BNU com quebra de lucros na ordem dos 41 por cento

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou em 2020 lucros de 420,3 milhões de patacas, de acordo com o balancete publicado no Boletim Oficial.

Em comparação com 2019, quando contabilizou 721,9 milhões de patacas, o BNU registou uma perda de 41,7 por cento. O BNU, do Grupo Caixa Geral de Depósitos é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda na RAEM. Além de Macau, o BNU está também presente em Xangai e em Hengquin, Zhuhai.

11 Fev 2021

Créditos por pagar das PME aumentam

As dívidas de empréstimos não pagas pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) cresceram 113 por cento entre a primeira e a segunda metade do ano passado. Segundo os dados oficiais publicados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), na segunda metade do ano o montante dos empréstimos por pagar pelas PME era de 486,5 milhões de patacas, quando nos seis meses anteriores se tinha limitado a 228,3 milhões.

Em ano de pandemia, e ao mesmo tempo que cresce o montante dos empréstimos não pagos, houve uma redução no montante dos empréstimos as que as PME recorreram. Na primeira metade do ano, tinham sido aprovados créditos para estas empresas no valor de 15,3 mil milhões de patacas. Contudo, a partir de Julho o montante foi cortado para praticamente metade, o equivalente a 8,2 mil milhões de patacas, o que significa um corte de 46,5 por cento.

Na nota da AMCM sobre os resultados é indicado que o “novo crédito aprovado às PME no segundo semestre de 2020 recuou”, mas que, por outro lado, “o valor utilizado do total dos empréstimos concedidos […] registaram um acréscimo”.

Os sectores que mais cortaram nos pedidos de empréstimos foram os “restaurantes, hotéis e similares”, com uma diminuição de 5,8 por cento, os “transporte, armazéns e comunicações”, com redução de 4,4 por cento, e finalmente o “comércio por grosso e retalho”, onde a mudança foi de 2,9 por cento.

Os sectores da “tecnologia de informação” e “construção e obras públicas” registaram uma tendência oposta à maioria do mercado e aumentaram os empréstimos em 7,9 por cento e 2,9 por cento, respectivamente.

Sobre as alterações nos diferentes sectores, a AMCM considerou que “os empréstimos às PME para as principais indústrias permaneceram estáveis”.

11 Fev 2021

Vacinas covid-19 | Fidelidade orgulha-se de contrato com o Governo

A seguradora Fidelidade Macau diz estar honrada por ter sido escolhida pelo Governo para o seguro relativo às reacções adversas ou efeitos secundários de administração de vacinas contra a COVID-19. A posição foi tomada ontem por Paulo Barbosa, CEO da Fidelidade Macau, em comunicado.

“A protecção de vidas e o bem-estar das pessoas sempre foram as nossas principais competências, salvaguardando a estabilidade da sociedade de Macau. Esta oportunidade de fornecer esta cobertura à população de Macau enche-nos de honra, mas também de um maior sentido de responsabilidade e compromisso para com todos os cidadãos nestes tempos de mudança”, afirmou Paulo Barbosa.

De acordo com os moldes do contrato entre o Governo e a empresa, o montante máximo segurado por pessoa abaixo dos 70 anos é de um milhão de patacas. Para as pessoas com mais de 70 anos, o montante é reduzido em 50 por cento. O período de cobertura será de 90 dias após cada vacinação.

11 Fev 2021

Jogo | MGM China com perdas de 1,37 mil milhões de dólares de HK em 2020

A MGM China, que opera dois casinos em Macau, apresentou perdas de 1,37 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, devido ao impacto da causado pela pandemia. Em 2019, a MGM China tinha registado 6,18 mil milhões de dólares de Hong Kong de EBITDA ajustado positivo (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações).

Contudo, o impacto da pandemia e as medidas para travar a covid-19 na capital mundial do jogo fizeram com que os casinos registassem perdas históricas.

Na mesma nota, o MGM China apresentou ainda receitas de 5,09 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, quando no ano anterior tinha apresentado cerca de quatro vezes mais: 22,76 mil milhões de dólares de Hong Kong. Este valor representa uma quebra de 77%.

Com a imposição de restrições fronteiriças e com a suspensão dos vistos turísticos da China (o maior mercado turístico de jogo para Macau), cuja emissão foi retomada no final de setembro, os casinos de Macau sofreram perdas sem precedentes, ainda que a partir de outubro tenham registado uma tímida recuperação, em receitas e nas operações. Desta forma, nos últimos três meses de 2020, a operadora registou um melhor desempenho.

No último trimestre de 2020, o grupo apresentou EBITDA ajustado positivo de 367 milhões de dólares de Hong Kong, ainda assim uma diminuição de 58% em relação ao período homólogo de 2019.

Os casinos de Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação a 2019, ano em que a região administrativa especial chinesa recebeu quase 40 milhões de turistas.

11 Fev 2021

Governo renova concessão de dois terrenos à Diocese de Macau para fins educativos

O Governo atribuiu uma nova concessão, sem concurso público, de dois terrenos à Diocese de Macau para que esta possa manter as escolas Dom João Paulino e o infantário de Nossa Senhora do Carmo, na Taipa, bem como as escolas de São José e D. Luís Versíglia, na povoação de Ká-Hó, em Coloane

 

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, assinou dois despachos, ontem publicados em Boletim Oficial (BO), que dão conta da concessão de dois terrenos à Diocese de Macau para fins educativos. Um dos terrenos está localizado junto à avenida Carlos da Maia, na Taipa, e destina-se a “manter construídas a creche e a escola particular dedicadas à educação regular”, estando estas “integradas no sistema de escolaridade gratuita”. As instituições de ensino são a Escola Dom João Paulino e o infantário de Nossa Senhora do Carmo.

A 9 de Agosto de 2019 foi declarada a caducidade da concessão gratuita, por arrendamento, do referido terreno. No entanto, a 25 de Julho do mesmo ano a Diocese de Macau já tinha solicitado a concessão gratuita do terreno, pedido que mereceu o parecer favorável da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). A DSSOPT entendeu que a Diocese de Macau “reúne as condições para que lhe seja atribuída uma nova concessão gratuita”, além de que “a concessão solicitada visa manter as instalações escolares particulares existentes no terreno, dedicadas à educação regular e integradas no sistema escolar de escolaridade gratuita”.

Terreno em Ka-Hó

O segundo terreno também concessionado à Diocese de Macau fica situado na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, em Coloane, onde funcionam a escola de S. José de Ká-Hó e escola D. Luís Versíglia. O pedido para uma nova concessão foi feito a 1 de Junho de 2017, tendo em conta que terminou o prazo de 25 anos “sem que a concessionária tivesse requerido oportunamente a renovação da concessão”.

A DSSOPT voltou a dar um parecer favorável a uma nova concessão gratuita por arrendamento, processo esse que foi analisado pela Comissão de Terras a 12 de Novembro do ano passado.

11 Fev 2021

Governo espera entre 16 a 20 mil visitantes diários no Ano Novo Chinês

Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, disse ontem que o Executivo espera uma média diária de 16 a 20 mil pessoas nos sete dias do Ano Novo Chinês, num total de 100 mil pessoas. Quanto às previsões do número de turistas para este ano, a responsável falou de seis a dez milhões de pessoas, um valor abaixo dos 14 milhões de turistas previstos no Orçamento

 

Com a campanha de vacinação contra a covid-19 a arrancar em Macau e em outros lugares do mundo, e com as autoridades chinesas a desaconselharem viagens para o exterior, os números do turismo vão continuar a ser tímidos face ao boom registado nos anos anteriores.

Ontem, na Conferência Anual do Turismo, Helena de Senna Fernandes, que lidera a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), disse prever uma média diária de visitantes nos sete dias do Ano Novo Chinês entre as 16 e 20 mil pessoas, num máximo de 100 mil pessoas nesse período. “Parece-me difícil atingir o número total de 200 mil [pessoas]”, disse à margem do evento.

“Em Janeiro houve poucos dias onde se ultrapassaram as 20 mil pessoas por dia. No interior da China as autoridades estão a aconselhar as pessoas a não saírem da sua província, e a nossa perspectiva é a de um Ano Novo Chinês com menos visitantes”, frisou.

Sobre a taxa de ocupação hoteleira, a responsável explicou que está nos 30 por cento entre hoje e até à próxima quarta-feira, dia 17, dados relativos a esta terça-feira. “Nos hotéis de 3 e 5 estrelas é melhor, a taxa é superior a 30 por cento. Nos estabelecimentos de 1 ou 2 estrelas e pensões, a situação é pior, [a taxa de ocupação] não chega aos dois dígitos.”

Helena de Senna Fernandes destacou o facto de muitos residentes optarem por passar os feriados do Ano Novo Chinês em hotéis. “Da nossa parte encorajamos isso porque também ajuda o sector.”

Em relação às previsões de visitantes para este ano, Helena de Senna Fernandes garantiu que não irá além dos dez milhões de turistas. “Gostávamos de ter dez milhões, mas a nossa estimativa é entre seis a dez milhões. Esperamos que após a pandemia a situação volte à normalidade, porque o ano passado recebemos 5,9 milhões de pessoas.”, disse. De frisar que o Orçamento para 2021 previa a vinda de 14 milhões de turistas.

“Tudo depende do começo da vacinação e de como vão ser as exigências para as fronteiras. Só aí é que conseguiremos ter uma visão mais correcta do número de visitantes. Com os números de Janeiro não vemos a possibilidade de um aumento grande do número de turistas este ano”, disse Helena de Senna Fernandes que espera, no entanto, um melhor cenário no segundo semestre.

“Talvez na segunda parte do ano [a situação] seja melhor, porque só com 60 por cento das pessoas vacinadas haverá uma protecção alargada, segundo sei. Antes de relaxar qualquer controlo das fronteiras temos de ter uma grande proporção da população vacinada.”

Novas excursões

Depois do lançamento do programa de excursões locais intitulado “Vamos! Macau!”, a DST está a ponderar criar o programa “Macau Ready Go”. “Podemos lançar um novo programa e não uma réplica do antigo. Estamos a conversar com o sector e a pensar em possíveis alternativas. Nós, residentes, podemos não aceitar que nos ofereçam exactamente o mesmo produto antigo sem qualquer alteração.”

Relativamente às agências de viagens, funcionam actualmente 217, sendo que 13 fecharam portas o ano passado e quatro abriram. A directora da DST não soube precisar o número de trabalhadores despedidos, nem sequer no seio dos guias turísticos, uma vez que a maioria trabalha em regime freelance. No início da pandemia houve 33 hotéis que pediram para suspender a sua actividade devido à falta de turistas mas entretanto já abriram portas.

11 Fev 2021

José Tavares garante que IAM está preocupado com mortes de gatos

Após terem sido encontrados seis felinos mortos no Iao Hon, que eleva o número de gatos massacrados para onze desde Dezembro, o Governo sublinha que está empenhado na luta contra os crimes de violência que visam animais

 

O presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), José Tavares, garante que o organismo está a assumir todas as responsabilidades no caso do surgimento de seis corpos de gatos no Iao Hon. O caso foi denunciado pela ANIMA, em duas situações diferentes, nos últimos dias.

“É uma preocupação do IAM e logo na primeira instância colaborámos com o Corpo de Polícia de Segurança Pública para começar as averiguações”, disse José Tavares sobre o caso. “Na primeira denúncia foram detectados três corpos, mas afinal eram mais. Quando fomos ao local na segunda vez, os restantes corpos já estavam muito deteriorados. Tentámos recolhe-los e fizemos uma análise. Mas tudo foi entregue à polícia para fazer uma investigação mais a sério”, acrescentou.

Segundo os resultados da autópsia aos corpos encontrados não foram detectados vestígios de envenenamento que expliquem as mortes felinas.

Aos seis corpos encontrados no Iao Hon junta-se um outro caso que aconteceu no Edifício Jardins do Oceano, onde foram cinco gatos terão sidos atirados pela janela por um dos moradores. O caso só foi relatado quase um mês depois de ter acontecido, o que prejudicou a investigação uma vez que as autoridades nunca encontraram os corpos.

Apelo a denúncias

Face a este contexto, o presidente do IAM apelou às pessoas para que denunciem as situações de abusos, e prometeu que o Governo vai actuar contra os crimes. “As pessoas têm que ter uma sensibilização e qualquer acto que considerem esquisito deve comunicá-lo. Os animais não falam, por isso as pessoas têm de interagir e colaborar connosco. Só podemos actuar através de denúncias”, atirou.

Na conversa com os jornalistas sobre os dois massacres de gatos, Tavares defendeu ainda a actuação Governo e negou que não haja vontade para punir os infractores à lei da protecção animal.

“Temos sempre a vontade de punir [os infractores]. Temos dezenas de acusações do ano passado, não ficamos de braços cruzados. Houve condenações e multas, não muito graves, mas foram aplicadas de acordo com a lei”, sustentou.

Além dos seis gatos encontrados mortos no Iao Hon, entre os quais estava uma gata grávida, a ANIMA procedeu igualmente ao resgate de outros sete felinos vivos, que foram levados para o abrigo da associação.

11 Fev 2021

Tráfico de droga | TUI mantém pena por co-autoria em crime

O Tribunal de Última Instância (TUI) decidiu negar provimento ao recurso apresentado por um indivíduo acusado do crime de tráfico de droga como co-autor do mesmo. Este arguido foi condenado pelo Tribunal Judicial de Base (TJB) a uma pena de prisão efectiva de sete anos e seis meses pela “co-autoria material na forma dolosa e consumada do crime de tráfico ilícito de estupefacientes”.

No entanto, o indivíduo, depois de perder um primeiro recurso no Tribunal de Segunda Instância (TSI), recorreu para o TUI alegando que “a sua conduta não deve ser qualificada como. A prática, em co-autoria material, do crime de tráfico ilícito de estupefacientes, devendo antes ser considerado mero cúmplice do dito crime e, como tal, beneficiar de uma atenuação especial da pena”.

O TUI não entendeu assim, uma vez que “o recorrente fez a viagem combinada e juntamente com outro agente de Hong Kong para Macau para levar a cabo a respectiva actividade com o propósito de obter vantagens económicas, agindo com conhecimento de todos os pormenores daquela, de forma livre e conscientemente, de comum acordo e em conjugação de esforços, acompanhando e participando activamente em todas as fases do projecto criminoso até a sua concretização”.

Além deste indivíduo o TJB condenou também um outro, também pelo crime de tráfico de droga, com a mesma moldura penal. Este chegou a recorrer para o TSI a fim de ver reduzida a pena, sem sucesso.

10 Fev 2021

ANIMA | Encontrados mais três gatos mortos no bairro do Iao Hon

A ANIMA encontrou ontem mais três gatos mortos na Rua Seis do bairro de Iao Hon, na zona norte da península de Macau. A associação ligada à protecção dos direitos dos animais adiantou nas redes sociais que um dos corpos já se encontrava em decomposição.

Tanto a polícia como os responsáveis do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) foram chamados ao local, onde também foram resgatados sete outros felinos, reencaminhados para as instalações do IAM. Esta segunda-feira foram encontrados, no mesmo bairro, mas na Rua Dois, outros três gatos mortos. A entidade liderada por José Tavares afirmou que, neste caso, uma gata estava grávida e que não se registaram sinais de traumas ou fracturas nos animais. Foi, por isso, excluída a possibilidade de maus tratos ou de queda. No entanto, o IAM afirmou também que há indícios de morte em circunstâncias suspeitas pelo que o caso foi qualificado como crime de crueldade contra animais, estando a ser investigado pelas autoridades.

Segundo a lei de protecção dos animais em vigor, o crime pode levar a uma pena de prisão de até um ano ou pagamento de uma multa de 120 dias. Desde Dezembro que foram encontrados 11 gatos mortos, cinco deles nos últimos dias só na zona do Iao Hon.

A ANIMA tem neste momento a decorrer uma campanha de angariação de fundos dadas as dificuldades financeiras que enfrenta. Segundo informação divulgada pela associação, a campanha começou há 20 dias e já permitiu pagar os salários de todos os funcionários relativos ao mês de Janeiro, o que corresponde a 370 mil patacas. No total, a ANIMA conseguiu 809 mil patacas. A campanha vai continuar até o apoio concedido pela Fundação Macau ficar garantido.

10 Fev 2021

Desempenho das receitas de massas abaixo do esperado na primeira semana de Fevereiro

As receitas do jogo de massas nos casinos de Macau registaram, na primeira semana de Fevereiro, um crescimento inferior a igual período de Janeiro, de menos 17 por cento, devido às restrições de viagem que continuam a ser impostas pelas autoridades chinesas. Os analistas da Sanford C. Bernstein prevêem que o impacto irá manter-se no período do Ano Novo Chinês

 

Os resultados das apostas de massas nos casinos, relativos à primeira semana de Fevereiro, continuam a não ser os esperados e, além disso, estão abaixo dos números registados em Janeiro. Os dados são da consultora Sanford C. Berstein e, segundo o portal GGRAsia, revelam uma quebra de 17 por cento face à primeira semana de Janeiro e de menos 79 por cento face à primeira semana de Fevereiro de 2019 no que diz respeito à média diária de receitas arrecadadas.

A consultora, que chegou a estes números através das suas próprias fontes junto do sector do jogo, adiantou que nos primeiros sete dias de Fevereiro o jogo de massas arrecadou 1,5 mil milhões de patacas em receitas, uma média diária de 215 milhões.

Os analistas Vitaly Umansky e Tianjiao Yu alertaram que estes valores se devem ao facto de a China “continuar sob pressão devido ao aumento do contágio de covid-19 no país”. Dados oficiais mostram ainda que as receitas de jogo tiveram em Janeiro um crescimento de 2,6 por cento, de apenas oito mil milhões de patacas.

Os baixos valores registados em Fevereiro também se podem explicar pelo facto de se registar “um abrandamento típico na semana anterior ao Ano Novo Chinês”. “A semana anterior ao Ano Novo Chinês [de 11 a 17 de Fevereiro] é geralmente mais calma em Macau, uma vez que as viagens são adiadas para os feriados e para depois dos feriados”, notou a consultora.

Optimismo moderado

Na mesma nota, a consultora frisou ainda que as restrições de viagem impostas pela China, além das medidas de confinamento, “vão levar a, pelo menos, uma redução do número de visitas a Macau nas próximas semanas, com um impacto nas visitas durante o período do Ano Novo Chinês (algo que já tinha sido antecipado)”, escreveram Vitaly Umansky e Tianjiao Yu.

O optimismo junto das operadoras para este período é moderado, tal como noticiou também o GGRAsia citando declarações de concessionárias ao jornal Hong Kong Economic Journal. No caso de Ambrose So, director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau, as expectativas depositam-se nas viagens de turistas oriundos do interior da China.

“É muito provável que [as receitas do jogo] sejam de 300 milhões de patacas [por dia], é um número que pode ser alcançado”, afirmou à publicação. Wilfred Wong, presidente das operações de Macau do grupo Sands China, avançou que as celebrações podem “não ser tão calmas quanto o mercado esperava”.

Alvin Chao, presidente da empresa promotora de jogo SunCity , disse acreditar que o cenário pode ser melhor do que em Outubro do ano passado, quando se celebrou a Semana Dourada, mas alertou que os casos recentes no Interior e eventuais restrições fronteiriças podem contribuir para um impacto negativo.

10 Fev 2021

Bairros Antigos | Moradores contra a construção de estação de electricidade

Após ter enviado uma carta ao Chefe do Executivo, um grupo de moradores deu ontem a cara como um acto de desespero para explicar os receios com as ondas e os barulhos emitidos pelo posto de distribuição

 

Um grupo de moradores do Edifício Sak I, perto do Beco da Rosa, está contra a construção de uma subestação de distribuição de electricidade no local. A oposição foi manifestada ontem, através de uma conferência de imprensa organizada em conjunto com a Associação Novo Macau, depois de já ter sido enviada uma carta ao Chefe do Executivo, na semana passada, com cerca de 80 assinaturas.

Segundo os planos da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), a subestação vai ser erigida no topo de um ponto de recolha de lixo. No entanto, o local fica junto à parede do Edifício Sak I e alguns dos quartos dos habitantes.

Uma das pessoas que ontem deu a cara contra a construção foi Lo Sao Lan, moradora com cancro da mama e que vive no primeiro andar, ou seja, que vai ficar com o quarto colado à subestação.

“Eu não queria dar a cara, mas estamos num momento de desespero e senti que tinha de falar”, afirmou Lo Sao Lan, sobre os motivos que a levaram a opor-se à construção da subestação. “Eu já sofro com a doença, tenho muita dificuldade para dormir e passo muito tempo no quarto. Se a construção avançar vou ficar colada à subestação”, acrescentou. “É uma situação que me deixa muito, muito, muito triste”, desabafou, em lágrimas.

Segundo Lo, os habitantes temem os efeitos a longo prazo não só das ondas electromagnéticas mas também o barulho que as estações fazem ao funcionar.

A história da construção de uma subestação neste local não é nova. Anteriormente, houve planos para que a construção avançasse junto ao Templo do Bazar. Porém, os planos foram abandonados. O mesmo aconteceu com os planos de construção da subestação junto de um outro edifício na Rua das Estalagens, neste caso por oposição dos moradores.

Pedida suspensão

Entre os moradores do prédio que se afirmaram contra a construção da subestação esteve igualmente o casal Lei. A esposa foi a primeira a revelar os motivos que a fazem ser contra o projecto. “Fica demasiado perto do edifício e só há uma parede de distância. É inaceitável […] Esperamos que o governo possa escolher um sítio que não se aproxima das habitações”, desejou. “Perto do nosso edifício já existem três subestações de electricidade, num total de 18 em Macau e Taipa. Nós não sabemos porque é que nesta zona tão pequena já existem três subestações deste tipo”, sublinhou.

Por sua vez, o marido do casal Lei queixou-se da política da CEM, que anteriormente havia dito que o projecto seria cancelado. “Quero saber o que a CEM está a fazer. A 30 de Setembro do ano passado, a CEM realizou a sessão de consulta com os moradores e disse que ia cancelar a construção. A 1 de Outubro, o serviço de clientes da CEM cancelou a confirmação, porém, as autoridades dizem que não foi nada cancelado”, começou por explicar Lei.

O morador queixou-se ainda do tratamento aos moradores e recorreu ao exemplo de Lo Sao Lan: “Esta idosa é doente crónica, já declarou à CEM que sofre da doença e agem desta forma? Será que só param quando ela morrer?”, questionou.

Quanto à Novo Macau, a associação democrata fez-se representar pelos vice-presidentes Sulu Sou e Rocky Chan. Este último apelou ao Governo para que oiça os moradores do edifício e que compreenda que estão a agir devido ao desespero da situação.

10 Fev 2021

Governo recorre de decisão que anulou multa à empresa Surf Hong

No Verão de 2018 algumas piscinas encerraram devido a uma greve dos trabalhadores da Surf Hong, que fornecia os nadadores-salvadores. O caso resultou numa multa de 7,6 milhões, posteriormente anulada pelos tribunas. O Governo decidiu agora recorrer da decisão

 

O Governo recorreu para o Tribunal de Última Instância (TUI) da decisão do Tribunal de Segunda Instância (TSI), que anulou a multa de 7,6 milhões de patacas aplicada à empresa Surf Hong. A interposição de recurso foi revelada ontem pelo Instituto de Desporto (ID), ao HM, após análise da secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura.

“Depois de uma cuidadosa análise do teor do Acórdão exarado pelo TSI no âmbito do Recurso Contencioso n. 208/2019 em que é recorrente Wong Chon Heng (Proprietário da empresa Surf Hong) foi entendido interpor recurso jurisdicional para o TUI”, respondeu o ID, depois das questões enviadas ao Governo.

A Surf Hong era a empresa responsável pelo contrato de fornecimento de nadadores salvadores para as piscinas no ID no Verão de 2018, quando os trabalhadores entraram em greve e fizeram com que as piscinas de Cheoc Van e Dr. Sun Yat Sen encerrassem de forma temporária. Na origem da greve estiveram motivos de ordem laboral, nomeadamente o facto de os nadadores terem sido obrigados a assinar declarações em que abdicavam do pagamento das horas extra.

O encerramento foi encarado pelo Executivo como uma contratual e o então secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, aplicou duas multas à Surf Hong. Uma primeira multa no valor de 7,6 milhões, que foi anulada no final do mês passada, e uma segunda no valor de 4,1 milhões de patacas.

Segundo recurso

Com a decisão revelada ontem, o Governo e a Surf Hong têm assim dois casos pendentes no TUI. O outro caso diz respeito à multa de 4,1 milhões de patacas que também já havia sido anulada pelo TSI, que se justificou argumentando que uma greve é um motivo de “força maior”.

Também neste caso a secretaria já tinha interposto recurso, quando era liderado por Elsie Ao Ieong U. “O Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura interpôs recurso jurisdicional para o TUI do Acórdão exarado pelo TSI no âmbito do Recurso Contencioso n. 209/2019 em que é recorrente Wong Chon Heng (Proprietário da empresa Surf Hong)”, foi confirmado, na resposta obtida ontem pelo HM.

Apesar do valor das duas multas ter sido anulado pelo TSI, os pagamentos já tinham sido efectuados, uma vez que a empresa tinha perdido a batalha jurídica para ser obrigada pagar o montante quando houvesse uma decisão final.

10 Fev 2021

Ano Novo Chinês traz optimismo ligeiro às concessionárias

As celebrações do Ano Novo Chinês são aguardadas com um “optimismo moderado” por parte das operadoras SJM, Sands China e Wynn Macau. Estas foram as expectativas partilhadas por membros da gestão ao jornal Hong Kong Economic Journal, e traduzidas e citadas pelo portal GGR Asia.

Um dos ouvidos foi Ambrose So, director executivo da SJM, que se mostrou confiante na vinda de turistas do Interior a Macau, devido às restrições que impedem a realização de viagens de turismo ao estrangeiro. Este aspecto, aliado à ausência de uma nova vaga de covid-19 no Interior, jurisdição que ontem não registou qualquer caso de infecção, justificam a confiança de So para o aumento das vindas à RAEM.

Em relação a números, o responsável da SJM disse acreditar em receitas superiores a 300 milhões de patacas por dia. “É muito provável que [as receitas do jogo] sejam de 300 milhões de patacas, é um número que pode ser alcançado”, afirmou à publicação. Ao mesmo tempo, Ambrose So afastou o cenário das receitas chegarem aos 400 milhões de patacas.

Por sua vez, Wilfred Wong, presidente das operações de Macau do grupo Sands China, avançou que as celebrações podem “não ser tão calmas quanto o mercado esperava”. Wong apontou que apesar de em Janeiro, como consequência de um aumento do número de casos de covid-19 no Interior, ter havido vários cancelamentos de reservas, que a tendência foi invertida em Fevereiro e que houve uma nova onda de reservas. Contudo, o dirigente da Sands fez questão de sublinhar que o facto de haver um número grande de turistas não significa automaticamente um grande volume de apostas.

Restrições nas fronteiras

Anteriormente, durante a apresentação de resultados da Wynn, o presidente da empresa, Ian Coughlan, tinha dito que apesar dos últimos casos terem causado impacto nas reservas, continuava a haver um grande interesse. “Vemos muitos jogadores a mostrarem-se interessados em jogar no Ano Novo Chinês. Vemos que os nossos maiores jogadores estão a reservar quartos e vilas, e que vão potencialmente viajar [durante esta época]”, indicou.

A publicação de Hong Kong ouviu igualmente as expectativas de Alvin Chao, presidente da empresa promotora de jogo SunCity. O empresário crê que o cenário pode ser melhor do que em Outubro do ano passado, quando se celebrou a Semana Dourada, mas alertou que os casos recentes no Interior e eventuais restrições fronteiriças podem contribuir para um impacto negativo.

9 Fev 2021

Hotel The Londoner está oficialmente aberto desde ontem

Depois do cheirinho de Veneza e Paris, o mais recente hotel da Sands China traz para Macau o espírito de Londres. A primeira fase do investimento de 15,2 mil milhões de patacas foi ontem oficialmente inaugurada

 

Foi ao som de Queen e no meio da recriação do ambiente da capital inglesa que a primeira fase do hotel e casino The Londoner foi ontem oficialmente inaugurada. No total, o investimento da concessionária da Sands China vai ser de 15,2 mil milhões de patacas. Wilfred Wong, presidente da empresa, destacou que o empreendimento de luxo vai contribuir para trazer mais turistas a Macau, numa fase em que o mercado atravessa uma crise sem precedentes.

“Temos estado a operar de forma experimental desde o Natal e Ano Novo. O que descobrimos é que ao trazer o Londoner para o mercado estamos a promover a visita de pessoas que de outra forma não visitariam Macau”, afirmou o responsável. “Por isso, dizemos [a potenciais visitantes] que estamos a abrir novas instalações e perguntamos às pessoas, que anteriormente não tinham qualquer plano de visitar Macau, se querem vir e fazer uma reserva”, acrescentou.

E a oferta vai ser especialmente focada nos clientes com maior poder de compra, que a Sands acredita estar disponível para viajar, mesmo com as limitações em tempo de pandemia: “Há turismo suficiente para justificar viagens de luxo e estamos a oferecer um ambiente muito luxuoso para os visitantes”, destacou.

É por isso sem surpresa que algumas das maiores promotoras de junkets, como a Suncity ou a Tak Chun, estão presentes no novo espaço. Segundo Wilfred Wong este é um sinal de confiança. “O sector VIP depende das tendências e nesta altura está relativamente fraco, devido a vários factores. Mas só mostra que alguns dos maiores junkets mostram muita confiança no Londoner, enquanto um produto para atrair os seus clientes”, argumentou.

Sem “milagres”

Nesta fase, o Londoner tem disponíveis 600 suites de luxo, além de várias atracções como a Praça Crystal Palace, com uma decoração vitoriana e recriando no centro a estátua de Piccadilly Circus. Além destas suites, encontram-se outras 14 decoradas por David Beckham, embaixador da marca para Macau, mas que só vão estar disponíveis no final do ano.

O Londoner abre as portas numa altura em que o mercado do turismo está longe dos melhores dias. Também por isso, Wilfred Wong admitiu não esperar milagres, ao contrário do que aconteceu com o primeiro casino da Sands em Macau, cujo investimento total foi recuperado em menos de um ano. “O primeiro investimento da Sands foi o que se pode chamar um verdadeiro milagre. Mas, se olharmos para os outros investimentos que fizemos, o tempo para recuperar o investimento foi mais longo”, indicou. “Por exemplo, o Parisian é um projecto muito bem sucedido, mas leva vários anos a recuperar o investimento. É normal”, realçou.

Este foi o primeiro empreendimento da Sands, após a morte do fundador do grupo Sheldon Adelson, que aconteceu no início de Janeiro. A cerimónia contou assim com um momento solene para recordar o multimilionário.

9 Fev 2021

Habitação | Índice de preços subiu ligeiramente em 2020

Entre Outubro e Dezembro no ano passado, o índice global de preços da habitação cresceu 0,2 por cento, em comparação com o trimestre anterior. Dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) especificam que o custo da habitação, no último trimestre de 2020, aumentou na Península de Macau 0,3 por cento, enquanto o índice da Taipa e Coloane registou o mesmo valor, mas no sentido descendente (-0,3 por cento).

No segmento de habitações construídas os preços subiram 0,1 por cento, em relação ao trimestre anterior, destacando-se que o índice da Península de Macau ascendeu 0,3 por cento, contudo, o índice da Taipa e Coloane diminuiu 0,3 por cento.

Quanto à idade dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas há mais de seis anos e menos de 10 anos subiu 3,8 por cento, enquanto que o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos subiu 1,3 por cento. Os preços de edifícios construídos há mais de 11 anos e menos de 20 anos baixaram 2 por cento. Relativamente aos edifícios ainda em construção, índice de preços subiu ligeiramente (0,1 por cento) entre Outubro de Dezembro, em relação ao trimestre anterior.

Durante o ano 2020, o índice global de preços da habitação aumentou 0,1 por cento, em termos anuais. Destaca-se que o índice de preços de habitações em construção subiu 1,5 por cento, enquanto o de habitações construídas caiu 0,1 por cento.

9 Fev 2021

Wan Kuok Koi está em Macau e distribuiu lai sis

O HM obteve um vídeo que mostra o ex-líder da tríade 14 quilates a inaugurar um café em Macau no final da semana passada e a segurar uma faixa de apoio à associação de Hongmen e ao “irmão Koi”

 

Procurado pelas autoridades da Malásia, que dizem ter pedido à Interpol para emitir um Alerta Vermelho, Wan Kuok Koi, também conhecido como “Dente Partido”, está em Macau. De acordo com um vídeo obtido pelo HM, Wan esteve mesmo presente, no final da semana passada, na inauguração do Café Ka Wa, na Rua 5 de Outubro.

Nas imagens é possível ver Wan não só a distribuir “lai sis” por alguns dos presentes, que agradecem, mas também um grupo de pessoas presentes na inauguração a segurar uma faixa onde se pode ler: “Amar Hongmen! Apoiar o irmão Koi”.

As ligações entre Wan Kuok Koi e a Associação Mundial de História e Cultura de Hongmen não são novas e em Junho de 2018, o agora empresário abriu uma sucursal da associação no Camboja. Nesse ano, em entrevista à East Week, “Dente Partido” afirmava que tinha como objectivo abrir escolas e lares para promover o ensino da língua e cultura chinesa.

A Hongmen foi uma associação secreta com uma grande influência na sociedade chinesa, principalmente durante o período da República da China, tendo contado nos seus quadros com políticos como Sun Yat Sen ou Chiang Kai Shek. No entanto, em algumas jurisdições, como em Hong Kong, a Hongmen foi proibida devido às ligações entre os seus membros e as tríades.

Wan Kuok Koi é procurado na Malásia devido a um esquema que terá resultado numa fraude com um valor superior a dois milhões de dólares americanos. Foi igualmente sancionado em Dezembro do ano passado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que na justificação para a decisão indicou que a associação Hongmen estava a ser utilizada para legitimá-lo em Hong Kong e Macau.

Sem possibilidade de entrega

Na semana passada, Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, recusou revelar se Wan Kuok Koi se encontrava em Macau. O governante justificou a recusa dizendo que não falava de “casos concretos” porque se tratava de informação relacionada com o direito à privacidade.

No entanto, quando confrontado com a possível existência de um Alerta Vermelho da Interpol contra Wan, o secretário para a Segurança sublinhou que Macau está constantemente em comunicação com as entidades internacionais e que segue os procedimentos internacionais para este tipo de situações. A prática internacional define que uma jurisdição não entrega os seus residentes ou nacionais a outra.

Apesar das autoridades da Malásia terem dito que iam avançar com um pedido de Alerta Vermelho, à hora de fecho desta edição, a Interpol ainda não fazia constar no portal o nome de Wan Kuok Koi.

9 Fev 2021

Grande Baía | AMCM com acordo que agiliza investimentos em produtos financeiros 

A Autoridade Monetária e Cambial de Macau foi uma das entidades que assinou, na sexta-feira, um memorando de entendimento intitulado “Gestão Financeira Transfronteiriça”, que promete agilizar investimentos dos residentes de Macau e Hong Kong em produtos financeiros operados por bancos na China, e vice-versa

 

Várias entidades, incluindo a Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM), assinaram na última sexta-feira um memorando de entendimento na área financeira no contexto do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Segundo um comunicado oficial divulgado pela AMCM, este memorando, intitulado “Gestão Financeira Transfronteiriça”, irá estabelecer um projecto piloto com o mesmo nome que se baseia “numa cooperação recíproca, consubstanciada na prestação integral de uma assistência plena às outras partes signatárias”.

A AMCM promete “promover o projecto e manter uma comunicação com o sector bancário, permitindo que [este] esteja plenamente preparado para a realização de operações e gestão de risco”.

O memorando foi assinado entre a AMCM e entidades como o Banco Popular da China, a “China Banking and Insurance Regulatory Commission (CBIRC)”, Comissão Reguladora de Valores da China, a Administração Estatal de Divisas Estrangeiras (SAFE), a Autoridade Monetária de Hong Kong e a “Hong Kong Securities and Futures Commission (HKSFC)”.

Segundo o canal CGTN, o memorando de entendimento cobre áreas como a troca de informações em matéria de supervisão, o reforço da cooperação jurídica, uma maior protecção dos investidores e regras em matéria de consultoria.

Investir cá e lá

O principal objectivo deste memorando é reduzir as restrições que neste momento existem para 70 milhões de residentes da área da Grande Baía, a fim de permitir um maior acesso a produtos financeiros. Segundo a CGTN, ainda não foram divulgados grandes detalhes do memorando, mas trata-se de um sistema que vai permitir aos residentes de Hong Kong e Macau investir em produtos financeiros de bancos chineses na área da Grande Baía, enquanto que os cidadãos chineses que residem nas cidades da Grande Baía podem investir em produtos financeiros dos bancos de Macau e de Hong Kong.

Este memorando de entendimento já tinha sido anunciado em Maio do ano passado pelas autoridades chinesas, inserido num pacote de várias medidas em prol da integração do sistema financeiro na Grande Baía.

Citado pelo portal FineNews Asia, Peter Wong, dirigente do banco HSBC, adiantou que “a economia da Grande Baía representou 1,7 triliões em 2019 e espera-se que venha a atingir os 4,6 triliões de dólares em 2030. Ao nível dos serviços financeiros, esperamos que a região se torne numa das maiores plataformas de lucros na área da banca, com um valor que pode atingir os 185 mil milhões de dólares em 2023”.

Recentemente bancos como o HSBC, Standard Chartered e Bank of East Asia nomearam chefes de departamentos para trabalharem exclusivamente no projecto da Grande Baía, escreve o FineNews Asia.

9 Fev 2021

Fraude | Empresário a viver em Macau condenado em Portugal

O Tribunal de Coimbra deu como provado que um português a viver em Macau lesou o Estado português num valor de 500 mil euros, através de uma fraude com fundos europeus e a insolvência dolosa de uma empresa de impressoras

 

O Tribunal de Coimbra condenou um empresário a residir em Macau a seis anos de prisão por fraude com fundos europeus e insolvência dolosa de uma empresa de impressoras. Os crimes lesaram o Estado português em mais de 500 mil euros (4,8 milhões de patacas) e a decisão foi conhecida na sexta-feira.

De acordo com a notícia da Lusa, a juíza que presidiu ao colectivo, Ana Gordinho, considerou os “factos gravíssimos” e, “infelizmente” recorrentes, salientando que “muita gente, enquanto gerente, se esquece que tem que fazer tudo em prol da sociedade”.

O principal arguido, um empresário de 43 anos que está a viver em Macau, foi condenado a uma pena efectiva de seis anos de prisão pela prática de fraude na obtenção de subsídio e insolvência dolosa, assim como a uma sanção acessória de proibição de receber subsídios ou subvenções por parte de entidades públicas durante quatro anos.

O sócio da empresa, criada em 2003 e declarada insolvente em 2014, era acusado pelo Ministério Público de lesar o Estado em mais de meio milhão de euros.

O pai do arguido, que era também acusado dos mesmos crimes, acabou por ser absolvido pelo Tribunal de Coimbra, por ter sido dado como provado que, embora sócio da empresa, não exercia qualquer cargo na firma, nem tomava qualquer decisão.

A juíza Ana Gordinho recordou que o principal arguido confessou quase todos os factos durante o julgamento, mas justificou, no que toca à insolvência dolosa, que os bens que vendeu à margem da lei foram para pagar a credores, algo que o colectivo de juízes considerou que não era “minimamente credível”.

Outros envolvidos

No julgamento, foi também condenado o empresário de Santarém que, no âmbito do projecto de fundos comunitários, vendeu ao arguido uma impressora e um programa, por um total de 775 mil euros, quando valiam apenas 257 mil euros, permitindo assim aumentar ficticiamente o valor dos equipamentos, recebendo uma contrapartida financeira para o efeito.

Este arguido foi condenado a uma pena suspensa de quatro anos de prisão, com regime de prova que o obriga a uma entrega de 2.500 euros de três em três meses, durante todo o período da suspensão da pena.

O empresário de Santarém foi ainda condenado à proibição de receber subsídios ou subvenções por parte do Estado ou entidades públicas durante quatro anos.

Já as suas duas empresas, também arguidas no processo, foram condenadas ao pagamento de duas multas de 25.500 euros e 10.200 euros.
Um funcionário da empresa de impressoras que terá ajudado no processo de insolvência dolosa foi condenado a dois anos de pena suspensa e ao pagamento de 8.500 euros até ao fim do prazo da suspensão da pena.

Dois empresários também tidos como cúmplices na insolvência dolosa foram condenados cada um a dois e três meses de prisão suspensa.
O principal arguido, o empresário de Santarém e as suas duas empresas foram ainda condenados a pagar solidariamente ao Estado 642 mil euros.

A juíza esclareceu que, no caso do empresário de Santarém, ao pagar uma indemnização como condição de suspensão da pena esse valor é descontado nos valores perdidos a favor do Estado.

8 Fev 2021

DSAL | Caso de morte por queda no mar vai seguir para tribunal

De acordo com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), houve três casos de incidentes que provocaram a morte de trabalhadores por terem caído ao mar nas pontes-cais ou embarcações. A informação é avançada pela directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, em resposta a uma interpelação escrita de Ella Lei. Um dos casos vai ser encaminhado para tribunal depois de serem recolhidos documentos comprovativos, no âmbito da reparação de danos por acidentes de trabalho.

“A DSAMA tem vindo a reforçar a realização de fiscalizações aleatórias às pontes-cais e barcaças. Quando se verificarem infracções, proceder-se-á à aplicação das respectivas sanções”, respondeu Wong Soi Man. As embarcações que tiverem um registo de segurança “menos satisfatório” podem ter um prazo mais curto de licença aquando da sua renovação.

A DSAL fez 33 fiscalizações no ano passado aos locais de alojamento de trabalhadores não residentes, incluindo cinco em barcaças, “de forma a saber se estes reuniam as condições mínimas de higiene e habitabilidade”.

8 Fev 2021

Estudo | Solteiros correm maior risco de depressão

Um estudo sobre o impacto da pandemia em Macau concluiu que os solteiros têm mais probabilidades de sofrer de depressão, de ansiedade e insónia. Os resultados foram anunciados na sexta-feira pelos investigadores em conferência de imprensa.

No mesmo estudo, aponta-se um maior risco de sofrer de ansiedade e insónia nas mulheres, um resultado que coincide com estudos anteriores no sudeste asiático sobre a população mais propensa à depressão, devido a factores biológicos e de contexto social, explicaram.

Os investigadores da Universidade de Macau “descobriram que os participantes [no estudo] que não estavam preocupados com a informação sobre a epidemia, ou tiveram grandes perdas económicas devido à epidemia, bem como aqueles que eram solteiros ou sentiam que a epidemia tinha um grande impacto na sua vida diária, tinham mais probabilidades de sofrer de sintomas de depressão, ansiedade e/ou insónia”, salientaram.

A investigação abrangeu 1.005 residentes de Macau e decorreu entre Agosto e Outubro de 2020. Os resultados indicaram que “70,1 por cento relatou que a epidemia teve um impacto moderado a severo nas suas vidas diárias, e 7,7 por cento sofreu grandes perdas económicas”.

Por outro lado, “em termos de saúde mental, 11,5 por cento e 6,3 por cento relatou ter sofrido sintomas moderados a graves de depressão e ansiedade, respectivamente”.

Finalmente, “durante a fase final da epidemia, 26,4 por cento referiu ter sofrido fadiga moderada a severa, e 6,4 por cento sofreu sintomas de insónia moderada a severa”, pode ler-se nas conclusões.

8 Fev 2021

Autoridades investigam caso que resultou na morte de três gatos

Segundo massacre de animais em menos de três meses resulta em oito mortes. ANIMA diz “BASTA!” e apela às autoridades que se empenhem nas investigações dos crimes e levem os responsáveis à Justiça

O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) está a investigar a morte de três gatos, cujos corpos apareceram na tarde de sábado na Rua Dois do Bairro Iao Hon. O alerta para a situação partiu de residentes da zona e da ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais de Macau.
Horas depois do caso ser relatado, o IAM emitiu um comunicado, em chinês, com os resultados das investigações preliminares levadas a cargo com a polícia. De acordo com o conteúdo da mensagem, entre os corpos estava uma gata que se encontrava grávida e ainda dois gatos, mais novos. No entanto, o IAM indicou que não houve sinais de traumas ou fracturas, o que levou as autoridades a excluir imediatamente a possibilidade dos animais terem caído de uma altura elevada ou ter havido maus-tratos. No entanto, o IAM afirmou que há indícios de morte em circunstâncias suspeitas pelo que o caso foi qualificado como crime de crueldade contra animais e está a cargo da polícia. O crime tem uma moldura penal que pode chegar a um ano de prisão ou multa de 120 dias.

No mesmo comunicado, o IAM apontou ainda que a decomposição dos corpos dos animais apresenta diferentes graus, pelo que se acredita que apesar de terem sido abandonados no mesmo local que os felinos morreram em ocasiões diferentes.

Pelo fim da impunidade

O caso de sábado é o segundo massacre de felinos tornado público na RAEM em menos três meses. Em Janeiro tinha sido revelado pelo condomínio do prédio dos Jardins do Oceano que um morador tinha atirado cinco gatos da janela. O caso teria ocorrido em Dezembro e os corpos ficaram abandonados nas áreas comuns até serem removidos pela administração.

Como o massacre de Dezembro ainda não teve acusação conhecida, até porque as provas foram destruídas, a ANIMA vem agora pedir um fim à impunidade perante a crueldade contra animais. “Perante os sucessivos encerramentos de processos sem apuramentos de responsabilidades, desta vez a ANIMA vem dizer BASTA!”, afirmou Albano Martins, presidente honorário vitalício, em declarações ao HM.

A posição da ANIMA surge também na sequência do assassinato de uma cadela de rua decapitada em 2017 e deixada perto das instituições da associação. A ANIMA acredita que se tratou de uma mensagem política, uma vez que era responsável pelo animal. Apesar de ter sido apresentada queixa contra o crime atempadamente junto da autoridades, o caso nunca conduziu a qualquer acusação.

Quem se juntou às críticas foi o deputado Sulu Sou, ligado à associação democrata Novo Macau. O legislador condenou o caso e apontou que a lei de protecção animal está a ser mal executada, uma vez que as condenações pelo crime de crueldade contra animais são quase nulas.

8 Fev 2021

Justiça | John Mo tenta evitar condenação de seis anos de prisão

A defesa de John Mo, ex-director da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, apresentou recurso para o Tribunal de Última Instância da condenação pelo crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência. A informação foi avançada ao HM por Oriana Pun, advogada de defesa de John Mo, condenado pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI) a seis anos de prisão efectiva.

Em Junho de 2018, John Mo foi detido preventivamente, depois de ter sido acusado de violação por uma aluna de mestrado de outra instituição. Como consequência, o contrato do então director da Faculdade de Direito da UM foi imediatamente declarado extinto. Segundo a acusação, a violação teria acontecido dentro de uma sala de karaoke, e o acto teria sido assistido por outras duas pessoas, uma delas Lei Iok Pui, membro do Conselho da Juventude, por escolha do Governo e que tinha sido tinha candidato não-eleito nas legislativas pela lista do deputado Si Ka Lon.

O académico acabou por estar em prisão preventiva até ao julgamento, que terminou em Fevereiro 2019, e foi considerado inocente pelo Tribunal Judicial de Base. Na altura, o caso ficou gravado pela videovigilância e após visionar as imagens, o colectivo de juízes liderado por Leong Ieng Ha considerou que a queixosa nunca tentou impedir os avanços sexuais de John Mo. “Ficou deitada [na sala de karaoke], mas o indivíduo não a prendeu [quando avançou]. A ofendida podia movimentar os braços. E ela mexeu-se, aparentemente para facilitar a introdução [do dedo]. Tinha as mãos livres, mas não bateu no arguido. Bastava que tivesse feito qualquer gesto de oposição como, por exemplo, puxar os cabelos do arguido, para mostrar que recusava. Não o fez”, foi apontado na altura.

“A pessoa ofendida foi ao WC com a terceira arguida. Mas depois regressou para a sala do karaoke. Se não queria beijos porque não fugiu quando foi à casa-de-banho? Não havia uma relação de poder entre os dois. Ela poderia ter deixado o local. Mas regressou e sentou-se ao colo do arguido”, foi igualmente argumentado na primeira decisão.

À segunda

Apesar da absolvição, o Ministério Público recorreu para o Tribunal da Segunda Instância, que condenou John Mo, não pelo crime de violação, mas antes por abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, assim como ao pagamento de 100 mil patacas à ofendida. A sentença, que apenas foi disponibilizada em chinês, condenou ainda Lei Iok Pui a uma pena de prisão de cinco meses, suspensa por três anos, devido ao crime de omissão de auxílio.

8 Fev 2021

Covid-19 | Primeiro lote de 100 mil vacinas chegou ao território no sábado

Após 30 horas de viagem pelo Interior, as vacinas do Grupo Sinopharm chegaram finalmente a Macau. Segundo o Governo, a vacinação arranca já amanhã e Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, prometeu, como sinal de confiança, ser a primeira pessoa vacinada no território contra a covid-19

 

As primeiras vacinas contra a covid-19 chegaram no sábado e o processo de inoculação vai arrancar amanhã, com foco no grupo dos profissionais de saúde. O momento da chegada do produto do Grupo Sinopharm foi assinalado com uma cerimónia que contou com a presença da secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, do director dos Serviços de Saúde (SSM), Lei Chin Ion, e ainda da vice-directora do Gabinete de Ligação, Yan Zhichan.

Os produtos chegaram a Macau após uma viagem com uma duração superior a 30 horas, e foram transportados num camião que à chegada ao território apresentava as seguintes inscrições: “Operação Logística da Nam Kwong” e “Chegada a Macau com sucesso do primeiro lote de vacinas nacionais”.

O estilo da faixa no camião, com letras douradas sobre vermelho, muito frequentemente utilizado para transmitir mensagens políticas por parte de instituições oficiais e empresas estatais do Interior, ficou a cargo do Gabinete de Ligação e do Grupo Nam Kwong. Isto porque de acordo com o comunicado emitido pelo Governo da RAEM, o processo foi realizado com o “forte apoio do Governo Central” e o transporte contou com a “total cooperação” do Gabinete de Ligação e da empresa estatal com forte presença em Macau, a nível de distribuição não só de alimentos, mas também de combustíveis.

Após a chegada do camião, foi realizada a operação de entrega, que teve início com uma inspecção das vacinas realizada pelo Departamento dos Assuntos Farmacêuticos dos SSM. De seguida, Fu Jianguo, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Nam Kwong, e Lei Chin Ion assinaram os documentos acusando a recepção. O processo ficou terminado por volta das 14h45.

O primeiro

Após a cerimónia de entrega das vacinas, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, prometeu ser o primeiro vacinado com a injecção do grupo Sinopharm. O compromisso foi deixado, segundo o jornal Ou Mun, após os jornalistas terem insistido na pergunta sobre quem seria a primeira pessoa vacinada na RAEM. A questão fez, num primeiro momento, Lei Chin Ion ficar calado e sorrir, mas o silêncio foi interrompido com uma resposta sem margem para dúvidas: “A decisão é minha, e vou ser eu o primeiro a ser vacinado!”, prometeu.

Antes de se ter comprometido a tomar a primeira vacina, Lei Chin Ion explicou a situação da compra, deu alguns pormenores e transmitiu ainda uma mensagem de confiança sobre a segurança da vacinação.

De acordo com a explicação, o primeiro lote de vacinas vai permitir abranger 50 mil pessoas, uma vez que cada pessoa tem de ser vacinada com duas das 100 mil doses do produto da Sinopharm, que as autoridades dizem ter uma taxa de eficácia de cerca de 80 por cento.

Na primeira fase, a vacinação vai estar disponível apenas para o pessoal médico, que além do hospital e clínicas públicas inclui igualmente os trabalhadores do Hospital Kiang Wu, Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia, clínicas privadas e ainda funcionários dos centros de reabilitação da Federação das Associações dos Operários de Macau.

Ainda de acordo com as declarações de Lei Chin Ion, a partir de terça-feira as vacinas vão estar disponíveis principalmente para os profissionais de saúde que trabalhem nas urgências. Uma vez que a vacinação é voluntária, facto que tem sido sublinhado várias vezes pelas autoridades, persistem dúvidas sobre se haverá uma adesão em número elevado. Contudo, segundo o director dos SSM, mais de metade dos colegas de trabalho apontaram “não ter problemas” com a questão de serem vacinados. Este aspecto foi realçado por Lei, que indicou ainda que deve ser o pessoal de saúde a liderar pelo exemplo.

Custos de 350 milhões

Anteriormente foi tornado público que Macau vai importar três tipos de vacinas, as Sinopharm que chegaram no sábado, as BioNTech, desenvolvidas pela fabricante alemã em conjunto com a americana Pfizer, e ainda a AstraZeneca. Os primeiros lotes da BioNTech devem chegar até ao final do mês ao território, quanto ao produto da AstraZeneca prevê-se que a chegada ocorra entre Julho e Setembro.

No sábado Lei Chin Ion recusou entrar em detalhes sobre os preços por unidade das vacinas, por reconhecer que os pagamentos às diferentes fabricantes são diferentes. No entanto, avançou que vão chegar a Macau 1,4 milhões doses de vacinas contra a covid-19 com um preço aproximado de 350 milhões de patacas.

Além disso, o Governo tem estado a trabalhar na compra de seguro para quem seja inoculado. Depois de ter pedido a diferentes seguradoras propostas de preços para este processo, o Executivo vai agora tomar uma decisão. O esquema do seguro ainda não é conhecido, mas Lei Chin Ion afirmou que vai ser revelada esta tarde, durante a habitual conferência de imprensa semanal sobre o desenvolvimento da pandemia.

 

Tipos de vacinas disponíveis

Fabricante: Sinopharm BioNTech (Desenvolvida com Pfizer) AstraZeneca

Eficácia: 80 por cento Superior a 90 por cento Superior a 70 por cento

Chegada: Disponíveis Até ao final do mês Entre Julho e Setembro

Idade: Maiores de 18 e menores de 60 anos Maiores de 16 anos Maiores de 19 anos

Nota: A maior parte da informação da tabela foi disponibilizada pelo Governo

8 Fev 2021

Covid-19 | Residente de 30 anos confirmado como o 48.º caso em Macau

[dropcap]O[/dropcap] 48.º caso confirmado de infecção por covid-19 em Macau é um português, que veio de Lisboa no voo que chegou via Tóquio. O anúncio foi feito pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, na sexta-feira à noite, e o paciente está assintomático.

Segundo as informações disponibilizadas, o doente tem 30 anos e encontrava-se a fazer quarentena no hotel Grande Coloane, desde 21 de Janeiro. Além disso, a namorada foi igualmente colocada em isolamento por se considerar que é um caso de contacto próximo.

“A 3 de Fevereiro de 2021, os resultados do teste de sanguíneo de anticorpos apresentaram anticorpos IgG positivos e anticorpos IgM negativos. Os 3 testes de ácido nucleico nos 14 dias anteriores foram todos negativos e o doente não apresentou os sintomas clínicos”, foi explicado. “No dia 4 de Fevereiro, foi enviado para isolamento no hospital para a observação médica, sem sinal de pneumonia na tomografia torácica . Em 5 de Fevereiro, o teste de zaragatoa nasofaríngea apresentou fracamente positivo, foi diagnosticado como a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, sendo o 48.º caso confirmado de pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus (COVID-19) em Macau”, foi acrescentado.

Namorada isolada

Segundo os dados revelados pelo Governo na segunda-feira passada, dos 47 casos registados em Macau apenas um estava activo, com o paciente a cumprir isolamento no Centro Hospitalar Conde São Januário. A doente, que é residente e tem 43 anos, encontrava-se num estado estável, sem pneumonia. O caso tinha sido identificado no dia 22 de Janeiro, após a realização de dois testes de despistagem.

A confirmação de mais um caso faz subir para dois o número de pessoas contagiadas que apanhou o voo para Macau vindo de Tóquio.
Além disso, havia oito pessoas consideradas de contacto próximo, que tinham viajado no mesmo voo. Este é um número que agora vai chegar aos nove, uma vez que, segundo o comunicado das autoridades, a namorada do português também foi isolada por precaução. O isolamento vai ser cumprido no Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane.

8 Fev 2021