhetes já incluía o registo de dados pessoais dos titulares dos ingressos. Luís Gomes disse ainda que a visita dos atletas olímpicos a Macau pode ajudar a reforçar o sentido de orgulho nacional da população local, tendo relembrado que Macau sempre registou grandes apoios de Pequim depois de 1999. Neste sentido, destacou Luís Gomes, Pequim enviou sempre delegações de atletas para visitas a Macau depois da participação em edições dos Jogos Olímpicos (JO), a fim de apoiar o desporto de Macau e para que a população possa conhecer mais de perto os atletas. O responsável adiantou que o Governo de Macau presta muita atenção aos Jogos Nacionais, prometendo criar em breve uma comissão organizadora dos Jogos, que decorrem em Macau, Hong Kong e Guangdong no próximo ano. JO | Delegação visita espaços comunitários A delegação dos atletas olímpicos chineses realizou ontem de manhã visitas a vários centros comunitários a partir das 10h, nomeadamente o Centro de Serviços do Lago da Taipa da Federação das Associações dos Operários, o Centro de Apoio à Família “Alegria em Abundância” da Associação Geral das Mulheres de Macau, e o Complexo de Apoio à Família e de Serviço Comunitário de Seac Pai Van da União Geral das Associações dos Moradores de Macau. Segundo uma nota oficial, os atletas “ficaram a conhecer as instalações das diferentes instituições, tendo trocado ideias e conversado com os cidadãos”. Houve ainda jogos de ténis de mesa e outras actividades, com sessões de fotografia entre jovens, idosos e atletas. Por sua vez, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, participou num almoço de despedida da delegação, tendo referido que estes, ao participarem nos Jogos Olímpicos de Paris, “mostraram ao mundo o espírito de luta, aperfeiçoamento, unidade e cooperação da nova geração da China”. A governante defendeu que a visita “demonstra a importância que o país dá a Macau, permitindo que todos os sectores da sociedade, especialmente a nova geração, sintam, em proximidade, a glória arduamente conquistada da nação chinesa”. A comitiva esteve três dias em Macau, tendo regressado ontem ao Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau e do Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Um dos momentos altos da visita foi a realização do sarau “O nosso orgulho! – Encontro com a Delegação de Atletas Olímpicos Nacionais em Macau”, que contou com cerca de 5800 espectadores.
João Luz SociedadeReceitas do jogo de Agosto subiram a ritmo acima do esperado Depois de dois meses de habitual sazonalidade, as receitas da indústria do jogo, e o seu ritmo de crescimento, durante Agosto superaram as expectativas dos analistas, atingindo a segunda melhor performance mensal deste ano, depois de em Maio as receitas brutas terem chegado quase a 20,2 mil milhões de patacas. As receitas do jogo subiram 14,8 por cento no mês passado, em comparação com o mesmo mês de 2023. Os casinos arrecadaram cerca de 19,8 mil milhões de patacas em Agosto, de acordo com dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Em termos mensais, o crescimento foi de 6,2 por cento. A JP Morgan Securities reagiu no domingo aos dados revelados pela DICJ acrescentando que o sector teve receitas brutas diárias de 637 milhões de patacas, “o segundo melhor registo em 55 meses e uma recuperação de 81,4 por cento em relação ao período pré-pandémico, e a taxa de recuperação mais elevada desde o surgimento da covid-19”. Os analistas concedem que os resultados de Agosto foram ligeiramente superiores ao consenso dos especialistas. Mas, “talvez ainda mais importante, foi a dinâmica de crescimento mensal acima da história sazonalidade, que tem sido entre 2 e 3 por cento, ultrapassando os 6 por cento, depois de dois meses abaixo dos registos habituais”, referem os analistas da JP Morgan, citados pelo GGRAsia O que nos espera Já a Seaport Research Partners realçou os “números fortes” da entrada de visitantes no território e as “receitas consistentes durante o mês inteiro, que teve cinco fins-de-semana”. Além disso, o analista Vitaly Umansky destaca que Agosto foi o mês mais forte em termos de receitas fora das férias da Semana Dourada. Porém, Setembro costuma colocar água na fervura, antes dos feriados de Outubro. Como tal, a Seaport Research Partners prevê um declínio mensal de cerca de 10 por cento em Setembro, para 17,78 mil milhões de patacas. “Normalmente, Setembro é o mês mais fraco do ano, ou o segundo mais fraco, a par de Junho”, apontou Vitaly Umansky. A JP Morgan também entende que o mês corrente não deverá “deslumbrar ninguém”, uma vez que é o “mês entre as férias do Verão e a Semana Dourada de Outubro”.