Hoje Macau SociedadeBrasil tem grande potencial para aumentar exportação de peixe para a China Um assessor do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil disse ontem que o país tem um enorme potencial para exportar mais peixe e outros produtos aquáticos para o mercado chinês. “Existe muito, muito potencial no Brasil, uma capacidade de produzir alimentos de origem aquática de forma sustentável e a capacidade de exportar é imensa”, defendeu Carlos Mello, em Macau. “O Brasil tem alimentos de origem aquática, desde a água salgada até a água doce, de climas frios a climas mais tropicais, além de pescados da nossa região amazónica, que são iguarias no nosso país e que poderiam ser muito bem apreciados aqui”, referiu o assessor do ministro André de Paula. “A capacidade do Brasil e o potencial para exportar para a China é sensacional”, defendeu Carlos Mello. No final de Abril, os dois países assinaram um acordo que abriu o mercado chinês ao peixe e marisco natural e selvagem pescado no Brasil, após negociações que decorriam desde 2016. Parceiros de confiança Mello falava à margem do encerramento de um colóquio sobre economia azul, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau). O assessor disse que a actividade, que reuniu dirigentes governamentais durante duas semanas, demonstrou que os nove estados lusófonos têm “muita força para colaborar, especialmente com a China”, que desde 2009 é o principal parceiro comercial brasileiro. O Brasil “pode aprender em termos de desenvolvimento tecnológico, de superar desafios como a de geografia, uma população muito extensa e estratégias para segurança alimentar”, referiu o especialista em aquicultura. Mello deu como exemplo a inteligência artificial (IA), que pode ajudar em sistemas “de precisão” para o cultivo de organismos aquáticos, para consumo humano ou de animais. A IA pode apoiar a tomada de decisões ao processar dados “que levariam muito tempo para pessoas fazerem”, resultando “em maior produtividade”, explicou o assessor. Futuro frutuoso No discurso de encerramento do colóquio, o secretário-geral do Fórum de Macau lembrou o destaque que a China tem alcançado em “tecnologia, aquicultura, construção de cadeias industriais e acesso a mercados”. Ji Xianzheng destacou o potencial para cooperação com os estados lusófonos, que “possuem ricos recursos marítimos e grande potencial no sector pesqueiro”. Também Carlos Mello falou de “uma possibilidade muito forte” de que o colóquio “possa gerar frutos no futuro”, em termos de projectos de cooperação entre os países de língua portuguesa e a China. Os representantes lusófonos estiveram, entre 13 e 15 de Junho, na Exposição Internacional de Pescas e Marisco da China, em Fuzhou, capital da província de Fujian, no sudeste do país. Segundo um comunicado do Fórum de Macau, o vice-presidente da autarquia de Fuzhou, Liang Dong, expressou o desejo de que empresas locais possam trabalhar com os países de língua portuguesa para “construir bases industriais de pesca”.
João Luz Manchete SociedadeCasinos-satélite | DSAL acompanha situação de 70% dos funcionários O Governo enviou pessoal aos casinos-satélite que vão encerrar para oferecer aconselhamento legal, encaminhamento para empregos e formação profissional. As autoridades acompanharam quase 3.900 trabalhadores, cerca de 70 por cento dos recursos humanos dos casinos que vão fechar As autoridades estão no terreno a tentar ajudar os trabalhadores dos casinos-satélite que vão encerrar no fim do ano. Pelo menos, de acordo com o trabalho de acompanhamento feito por equipas da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), que enviou na segunda-feira 62 inspectores a 10 casinos-satélite e três casas de máquinas de slot. Segundo um comunicado divulgado na terça-feira à noite pela DSAL, foram organizadas 38 sessões pelas operadoras de jogo, com a supervisão da DSAL, sobre direitos laborais. Além disso, as equipas da DSAL prestaram aconselhamento legal e sobre opções de formação profissional, além de terem sugerido encaminhamento para empregos aos profissionais dos espaços que vão encerrar. No total, as sessões de aconselhamento contaram com a participação de 3.878 trabalhadores, o que representa quase 70 por cento de toda a força de trabalho dos casinos-satélite que vão fechar. A DSAL acrescentou que irá continuar a organizar este tipo de sessões de esclarecimento sobre direitos laborais e encaminhamento dos trabalhadores. Encontro de vontades Ao longo desta semana, a DSAL e as três concessionárias de jogo sob cujas licenças se realizam as operações de jogo dos casinos-satélite organizaram sete sessões de emparelhamento e entrevistas de emprego. A primeira concessionária a participar foi a SJM Resorts, que na segunda-feira fez 84 entrevistas, a 87 profissionais inscritos, para empregos com funções de atendimento ao cliente, alimentação e bebidas e gestão de instalações em oito locais. As outras duas sessões ocorreram na terça-feira e ontem e foram acompanhadas por pessoal da DSAL. Entretanto, alargando o escopo dos destinatários a todos os residentes de Macau, a DSAL anunciou ontem que vai organizar seis feiras de emprego, com 418 vagas disponíveis, para um leque de empresas ligadas ao sector. No dia 25 de Julho, vai decorrer a sessão de emparelhamento em que a Venetian Macau irá oferecer 50 vagas para especialista no desenvolvimento de clientes (serviços premium). Na tarde de 27 de Junho, é a vez da Nova Galaxy Entretenimento disponibilizar 177 vagas de emprego para subchefe de cozinha, chefe de equipa de cozinheiros, cozinheiro sénior, chefe de restauração, empregado de mesa, empregado de bar e mestre de chá. Na manhã de 30 de Junho realiza-se a sessão de emparelhamento para a SLOT – Sociedade de Lotarias e Apostas Mútuas de Macau, com 17 vagas para chefe de auditoria de TI, funcionário de atendimento ao cliente, operador de central telefónica, empregado administrativo e bilheteiro. As sessões de feira de emprego incluem na SEMAC – Companhia de Segurança de Macau, empresas de gestão de propriedades e condomínios, e empresas de comércio de artigos de roupa. As inscrições abriram esta manhã e os interessados podem inscrever-se no site da DSAL até ao meio-dia da próxima segunda-feira.
Hoje Macau SociedadeStartups | Debate na FRC analisa papel de Macau como plataforma A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, uma conferência subordinada ao tema “Macau como Porta de Entrada às Oportunidades de Investimento nas Start-Ups Tecnológicas”. Trata-se de um evento organizado pela AEIMCP – Associação para o Empreendedorismo e Inovação Macau – China e Países de Língua Portuguesa, tendo como oradores Rui Ferreira, ex-CEO da Portugal Venture e Sócio-Gerente da Nascente Value Accelerator; Paulo Andrez, empresário, autor e Presidente Emérito da EBAN (European Business Angel Network); e Ana Barjasic, membro do conselho do EIC (Conselho Europeu de Inovação). A moderação fica a cargo de Marco Duarte Rizzolio, Presidente da AEIMCP. Segundo uma nota da FRC, o debate gira em torno da ideia de Macau poder “servir de ponte fundamental para fomentar a inovação e o investimento em start-ups tecnológicas, ligando a China, os Países Lusófonos e os mercados globais”. Pretende-se também “explorar oportunidades, desafios e estratégias, para alavancar a posição única de Macau e impulsionar a inovação e o crescimento do investimento”, referiu Marco Rizzolio, citado pela mesma nota.
João Santos Filipe Manchete SociedadeUM / Hengqin | UMTEC pede empréstimo de mais de 135 milhões O dinheiro vai servir para cobrir as necessidades de financiamento mais imediatas da segunda fase do novo campus. Os custos da concessão do terreno, pagos às autoridades do Interior, superaram 1,40 mil milhões de patacas A UMTEC, empresa de investigação da Universidade de Macau, pediu um empréstimo de 137,60 milhões de patacas (122,38 milhões de renminbis) para financiar as obras do novo campus na Ilha da Montanha. A informação foi divulgada no portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP). “Tendo em perspectiva o progresso da construção do campus e o aumento das necessidades de financiamento, a UMTEC pediu um empréstimo bancário de curto prazo de 123 milhões de renminbis junto do Banco Tai Fung, em Junho de 2025”, é revelado no portal. De acordo com a mesma informação, o empréstimo tem como fiadora a Fundação para o Desenvolvimento da Universidade de Macau, e o dinheiro destina-se a cobrir as necessidades mais imediatas da construção da segunda fase do novo campus. Em relação à devolução posterior do dinheiro ao banco, é igualmente adiantado que a Universidade de Macau fez um pedido para que a Fundação Macau transfira a verba, mais tarde, para a UMTEC. O valor dos juros que vão ser pagos não foi revelado, nem o prazo de devolução do dinheiro. A informação divulgada aponta também que a UMTEC ajudou a financiar a empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development, criada pela UM no Interior, para construir o novo campus. A primeira fase, que implicou a obtenção do terreno, teve um custo de 977 milhões de renminbis, uma verba superior a 1,40 mil milhões de patacas. Para 10 mil alunos De acordo com os planos anunciados anteriormente pela UM, o terreno do novo campus está dividido em nove lotes, dos quais seis vão ser utilizados para construir laboratórios, faculdades, e outras instalações universitárias, enquanto outros três lotes se prendem com a obrigação da UM de construir as estradas da Zona de Cooperação Aprofundada. A UM tem de construir um campus internacional na Ilha da Montanha, com a chancela do Governo da RAEM, virado para o ensino e investigação nas áreas da ciência, engenharia, agricultura e medicina. São esperados pelo menos 10 mil alunos no campus que deverá ficar concluído até 2028, ano em que iniciará as operações com 8 mil alunos, dos quais 4 mil a frequentarem licenciaturas. Espera-se também que o campus necessite de cerca de 500 funcionários para operar, não sendo ainda claro se a UM vai optar por residentes locais ou dar prioridade os residentes do Interior. Novo fundo Além do empréstimo, a UMTEC criou um fundo de 10 milhões de patacas apoiar empresas que possam surgir no âmbito da investigação da instituição e contribuir para “o desenvolvimento sustentável” das operações a longo prazo. O fundo foi ainda explicado com a vontade de promover uma maior coordenação entre as vertentes da investigação e os alunos. Ao mesmo tempo, este dinheiro vai servir para fazer face a despesas inesperadas. UMTEC tem como principais accionistas a Universidade de Macau, com uma participação de 99 por cento, e o Fundo Educativo, accionista minoritário, com uma participação de 1 por cento.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido e acusado de tráfico Um trabalhador não-residente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido interceptado com drogas no valor de cerca de 100 mil patacas. O caso foi divulgado ontem pela polícia. O homem, com nacionalidade das Filipinas, trabalha numa empresa de limpeza. Segundo os contornos apresentados pela PJ, e citados pelo Jornal Ou Mun, as autoridades receberam informações de que um trabalhador não-residente estaria envolvido no tráfico de droga em Macau. As investigações levaram a que o homem fosse identificado, com a abordagem ao suspeito a ser feita no domingo, na zona central, perto da sua habitação. Entre a revista e as buscas ao domicílio foram apreendidos 12 pacotes de metanfetaminas com um total de 24,84 gramas. Foram ainda apreendidos 14 pacotes de cocaína, com um peso de 12,75 gramas, uma balança electrónica e 6.800 patacas em dinheiro, que as autoridades acreditam ser o resultado do tráfico da droga. O total dos estupefacientes foi avaliado em 98 mil patacas. Quando foi interrogado pelas autoridades, o suspeito confessou que tinha sido contratado por um distribuidor de droga para vender os estupefacientes a outros cidadãos filipinos em Macau. Desde Maio, que fazia a distribuição das drogas. O detido confessou ainda ter tido um lucro de 8 mil patacas com a venda dos estupefacientes. O caso foi encaminhado para o Ministério Público (MP), mas a PJ garante que vai investigar a origem dos estupefacientes, assim como o distribuidor principal.
João Santos Filipe Manchete SociedadeConcurso público | Governo condenado a pagar 278 mil patacas Um erro da empresa concorrente e uma correcção do IAM num concurso público esteve na origem de um diferendo judicial que terminou com uma indemnização de 278 mil patacas. Apesar de tudo, o Governo pagou um valor mais baixo do que o pretendido pela concorrente O secretário para a Administração e Justiça foi condenado pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI) a pagar uma indemnização de 278 mil patacas, depois de ter cometido um erro num curso público de recuperação de áreas florestais. A consequência do erro foi divulgada pelo Gabinete do Presidente do Tribunal de Última Instância, e a decisão tomada a 2 de Abril. Em causa, está a ponderação da experiência das empresas que concorreram ao concurso 4.ª Fase da Prestação de Serviços de Recuperação de Áreas Florestais, realizado em 2022. A identidade das empresas não foi revelada pelos tribunais. Num primeiro passo, a empresa que agora venceu o caso em tribunal cometeu um erro e indicou ter realizado um trabalho para o IAM numa área de 2 hectares. O valor da proposta era de 2,78 milhões de patacas. No entanto, o IAM, como conhecia este trabalho, corrigiu a informação sobre área onde os trabalhos foram feitos para 5 hectares, como de facto tinha acontecido. Com base nesta correcção, a empresa foi a melhor pontuada no concurso, pelo que lhe foi proposto o contrato para realizar parte dos trabalhos do concurso. Após a proposta do contrato, e antes da assinatura do mesmo, o IAM voltou atrás e decidiu que não devia ter feito a correcção, por sua iniciativa. Como consequência, os trabalhos acabam adjudicados a uma outra empresa, dado que a pontuação no concurso público daquela que tinha sido inicialmente vencedora foi reduzida. O primeiro diferendo correu nos tribunais da RAEM e subiu até ao Tribunal de Última Instância (TUI), com a vitória a ser atribuída à empresa que tinha sido declarada inicialmente vencedora, e com derrota para o IAM. Pagar a indemnização Quando o primeiro diferendo chegou ao fim, os trabalhos do concurso público já tinham sido realizados pela outra empresa. Por esse motivo, dado que não fazia sentido voltar a prestar os trabalhos, o IAM ficou obrigado a indemnizar a empresa prejudicada no concurso público. Como o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong e a empresa não chegaram a acordo sobre o valor da indemnização a pagar, o caso voltou aos tribunais. A empresa pedia uma indemnização no valor de 661.745 patacas, acrescida de juros. Por sua vez, o Governo defendia que a indemnização devia ser calculada com base no preço apresentado pela concorrente e numa margem de lucro de 10 por cento, ou seja, de 278 mil patacas. Em relação aos critérios para definir o pagamento da indemnização, o tribunal alinhou com a Administração, pelo que a indemnização foi fixada em 278 mil patacas. O tribunal justificou este entendimento com o facto de entender faltavam critérios objectivos para perceber os custos da prestação do serviço.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Dois casos de gripe com 15 infectados Os Serviços de Saúde (SS) registaram dois casos colectivos de gripe em escolas locais, que resultaram num total de 15 infectados. Os casos foram detectados no Colégio do Sagrado Coração de Jesus, onde se registaram oito infectados, quatro do sexo feminino e quatro do sexo masculino, e na Escola dos Moradores de Macau, com duas alunas infectadas e cinco infectados. “Desde o dia 12 de Junho, os doentes começaram a manifestar sintomas de infecção do tracto respiratório superior como febre, tosse e entre outros, tendo alguns deles sido submetidos a tratamentos médicos”, foi comunicado pelos SS. “As condições clínicas dos doentes são consideradas ligeiras, não foram registados casos graves ou outras complicações”, foi acrescentado. Após os dois casos, foram aplicadas medidas de controlo, “como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações”. Gastroenterite | Quatro crianças afectadas em infecção colectiva Um total de quatro crianças foi infectada por gastroenterite, naquele que foi um caso colectivo registado na Creche Internacional de São José, de acordo com os Serviços de Saúde. No total há três crianças do sexo masculino infectadas e uma do sexo feminino. “Desde o dia 13 de Junho, os doentes começaram a apresentaram, sucessivamente, sintomas como dor abdominal, diarreia, entre outros, tendo alguns deles sido submetidos a tratamento em instituições de saúde. Não houve registo de casos graves ou de outras complicações graves”, consta do comunicado dos SS. “Foi excluída a possibilidade de gastroenterite alimentar em conformidade com as horas de refeições de pacientes. De acordo com as horas de ocorrência da doença, os sintomas, o período de incubação, é provável que o agente patogénico esteja relacionado com uma infecção viral”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeAMCM / DSEDT | Alertas para publicidades falsas com celebridades A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) alertam a população para estar atenta a publicidades falsas a circular na Internet. De acordo com um comunicado, circulam “mensagens falsas relacionadas com um suposto plano de cooperação entre celebridades” e a AMCM e a DSEDT. “Por este meio, esclarecem, de forma solene, que o respectivo conteúdo é totalmente falso, alertando o público para a necessidade de prestar atenção a informações fraudulentas, de forma a evitar situações de burla e de prejuízos inesperados”, foi comunicado. “A AMCM e a DSEDT condenam, de forma veemente, os actos de falsificação e divulgação de informações falsas perpetrados por malfeitores, reservando-se o direito de responsabilizar judicialmente quaisquer acções que prejudiquem a reputação dos respectivos serviços”, foi acrescentado. A AMCM e a DSEDT não identificam as celebridades, mas nas redes sociais têm circulados anúncios com imagens de Ângela Leong ou Pansy Ho.
João Luz Manchete SociedadeSegurança Social | Associação alerta para sustentabilidade O presidente da Associação de Segurança Social de Macau defende que o cálculo para a pensão para idosos não deve ter em conta o índice mínimo de subsistência usado para definir subsídios para famílias carenciadas. Além da natureza distinta dos apoios, Chan Kin Sun alerta para o risco de subsistência do Fundo de Segurança Social Durante as Linhas de Acção Governativa, Sam Hou Fai anunciou o aumento de 160 patacas da pensão para idosos para 3.900 patacas por mês. Fazendo eco de algumas opiniões de deputados, o Chefe do Executivo abriu a porta à possibilidade de indexar o cálculo para definir a pensão de idoso ao índice mínimo de subsistência, que delimita o risco social de pobreza. O presidente da Associação de Segurança Social de Macau, Chan Kin Sun, não concorda com esta posição. Num artigo publicado no Jornal do Cidadão, o dirigente e académico começou por realçar as diferentes naturezas dos apoios em causa. Enquanto a pensão para idosos se destina a indivíduos numa perspectiva do seguro social, com contribuições que mais tarde são gozadas em benefícios, o índice mínimo de subsistência tem sido usado para calcular apoios sociais destinados a famílias carenciadas. O dirigente, que também é membro da Comissão para os Assuntos do Cidadão Sénior, destaca os objectivos e naturezas diversas dos dois sistemas e grupos de beneficiários. O também professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau refere ainda que a natureza assistencialista dos subsídios para os mais carenciados nunca teve em conta a sustentabilidade do apoio, enquanto a pensão para idosos é calculada a pensar no desenvolvimento sustentável do sistema. Numa altura em que o Governo luta contra o envelhecimento populacional, o académico alertou para a possibilidade de a indexação da pensão para idosos ao índice mínimo de subsistência poder ter um impacto negativo na sustentabilidade do Fundo de Segurança Social. Questão de percepção Em relação ao aumento da pensão para idosos, Chan Kin Sun indicou que os cálculos que definem o valor do apoio podem não corresponder à realidade económica dos beneficiários e da economia do território. Isto porque o peso da taxa de inflação pode não corresponder à realidade tendo em conta a tendência crescente de consumo no Interior da China, contornando o peso na carteira dos idosos do aumento dos preços em Macau. Em relação aos serviços sociais para a população mais velha, o académico defende que a rede de serviços não deveria ser sustentada exclusivamente pelos cofres do Governo e que as regras do mercado deveriam funcionar no sector. Chan Kin Sun mencionou a política de Hong Kong que permite aos residentes da região vizinha usar cupões em dinheiro em instituições de serviços sociais qualificados do Interior da China. As associações dos serviços sociais de Macau devem mudar a forma como operam, não vivendo apenas de subsídios do Governo, mas garantindo serviços de qualidade atractivos para clientes idosos numa perspectiva mais comercial.
Hoje Macau SociedadeZAPE | Associação quer criar o Darling Harbour de Macau A Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau sugeriu ao Governo que aposte na economia nocturna na ZAPE, para transformar esta zona no Darling Harbour de Macau, uma zona portuária de Sidney que mistura iates com restaurantes, café e esplanadas. Segundo o jornal Ou Mun, o presidente da associação, Wu Tat Chong, explicou que a economia nocturna é uma parte importante para a qualquer cidade moderna, e que a ZAPE pode aproveitar as suas vantagens como a localização e recursos para organizar feiras e espectáculos à noite, transformando-se numa zona comercial que funciona 24 horas por dia. Com base neste ponto de vista, o responsável sugeriu ao Governo que reforce os esforços na decoração das ruas, na valorização da paisagem verde, para criar um ambiente mais acolhedor e propenso ao consumo. Wu Tat Chong pediu também autorização para que os comerciantes possam instalar mesas e cadeiras nos passeios. Trabalho | Grupo promete 500 empregos O Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção do Emprego deixou a promessa, na Assembleia Legislativa (AL), de que vai disponibilizar 500 vagas de emprego nos próximos seis meses. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, estas palavras foram citadas por Zheng Anting, deputado e presidente da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da AL, depois de uma reunião com responsáveis deste organismo. Zheng Anting disse ainda que o Grupo vai cooperar com o sector financeiro na disponibilização de 200 vagas na segunda metade do ano para jovens licenciados, além de que o mesmo Grupo já facultou 300 vagas que serão distribuídas em sessões de emparelhamento a realizar nas próximas semanas. O deputado citou dados que mostram que, até Abril, Macau possuía 183 mil trabalhadores não residentes, sendo que 82 por cento ocupam cargos não qualificados, com primazia para o sector das limpezas.
Hoje Macau SociedadeStartup brasileira de biotecnologia vence concurso de inovação em Macau A ‘startup’ brasileira de biotecnologia Hilab venceu ontem um concurso de inovação em Macau, no qual foram distinguidas outras seis empresas portuguesas e brasileiras, abrindo as portas a apoios e financiamento e ao mercado chinês, anunciou a organização. A Hilab, com um capital de 200 milhões de patacas, dinheiro angariado de 125 milhões de patacas e à procura de contactos, oportunidades de negócio, de financiamento e de expandir-se na China, foi fundada em 2016. A ‘startup’, que venceu o Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para as Empresas de Tecnologia do Brasil e de Portugal 2025, desenvolveu um dispositivo de diagnóstico portátil que fornece resultados de qualidade laboratorial. De acordo com informação da Hilab, o dispositivo requer “apenas algumas gotas de sangue” e pode “realizar 25 tipos de exames, cobrindo 85 por cento dos diagnósticos médicos mais solicitados”. Actualmente, a empresa actua em 1.700 cidades brasileiras e já realizou mais de três milhões de exames, exportando os produtos para países da América do Sul, além de outras geografias, como Indonésia, Angola, Moçambique e África do Sul. Parabéns ao marketing Também ontem um painel de investidores, académicos e especialistas em finanças seleccionou o projecto brasileiro, Klike.AI LLC, uma plataforma de análise de marketing alimentada por inteligência artificial, e o projecto português OWLplaces, especializado em inteligência artificial e análise de dados geoespaciais, de acordo com a nota da organização. O concurso recebeu 20 candidaturas dos dois países e seleccionou 17 finalistas em áreas como inteligência artificial, biomedicina, dispositivos médicos, NB-IoT (baixa largura de banda para a Internet das Coisas). Os sete projetos premiados receberam prémios monetários, com um valor máximo de 180 mil patacas, e garantiram apoio para facilitar o acesso a financiamento chinês e ao mercado da China, nomeadamente da Grande Baía. O concurso foi organizado pela Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico e Tecnológico do Governo de Macau e realizado pela incubadora Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empreendedores de Macau. Os organizadores sublinharam, no comunicado, que os premiados podem participar em intercâmbios, exposições e negociações na China continental, para “promover o desenvolvimento conjunto das indústrias de inovação tecnológica entre a China e os países de língua portuguesa”. Após o concurso, as finalistas foram convidadas a realizar bolsas de contacto com agências de investimento, empresas, universidades e incubadoras das cidades de Xangai e Shenzhen e da província de Jiangsu (este), “para explorar a viabilidade da cooperação entre indústria, ensino superior e investigação e a implementação de projectos”.
Hoje Macau SociedadeUM | Subida de estatuto nos indicadores ESI A Universidade de Macau (UM) acaba de entrar para o grupo das 0,1 por cento melhores instituições de ensino superior do mundo nos indicadores ESI (Essential Science Indicators), em áreas como a Engenharia, Ciências da Computação, Farmacologia e Toxicologia. Segundo uma nota da UM, a instituição de ensino superior pública de Macau “subiu uma posição face à anterior”, tratando-se de uma “conquista que destaca o estatuto de classe mundial das três áreas de investigação da UM”. A entidade explica ainda que a base de dados dos indicadores ESI “classifica as instituições com base na frequência de citação dos seus artigos e inclui apenas 1 por cento dos artigos mais citados nos últimos 10 anos”, sendo que “actualmente, a UM está incluída na base de dados ESI em 15 áreas de investigação, com engenharia, ciência da computação e farmacologia e toxicologia classificadas entre os 0,1 por cento melhores do mundo”. Além disso, “no campo da ciência da computação a UM fez progressos notáveis nos últimos anos”, pois não só “subiu para o top 0,1 por cento no ESI” como está “classificada em 101.º lugar no ranking das melhores universidades globais de ciência da computação da US News & World Report de 2024-2025”.
Hoje Macau SociedadeSequestro | Anunciada detenção de três pessoas Três membros de um grupo de troca ilegal de dinheiro foram detidos pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), depois de terem sequestrado duas pessoas. O caso foi relatado ontem pelas autoridades e citado pelo jornal Ou Mun. Segundo a informação divulgada, na origem do crime esteve uma troca de dinheiro ilegal que correu mal entre dois grupos. Num primeiro momento, o grupo com três membros concordou trocar dinheiro com um outro grupo. Os três membros ficaram assim de receber uma transferência bancária numa conta do Interior. Contudo, o outro grupo utilizou dinheiro com origem desconhecida nessa transferência bancária, o que levou a que os fundos fossem congelados, resultando numa perda de 94,5 mil renminbis para os três detidos. Insatisfeito, o grupo dos três detidos combinou uma nova troca de dinheiro, mas presencial. Assim que o outro grupo enviou duas pessoas para um quarto de hotel, onde a troca devia acontecer, os três detidos partiram para a violência e para o sequestro. Quando os sequestrados tiveram oportunidade de contactar o grupo a que pertenciam, inicialmente para pedir a devolução de 94,5 mil renminbis, aproveitaram a oportunidade para pedir auxílio. Por sua vez, o grupo dos sequestrados contactou as autoridades. Segundo a investigação da Polícia Judiciária (PJ), os suspeitos começaram a dedicar-se à troca ilegal de dinheiro em Fevereiro deste ano. Contudo, recusaram cooperar com a PJ. As autoridades ainda perseguem um suspeito. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, e os membros em causa estão indiciados pela prática de exploração de câmbio ilícito para jogo, sequestro, ofensa simples à integridade física, dano e ameaça.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Paul Wong quer aposta no mercado internacional O presidente da Associação de Inovação e Serviços de Turismo de Lazer de Macau, Paul Wong, considerou necessário realizar mais campanhas de promoção de Macau junto dos grupos de jovens, mulheres da Coreia do Sul e melhorar as ligações aéreas. Estas são tarefas que Paul Wong espera ver concretizadas durante a segunda metade do ano, além de defender a continuidade de outras acções, como a Semana de Macau e os contactos entre empresários. Segundo o jornal do Cidadão, o responsável considerou que os resultados na atracção de turistas internacionais nos primeiros meses deste ano foram bons, principalmente depois de o Governo lançar a promoção para atrair os turistas internacionais que visitam Hong Kong, com a oferta de bilhetes de autocarros dourados e ferries gratuitos. Com base nesta promoção, Wong indicou que o número de turistas sul-coreanos aumentou mais de 30 por cento. Paul Wong espera que o Governo se coordene com o sector de turismo e as companhias aéreas para criar um grupo de promoção de visitantes estrangeiros, de forma a ponderar mais voos directos para o território.
Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Médicos formados na UM vão poder exercer em Portugal Os médicos formados na futura Faculdade de Medicina da Universidade de Macau, a partir de 2028, poderão também exercer em Portugal. Os cursos na UM vão funcionar em co-tutela, o que garante que os alunos formados na Universidade de Macau obtenham equivalência e reconhecimento da universidade portuguesa Os licenciados na futura Faculdade de Medicina da Universidade de Macau (UM), a partir de 2028, vão poder exercer em Portugal, disse ontem à Lusa um dirigente da Universidade de Lisboa (ULisboa). A Faculdade de Medicina da ULisboa está a colaborar com a UM para criar um currículo com uma estrutura “próxima daquela que é a estrutura” dos cursos na instituição portuguesa, disse o director da instituição. Luís Graça explicou que os cursos vão funcionar em co-tutela, permitindo aos médicos formados na UM obter “uma equivalência e um reconhecimento” pela Faculdade de Medicina da ULisboa. Entre as vantagens, estará a possibilidade de “os médicos formados aí no território [Macau] possam também exercer medicina em Portugal”, sublinhou o investigador. Em Dezembro, o vice-reitor da UM, Rui Martins, afirmou que a ULisboa vai ajudar a criar a primeira faculdade de medicina pública de Macau, no novo campus da instituição, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, uma instituição privada, tem desde 2008 uma Faculdade de Ciências da Saúde, oficialmente rebaptizada como Faculdade de Medicina em 2019. Numa entrevista ao canal em língua portuguesa da televisão pública local TDM, Martins disse que Medicina será uma das quatro novas faculdades a nascer no novo campus da UM em Hengqin. “Teremos uma Faculdade de Ciências da Informação, uma Faculdade de Engenharia, com novos tipos de engenharia, e também uma Faculdade de Design e que deverá incluir arquitectura”, referiu o académico português. “A ideia nesse campus é termos ‘dual degrees’ [cursos em co-tutela] com universidades estrangeiras. A medicina já está com Lisboa e agora estamos a definir para as outras faculdades”, acrescentou Martins. De mãos dadas O novo campus em Hengqin, cuja primeira pedra foi lançada em 9 de Dezembro, deverá ser inaugurado em 2028 e permitir à UM passar dos actuais 15 mil para um máximo de 25 mil alunos, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Globais. Luís Graça, especialista em imunologia de transplantes, demonstrou também entusiasmo com potenciais colaborações entre as duas universidades na área da investigação científica. “Se pensarmos em termos de ciência, o reforço do potencial científico de ambas as instituições com uma colaboração próxima entre si é algo que claramente vai beneficiar ambos os lados dessa parceria”, disse o dirigente. Graça disse que a Faculdade de Medicina da ULisboa está a organizar o primeiro simpósio para reunir os investigadores da instituição e da UM, com vista a promover projectos conjuntos de investigação. A faculdade tem tido “colaborações pontuais de investigadores com investigadores de outras universidades chinesas”, uma vez que “é importante uma proximidade com locais onde se faz ciência de excelência e ensino de excelência”, disse o director. Mas Graça acrescentou que a colaboração com a UM é “mais institucional (…) e pode permitir um reforço ainda maior dessas parcerias”.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | Melinda Chan sai do conselho de administração Melinda Chan já não faz parte do conselho de administração da Macau Legend Development, de acordo com uma nota entregue pela empresa na sexta-feira à bolsa de valores de Hong Kong. O anúncio de que a ex-deputada e esposa de David Chow deixaria o cargo de directora executiva da Macau Legend foi feito durante a primeira assembleia geral deste ano da empresa, que ocorreu na passada sexta-feira. Segundo avançado pelo portal GGR Asia, Charles Wang Hongxin também saiu do cargo de director não-executivo independente durante a mesma reunião. Para o lugar de Melinda Chan, foi escolhida Lam Shu Yan e para ocupar o cargo deixado vago pela saída de Charles Wang Hongxin foi escolhida Ma Cheuk Ling. A saída de Melinda Chan da administração da empresa surgiu quatro dias depois do anúncio de que o Casino Legend Palace iria fechar até ao final do ano, seguindo a vaga de encerramentos de casinos-satélite e a decisão da SJM Holdings, detentora da licença de jogo que legitima as operações do Casino Legend Palace, em não adquirir a propriedade. Ao longo dos últimos anos, as ligações de Melinda Chan e David Chow à Macau Legend foram diminuindo, apesar de a ex-deputada ter ascendido interinamente em Março de 2022 a CEO da empresa depois da detenção do seu antecessor Levo Chan, durante a campanha contra as grandes empresas de junkets. Em Dezembro do mesmo ano, Melinda Chan deixaria o cargo de CEO para ocupar a posição que detinha até à passada sexta-feira.
Hoje Macau SociedadeCentaline | Índice aponta para recorde negativo O índice da agência imobiliária Centaline indica que o mercado de Macau atingiu o ponto mais baixo desde que estes dados começaram a ser compilados, de acordo com os números mais recentes, referentes a Maio. Segundo o índice da Grande Baía de Maio da imobiliária, que tem em conta aspectos como o preço das transacções de novos apartamentos, dos apartamentos em segunda mão e o Produto Interno Bruto anual das cidades da Grande Baía, o valor de Macau foi de 75,94 pontos, o que representou uma quebra de 1,03 por cento em termos mensais. A empresa apontou ainda que a queda do índice geral foi alargada a várias cidades da Grande Baía e que o índice está a mostrar uma degradação do mercado há cinco meses consecutivos. O valor de toda a Grande Baía foi de 93,25 pontos, abaixo dos 100 pontos, o valor referência que indica uma situação estável. Em termos mensais, estas variações representaram uma redução de 1,79 por cento. Quanto à queda de Hong Kong e Macau, a empresa justificou que o impacto da taxa de câmbio resultou num declínio significativo porque o índice geral é baseado em renminbis como a unidade de conta. Para além disso, entre as cidades da Grande Baía, Zhaoqing foi a única cidade em que se registou uma subida no índice, o que indica que a situação do mercado imobiliário apresentou melhorias.
Hoje Macau Manchete SociedadeMédio-Oriente | Cinco países dispensados de visto em Macau Cidadãos nacionais da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã estão dispensados de visto para entrar em Macau anunciaram ontem as autoridades, que estão a tentar atrair mais visitantes internacionais. A medida entra em vigor a partir de 16 Julho O Chefe do Executivo assinou um despacho que determina a dispensa de visto e autorização de entrada em Macau a nacionais de cinco países do Médio Oriente. “Ficam dispensados de visto e de autorização prévia de entrada na Região Administrativa Especial de Macau os nacionais do Reino da Arábia Saudita, do Estado do Qatar, do Estado do Kuwait, do Reino do Barém e do Sultanato de Omã”, lê-se no despacho publicado ontem no Boletim Oficial. A medida, que entra em vigor em 16 de Julho, surge numa altura em que o Governo de Macau quer atrair mais visitantes internacionais e após as autoridades e operadores turísticos do território terem visitado, em Fevereiro, a Arábia Saudita e o Dubai, para promover a cooperação. A Direcção dos Serviços de Turismo lançou, nessa ocasião, “um guia turístico de Macau para muçulmanos, com divulgação de opções ‘halal’ [nomeadamente na alimentação, em acordo com a lei islâmica]”, referiu a DST em comunicado. “O guia apresenta os aspectos a ter em conta durante a estadia em Macau, cultura gastronómica, recomendações de itinerários, entre outras informações úteis para visitantes muçulmanos”, lê-se na nota. Fronteiras flexíveis No sentido de facilitar a entrada de visitantes de outras geografias fora da China, o secretário para a Segurança anunciou, no final de Abril, planos para acelerar o controlo fronteiriço através da utilização de canais electrónicos automáticos. Durante a apresentação do programa político para 2025, Wong Sio Chak afirmou que o território vai alargar a utilização de pontos de passagem automática a cidadãos estrangeiros sem estatuto de residente ou autorização de trabalho. Para facilitar os “intercâmbios com o exterior”, as autoridades irão expandir os equipamentos de autosserviço para o Sistema de Recolha de Dados Biométricos, que passará a aplicar-se a todos os visitantes estrangeiros, explicou o dirigente. Aos deputados na Assembleia Legislativa, o secretário acrescentou que o Governo vai continuar a optimizar a tecnologia de reconhecimento por íris nos controlos fronteiriços e a estudar a extensão a não-residentes em 2025. De acordo com dados oficiais, Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas apenas 2,42 milhões (6,9 por cento) foram turistas internacionais. O grosso dos visitantes – 70,1 por cento – chegaram do Interior da China, sendo que outros 20,6 por cento são de Hong Kong e 2,4 por cento de Taiwan.
Hoje Macau SociedadeJustiça | TSI mantém pena de 9 meses de prisão por furto de colar O Tribunal de Segunda Instância (TSI) recusou suspender uma pena de prisão de 9 meses, aplicada a um turista que furtou um colar de uma loja de joias em Macau. A decisão foi anunciada na sexta-feira passada, através de um comunicado do Gabinete do Presidente do Tribunal de Última Instância. O caso aconteceu a 11 de Março de 2023, quando o criminoso trouxe um colar falso para Macau, com o intuito de ir a uma loja e trocá-lo por um original, ficando com o mais valioso. Na loja que frequentou, depois de entrar em Macau, o colar do qual se pretendia apropriar estava avaliado 37.300 patacas. Com a desculpa de que pretendia comprar o colar, o homem conseguiu trocá-lo pelo outro que trazia no interior do casaco. Com a troca feita, acabou por deixar a loja sem realizar a compra. Inicialmente, os trabalhadores da loja não detectaram a troca do colar original pelo falso, mas, no final do dia, aquando as limpezas antes do encerramento aperceberam-se do tinha acontecido, pelo que chamaram as autoridades. O homem acabou por ser julgado e condenado a 9 meses de prisão efectiva pelo crime de furto qualificado. Contudo, o detido contestou a primeira sentença para o Tribunal de Segunda Instância por entender que uma vez que tinha confessado os factos a pena deveria ser suspensa. Contudo, o TSI recusou a pretensão, pelo que o detido vai ter mesmo de cumprir a pena.
Hoje Macau SociedadeG Dragon | 12 burlas em compra de bilhetes Um total de 12 pessoas foram burladas em 87 mil patacas quando procuravam comprar bilhetes no mercado negro para os concertos do cantor G Dragon, que decorreram entre 6 e 8 de Junho. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ), e citado pelo jornal Ou Mun. Apesar da identidade do artista do espectáculo não ter sido revelada, o cantor sul-coreano foi o único com concertos em Macau naqueles três dias consecutivos. De acordo com o modus operandi, os burlões prometiam vender bilhetes para os diferentes dias e depois de receberem o pagamento ficavam incontactáveis. Em 10 casos, as burlas foram feitas através da Internet e em outras duas ocorrências as burlas foram presenciais, dado que os alegados vendedores não compareceram na altura de entregar os bilhetes. As perdas por bilhete variaram entre 1.000 patacas e 25 mil patacas, num total de 87 mil patacas. Vendas online | Burlas geram perdas de 25 mil patacas A Polícia Judiciária (PJ) anunciou o registo de 19 burlas em vendas online que resultaram em perdas de 25 mil patacas. De acordo com a informação da polícia, citada pelo jornal Ou Mun, as burlas foram realizadas através da venda online de mariscos, buffets em restaurantes locais, bilhetes para parques de diversões ou pacotes de hotéis locais. A PJ está a investigar todos os casos, que afectaram um total de 19 vítimas, 11 mulheres e 8 homens. Em relação ao perfil das vítimas, foi ainda anunciado que 16 são de meia idade e três são jovens. As vítimas foram enganadas depois de terem acedido a publicidade online e de terem feito o pagamento por transferência bancária entre os dias 7 e 11 de Junho. No entanto, apesar de terem realizado os pagamentos nunca receberam os bens que compraram. Em termos individuais, as burlas variaram entre as 320 patacas e 3.800 patacas.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Idoso desagradado com jantar mata esposa à facada A polícia suspeita que o desagrado perante o jantar poderá ter levado um homem de 74 anos a assassinar a esposa, de 71 anos, ao fim de cerca de 50 anos de casamento. A vítima terá sofrido, pelo menos, 16 golpes de cutelo, a maioria na cabeça e pescoço. O homem está indiciado pelo crime de homicídio qualificado, que pode implicar uma pena até 25 anos de prisão Por volta das 17h de sexta-feira, uma mulher encontrou um cenário macabro quando regressou a casa, na zona dos lagos Nam Van. Entre a sala e a cozinha, os seus pais estavam no chão numa autêntica piscina de sangue. A mãe acabaria por perder a vida na sequência de múltiplas facadas e o pai seria detido por suspeitas de homicídio qualificado. De acordo com a Polícia Judiciária, a insatisfação em relação ao que seria o jantar poderá ter estado na origem de um desacato que acabou em tragédia, com o marido, um reformado de 74 anos de idade, a assassinar a esposa, de 71 anos, com quem estava casado há cerca de 50 anos. Quando as autoridades chegaram ao apartamento, encontraram um cutelo e uma tesoura de cozinha no lava-loiça e sinais de luta na cozinha, com sangue em todo o lado. O suspeito apresentou também golpes na cabeça e múltiplas lacerações que não necessitaram de suturação e aparentava estar num estado mental estável. Depois de receber tratamento médico, foi conduzido para a Polícia Judiciária para interrogatório. A arma do crime terá sido um cutelo, descoberto no lava-loiça, com que o suspeito terá desferido, pelo menos, 16 golpes na vítima, a maioria na cabeça e pescoço. Crime e castigo Numa conferência de imprensa no sábado, a Polícia Judiciária indicou que era frequente o casal ter discussões por questões triviais, mas sem registos de pedidos de intervenção policial para resolver disputas. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e o homem é suspeito da prática do crime de homicídio qualificado. De acordo com o Código Penal, “se a morte for produzida em circunstâncias que revelem especial censurabilidade ou perversidade do agente, este é punido com pena de prisão de 15 a 25 anos”.
Hoje Macau SociedadeMpay | Aplicação vai permitir chamar táxis A companhia Macau Pass anunciou que a aplicação Mpay passou a incluir uma função para chamar táxis, que surge denominada como Gaode, a fonética dos caracteres em mandarim. Segundo a informação divulgada pela Macau Pass, que é controlada pela Alibaba, actualmente, o serviço de chamada de táxis apenas abrange os táxis normais, identificadas pela cor preta, pelo que deixa de fora os táxis reservados por telefone. Se os utentes viajarem no Interior da China, a função de Gaode pode ser usada não só para a chamar táxis, mas também oferecer serviços como Uber e Didi, ou seja, serviços de transporte que não são fornecidos por táxis. Em Macau, este tipo de serviço é considerado ilegal, dado que os veículos não têm a licenças necessárias.
Hoje Macau Manchete SociedadeIIICF | Assinados acordos de 10,1 mil milhões de dólares americanos O 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF) ficou marcado pela assinatura de 31 protocolos de cooperação em áreas como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis Trinta e um protocolos de cooperação, no valor de 10,1 mil milhões de dólares americanos, foram assinados durante um fórum de infra-estruturas em Macau. Um terço envolvem empresas lusófonas e da RAEM, foi ontem anunciado. Os acordos estabelecidos durante o 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF), com um valor de “cerca de 10,1 mil milhões de dólares americanos, prevêem a cooperação em domínios como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis, em 22 países e regiões”, lê-se num comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Cerca de um terço dos projectos assinados, entre terça e quinta-feira, envolvem empresas dos países de língua portuguesa e de Macau. Ao longo dos três dias, indica o IPIM, organizaram-se mais de 200 sessões de bolsas de contacto, tendo mais de 70 contado com a presença de empresas de Macau e de Hengqin, “o que representa um aumento superior a 30 por cento”, face às 52 sessões do ano anterior. “Esses resultados destacam ainda mais o papel de Macau como plataforma sino-lusófona, bem como os esforços desta região na articulação proactiva com as estratégias nacionais de desenvolvimento, sobretudo a construção da Grande Baía”, escreve o IPIM. Neste sentido, continua a nota, representantes dos países de língua portuguesa “reconheceram o papel eficaz de Macau” enquanto ponte para estabelecer contactos entre empresas e instituições da China e lusófonas. “Revelaram, inclusive, que durante o IIICF conseguiram acordos de cooperação com empresas do Interior da China nas áreas da tecnologia da informação e da engenharia eléctrica, sublinhando a sua satisfação”, lê-se na nota do IPIM. Em 2003, Pequim estabeleceu Macau como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau. Números da grande baía A Grande Baía é um projecto de Pequim que tem como objectivo criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais chinesas de Macau e de Hong Kong e outras nove cidades da província vizinha de Guangdong, onde habitam mais de 80 milhões de habitantes. Também lançada por Pequim, em 2021, a iniciativa da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, abarca uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados. Mais de 3.500 profissionais da área das infra-estruturas, de mais de 70 países e regiões, participaram neste fórum, que registou “um novo recorde em termos de presença de convidados de alto nível, especificamente com quase 70 dirigentes de nível ministerial”. Durante estes dias foi ainda divulgado o Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Malásia, no qual o Brasil é o país de língua portuguesa com melhor pontuação. A iniciativa, anunciada pelo líder chinês, Xi Jinping, em 2013, envolve mais de 80 países no plano estratégico internacional de Pequim de desenvolver ligações marítimas, rodoviárias e ferroviárias, mas também investimento em recursos energéticos.
Hoje Macau SociedadeAuto-Silos | Recebidas 12 propostas para exploração O concurso público para a concessão da exploração dos estacionamentos do Auto-Silo do Jardim Comendador Ho Yin, do Auto-Silo da Rua de Malaca, do Auto-Silo do Edifício Mong Sin, do Auto-Silo do Edifício Mong In, do Auto-Silo da Rua da Tranquilidade e do Auto-Silo da Rua do Almirante Sérgio recebeu 12 propostas. No entanto, apenas 11 propostas acabaram por reunir os requisitos exigidos, pelo que uma foi excluída, além de ter havido ainda uma outra desistência, que por esse motivo nem foi tida em conta. As propostas admitidas variam entre 1,068 milhões de patacas, que partiu da Companhia de Administração de Propriedades Nam Ou, e 3,500 milhões de patacas, proposta da Pro Administração e Limpeza. O prazo da concessão da exploração do serviço público de estacionamento dos seis auto-silos é de seis anos, abrangendo 1119 lugares de estacionamento para automóveis ligeiros e 1772 para motociclos e ciclomotores. A entidade concessionária será responsável não só pela gestão e exploração quotidiana dos auto-silos, mas também pela optimização do sistema de pagamento electrónico e sem contacto dos auto-silos, pelo reforço dos sistemas de vigilância de segurança, pela implementação de equipamentos ecológicos e energeticamente eficientes, e pela melhoria das instalações existentes.