Instituto do Desporto organiza actividades no Ano Novo Chinês

O Instituto do Desporto (ID) promove um ciclo de actividades desportivas para comemorar a chegada do Ano do Coelho, intitulado “Actividades Recreativas e Desportivas da Festividade do Ano Novo Lunar de 2023”. A ideia é que “os residentes possam celebrar esta época festiva através da participação numa série de actividades desportivas e recreativas”, sendo esta uma “oportunidade para a realização de exercício físico”.

Uma dessas actividades é o “Cicloturismo” e acontece dia 24, decorrendo em parceria com a Associação Geral de Ciclismo de Macau. Os participantes devem ser residentes e terem nascido entre 1953 e 2011, sendo que todos os que nasceram em 2009 devem fazer-se acompanhar dos encarregados de educação. Serão aceites 300 inscrições, sendo as vagas preenchidas por ordem de chegada.

No dia da actividade, os participantes devem concentrar-se pelas 8h30 horas, no espaço aberto junto do Campo de Basquetebol de Três do Centro Desportivo Olímpico, estando a partida prevista para as 9h00. O percurso do “Cicloturismo” é de 20 quilómetros, passando por diversas zonas de Taipa e Coloane. Os participantes devem utilizar as bicicletas próprias, sendo obrigatório o uso de capacete de protecção próprio para a modalidade, não é permitido o transporte de pessoas na bicicleta. As inscrições decorrem até às 12h do dia 19.

Desporto festivaleiro

Outra das actividades programadas pelo ID é o “Festival Desportivo do Ano Novo Lunar”, organizado em parceria com o Conselho Desportivo da Federação das Associações dos Operários de Macau, Macau Special Olympics, Comité Paralímpico de Macau-China – Associação Recreativa e Desportiva dos Deficientes de Macau – China e Associação de Desporto de Surdos de Macau. Este evento desportivo também acontece dia 24 das 14h às 17h na praça do Jardim do Mercado do Iao Hon. Está previsto no dia a apresentação de dança do dragão e de leões, várias exibições das pessoas portadoras de deficiência, haverá tendas de jogos, “proporcionando aos residentes um ambiente festivo”.

10 Jan 2023

GP Macau | Vencedor não sabe o que vai fazer a seguir

Andy Chang Wing Chung tornou-se o terceiro piloto de Macau, depois de André Couto e Charles Leong Hon Chio, a vencer a corrida principal do Grande Prémio de Macau. Apesar do êxito na prova que se realizou pelo terceiro ano consecutivo com monolugares de Fórmula 4, o piloto de 26 anos não sabe o que vai fazer a seguir na sua carreira desportiva

 

A vitória na prova rainha do Grande Prémio foi durante décadas um trampolim para uma carreira internacional de sucesso, mas as últimas três edições, realizadas sob as condicionantes da pandemia, não tiveram o mesmo impacto, e dificilmente terão os mesmos reflexos nas carreiras dos intervenientes como as anteriores. Se Charles Leong conseguiu “dar o salto” para as corridas de GT após o seu segundo triunfo no Circuito da Guia, Andy Chang ainda não sabe o que irá fazer a seguir.

“Ainda não tenho qualquer plano”, revelou Andy Chang ao HM, pois neste momento “estou concentrado nas minhas actividades profissionais”, acrescentou o piloto que antes do fim de semana da sua vitória reconhecia que “é bastante difícil entrar na categoria GT porque o orçamento é muito superior ao dos carros F4. Contudo, ainda estou a tentar encontrar uma oportunidade de experimentar um carro de GT”.

O piloto do território que deu os primeiros passos no automobilismo com apenas cinco anos, não esconde que gostaria ficar ligado ao desporto no dia em que poise definitivamente o capacete, e já começou a preparar terreno. “Planeio treinar alguns jovens pilotos no karting”, revelou o ex-piloto da equipa oficial TonyKart, “mas também espero treinar pilotos nos fórmulas”.

Chaves da vitória

Depois de ter conquistado o Campeonato da China de Fórmula 4 em 2021, Andy Chang não teve oportunidade de realizar qualquer corrida em 2022, o que não o impediu de triunfar no Grande Prémio de Macau de Fórmula 4. O piloto do território bateu os compatriotas Charles Leong Hon Chio de Macau e Gerrard Xie de Hong Kong, numa animada corrida que encerrou a 69.ª edição do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM

Uma combinação de factores foram a chave do sucesso numa prova que podia ter acabado muito mal, quando na Corrida 1, no sábado, o piloto que fez a “pole-position” nas duas sessões de qualificação teve um mau arranque e saiu em frente na escapatória da travagem para a Curva Lisboa. Felizmente, este episódio não teve consequências de maior e uma recuperação notável levou-o ao terceiro lugar. No domingo, Chang impôs-se aos seus adversários com uma corrida isenta de erros.

“Embora tenha sido a minha primeira corrida do ano, estava familiarizado com o carro e tinha muita quilometragem na pista. Esta era a minha vantagem. Também fiz alguns treinos em Zhuhai. O carro era excelente e competitivo e a equipa trabalhou arduamente nele”, concluiu Andy Chang, que espera que esta não tenha sido a sua última corrida.

4 Jan 2023

GP Macau | Vencedor da Corrida da Guia pensa noutros voos

No ano em que a Corrida da Guia celebrava o seu quinquagésimo aniversário, Filipe Souza soube tirar proveito das circunstâncias e “quebrou um enguiço” dos pilotos de Macau, tornando-se o primeiro piloto do território a vencer a mais tradicional e emblemática corrida de carros de Turismo do sudeste asiático em 2022

 

Para o piloto macaense, que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau, este era um objectivo há muito ambicionado, mas acabou por ter um sabor especial, até porque foi conquistado num ano particularmente complicado para o estagnado automobilismo da RAEM e ao volante de um carro que mal conhecia.

“A vitória na Corrida da Guia teve um significado muito especial para mim”, recordou Filipe Souza ao HM. “Foi muito importante, pois este é o meu terreno. Também acho que tem um significado muito especial para os pilotos e residentes de Macau, pois pela primeira vez um piloto de Macau conseguiu ganhar esta corrida.”

Depois de ter vencido a corrida de sábado no programa da 69.ª edição do Grande Prémio, para a qual arrancou mal mas soube como tirar partido dos erros dos seus principais adversários, Filipe Souza manteve-se sempre na frente no decisivo embate no domingo, aguentando a pressão dos rápidos pilotos de pelos pilotos de Hong Kong Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR) e Andy Yan (Honda FK7 TCR). Para além de ter ganho a Corrida da Guia, Filipe Souza conquistou também a primeira edição do TCR Asia Challenge.

Novo carro cumpriu

Para esta corrida, o piloto do território tripulou a mais recente versão do Audi RS 3 LMS TCR, um carro que só foi entregue ao piloto a meio do ano, em pleno pico da pandemia e das restrições em Macau. Antes do Grande Prémio, Filipe Souza teve só um pequeno contacto com a sua nova máquina num evento provido pela associação automóvel local em Zhaoqing. Contudo, o pouco conhecimento do Audi não desmoralizou o piloto lusófono que sabia que era possível vencer.

“Parti para este Grande Prémio com muita confiança em mim próprio e também no meu novo carro. A experiência que ganhei nos dois últimos anos nesta corrida faziam me acreditar que era possível ganhar a Corrida da Guia desta vez”, explica Filipe Souza, que, no entanto, reconheceu que “não foi nada fácil”. Isto, porque “o novo carro é muito mais sensível comparando com o anterior”, no entanto o piloto relembra que “foi possível adaptar-me e encontrar uma boa afinação”, até porque o carro que foi eleito TCR Model of Year 2022 “é muito forte, mas para andar no limite é preciso testar muito mais do que eu testei.”

Outros voos

Depois de ter conquistado o seu grande objectivo nas corridas de Turismo, Filipe Souza está novamente a avaliar a possibilidade de transitar de classe e correr em carros de Grande Turismo (GT). A categoria GT4, que está em pleno crescimento neste ponto do globo, interessa ao piloto.

“Neste momento já estou a planear outras possibilidades para continuar. Estou a pensar na categoria de GT4, mas ainda estou a ver qual a marca é mais conveniente e a avaliar quais são os carros mais fortes ou competitivos”, revela Filipe Souza.

A esperada reabertura das fronteiras de Macau aguça o apetite do piloto de 46 anos para regressar a outros voos. Apesar de ainda ser cedo para definir a temporada de 2023, “estou a considerar fazer algumas provas internacionais, não só na Ásia, também gostaria de fazer algumas corridas na Europa”.

30 Dez 2022

GP Macau | Jovem americano chega à F1 mas quer voltar à Guia

Logan Sargeant é a mais recente esperança dos Estados Unidos da América na Fórmula 1. O piloto de 21 anos, que assinou contrato com a Williams para a próxima temporada, afirma que a sua corrida favorita foi o Grande Prémio de Macau de 2019 e por isso quer cá voltar.

O norte-americano, que fazia parte da academia de jovens pilotos da Williams, foi obrigado a completar a temporada de Fórmula 2 e esperar para ser anunciado oficialmente como piloto de F1 para a próxima temporada. O quarto posto na classificação de pilotos garantiu-lhe a ultrapassagem do último obstáculo – pontos para a superlicença – na sua caminhada para a F1, caminhada essa que ficou marcada pela passagem pelo Circuito da Guia.

“A corrida mais memorável da minha carreira foi em Macau em 2019. Penso que quando vais para lá, como piloto, não sabes muito bem o que te espera. Tinha feito muito trabalho de simulador, mas é muito difícil simular exactamente como quando se vai tão depressa entre aqueles muros”, recordou ao site oficial da Fórmula 2 o jovem Sargeant, o primeiro piloto norte-americano na F1 desde Alexander Rossi, em 2015, ele que vai substituir Nicholas Latifi e correr ao lado do tailandês Alex Albon.

Tal como a grande maioria dos pilotos estrangeiros que passam por Macau, Sargeant não esquece a vibrante atmosfera do evento como também recorda o desafio colocado por este circuito urbano nascido de uma conversa de café de um grupo de amigos portugueses, no Hotel Riviera em 1954.

Resultado inesperado

Sargeant correu em Macau no ano em que os monolugares do Campeonato FIA de Fórmula 3 fizeram até agora a sua única aparição na RAEM. O piloto da Flórida era nesse ano um dos jovens promissores da competição que habitualmente segue a F1 nos fins-de-semana europeus.

“O óptimo daquele fim-de-semana [em Macau] foi que não foi como um típico fim-de-semana de Grande Prémio de Fórmula 1, tivemos um pouco mais de tempo nos treinos para realmente encontrarmos os nossos pés nos chão. Eu só usei a primeira sessão de treinos para compreender a pista e para entrar num bom ritmo e na rotina. A segunda sessão de treinos foi quando comecei realmente a puxar e a encontrar o limite absoluto. Foi um pouco mais fácil do que o esperado no início”, confessou o então piloto da Carlin Buzz Racing.

“Honestamente, é um daqueles fins-de-semana em que nunca se sabe o que vai acontecer. É um circuito citadino e é sempre difícil, um erro e estás na parede. Por isso, tenta-se não colocar demasiadas expectativas”, relembra o piloto que usará o nº2 na sua temporada de estreia na F1. “Penso que, em última análise, durante todo o fim-de-semana, vimos que tínhamos um ritmo muito bom e o objectivo tornou-se entrar nos cinco primeiros, um pódio foi um bónus.”

Vontade de voltar

Nesse ano, quando chegou a Macau, Sargeant já sabia que em 2020 iria envergar as cores da super-competitiva Prema Racing, mas não era sequer um favorito, tendo terminado a sua primeira temporada de F3 num modesto 19.º lugar.

“Lembro-me que a Qualificação não me correu de feição, mas nas corridas tivemos um ritmo muito bom e fomos capazes de continuar a subir lugares. Conseguimos terminar em terceiro lugar na corrida final. Foi um grande fim-de-semana depois do que foi um 2019 difícil. Foi um fim-de-semana fantástico e que sempre quis lá voltar e fazer novamente a corrida. Infelizmente, com a COVID, ainda não o conseguimos”, realçou Sargeant que fez mais duas temporadas na F3 antes de dar o salto para a F2, dois anos em que a disciplina esteve arredada do Grande Prémio de Macau.

“Olhando para trás, se tivéssemos tido uma Qualificação ligeiramente melhor do que a que tivemos, possivelmente poderíamos ter lutado pela vitória. Isso foi uma pena, mas é uma grande parte da razão pela qual quero regressar e terminar o trabalho…”

São raros os casos de pilotos que passaram pela F1 e um dia regressaram ao Circuito da Guia para conduzirem monolugares. Todavia, são vários os casos de pilotos que se estrearam em Macau ao volante de monolugares, progrediram até à F1 e cá regressaram para conduzirem nas corridas de Turismos e GT. O português Tiago Monteiro é um desses exemplos de sucesso.

21 Dez 2022

Atletas de Wushu da UPM ganham medalhas

Wong Weng Ian e Kuong Chi Hin, alunos da Universidade Politécnica de Macau (UPM) conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze no 8.º Campeonato Mundial Júnior de Wushu, que teve lugar na Indonésia entre os dias 2 e 10 de Dezembro.

Wong Weng Ian eliminou os outros adversários na prova de Qiangshu feminina por 9,169 pontos, tendo conseguido a segunda medalha de ouro para Macau nesta edição e ganhando ainda mais duas medalhas de bronze, nas provas de Jianshu e Changquan. Kuong Chi Hin ganhou uma medalha de prata na prova de Jianshu Masculina.

Os dois atletas são estudantes da licenciatura em Ensino de Educação Física da UPM. Citada por um comunicado, Wong Weng Ian agradeceu à UPM o apoio e as condições favoráveis que lhe ofereceu para o equilíbrio entre o estudo e o treino cotidiano, de forma a poder empenhar-se nas provas e ter uma dedicação completa e desempenho estável nesta competição júnior.

Desporto e estudo

Por sua vez, Kuong Chi Hin referiu sentir-se honrado de ter podido representar a equipa de Wushu de Macau nesta competição mundial, tendo esta participação sido para ele um ganho igual ao da sua admissão no curso de licenciatura em Ensino de Educação Física da UPM, que é um marco miliário do seu crescimento.

O atleta agradeceu ainda à UPM “pelo grande apoio que lhe permitiu poder distribuir adequadamente os tempos de treino e de estudo e o ajudou a concentrar-se na preparação para o campeonato e elevar o nível de competição”.

A UPM adianta que procura disponibilizar “uma estrutura integral de cursos de licenciatura e de pós-graduação, empenhando-se na formação de profissionais do desporto excelentes”. A instituição de ensino superior intitula-se “um dos berços do cultivo de atletas campeões mundiais”.

Além da licenciatura dos dois jovens atletas, a UPM tem ainda o mestrado em Desporto e Educação Física, a fim de “apoiar Macau nas competições desportivas internacionais e de trazer a glória para Macau”.

20 Dez 2022

Lionel Messi: “Sabia que Deus me ia dar este título”

Lionel Messi, capitão da seleção argentina que ontem se sagrou campeã do Mundo de futebol pela terceira vez, afirmou que desejava muito este título e que ele “finalmente chegou”, salientando que não se vai retirar da seleção.

“Sofremos muito, mas conseguimos. É uma loucura que tenha acontecido desta forma, queria-o (título mundial) tanto. Eu sabia que Deus me ia dar, tinha a sensação de que ia ser assim. Finalmente chegou e agora vou desfrutar”, disse o internacional argentino, que alinha nos franceses do Paris Saint-Germain.

Messi tornou-se o primeiro jogador a somar um segundo troféu de melhor jogador do Mundial, ao ser eleito ‘Bola de Ouro’ da edição de 2022, repetindo 2014, e é o recordista de jogos em Mundiais de futebol, ao somar o 26.º, face à França, na final em Lusail, no Qatar.

O camisola 10 garantiu ainda que não pensa em retirar-se da seleção depois de conseguir o tão desejado título mundial. “Adoro futebol, adoro o que faço, adoro estar na seleção, com este grupo. E obviamente quero continuar a viver mais uns jogos como campeão mundial”, referiu.

Messi marcou dois golos na final, um deles de penálti, e subiu ao quarto lugar do ‘ranking’ dos melhores marcadores em Mundiais, superando o brasileiro Pelé. No que terá sido a sua despedida da competição, Messi passou a contar 13 tentos em Mundiais. “Não vejo a hora e chegar à Argentina para ver a loucura que vai ser”, afirmou o ‘astro’.

A Argentina conquistou pela terceira vez o Mundial de futebol, repetindo 1978 e 1986, ao vencer a França por 4-2 no desempate por grandes penalidades, após 3-3 nos 120 minutos.

19 Dez 2022

Ronaldo: “Ganhar um Mundial por Portugal era o maior e mais ambicioso sonho da minha carreira”

O capitão da seleção portuguesa quebrou o silêncio com uma publicação nas redes sociais onde refere que ganhar um Mundial por Portugal era “o maior e o mais ambicioso sonho” da sua carreira. “ Felizmente ganhei muitos títulos de dimensão internacional, inclusive por Portugal, mas colocar o nome do nosso país no patamar mais alto do Mundo era o meu maior sonho”, escreveu.

“Infelizmente, ontem o sonho acabou. Não vale a pena reagir a quente. Quero apenas que todos saibam que muito se disse, muito se escreveu, muito se especulou, mas a minha dedicação a Portugal não mudou nem por instante. Fui sempre mais um a lutar pelo objectivo de todos e jamais viraria as costas aos meus companheiros e ao meu país”.

CR7 agradeceu ainda a todos os portugueses pelo apoio, “agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões.”.

A importância de aprender

Cerca de meio milhar de adeptos aguardava a chegada da equipa a Lisboa, embora apenas 14 jogadores tenham regressado com a comitiva – Rui Patrício, Raphaël Guerreiro, Cristiano Ronaldo, Rafael Leão, Bruno Fernandes, Matheus Nunes, Rúben Neves, Bernardo Silva, João Cancelo e Diogo Dalot permaneceram no Qatar.

“Estamos tristes por não poder dar mais a esta gente, porque se calhar não merecíamos sair da maneira que saímos, mas é o futebol. O futebol tem dessas coisas, há que aprender com o jogo de ontem [sábado] para que o futuro possa ser bem melhor para nós”, afirmou Pepe.

Único dos 14 jogadores que prestou declarações à comunicação social presente no aeroporto, Pepe comentou ainda a situação de Cristiano Ronaldo.

“O Cristiano Ronaldo ficou bem, é a nossa bandeira portuguesa, chega a todos os lados do mundo. Deu o seu contributo quando foi chamado e há que agradecer-lhe, a ele e a todos os companheiros também que tentaram dar o seu melhor, dar o máximo e trabalhar ao máximo para poderem estar disponíveis para o treinador. Quando assim é, as coisas são muito mais fáceis,” completou.

Sobre a continuidade de Fernando Santos como selecionador, o defesa, de 39 anos, não quis falar muito.

“Eu sou jogador, não tenho nada que falar sobre isso [eventual saída de Fernando Santos], não vou entrar por esse caminho. É o que falei antes: agradecer às pessoas e o carinho, nós sentimo-lo”, afirmou.

A comitiva lusa aterrou no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, pelas 17h40 de domingo, e cerca de vinte minutos depois passou a saída VIP do aeroporto, onde os aguardavam algumas centenas de adetos, junto dos quais se acercaram elementos como o selecionador nacional, Fernando Santos, e jogadores como William Carvalho, Rúben Dias, Diogo Costa, Gonçalo Ramos e Pepe para algumas fotografias e autógrafos.

Portugal foi afastado do Mundial2022 no sábado, ao perder nos quartos de final com Marrocos, por 1-0, com um golo de Youssef El-Nesyri. Nas meias-finais, Marrocos vai defrontar, na quarta-feira, a campeão mundial em título, França, que eliminou a Inglaterra também no sábado, enquanto a Croácia vai medir forças com a Argentina, na terça-feira.

12 Dez 2022

GT4 | Classe está a ganhar espaço nas corridas locais

Num mundo em transformação, há uma tendência a que se está a assistir no automobilismo local que passa pela aposta na compra e participação nas corridas com carros da categoria GT4, a mais baixa das categorias de Grande Turismo (GT).

Durante décadas, as categorias de carros de Turismo ocuparam todo o espectro das corridas destinadas aos pilotos amadores. Contudo, com o desenvolvimento da tecnologia, e o afastamento gradual entre um carro do dia-a-dia e um carro de corrida, as viaturas das categorias GT, um dia proibitivas em termos de custos e tecnologicamente demasiado complexas, tornaram-se hoje muito mais simples e apelativas no panorama do automobilismo regional. Este fenómeno que se vem espalhando por todo o mundo, incluindo em Portugal, já se pode assistir em Macau.

Só na Taça GT Grande Baía, dos dezoito concorrentes que se inscreveram com carros da classe GT4, quinze tinham licença desportiva da RAEM. Este tipo de viaturas Grande Turismo “low cost” têm um preço que ronda os 2 milhões de patacas, podendo ser encontrados exemplares no mercado em segunda mão por preços muito mais acessíveis.

Com uma exigência técnica idêntica a um carro de Turismo da categoria TCR, estes GT4 são igualmente atractivos pelo facto de serem construídos por célebres marcas de superdesportivos como a Porsche, Mercedes-AMG, Audi, BMW, McLaren ou Aston Martin ou até por construtores mais pequenos como a Ginetta ou KTM.

“A GT4 está definitivamente a crescer na Ásia. Mas, como também foi o caso da Europa e da América, o seu sucesso não foi imediato”, explicou ao HM o francês Benjamin Franassovici, o responsável pela Ásia da SRO Motorsport Group, a empresa europeia que criou e tem os direitos da categoria GT4 para todo o mundo.

A ganhar terreno

Incluídos na Taça da Grande Baía do 69.º Grande Prémio de Macau, os carros da classe GT4, por ainda não serem em número suficiente, tiveram a companhia em pista dos mais rápidos carros de GT oriundos de alguns defuntos troféus monomarca. Este “convívio” entre carros de conceitos diferentes foi tudo menos “pacifico”, mas uma cerimónia de pódio à parte para os concorrentes que participaram com carros da classe GT4 permitiu apaziguar os ânimos.

“Penso que nos estávamos a aproximar de um ponto de viragem mesmo antes da COVID ter despontado”, recorda Benjamin Franassovici e “ainda estamos a sentir os efeitos disso. Mas assim que as coisas voltarem ao normal, penso que há espaço para os GT4 correrem sozinhos”.

O menor custo dos carros GT4, em comparação com a categoria FIA GT3, e a sua relativa fácil manutenção têm ajudado à implementação da categoria nesta parte do globo. “Os pilotos aspirarão sempre a competir na classe superior, mas a GT4 é um importante trampolim para lá chegar. Da mesma forma, e penso que é aqui que estamos a ver mudanças de atitude, também é agora visto como uma classe digna por direito próprio.”

O também responsável pelo campeonato Fanatec GT World Challenge Asia, que tem o seu escritório em Hong Kong, não esconde que “pessoalmente adoro o elemento multiclasse dentro do Fanatec GT World Challenge Asia e do campeonato britânico de GT, mas não há como negar o espectáculo das competições GT4 autónomas existentes na Europa e na América.”

9 Dez 2022

Mundial2022 | Portugal prepara Coreia do Sul sem titulares. Guerreiro e lesionados

A selecção portuguesa de futebol começou ontem a preparar o jogo diante da Coreia do Sul, o derradeiro no Grupo H do Mundial2022, sem a presença dos titulares com o Uruguai, Raphäel Guerreiro e os lesionados. No dia seguinte ao triunfo sobre o Uruguai (2-0), com o qual ‘carimbou’ a passagem aos oitavos de final, a equipa das ‘quinas’ contou com apenas 12 jogadores no relvado do centro de treinos de Al-Shahaniya, nos primeiros 15 minutos abertos aos jornalistas.

Os titulares na partida com os sul-americanos e Raphäel Guerreiro limitaram-se a fazer trabalho de recuperação, sendo que Nuno Mendes, que entrou de início no encontro, se lesionou no final do primeiro tempo e teve de ser substituído pelo lateral do Borussia Dortmund.

Além de Mendes, o lote de indisponíveis inclui ainda Otávio e Danilo Pereira, igualmente lesionados, pelo que, face a estas condicionantes, o seleccionador Fernando Santos teve ao dispor somente os oito jogadores que não foram utilizados diante dos uruguaios e os quatro que entraram no decorrer da segunda parte (Rafael Leão, Palhinha, Matheus Nunes e Gonçalo Ramos).

Portugal venceu na segunda-feira o Uruguai por 2-0, com dois golos de Bruno Fernandes, e assegurou o apuramento para os oitavos de final, ocupando a liderança do Grupo H, com seis pontos, à frente do Gana, que tem três, enquanto os uruguaios e a Coreia do Sul têm ambos um. A equipa das ‘quinas’ defronta na sexta-feira os sul-coreanos a partir das 18:00 locais.

30 Nov 2022

Motas | Erno Kostamo triunfou na 54.ª edição do Grande Prémio de Macau

Após uma espera de dois anos, as motos regressaram a Macau e o finlandês foi o grande vencedor. A prova ficou marcada pela confusão de sábado, devido à sujidade da pista, que levou a que a corrida tivesse de ser adiada para ontem

 

Erno Kostamo (BMW S1000RR) venceu o Grande Prémio de Motos de Macau, à terceira tentativa. Após dois anos de interregno da prova de motos, o finlandês dominou o fim-de-semana, que ficou igualmente marcado pela prestação de Sheridan Morais (Honda CBR 1000 RR SP), que levou pela primeira vez a bandeira portuguesa ao pódio.

No final, o piloto considerou o resultado fantástico, mesmo se não rodou nos tempos por volta que pretendia. “Não estou feliz com os meus tempos por volta, mas estou muito feliz com o resultado”, afirmou o finandês. “É um resultado fantástico, principalmente depois de ter sofrido um grande acidente em 2019”, acrescentou.

Ontem Kostamo cumpriu as oito voltas com um tempo de 19:54.192, tendo feito a volta mais rápida com um registo de 2:27.493. Em comparação, o melhor registo em corrida de 2018, a última que teve mais do que uma volta, tinha sido de 2:25.005.

Erno arrancou da pole-position, mas uma partida menos conseguida fez com que caísse para segundo, atrás de Sheridan Morais, que surpreendeu ao assumir a liderança. Apesar do contratempo, o piloto de 31 anos pareceu estar sempre mais rápido do que os restantes concorrentes e foi sem surpresa que à terceira volta assumiu a liderança, que nunca mais largou, depois de se distanciar do alemão David Datzer (BMW S1000 RR).

O arranque menos conseguido foi explicado com uma nova electrónica na moto e um novo sistema de lançamento. “Mudámos a electrónica da mota antes do início da prova e temos um controlo novo de lançamento ao qual ainda não estou habituado”, explicou Erno.

Bandeira portuguesa no pódio

Um dos pilotos em destaque foi Sheridan Morais que terminou em terceiro e se tornou o primeiro português a subir ao pódio do Grande Prémio de Motos. No ano de estreia, Morais não se livrou de alguns sustos, mas no final estava muito satisfeito com o resultado.

“Foi uma excelente corrida, sabia que era forte no primeiro e terceiro sectores e que podia ter um bom resultado. Só que mais do que uma vez que, na primeira curva do circuito, a mota ficou presa em ponto-morto, e achei que ia bater no muro”, reconheceu o piloto da Honda. “Acabei por abrandar para chegar ao fim”, admitiu.

Ainda assim, Morais mostrou-se feliz com o resultado e considerou “fantástico” ter sido o primeiro português a subir ao pódio em Macau, onde afirmou encontrar uma presença portuguesa “muito superior à esperada”.

No lugar intermédio do pódio terminou David Datzer, que rodou sempre muito perto de Kostamo até à quinta volta. A partir daí, o finlandês foi simplesmente embora. Porém, o alemão ficou satisfeito com o resultado alcançado.
“Estou muito feliz com os tempos alcançados. Consegui seguir o Erno e o Morais no início, mas depois de algumas voltas comecei a sentir problemas com os pneus e achei que o segundo lugar seria suficiente”, apontou o alemão.

Confusões de sábado

Se no domingo tudo correu bem na prova de motos, o mesmo não se pode dizer em relação a sábado. Com a primeira corrida agendada para sábado de manhã, a mesma acabou por ser cancelada devido à sujidade da pista. Antes do início, os pilotos e a organização reuniram-se na pista e acordaram que seriam feitas duas voltas, para que houvesse oportunidade de testar as condições do asfalto. Após as voltas, mais de metade dos pilotos considerou que as condições eram demasiado perigosas.

Com uma corrida cancelada, era suposto que as motas voltasse à pista no final do dia. Porém, também a segunda corrida teve de ser adiada de sábado para ontem de manhã, uma vez que as condições da pista se encontrava longe do desejado e ainda por se temer que não houvesse luz natural suficiente até ao final da prova.

Classificação

1.º Erno Kostamo (BMW) 19:54.192
2.º David Datzer (BMW) a 8.262
3.º Sheridan Morais (Honda) a 10.836
(…)
7.º André Pires (Honda) a 45.355

Alto: regresso da competição

Após dois anos sem competição de motos, o regresso desta prova foi um dos pontos altos de todo o fim-de-semana. Apesar de ser uma corrida sempre cheia de perigo, é um dos eventos que mais contribui para o “carisma” do Grande Prémio de Macau. O espectáculo de domingo foi bem agradável e espera-se que no próximo ano regressem os nomes mais famosos da modalidade.

Baixo: cancelamentos e adiamentos

Quando as provas foram apresentadas, o sábado era o dia do Grande Prémio de Motociclismo, como tradicionalmente acontece. No entanto, quem se deslocou às bancadas para ver este espectáculo acabou desapontado. Além da sessão de aquecimento, que decorreu dentro da normalidade, a primeira corrida foi cancelada (e bem), entre a realização de duas voltas de formação e uma reunião com os pilotos na pista. Também a segunda corrida foi adiada para o dia seguinte. Quem apenas tinha bilhete para sábado ficou prejudicado.

21 Nov 2022

Grande Prémio | Sabino Lei alcançou terceiro lugar no Roadsport Challenge

Sabino Osório Lei (Mitsubishi Evo 9) terminou a corrida de ontem no Roadsport Challenge no terceiro lugar, a 2.942 do vencedor Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo 9). No final, o macaense, que se estreou com um carro 2000cc, e tinha arrancado de 15.º na classe e 26.º à geral, mostrou-se muito satisfeito com o pódio alcançado.

“É um resultado inacreditável. Ontem, (no sábado), tive muitos problemas de pneus e perdi muitos lugares. Mas, no início da corrida de hoje (ontem) puxei muito, tive muitos duelos na pista e no final tive uma posição que me deixa muito feliz”, afirmou face ao resultado alcançado.

O resultado teve um sabor ainda mais especial por ter sido alcançado naquela que é a pista favorita do piloto. “É sempre fantástico correr em Macau, é uma pista fantástica, o local onde nasci”, afirmou. “Os 2000cc são muito poderosos e é uma condução diferente dos 1600 turbo. Não fiz muitos testes antes da prova, mas aqui tentei o meu melhor e estou feliz”, sublinhou.

Na classe dos 2000cc, destacaram-se ainda os macaenses Jerónimo Badaraco e Luciano Lameiras, que apesar de terem aspirações à vitória, terminaram em 4.º e 7.º, respectivamente.

A festa de Pereira

Na classe 1600cc Turbo, o vencedor foi Lui Man Kit (Mini Cooper S). No entanto, na altura de subir ao pódio, a grande festa foi de Junio Pereira, que levou o Ford Fiesta ao segundo lugar. Após arrancar em 6.º na classe e 13.º à geral, Pereira soube evitar as confusões e os problemas de outros pilotos e foi subindo até ao pódio.

Por sua vez, Rui Valente (Mini Cooper S) terminou em 23.º, nas boxes, com problemas de caixa de velocidades. O herói local chegou a rodar nos lugares cimeiros, mas no final acabou por perder várias posições.

21 Nov 2022

Os ausentes do Grande Prémio de Macau

A 69.ª edição do Grande Prémio de Macau voltou a reunir quase toda a “fina flor” do desporto motorizado de Macau, mas também houve notórias ausências. Entre os pilotos, há que destacar a ausência, pelo terceiro ano consecutivo, de André Couto, um dos pilotos mais titulados do território e que certamente seria uma mais valia para o evento.

O piloto português não encontrou nenhum volante que lhe desse garantias e adiou novamente o seu reencontro com o Circuito da Guia.

Igualmente ausente, esteve a equipa FHO Racing da empresária de Macau Faye Ho, que é uma das estruturas melhor apoiadas pela BMW Motorrad. A equipa que compete em várias frentes no motociclismo de velocidade do Reino Unido e que conta com o multi-vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, abdicou da visita de final de ano à RAEM, sendo que é sabido que a quarentena obrigatória à chegada a Macau afastou vários pilotos de proa no regresso da prova de duas rodas.

Duarte Alves, o engenheiro líder da Aston Martin Racing Asia, foi outro habitué do evento que não esteve presente. “Infelizmente devido compromissos profissionais, as restrições à entrada na RAEM causadas pela pandemia não me permitem chegar a Macau a tempo de poder participar no Grande Prémio”, explicou ao HM um dos poucos técnicos profissionais do território. “Foi com muita pena, mas não tive outra solução, pois estes projectos fora de Macau já vêm de há muitos anos e fui obrigado a optar.”

21 Nov 2022

CTCC | Rob Huff e Zhang Zhi Qiang dividiram vitórias do fim-de-semana

Com uma vitória e um segundo lugar, Huff deu aulas de condução ao longo de mais um Grande Prémio de Macau. O britânico conta agora com 11 triunfos no Circuito da Guia. Rodolfo Ávila foi 7.º e 4.º

 

Rob Huff (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) foram os vencedores das duas corridas do Grande Prémio de Macau pontuáveis para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) e para o campeonato TCR Ásia.

Na corrida de sábado, Rob Huff arrancou da pole position, depois de ter sido o mais rápido na qualificação, e somou a 11.ª vitória em Macau. O inglês ainda foi pressionado por Martin Cao (MG5 XPower TCR), que mostrou um bom ritmo nas voltas iniciais, principalmente depois de ultrapassar David Zhu (Lynk & Co). Porém, problemas mecânicos no MG do chinês resolveram a questão.

Sem grande oposição Huff triunfou mais uma vez em Macau, deixando atrás de si a “grande armada” de três Lynk & Co, de David Zhu, Sunny Wong e Zhang Zhi Qiang.

Quanto a Rodolfo Ávila, o português arrancou de quinto no sábado e terminou em sétimo lugar, num dia em que os MG, à excepção do carro conduzido para Huff, não mostraram andamento para a concorrência.

A vez de Zhang

Ontem, com a grelha invertida Gao Hua Yang (SAIC Lamando), foi o primeiro líder da prova, depois de ter arrancado muito bem e mostrado um ritmo competitivo. Atrás, Zhang Zhi Qiang, que partiu de sexto, ia ganhando posições depois de um arranque bem conseguido.

À segunda volta, Sunny Wong teve uma batida na primeira curva do circuito, e o safety car foi chamado à pista, onde ficou durante três voltas. No recomeço, Gao Hua Yang errou e perdeu tempo na curva Melco, o que permitiu a que Zhang chegasse à liderança. Mais atrás, também Huff ia ganhando posições.

A duas voltas do fim, o britânico conseguiu chegar ao segundo lugar e ainda ganhou 2,5 segundos ao líder. No entanto, Zhang mostrou muita segurança a defender-se por dentro na recta que antecede a curva do Hotel Lisboa, já na última volta, e segurou um triunfo merecido.

“Estou muito feliz com o resultado. Nas últimas duas voltas fui muito pressionado pelo Huff, mas defendi-me bem”, afirmou Zhang. “Se tivesse perdido para ele, que é sempre muito rápido aqui, também não era nenhuma vergonha, mas felizmente tive um ritmo alto e consegui vencer”, acrescentou.

Por sua vez, Huff admitiu que “não queria ser segundo” na corrida de domingo, mas mostrou-se satisfeito com o fim-de-semana. “Tive uma vitória e é bom estar de regresso. Talvez se o safety car tivesse estado menos voltas em pista eu tivesse vencido”, disse. “Mas o importante é que demos um bom espectáculo”, realçou.
Por sua vez, na segunda corrida, Rodolfo Ávila somou um quarto lugar.

1.ª Corrida
1º Rob Huff (MG XPOWER) 23:32.837
2º David Zhu (Lynk & Co) a 3.986
3º Sunny Wong (Lynk & Co) a 6.537
(…)
7º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 10.679

2.ª Corrida
1º Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) 28:34.503
2º Rob Huff (MG XPOWER) a 1.004
3º Gao Hua Yang (SAIC Lamando) a 5.124
4º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 12.531

Alto: Desempenho de Huff

É um excelente piloto, tem uma carreira invejável nos carros de turismo, e sempre que vem a Macau impressiona. Este ano não foi excepção e Huff deixa novamente o território com a ideia de que até com o pior carro do plantel estaria a lutar pelas vitórias.

Baixo: Safety Car

Não se discute a entrada do safety car na corrida de ontem. Mas foi uma pena que a luta entre Rob Huff (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) fosse limitada pelas três voltas feitas atrás do safety. Soube a pouco, até porque os dois estavam em grande forma.

21 Nov 2022

Fórmula 4 | Andy Chang surpreende com ritmo demolidor e vence o 69.º Grande Prémio de Macau

Num ritmo muito acima de todos os outros. É desta forma que se pode descrever a prestação de Andy Chang, piloto local que teve uma prestação notável e venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Macau, em Fórmula 4

 

Andy Chang foi o vencedor da 69.ª edição do Grande Prémio de Macau ao demorar 35:41.871 a percorrer as 12 voltas ao circuito na Guia. Na repetição do duelo das últimas duas edições, que este ano também contou com a participação de Gerrard Xie, Chang conseguiu desforrar-se das derrotas impostas por Charles Leong.

“Estou muito feliz com esta vitória”, afirmou o piloto, que triunfou naquela que foi porventura a prova com mais emoção ao longo de todo o fim-de-semana. Gerrard Xie, piloto de Hong Kong com 16 anos, foi a grande surpresa do fim-de-semana, ao vencer a corrida de qualificação, após uma luta aguerrida com Charles Leong.

Ontem, o cenário de sábado voltou a repetir-se, e mais uma vez o jovem de Hong Kong soube defender-se na primeira volta e segurar uma liderança, que durou até à quinta volta, já depois da única entrada do Safety Car.

Após o recomeço da corrida, que aconteceu à quarta volta, Xie alargou a liderança para Charles e parecia pronto para fugir para uma vitória. Porém, Andy, que nesta altura circulava em terceiro, conseguiu ultrapassar Charles Leong e colocar-se em situação de atacar o líder.

A manobra da vitória aconteceu na volta seguinte. Com um ritmo mais elevado, Andy foi “comendo” segundos ao líder, até que a seguir à curva do Mandarim ultrapassou o rival. Por sua vez, Xie não ficou de braços cruzados, tentou responder no final da mesma recta, antes da Curva do Hotel Lisboa, mas Andy fechou bem a “porta”.

A partir desse momento, o vencedor lançou-se para uma corrida solitária, onde foi somando consecutivamente a volta mais rápida até abrir uma vantagem de 5,958 segundos para o segundo classificado.

“O momento-chave foi a manobra na segunda curva do circuito, quando consegui consumar a ultrapassagem, após o recomeço. Depois defendi-me, e como tinha um bom ritmo consegui alcançar a vitória”, explicou Andy Chang.

O outro lado

Por sua vez, Charles Leong era um homem menos feliz com o resultado e mostrou a frustração no final: “Tivemos problemas de velocidade todo o fim-de-semana. Quando chegava à última curva sentia que o carro estava no limite, que não dava para mais”, desabafou. “Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim. Quando fui ultrapassado pelo Andy nem dei luta, porque não fazia sentido, só ia perder mais tempo”, reconheceu.

No segundo lugar da geral, Gerrard Xie aparentava alguma apatia face ao pódio: “Foi um fim-de-semana que serviu para aprender a pista. Mas, claro que estava a competir com dois pilotos muito experientes nesta pista, e por isso, só tinha que dar o meu melhor em todas as curvas”, afirmou após a corrida.

1º Andy Chang 35:41.871
2º Gerrard Xie a 5.958
3º Charles Leong a 14.086

Alto: Gerrard Xie e Charles Leong

O duelo entre Gerrard Xie e Charles Leong na primeira corrida da Fórmula 4 foi um dos momentos mais entusiasmantes do fim-de-semana. Apesar de estreante, Xie mostrou uma grande maturidade e soube defender-se dos ataques do piloto de Macau, sem cometer excessos, mas também sem “abrir a porta”. No final, o piloto de 16 anos foi recompensado com uma ida ao pódio no Circuito da Guia.

Baixo: carros pouco impressionantes

Para quem se desloca ao Circuito da Guia para assistir às corridas, a Fórmula 4 sabe sempre a muito pouco, mesmo que os pilotos sejam destemidos e o espectáculo bom. Com os F4 a correrem depois dos GT, a diferença de andamentos, barulho e dimensão é demasiado evidente, com claro prejuízo para os fórmulas.

Liang Jia Tong conquistou Corrida da Grande Baía

Liang Jia Tong (BMW M4 GT4) venceu a corrida da Grande Baía, na frente de Luo Kai Luo (Mercedes AMG GT4), que foi segundo, e de Chris Chia (Mercedes AMG GT4), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Numa prova em que os pilotos do Interior foram os mais fortes, Liang manteve um duelo interessante com Luo, mas no final acabou por ser o mais rápido. Por sua vez, Delfim Mendonça Choi (Audi R8 LMS Cup) não foi além de um 17.º lugar, a uma volta do vencedor.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau 2022 | Razões da separação do TCR Ásia da Corrida da Guia

Muitos estranharam a razão pela qual os concorrentes do TCR Ásia não correrem na Corrida da Guia, empobrecendo aquela que é a corrida de carros de Turismo mais emblemática do continente asiático. Isto, deveu-se ao acordo entre o WSC Group, a entidade que detém os direitos comerciais e desportivos da categoria TCR, ter chegado a acordo com o Instituto de Desporto de Macau para a realização do TCR Asia Challenge na Corrida da Guia.

Recorde-se que a Corrida da Guia iria ser a última prova da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR, até o promotor desta competição ter cancelado todos os eventos previstos para este ano no Oriente.

Por seu lado, segundo o HM apurou, o promotor do campeonato TCR Asia, cujos participantes dividem as grelhas de partida com o s concorrentes do Campeonato de Carros de Turismo da China (CTCC), não tem neste momento um acordo com o WSC Group, estando por isso os seus carros e pilotos impedidos de se juntar ao pelotão do TCR Asia Challenge. Perante este cenário, os carros da competição chinesa ficaram com uma corrida só para si, podendo na mesma fazer parte do carnaval de corridas do Grande Prémio de Macau.

21 Nov 2022

Filipe de Souza é o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia

Após vários anos a tentar vencer em Macau, Filipe de Souza (Audi RS3 LMS TCR) conquistou a Corrida da Guia, uma prova que foi interrompida devido ao grave acidente com Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR). No final, Souza estava radiante, com uma vitória que demorou 20 anos a ser alcançada e que foi a primeira na Corrida da Guia de um piloto de Macau, em 50 anos.

“Sinto que é um momento histórico porque é a primeira vez que um piloto de Macau vence a Corrida da Guia!”, afirmou Souza, no final de uma prova com muitos acidentes e duas entradas de Safety Car. “Hoje foi um dia em que tive sorte”, acrescentou.

Depois de ter vencido a corrida de sábado, para a qual arrancou mal, Souza manteve-se sempre na frente no domingo. Todavia, foi sempre seguido de muito perto pelos pilotos de Hong Kong Lo Sze Ho e Andy Yan (Honda FK7 TCR).

A situação parecia controlada para Souza, até que um acidente entre adversários mais atrasados, levou à entrada do safety car, que voltou a juntar os participantes. No recomeço, Souza manteve-se calmo e conseguiu aguentar a primeira posição e abrir uma nova vantagem.

Mas surgiu um novo acidente e nova entrada de Safety Car. Desta vez, devido à complexidade dos trabalhos de limpeza da pista, o Safety Car só saiu para dar tempo de cumprir uma última volta. Num final de cortar a respiração, Lo Sze Ho e Andy Yan foram com tudo para cima do macaense. Contudo, Lo, vítima de um asfalto escorregadio na Curva do Mandarim Oriental, perdeu o controlo e bateu violentamente nas barreiras.

Piso escorregadio

A corrida foi imediatamente dada por terminada, e Souza declarado vencedor de uma prova com poucas voltas cumpridas. Apesar disso, no final, o piloto estava muito satisfeito. História estava a ser feita.

“Depois do último safety car, houve logo um acidente porque os pneus não estavam a conseguir aquecer e a pista estava muito escorregadia”, contou Filipe de Souza. “Também senti o carro a escorregar muito na curva do Mandarim, e tive de corrigir duas vezes. Sabia que se travasse bruscamente era muito mais perigoso, porque tinha dois carros colados atrás”, lembrou sobre o momento decisivo. “Depois vi a pancada de Lo, e espero que esteja tudo bem com ele, e percebi que tinha vencido, porque com um acidente daqueles a corrida já não seria retomada”, acrescentou.

Andy Yan destacou a boa luta, mas lamentou o acidente final, que precipitou o fim da corrida. Também este piloto de Hong Kong se queixou do asfalto escorregadio.

Quanto a Lo, ontem à noite sabia-se que tinha sido transferido para o hospital e que estava consciente. O piloto saiu pelo próprio pé do carro e não corria perigo de vida.

1º Filipe de Souza (Audi) 23:58.130
2º Lo Sze Ho (Hyundai) a 2.558
3º Andy Yan (Honda) a 24.432

Alto: a vitória de Souza

A vitória de Filipe de Souza (Audi) foi o ponto alto de um dia de competição muito acidentado. Depois de muitos anos a tentar, e de muitos azares, o macaense conseguiu cumprir um dos seus sonhos e foi o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia. Teve a sorte que faltou em anos anteriores.

Baixo: corrida acidentada

A Corrida da Guia é uma prova com um prestígio difícil de igualar e que muito contribuiu para promover o Grande Prémio e Macau. Não deixa por isso de ser uma desilusão que a prova tenha tido tantos acidentes, devido a uma escolha de participantes que em muitos casos tem uma qualidade muito distante daquela de outros pilotos que fizeram a História desta corrida.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau 2022 | Mais de 76 mil nas bancadas

Ao longo dos quatro dias de prova, a organização do Grande Prémio de Macau registou a entrada de mais de 76 mil pessoas, de acordo com os dados de Pun Weng Kun. O balanço foi feito ontem em declarações prestadas aos jornalistas, após o fim do evento.

Questionado sobre a próxima edição em que se celebra o 70.º aniversário e a possibilidade de as provas se prolongarem durante dois fins-de-semana, o também presidente do Instituto do Desporto afirmou que a organização vai ouvir as opiniões da sociedade.

Billy Lo preso no Harbourview

Uma das ausências notadas da Corrida da Guia, no sábado, foi a do piloto Billy Lo (Audi RS3). O residente local estava hospedado no Hotel Harbourview, quando foi detectado um caso de covid-19 numa turista, que também estava hospedada na mesma unidade. Consequentemente o hotel foi isolado pela polícia, e quem se encontrava no local ficou proibido de sair, tendo de cumprir quarentena.

21 Nov 2022

Taça GT | Maro Engel bate concorrência e vence pela terceira vez no Circuito da Guia

Numa corrida reduzida e com a maior parte das voltas atrás do Safety Car, o piloto alemão da Mercedes bateu toda a concorrência e juntou mais um triunfo aos conquistados em 2014 e 2015

 

Maro Engel (Mercedes AMG GT3 Evo) foi o grande vencedor do Grande Prémio de Macau na categoria GTs, naquela que era a prova mais antecipada e com os nomes internacionais mais conhecidos. No final, o piloto reconheceu que o início da prova foi mais complicado do que esperava… devido ao colega de equipa.

“Foi decididamente mais difícil do que esperava devido ao início do Raffaele Marciello, mas sabia que tinha tudo para fazer um bom resultado” disse Maro Engel. “É fantástico ganhar depois de esperar sete anos e sinto-me muito feliz”, acrescentou.

Após conquistar a corrida de sábado, Engel arrancou do primeiro lugar da grelha de partida. Porém, o seu colega de equipa Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3 Evo) estava determinado a vender cara a derrota. O suíço pressionou sempre bastante Engel e chegou à liderança na primeira curva, com os dois carros a tocarem-se mais tarde, na Curva do Mandarim.

“Depois de perder a liderança acho que pela minha cabeça só passaram alguns sons que se podem explicar como pi… pi…. pi… (palavrões)”, relatou Engel, em tom divertido, sobre o único momento em que a vitória esteve em causa. “Mas também tive um bom arranque… Acho que nos chegámos a tocar na segunda curva do circuito, mas é normal porque a pista tem muito sobressaltos”, justificou.

Engel acabaria por herdar o primeiro lugar, ainda antes do final da primeira volta, quando Marciello seguiu em frente na curva da Melco. Também nessa altura, entrou o Safety Car em pista e só saiu a duas voltas do fim. Com tão pouco tempo corrido, Edoardo Mortara (Audi R8 LMS GT3 Evo III), mais não conseguiu do que ameaçar a ultrapassagem a Engel, na última passagem pela Curva do Hotel Lisboa.

Erro caro

Edoardo Mortara, também conhecido como Senhor Macau, terminou em segundo lugar. O piloto da Audi pagou caro o erro de sábado, quando à partida da corrida de qualificação arrancou demasiado cedo, fez abortar a partida e como penalização teve de partir nessa prova do final da grelha.

“Acho que estávamos mais rápidos e que provámos isso ao longo do fim-de-semana, mas não fez diferença, porque o que interessa é o resultado… E nisto tenho de ter em conta que também contribui para o resultado com o meu erro”, admitiu.

Ao mesmo tempo, Mortara lamentou que só tivessem sido corridas três voltas. “Estou feliz com a experiência. É sempre bom vir a Macau, gosto dos fãs e de sentir a atmosfera nesta pista. Acho que o espectáculo para os fãs foi bom, mas gostava que tivesse sido mais longo, porque a corrida foi curta”, apontou.

No mesmo sentido, o piloto da Audi falou de um fim-de-semana “perigoso”. “Sinto que foi um fim-de-semana perigoso com decisões que perante as mesmas regras nem sempre foram as mesmas, por isso, também estou feliz que tenha acabado”, desabafou. Além da redução da duração da prova de 12 para 8 voltas, Mortara não concretizou as outras queixas. Ainda assim, mostrou-se feliz por regressar: “É sempre bom vir a Macau”, apontou.

Mais queixas

No lugar mais baixo do pódio terminou Alex Imperatori (Porsche GT3 R), que apesar de um bom ritmo nunca teve hipótese de lutar por algo mais. E no final, o piloto suíço, que corre com uma licença de Hong Kong, queixou-se da curta duração da corrida.

“É frustrante ter tão poucas voltas de corrida, todos gostávamos de ter mais. É uma pena, porque queremos sempre dar mais espectáculo para os fãs e ter boas lutas na pista”, afirmou Imperatori, durante a conferência de imprensa.

“Acho que recuperámos bem de uma qualificação pouco conseguida, mas com o Safety Car tanto tempo em pista, percebi que não ia fazer muito nesta prova, apesar de achar que tinha um bom ritmo”, frisou.

1º Maro Engel (Mercedes) 23:21.084
2º Edoardo Mortara (Audi) a 0.760
3.º Alexandre Imperatori a 2.041

Alto: a qualificação de Mortara

Não venceu a corrida e cometeu um erro tremendo na corrida de sábado, quando se precipitou na partida. Foi penalizado. Porém, na sexta-feira, durante a qualificação, fez várias voltas rápidas de grande nível no traçado da Guia, a mostrar claramente a difereça que faz trazer pilotos internacionais de topo.

Baixo: mau planeamento

A Taça GT foi a corrida com mais qualidade, a nível de pilotos e carros, de todo o fim-de-semana. Com nomes internacionais de topo torna-se incompreensível que apenas tenham sido planeadas oito voltas para o dia de ontem. Com as tradicionais entradas do safety car, correram-se três. É muito pouco.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau | Programa até domingo

Hoje

06:00 Fecho do Circuito
06:30-07:00 Inspecção do Circuito
07:30-08:00 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 1
08:20-08:45 Macau Roadsport Challenge SJM – Qualificação 1
09:05-09:30 Taça GT Grande Baía Melco – Qualificação 1
09:50-10:15 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – Qualificação 1
10:35-11:00 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Qualificação 1
11:30-11:50 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Qualificação 1
12:00-12:10 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Qualificação 2
12:30-13:00 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 2
13:20-13:40 Corrida da Guia Macau Wynn – Qualificação 1
13:50-14:00 Corrida da Guia Macau Wynn – Qualificação 2
14:15-14:40 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – Qualificação 2
15:00-15:25 Macau Roadsport Challenge SJM – Qualificação 2
15:45-16:10 Taça GT Grande Baía Melco – Qualificação 2
16:30-16:55 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Qualificação 2
18:00 Abertura do Circuito

Amanhã

06:00 Fecho do Circuito
06:30-07:00 Inspecção do Circuito
07:30-07:50 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento
08:25-08:55 Macau Roadsport Challenge SJM – 1.ª Corrida (8 voltas)
09:30-10:00 Taça GT Grande Baía Melco – 1.ª Corrida (8 voltas)
10:35-11:05 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – 1.ª Corrida (8 voltas)
11:45-12:20 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – 1.ª Corrida (9 voltas)
12:55-13:30 Corrida da Guia Macau Wynn – 1.ª Corrida (9 voltas)
14:05-14:35 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – 1.ª Corrida (8 voltas)
15:10-15:40 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – 1.ª Corrida (8 voltas)
16:10-16:40 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – 2.ª Corrida (8 voltas)
18:00 Abertura do Circuito

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito
08:00-08:45 Macau Roadsport Challenge SJM – 2.ª Corrida (12 voltas)
09:15-10:00 Taça GT Grande Baía Melco – 2.ª Corrida (12 voltas)
10:30-11:05 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – 2.ª Corrida (9 voltas)
11:55-12:30 Corrida da Guia Macau Wynn – 2.ª Corrida (9 voltas)
13:05-13:50 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – 2.ª Corrida (12 voltas)
14:00-14:45 Evento Especial
15:15-15:20 Dança do Leão
15:30-16:10 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – 2.ª Corrida (12 voltas)
18:00 Abertura do Circuito

18 Nov 2022

Souza espera quebrar um enguiço com meio século

A Corrida da Guia vai ter um formato diferente dos dois anos anteriores, não pontuando para o TCR Ásia. Este pequeno grande detalhe significa que os pilotos do campeonato e as poderosas equipas de fábrica dos construtores de automóveis da República Popular da China não farão parte da Corrida da Guia este ano, deixando escancarada a porta para o sucesso aos pilotos do território. É que nunca em cinquenta anos um piloto de Macau conseguiu ir ao pódio nesta corrida.

A pandemia e as constantes restrições nas viagens impediram que Filipe Souza concretizasse o plano de participar em 2022 na temporada do TCR Ásia. Com menos ritmo que em anos anteriores, Souza mantém-se realista, mas os seus objectivos para a edição deste ano do Grande Prémio não foram abalados. “Este ano o meu objectivo é igual ao dos dois últimos anos. Só olho para o pódio com a máxima concentração”, afirmou o piloto macaense ao HM.

Este foi um ano particularmente difícil para o experiente piloto, pois apenas realizou uma corrida nos últimos doze meses. “Claro que é prejudicial ter disputado menos corridas este ano, principalmente pelos reflexos que isso tem no ritmo de condução e também fisicamente. Quanto mais conduzes, mais aprendes”, reconhece o piloto que vai para a sua vigésima primeira participação na prova. “Fiz alguns testes com o meu novo carro e também fiz testes de Fórmula Renault na China, que é o meu hábito de todos os anos antes do Grande Prémio de Macau”.

A maior novidade de Filipe Souza este ano é contar com um carro novo Audi RS 3 LMS TCR da segunda geração. “Este novo carro tem potencial para vencer e anda muito bem em recta”, explica o piloto de 46 anos. “A aerodinâmica do carro é uma grande melhoria em relação ao modelo anterior e, em termos de afinações, o novo carro está muito mais fácil de trabalhar. Pelos testes que realizei, também sinto que posso ser mais agressivo nas curvas e por isso tenho uma grande confiança no novo carro”.

Quanto a quem será o seu grande adversário na corrida, Filipe Souza aponta para “o piloto de Hong Kong Andy Yan. Ele tem muita experiência e é um muito bom piloto”.

18 Nov 2022

Macau Roadsport Challenge | Novos desafios para Junio Pereira e Sabino Osório

Depois da estreia no ano passado no Circuito da Guia numa atípica corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, Junio Pereira vai tentar aplicar o que aprendeu no ano passado, mas agora numa corrida diferente fruto das circunstâncias.

O piloto macaense, que vai guiar um Ford Fiesta diferente do utilizado em 2021, vai alinhar na categoria 1600cc Turbo na corrida Macau Roadsport Challenge, onde estarão outras caras conhecidas do automobilismo do território como são Rui Valente e Célio Alves Dias.

“Vou dar o meu melhor e espero conseguir melhores resultados este ano em Macau”, afirmou o piloto da equipa SLM Racing Team ao HM. “Este Fiesta, que é um carro diferente daquele que usei no ano passado, também deverá ter um melhor desempenho.”

Correr no meio de um pelotão com diferentes andamentos e estilos de condução, certamente irá representar um novo desafio para um piloto que ainda está a dar os primeiros passos no automobilismo. “Eu nunca corri numa das corridas com mistura de categorias”, reconhece Junio Pereira, que admite existir um factor de risco nestas corridas multi-classe, pois “os pontos de travagem são diferentes entre estes dois tipos de carros. Por outro lado, é um pouco injusto corrermos com eles, pois vamos perder exposição mediática. O andamento entre as duas categorias é muito diferente e o melhor dos 1600cc Turbo dificilmente entra no Top-5 da geral”.

Sabino Osório sobe de categoria

Segundo classificado na Taça de Carros de Turismo de Macau de 2021, ao volante de um carro da categoria 1600cc Turbo, Sabino Osório Lei vai este ano alinhar na Macau Roadsport Challenge, mas aos comandos de um Mitsubishi Evo9, preparado pela equipa SLM Racing Team, a categoria 1950cc e Acima.

“Este ano vou tentar algo novo. A razão pela qual escolhi fazer algo diferente é porque ouvi que este ano possivelmente será o último desta categoria e queria fazer algo novo”, explicou ao HM. O Mitsubishi é um carro que foi conduzido no passado por Ng Kin Veng, que estava parado há dois anos e que foi equipado com um motor novo, de menos potência para resistir às agruras da semana do Grande Prémio.

Sem colocar um objectivo para esta sua participação, Sabino sabe o que lhe espera: “Será a minha primeira corrida num carro destes. Tem mais potência e é mais desafiante, mas mais divertido de conduzir”.

18 Nov 2022

Treinos Livres | Alexandre Imperatori foi o mais rápido no primeiro dia de prova

O senhor Macau está de regresso e em grande nível, mas Alexandre Imperatori foi o mais rápido no dia em que os principais concorrentes dos GTs estiveram a esconder o jogo. Na F4, Bei Siling proporcionou o acidente do dia

 

Edoardo Mortara (Audi R8 LMS) regressou a Macau em grande ritmo, foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres e dominou grande parte da segunda sessão. No entanto, quando tudo apontava para que ficasse no topo da tabela dos tempos, acabou por ser suplantado pelo compatriota Alexandre Imperatori (Porsche 911 GT3 R), que corre com uma licença de Hong Kong.

Em todas as categorias, o dia serviu principalmente para tirar as medidas ao traçado e tratar das afinações dos carros e motos, a pensar nas qualificações, agendadas para o dia de hoje.

A Taça GT, que promete as corridas mais interessantes do fim-de-semana, não foi excepção e os pilotos até conseguiram rodar durante longos períodos, sem interrupções. No duelo entre os construtores germânicos, Mortara com um tempo de 2:19.841 foi o mais rápido na parte da manhã. À tarde o cenário aparentava repetir-se, mas Alexandre Imperatori (Mercedes AMG GT3) fez uma volta com o tempo de 2:18.760 e bateu Mortara por 31 centésimos.

No entanto, o primeiro dia também mostrou que tanto Maro Engel (Mercedes AMG GT3) como Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3) estão a rodar perto do tempo dos pilotos da frente.

Os resultados devem ser encarados com cautela, uma vez que os pilotos tendem a esconder o jogo, para evitar serem prejudicados pelo BoP (Balance of Performance), ou seja, as restrições aplicadas para a organização para nivelar os diferentes carros.

Acidente do dia

Sem a emoção das outras provas, a Fórmula 4 destacou-se pelo acidente do dia, ainda na parte da manhã. Numa primeira sessão de treinos livres marcada pelo facto de a maioria dos pilotos não terem conseguido realizar uma volta rápida, o protagonista foi Bei Siling.

Logo na primeira volta rápida, o chinês perdeu o controlo do Mygale SARL M14-F4, na curva do Mandarim, e embateu forte no muro. O piloto saiu ileso do impacto, mas o carro ficou muito danificado, pelo que não é certo que seja possível repará-lo a tempo de participar no restante fim-de-semana.

Na parte da tarde, o local Andy Chang foi o mais rápido, ao rodar em 2:30.188, com Charles Leong, que tenta chegar à terceira vitória nesta categoria, a quedar-se pelo terceiro lugar com um tempo de 2:30.338.

Huff a melhorar

Em relação à Taça de Carros de Turismo, a grande estrela presente é Rob Huff (MG5 XPower TCR) e o britânico fez um dia em crescendo. Depois de uma primeira sessão em que não conseguiu fazer uma volta lançada, na parte da tarde subiu para segundo, a 97 centésimos de Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co 03 TCR), piloto que dominou o dia e fez o tempo de 2:35.822.

Por sua vez, Rodolfo Ávila (MG5 XPower TCR) fez o sexto melhor tempo na parte da manhã e apesar de ter melhorado em quase dois segundos o registo na parte da tarde, não conseguiu melhor do que o 10.º posto, a quase três segundos da frente. Ontem, os pilotos da MG depararam-se com problemas na direcção assistida, que tem falhado.

Kostamo foi o mais rápido nas motas

Erno Kostamo (BMW S1000RR) foi ontem o piloto mais rápido na única sessão do dia do Grande Prémio de Motos, com um tempo de 2:31.069. Numa sessão em que os pilotos puderam realizar várias voltas, o finlandês ficou à frente de Robert Hodson (Kawasaki ZX10RR), com uma diferença de 3,529 segundos, e de David Datzer (BMW S1000RR), com uma vantagem de 5,504 segundos.

Numa sessão que ficou marcada pelo facto de não haver acidentes, o português André Pires (Honda CBR 1000 RR SP) conseguiu o sexto melhor tempo, ainda assim a quase 7 segundos do mais rápido. Hoje, as motos são a primeira categoria a sair para a pista, com a primeira sessão de qualificação agendada para as 7h30. A segunda sessão está agendada para as 12h30.

Testes todos os dias para equipas e pilotos

Desde ontem, com o surgimento de mais casos em Zhuhai, que os pilotos e as equipas que participam o Grande Prémio estão obrigadas a fazer um teste diário de covid-19. A informação foi revelada às 9h ontem pelos organizadores às equipas, e implica uma redução da validade do resultado dos testes de 48 horas para 24 horas. No entanto, ao contrário de outras pessoas envolvidas no evento, os pilotos e as equipas têm um centro de testes que podem utilizar.

O centro está localizado no segundo andar do Terminal Marítimo do Porto Exterior, funciona até sábado e abre às 5h da manhã. Na parte da manhã, o horário de funcionamento prolonga-se até às 10h. Depois da pausa de almoço, o centro funciona entre as 15h e as 20h. Os pilotos e as equipas não precisam de pagar os testes, ao contrário dos cidadãos normais fora dos grupos chave, que pagam até 45 patacas.

18 Nov 2022

Macau Roadsport Challenge | De olho no pódio, Badaraco espera que esta não seja a última

Num ano em que as duas categorias locais de carros de Turismo – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – se voltam a encontrar, mas agora na corrida Macau Roadsport Challenge, Jerónimo Badaraco quer regressar a um pódio que visitou pela primeira vez em 1999, quando triunfou na derradeira edição da Taça ACP.

O piloto macaense vai conduzir novamente o imponente Mitsubishi Evo9 da Son Veng Racing Team, um carro mecanicamente levado ao extremo e que prima pela espectacularidade, mas cuja fiabilidade é o seu “calcanhar de Aquiles”. Tal como à maior parte dos pilotos do território, a pandemia trocou os planos a Jerónimo Badaraco e a preparação para a corrida mais importante do ano não foi aquela que o piloto e a sua equipa certamente pretendiam.

“Este ano vai ser outra vez muito especial, porque por causa da pandemia não pudemos testar o carro como queríamos, mas eu e toda a equipa esperamos que o carro consiga corresponder às nossas expectativas e que corra tudo bem ao nível de mecânica e electrónica”, relatou ao HM o piloto que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau.

Se não acontecerem imprevistos técnicos, “Noni” não esconde a vontade que tem em “voltar a subir ao pódio, celebrar uma vitória e acima de tudo, voltar a sentir a emoção desta competição automóvel tão importante em Macau.”

Rumores do paddock dizem que esta será a última edição em que iremos ver os muito acarinhados carros de Turismo das classes 1950cc e Acima e 1600cc Turbo em acção no Circuito da Guia. Tendo estes carros já atingido o seu pico de evolução e completado o seu ciclo de vida, a pandemia acabou por prolongar o seu “prazo útil de vida”, poupando os pilotos locais de elevados investimentos em carros e material novo.

Porém, Jerónimo Badaraco acredita que será um erro terminar com esta popular corrida: “Há a possibilidade deste ano ser a última prova de Roadsport Challenge e por isso aproveito esta oportunidade no Hoje Macau para expressar o meu desejo de que esta prova se mantenha, pois é uma competição com vários pilotos com carros tão diferentes e que os espectadores gostam.”

17 Nov 2022

Taça de Carros de Turismo de Macau | Ávila chega a Macau após duas vitórias no TCR Ásia

O piloto da MG XPower Racing vai participar pela 15.ª vez no Grande Prémio de Macau e vai ser o único representante local na Taça de Carros de Turismo de Macau, que este ano é pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC)

 

Após um ano de ausência, Rodolfo Ávila está de regresso ao Circuito da Guia. Naquela que é a sua 15.ª participação no Grande Prémio de Macau. O piloto português vai alinhar pela primeira vez na corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, sendo o único concorrente da RAEM nesta corrida que este ano será pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC).

Numa temporada em que apenas foi possível realizar duas corridas, o campeão da última edição do TCR China sabe que não terá a vida fácil neste seu retorno ao palco onde se estreou no automobilismo há precisamente duas décadas, na altura, na corrida do asiático de Fórmula Renault.

“Claro que vamos tentar andar o melhor possível”, afirmou Rodolfo Ávila ao HM. “Este ano acabamos por não ter tantas oportunidades para desenvolver o novo MG5 como gostaríamos, por isso este fim-de-semana vamos continuar a desenvolver o carro e espero que tenhamos andamento para andar na frente.”

Apesar das duas vitórias conquistadas esta temporada – uma em Zhuzhou e outra em Zhejiang – o novo MG5 XPower TCR ainda continua numa fase muito primária de desenvolvimento, devido aos atrasos provocados pela pandemia, estando ainda longe do nível dos melhores carros da categoria TCR, tendo acusado por diversas vezes problemas de fiabilidade que levantam várias interrogações antes do debute do carro da marca sino-britânica num circuito citadino.

“Fazer um bom resultado em Macau contra os Lynk & Co sei que não vai ser fácil. Mas claro que quero continuar a ser o melhor piloto da MG, no entanto, para isso é preciso pontuar nas duas corridas”, refere o piloto do território. “Tive problemas de travões nas duas provas que disputamos este ano e o Circuito da Guia não tem escapatórias. Aqui se ficarmos sem travões, as consequências são mais graves.”

A equipa da Lynk & Co, que tem os seus três pilotos nas três primeiras posições no TCR Ásia, irá ser liderada por Jason Zhang Zhi Qiang, vencedor da Corrida da Guia nos dois últimos anos, escudado pelos experientes David Zhu e Sunny Wong. A MG XPower Racing reforçou-se para esta corrida com o ex-campeão do mundo Rob Huff. O inglês trará o seu vasto conhecimento e experiência ao volante de viaturas da classe TCR para a equipa de Xangai.

“Vamos ver como ele se vai adaptar ao carro. Ele apenas teve um breve contacto com o MG5 na pista Tianma, mas é sempre muito forte aqui em Macau. De certeza que ele vai ajudar a puxar pela equipa para cima e a melhorar alguns processos”, explica Rodolfo Ávila que já foi por várias vezes companheiro de equipa do inglês que soma nove triunfos nas ruas da cidade.

A Taça de Carros de Turismo de Macau terás duas corridas de nove voltas, sendo que ambas valem os mesmos pontos.

17 Nov 2022