Motas | Erno Kostamo triunfou na 54.ª edição do Grande Prémio de Macau

Após uma espera de dois anos, as motos regressaram a Macau e o finlandês foi o grande vencedor. A prova ficou marcada pela confusão de sábado, devido à sujidade da pista, que levou a que a corrida tivesse de ser adiada para ontem

 

Erno Kostamo (BMW S1000RR) venceu o Grande Prémio de Motos de Macau, à terceira tentativa. Após dois anos de interregno da prova de motos, o finlandês dominou o fim-de-semana, que ficou igualmente marcado pela prestação de Sheridan Morais (Honda CBR 1000 RR SP), que levou pela primeira vez a bandeira portuguesa ao pódio.

No final, o piloto considerou o resultado fantástico, mesmo se não rodou nos tempos por volta que pretendia. “Não estou feliz com os meus tempos por volta, mas estou muito feliz com o resultado”, afirmou o finandês. “É um resultado fantástico, principalmente depois de ter sofrido um grande acidente em 2019”, acrescentou.

Ontem Kostamo cumpriu as oito voltas com um tempo de 19:54.192, tendo feito a volta mais rápida com um registo de 2:27.493. Em comparação, o melhor registo em corrida de 2018, a última que teve mais do que uma volta, tinha sido de 2:25.005.

Erno arrancou da pole-position, mas uma partida menos conseguida fez com que caísse para segundo, atrás de Sheridan Morais, que surpreendeu ao assumir a liderança. Apesar do contratempo, o piloto de 31 anos pareceu estar sempre mais rápido do que os restantes concorrentes e foi sem surpresa que à terceira volta assumiu a liderança, que nunca mais largou, depois de se distanciar do alemão David Datzer (BMW S1000 RR).

O arranque menos conseguido foi explicado com uma nova electrónica na moto e um novo sistema de lançamento. “Mudámos a electrónica da mota antes do início da prova e temos um controlo novo de lançamento ao qual ainda não estou habituado”, explicou Erno.

Bandeira portuguesa no pódio

Um dos pilotos em destaque foi Sheridan Morais que terminou em terceiro e se tornou o primeiro português a subir ao pódio do Grande Prémio de Motos. No ano de estreia, Morais não se livrou de alguns sustos, mas no final estava muito satisfeito com o resultado.

“Foi uma excelente corrida, sabia que era forte no primeiro e terceiro sectores e que podia ter um bom resultado. Só que mais do que uma vez que, na primeira curva do circuito, a mota ficou presa em ponto-morto, e achei que ia bater no muro”, reconheceu o piloto da Honda. “Acabei por abrandar para chegar ao fim”, admitiu.

Ainda assim, Morais mostrou-se feliz com o resultado e considerou “fantástico” ter sido o primeiro português a subir ao pódio em Macau, onde afirmou encontrar uma presença portuguesa “muito superior à esperada”.

No lugar intermédio do pódio terminou David Datzer, que rodou sempre muito perto de Kostamo até à quinta volta. A partir daí, o finlandês foi simplesmente embora. Porém, o alemão ficou satisfeito com o resultado alcançado.
“Estou muito feliz com os tempos alcançados. Consegui seguir o Erno e o Morais no início, mas depois de algumas voltas comecei a sentir problemas com os pneus e achei que o segundo lugar seria suficiente”, apontou o alemão.

Confusões de sábado

Se no domingo tudo correu bem na prova de motos, o mesmo não se pode dizer em relação a sábado. Com a primeira corrida agendada para sábado de manhã, a mesma acabou por ser cancelada devido à sujidade da pista. Antes do início, os pilotos e a organização reuniram-se na pista e acordaram que seriam feitas duas voltas, para que houvesse oportunidade de testar as condições do asfalto. Após as voltas, mais de metade dos pilotos considerou que as condições eram demasiado perigosas.

Com uma corrida cancelada, era suposto que as motas voltasse à pista no final do dia. Porém, também a segunda corrida teve de ser adiada de sábado para ontem de manhã, uma vez que as condições da pista se encontrava longe do desejado e ainda por se temer que não houvesse luz natural suficiente até ao final da prova.

Classificação

1.º Erno Kostamo (BMW) 19:54.192
2.º David Datzer (BMW) a 8.262
3.º Sheridan Morais (Honda) a 10.836
(…)
7.º André Pires (Honda) a 45.355

Alto: regresso da competição

Após dois anos sem competição de motos, o regresso desta prova foi um dos pontos altos de todo o fim-de-semana. Apesar de ser uma corrida sempre cheia de perigo, é um dos eventos que mais contribui para o “carisma” do Grande Prémio de Macau. O espectáculo de domingo foi bem agradável e espera-se que no próximo ano regressem os nomes mais famosos da modalidade.

Baixo: cancelamentos e adiamentos

Quando as provas foram apresentadas, o sábado era o dia do Grande Prémio de Motociclismo, como tradicionalmente acontece. No entanto, quem se deslocou às bancadas para ver este espectáculo acabou desapontado. Além da sessão de aquecimento, que decorreu dentro da normalidade, a primeira corrida foi cancelada (e bem), entre a realização de duas voltas de formação e uma reunião com os pilotos na pista. Também a segunda corrida foi adiada para o dia seguinte. Quem apenas tinha bilhete para sábado ficou prejudicado.

21 Nov 2022

Grande Prémio | Sabino Lei alcançou terceiro lugar no Roadsport Challenge

Sabino Osório Lei (Mitsubishi Evo 9) terminou a corrida de ontem no Roadsport Challenge no terceiro lugar, a 2.942 do vencedor Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo 9). No final, o macaense, que se estreou com um carro 2000cc, e tinha arrancado de 15.º na classe e 26.º à geral, mostrou-se muito satisfeito com o pódio alcançado.

“É um resultado inacreditável. Ontem, (no sábado), tive muitos problemas de pneus e perdi muitos lugares. Mas, no início da corrida de hoje (ontem) puxei muito, tive muitos duelos na pista e no final tive uma posição que me deixa muito feliz”, afirmou face ao resultado alcançado.

O resultado teve um sabor ainda mais especial por ter sido alcançado naquela que é a pista favorita do piloto. “É sempre fantástico correr em Macau, é uma pista fantástica, o local onde nasci”, afirmou. “Os 2000cc são muito poderosos e é uma condução diferente dos 1600 turbo. Não fiz muitos testes antes da prova, mas aqui tentei o meu melhor e estou feliz”, sublinhou.

Na classe dos 2000cc, destacaram-se ainda os macaenses Jerónimo Badaraco e Luciano Lameiras, que apesar de terem aspirações à vitória, terminaram em 4.º e 7.º, respectivamente.

A festa de Pereira

Na classe 1600cc Turbo, o vencedor foi Lui Man Kit (Mini Cooper S). No entanto, na altura de subir ao pódio, a grande festa foi de Junio Pereira, que levou o Ford Fiesta ao segundo lugar. Após arrancar em 6.º na classe e 13.º à geral, Pereira soube evitar as confusões e os problemas de outros pilotos e foi subindo até ao pódio.

Por sua vez, Rui Valente (Mini Cooper S) terminou em 23.º, nas boxes, com problemas de caixa de velocidades. O herói local chegou a rodar nos lugares cimeiros, mas no final acabou por perder várias posições.

21 Nov 2022

Os ausentes do Grande Prémio de Macau

A 69.ª edição do Grande Prémio de Macau voltou a reunir quase toda a “fina flor” do desporto motorizado de Macau, mas também houve notórias ausências. Entre os pilotos, há que destacar a ausência, pelo terceiro ano consecutivo, de André Couto, um dos pilotos mais titulados do território e que certamente seria uma mais valia para o evento.

O piloto português não encontrou nenhum volante que lhe desse garantias e adiou novamente o seu reencontro com o Circuito da Guia.

Igualmente ausente, esteve a equipa FHO Racing da empresária de Macau Faye Ho, que é uma das estruturas melhor apoiadas pela BMW Motorrad. A equipa que compete em várias frentes no motociclismo de velocidade do Reino Unido e que conta com o multi-vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, abdicou da visita de final de ano à RAEM, sendo que é sabido que a quarentena obrigatória à chegada a Macau afastou vários pilotos de proa no regresso da prova de duas rodas.

Duarte Alves, o engenheiro líder da Aston Martin Racing Asia, foi outro habitué do evento que não esteve presente. “Infelizmente devido compromissos profissionais, as restrições à entrada na RAEM causadas pela pandemia não me permitem chegar a Macau a tempo de poder participar no Grande Prémio”, explicou ao HM um dos poucos técnicos profissionais do território. “Foi com muita pena, mas não tive outra solução, pois estes projectos fora de Macau já vêm de há muitos anos e fui obrigado a optar.”

21 Nov 2022

CTCC | Rob Huff e Zhang Zhi Qiang dividiram vitórias do fim-de-semana

Com uma vitória e um segundo lugar, Huff deu aulas de condução ao longo de mais um Grande Prémio de Macau. O britânico conta agora com 11 triunfos no Circuito da Guia. Rodolfo Ávila foi 7.º e 4.º

 

Rob Huff (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) foram os vencedores das duas corridas do Grande Prémio de Macau pontuáveis para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) e para o campeonato TCR Ásia.

Na corrida de sábado, Rob Huff arrancou da pole position, depois de ter sido o mais rápido na qualificação, e somou a 11.ª vitória em Macau. O inglês ainda foi pressionado por Martin Cao (MG5 XPower TCR), que mostrou um bom ritmo nas voltas iniciais, principalmente depois de ultrapassar David Zhu (Lynk & Co). Porém, problemas mecânicos no MG do chinês resolveram a questão.

Sem grande oposição Huff triunfou mais uma vez em Macau, deixando atrás de si a “grande armada” de três Lynk & Co, de David Zhu, Sunny Wong e Zhang Zhi Qiang.

Quanto a Rodolfo Ávila, o português arrancou de quinto no sábado e terminou em sétimo lugar, num dia em que os MG, à excepção do carro conduzido para Huff, não mostraram andamento para a concorrência.

A vez de Zhang

Ontem, com a grelha invertida Gao Hua Yang (SAIC Lamando), foi o primeiro líder da prova, depois de ter arrancado muito bem e mostrado um ritmo competitivo. Atrás, Zhang Zhi Qiang, que partiu de sexto, ia ganhando posições depois de um arranque bem conseguido.

À segunda volta, Sunny Wong teve uma batida na primeira curva do circuito, e o safety car foi chamado à pista, onde ficou durante três voltas. No recomeço, Gao Hua Yang errou e perdeu tempo na curva Melco, o que permitiu a que Zhang chegasse à liderança. Mais atrás, também Huff ia ganhando posições.

A duas voltas do fim, o britânico conseguiu chegar ao segundo lugar e ainda ganhou 2,5 segundos ao líder. No entanto, Zhang mostrou muita segurança a defender-se por dentro na recta que antecede a curva do Hotel Lisboa, já na última volta, e segurou um triunfo merecido.

“Estou muito feliz com o resultado. Nas últimas duas voltas fui muito pressionado pelo Huff, mas defendi-me bem”, afirmou Zhang. “Se tivesse perdido para ele, que é sempre muito rápido aqui, também não era nenhuma vergonha, mas felizmente tive um ritmo alto e consegui vencer”, acrescentou.

Por sua vez, Huff admitiu que “não queria ser segundo” na corrida de domingo, mas mostrou-se satisfeito com o fim-de-semana. “Tive uma vitória e é bom estar de regresso. Talvez se o safety car tivesse estado menos voltas em pista eu tivesse vencido”, disse. “Mas o importante é que demos um bom espectáculo”, realçou.
Por sua vez, na segunda corrida, Rodolfo Ávila somou um quarto lugar.

1.ª Corrida
1º Rob Huff (MG XPOWER) 23:32.837
2º David Zhu (Lynk & Co) a 3.986
3º Sunny Wong (Lynk & Co) a 6.537
(…)
7º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 10.679

2.ª Corrida
1º Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) 28:34.503
2º Rob Huff (MG XPOWER) a 1.004
3º Gao Hua Yang (SAIC Lamando) a 5.124
4º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 12.531

Alto: Desempenho de Huff

É um excelente piloto, tem uma carreira invejável nos carros de turismo, e sempre que vem a Macau impressiona. Este ano não foi excepção e Huff deixa novamente o território com a ideia de que até com o pior carro do plantel estaria a lutar pelas vitórias.

Baixo: Safety Car

Não se discute a entrada do safety car na corrida de ontem. Mas foi uma pena que a luta entre Rob Huff (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) fosse limitada pelas três voltas feitas atrás do safety. Soube a pouco, até porque os dois estavam em grande forma.

21 Nov 2022

Fórmula 4 | Andy Chang surpreende com ritmo demolidor e vence o 69.º Grande Prémio de Macau

Num ritmo muito acima de todos os outros. É desta forma que se pode descrever a prestação de Andy Chang, piloto local que teve uma prestação notável e venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Macau, em Fórmula 4

 

Andy Chang foi o vencedor da 69.ª edição do Grande Prémio de Macau ao demorar 35:41.871 a percorrer as 12 voltas ao circuito na Guia. Na repetição do duelo das últimas duas edições, que este ano também contou com a participação de Gerrard Xie, Chang conseguiu desforrar-se das derrotas impostas por Charles Leong.

“Estou muito feliz com esta vitória”, afirmou o piloto, que triunfou naquela que foi porventura a prova com mais emoção ao longo de todo o fim-de-semana. Gerrard Xie, piloto de Hong Kong com 16 anos, foi a grande surpresa do fim-de-semana, ao vencer a corrida de qualificação, após uma luta aguerrida com Charles Leong.

Ontem, o cenário de sábado voltou a repetir-se, e mais uma vez o jovem de Hong Kong soube defender-se na primeira volta e segurar uma liderança, que durou até à quinta volta, já depois da única entrada do Safety Car.

Após o recomeço da corrida, que aconteceu à quarta volta, Xie alargou a liderança para Charles e parecia pronto para fugir para uma vitória. Porém, Andy, que nesta altura circulava em terceiro, conseguiu ultrapassar Charles Leong e colocar-se em situação de atacar o líder.

A manobra da vitória aconteceu na volta seguinte. Com um ritmo mais elevado, Andy foi “comendo” segundos ao líder, até que a seguir à curva do Mandarim ultrapassou o rival. Por sua vez, Xie não ficou de braços cruzados, tentou responder no final da mesma recta, antes da Curva do Hotel Lisboa, mas Andy fechou bem a “porta”.

A partir desse momento, o vencedor lançou-se para uma corrida solitária, onde foi somando consecutivamente a volta mais rápida até abrir uma vantagem de 5,958 segundos para o segundo classificado.

“O momento-chave foi a manobra na segunda curva do circuito, quando consegui consumar a ultrapassagem, após o recomeço. Depois defendi-me, e como tinha um bom ritmo consegui alcançar a vitória”, explicou Andy Chang.

O outro lado

Por sua vez, Charles Leong era um homem menos feliz com o resultado e mostrou a frustração no final: “Tivemos problemas de velocidade todo o fim-de-semana. Quando chegava à última curva sentia que o carro estava no limite, que não dava para mais”, desabafou. “Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim. Quando fui ultrapassado pelo Andy nem dei luta, porque não fazia sentido, só ia perder mais tempo”, reconheceu.

No segundo lugar da geral, Gerrard Xie aparentava alguma apatia face ao pódio: “Foi um fim-de-semana que serviu para aprender a pista. Mas, claro que estava a competir com dois pilotos muito experientes nesta pista, e por isso, só tinha que dar o meu melhor em todas as curvas”, afirmou após a corrida.

1º Andy Chang 35:41.871
2º Gerrard Xie a 5.958
3º Charles Leong a 14.086

Alto: Gerrard Xie e Charles Leong

O duelo entre Gerrard Xie e Charles Leong na primeira corrida da Fórmula 4 foi um dos momentos mais entusiasmantes do fim-de-semana. Apesar de estreante, Xie mostrou uma grande maturidade e soube defender-se dos ataques do piloto de Macau, sem cometer excessos, mas também sem “abrir a porta”. No final, o piloto de 16 anos foi recompensado com uma ida ao pódio no Circuito da Guia.

Baixo: carros pouco impressionantes

Para quem se desloca ao Circuito da Guia para assistir às corridas, a Fórmula 4 sabe sempre a muito pouco, mesmo que os pilotos sejam destemidos e o espectáculo bom. Com os F4 a correrem depois dos GT, a diferença de andamentos, barulho e dimensão é demasiado evidente, com claro prejuízo para os fórmulas.

Liang Jia Tong conquistou Corrida da Grande Baía

Liang Jia Tong (BMW M4 GT4) venceu a corrida da Grande Baía, na frente de Luo Kai Luo (Mercedes AMG GT4), que foi segundo, e de Chris Chia (Mercedes AMG GT4), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Numa prova em que os pilotos do Interior foram os mais fortes, Liang manteve um duelo interessante com Luo, mas no final acabou por ser o mais rápido. Por sua vez, Delfim Mendonça Choi (Audi R8 LMS Cup) não foi além de um 17.º lugar, a uma volta do vencedor.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau 2022 | Razões da separação do TCR Ásia da Corrida da Guia

Muitos estranharam a razão pela qual os concorrentes do TCR Ásia não correrem na Corrida da Guia, empobrecendo aquela que é a corrida de carros de Turismo mais emblemática do continente asiático. Isto, deveu-se ao acordo entre o WSC Group, a entidade que detém os direitos comerciais e desportivos da categoria TCR, ter chegado a acordo com o Instituto de Desporto de Macau para a realização do TCR Asia Challenge na Corrida da Guia.

Recorde-se que a Corrida da Guia iria ser a última prova da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR, até o promotor desta competição ter cancelado todos os eventos previstos para este ano no Oriente.

Por seu lado, segundo o HM apurou, o promotor do campeonato TCR Asia, cujos participantes dividem as grelhas de partida com o s concorrentes do Campeonato de Carros de Turismo da China (CTCC), não tem neste momento um acordo com o WSC Group, estando por isso os seus carros e pilotos impedidos de se juntar ao pelotão do TCR Asia Challenge. Perante este cenário, os carros da competição chinesa ficaram com uma corrida só para si, podendo na mesma fazer parte do carnaval de corridas do Grande Prémio de Macau.

21 Nov 2022

Filipe de Souza é o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia

Após vários anos a tentar vencer em Macau, Filipe de Souza (Audi RS3 LMS TCR) conquistou a Corrida da Guia, uma prova que foi interrompida devido ao grave acidente com Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR). No final, Souza estava radiante, com uma vitória que demorou 20 anos a ser alcançada e que foi a primeira na Corrida da Guia de um piloto de Macau, em 50 anos.

“Sinto que é um momento histórico porque é a primeira vez que um piloto de Macau vence a Corrida da Guia!”, afirmou Souza, no final de uma prova com muitos acidentes e duas entradas de Safety Car. “Hoje foi um dia em que tive sorte”, acrescentou.

Depois de ter vencido a corrida de sábado, para a qual arrancou mal, Souza manteve-se sempre na frente no domingo. Todavia, foi sempre seguido de muito perto pelos pilotos de Hong Kong Lo Sze Ho e Andy Yan (Honda FK7 TCR).

A situação parecia controlada para Souza, até que um acidente entre adversários mais atrasados, levou à entrada do safety car, que voltou a juntar os participantes. No recomeço, Souza manteve-se calmo e conseguiu aguentar a primeira posição e abrir uma nova vantagem.

Mas surgiu um novo acidente e nova entrada de Safety Car. Desta vez, devido à complexidade dos trabalhos de limpeza da pista, o Safety Car só saiu para dar tempo de cumprir uma última volta. Num final de cortar a respiração, Lo Sze Ho e Andy Yan foram com tudo para cima do macaense. Contudo, Lo, vítima de um asfalto escorregadio na Curva do Mandarim Oriental, perdeu o controlo e bateu violentamente nas barreiras.

Piso escorregadio

A corrida foi imediatamente dada por terminada, e Souza declarado vencedor de uma prova com poucas voltas cumpridas. Apesar disso, no final, o piloto estava muito satisfeito. História estava a ser feita.

“Depois do último safety car, houve logo um acidente porque os pneus não estavam a conseguir aquecer e a pista estava muito escorregadia”, contou Filipe de Souza. “Também senti o carro a escorregar muito na curva do Mandarim, e tive de corrigir duas vezes. Sabia que se travasse bruscamente era muito mais perigoso, porque tinha dois carros colados atrás”, lembrou sobre o momento decisivo. “Depois vi a pancada de Lo, e espero que esteja tudo bem com ele, e percebi que tinha vencido, porque com um acidente daqueles a corrida já não seria retomada”, acrescentou.

Andy Yan destacou a boa luta, mas lamentou o acidente final, que precipitou o fim da corrida. Também este piloto de Hong Kong se queixou do asfalto escorregadio.

Quanto a Lo, ontem à noite sabia-se que tinha sido transferido para o hospital e que estava consciente. O piloto saiu pelo próprio pé do carro e não corria perigo de vida.

1º Filipe de Souza (Audi) 23:58.130
2º Lo Sze Ho (Hyundai) a 2.558
3º Andy Yan (Honda) a 24.432

Alto: a vitória de Souza

A vitória de Filipe de Souza (Audi) foi o ponto alto de um dia de competição muito acidentado. Depois de muitos anos a tentar, e de muitos azares, o macaense conseguiu cumprir um dos seus sonhos e foi o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia. Teve a sorte que faltou em anos anteriores.

Baixo: corrida acidentada

A Corrida da Guia é uma prova com um prestígio difícil de igualar e que muito contribuiu para promover o Grande Prémio e Macau. Não deixa por isso de ser uma desilusão que a prova tenha tido tantos acidentes, devido a uma escolha de participantes que em muitos casos tem uma qualidade muito distante daquela de outros pilotos que fizeram a História desta corrida.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau 2022 | Mais de 76 mil nas bancadas

Ao longo dos quatro dias de prova, a organização do Grande Prémio de Macau registou a entrada de mais de 76 mil pessoas, de acordo com os dados de Pun Weng Kun. O balanço foi feito ontem em declarações prestadas aos jornalistas, após o fim do evento.

Questionado sobre a próxima edição em que se celebra o 70.º aniversário e a possibilidade de as provas se prolongarem durante dois fins-de-semana, o também presidente do Instituto do Desporto afirmou que a organização vai ouvir as opiniões da sociedade.

Billy Lo preso no Harbourview

Uma das ausências notadas da Corrida da Guia, no sábado, foi a do piloto Billy Lo (Audi RS3). O residente local estava hospedado no Hotel Harbourview, quando foi detectado um caso de covid-19 numa turista, que também estava hospedada na mesma unidade. Consequentemente o hotel foi isolado pela polícia, e quem se encontrava no local ficou proibido de sair, tendo de cumprir quarentena.

21 Nov 2022

Taça GT | Maro Engel bate concorrência e vence pela terceira vez no Circuito da Guia

Numa corrida reduzida e com a maior parte das voltas atrás do Safety Car, o piloto alemão da Mercedes bateu toda a concorrência e juntou mais um triunfo aos conquistados em 2014 e 2015

 

Maro Engel (Mercedes AMG GT3 Evo) foi o grande vencedor do Grande Prémio de Macau na categoria GTs, naquela que era a prova mais antecipada e com os nomes internacionais mais conhecidos. No final, o piloto reconheceu que o início da prova foi mais complicado do que esperava… devido ao colega de equipa.

“Foi decididamente mais difícil do que esperava devido ao início do Raffaele Marciello, mas sabia que tinha tudo para fazer um bom resultado” disse Maro Engel. “É fantástico ganhar depois de esperar sete anos e sinto-me muito feliz”, acrescentou.

Após conquistar a corrida de sábado, Engel arrancou do primeiro lugar da grelha de partida. Porém, o seu colega de equipa Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3 Evo) estava determinado a vender cara a derrota. O suíço pressionou sempre bastante Engel e chegou à liderança na primeira curva, com os dois carros a tocarem-se mais tarde, na Curva do Mandarim.

“Depois de perder a liderança acho que pela minha cabeça só passaram alguns sons que se podem explicar como pi… pi…. pi… (palavrões)”, relatou Engel, em tom divertido, sobre o único momento em que a vitória esteve em causa. “Mas também tive um bom arranque… Acho que nos chegámos a tocar na segunda curva do circuito, mas é normal porque a pista tem muito sobressaltos”, justificou.

Engel acabaria por herdar o primeiro lugar, ainda antes do final da primeira volta, quando Marciello seguiu em frente na curva da Melco. Também nessa altura, entrou o Safety Car em pista e só saiu a duas voltas do fim. Com tão pouco tempo corrido, Edoardo Mortara (Audi R8 LMS GT3 Evo III), mais não conseguiu do que ameaçar a ultrapassagem a Engel, na última passagem pela Curva do Hotel Lisboa.

Erro caro

Edoardo Mortara, também conhecido como Senhor Macau, terminou em segundo lugar. O piloto da Audi pagou caro o erro de sábado, quando à partida da corrida de qualificação arrancou demasiado cedo, fez abortar a partida e como penalização teve de partir nessa prova do final da grelha.

“Acho que estávamos mais rápidos e que provámos isso ao longo do fim-de-semana, mas não fez diferença, porque o que interessa é o resultado… E nisto tenho de ter em conta que também contribui para o resultado com o meu erro”, admitiu.

Ao mesmo tempo, Mortara lamentou que só tivessem sido corridas três voltas. “Estou feliz com a experiência. É sempre bom vir a Macau, gosto dos fãs e de sentir a atmosfera nesta pista. Acho que o espectáculo para os fãs foi bom, mas gostava que tivesse sido mais longo, porque a corrida foi curta”, apontou.

No mesmo sentido, o piloto da Audi falou de um fim-de-semana “perigoso”. “Sinto que foi um fim-de-semana perigoso com decisões que perante as mesmas regras nem sempre foram as mesmas, por isso, também estou feliz que tenha acabado”, desabafou. Além da redução da duração da prova de 12 para 8 voltas, Mortara não concretizou as outras queixas. Ainda assim, mostrou-se feliz por regressar: “É sempre bom vir a Macau”, apontou.

Mais queixas

No lugar mais baixo do pódio terminou Alex Imperatori (Porsche GT3 R), que apesar de um bom ritmo nunca teve hipótese de lutar por algo mais. E no final, o piloto suíço, que corre com uma licença de Hong Kong, queixou-se da curta duração da corrida.

“É frustrante ter tão poucas voltas de corrida, todos gostávamos de ter mais. É uma pena, porque queremos sempre dar mais espectáculo para os fãs e ter boas lutas na pista”, afirmou Imperatori, durante a conferência de imprensa.

“Acho que recuperámos bem de uma qualificação pouco conseguida, mas com o Safety Car tanto tempo em pista, percebi que não ia fazer muito nesta prova, apesar de achar que tinha um bom ritmo”, frisou.

1º Maro Engel (Mercedes) 23:21.084
2º Edoardo Mortara (Audi) a 0.760
3.º Alexandre Imperatori a 2.041

Alto: a qualificação de Mortara

Não venceu a corrida e cometeu um erro tremendo na corrida de sábado, quando se precipitou na partida. Foi penalizado. Porém, na sexta-feira, durante a qualificação, fez várias voltas rápidas de grande nível no traçado da Guia, a mostrar claramente a difereça que faz trazer pilotos internacionais de topo.

Baixo: mau planeamento

A Taça GT foi a corrida com mais qualidade, a nível de pilotos e carros, de todo o fim-de-semana. Com nomes internacionais de topo torna-se incompreensível que apenas tenham sido planeadas oito voltas para o dia de ontem. Com as tradicionais entradas do safety car, correram-se três. É muito pouco.

21 Nov 2022

Grande Prémio de Macau | Programa até domingo

Hoje

06:00 Fecho do Circuito
06:30-07:00 Inspecção do Circuito
07:30-08:00 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 1
08:20-08:45 Macau Roadsport Challenge SJM – Qualificação 1
09:05-09:30 Taça GT Grande Baía Melco – Qualificação 1
09:50-10:15 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – Qualificação 1
10:35-11:00 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Qualificação 1
11:30-11:50 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Qualificação 1
12:00-12:10 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Qualificação 2
12:30-13:00 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 2
13:20-13:40 Corrida da Guia Macau Wynn – Qualificação 1
13:50-14:00 Corrida da Guia Macau Wynn – Qualificação 2
14:15-14:40 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – Qualificação 2
15:00-15:25 Macau Roadsport Challenge SJM – Qualificação 2
15:45-16:10 Taça GT Grande Baía Melco – Qualificação 2
16:30-16:55 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Qualificação 2
18:00 Abertura do Circuito

Amanhã

06:00 Fecho do Circuito
06:30-07:00 Inspecção do Circuito
07:30-07:50 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento
08:25-08:55 Macau Roadsport Challenge SJM – 1.ª Corrida (8 voltas)
09:30-10:00 Taça GT Grande Baía Melco – 1.ª Corrida (8 voltas)
10:35-11:05 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – 1.ª Corrida (8 voltas)
11:45-12:20 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – 1.ª Corrida (9 voltas)
12:55-13:30 Corrida da Guia Macau Wynn – 1.ª Corrida (9 voltas)
14:05-14:35 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – 1.ª Corrida (8 voltas)
15:10-15:40 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – 1.ª Corrida (8 voltas)
16:10-16:40 54.º Grande Prémio de Motos de Macau – 2.ª Corrida (8 voltas)
18:00 Abertura do Circuito

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito
08:00-08:45 Macau Roadsport Challenge SJM – 2.ª Corrida (12 voltas)
09:15-10:00 Taça GT Grande Baía Melco – 2.ª Corrida (12 voltas)
10:30-11:05 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – 2.ª Corrida (9 voltas)
11:55-12:30 Corrida da Guia Macau Wynn – 2.ª Corrida (9 voltas)
13:05-13:50 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – 2.ª Corrida (12 voltas)
14:00-14:45 Evento Especial
15:15-15:20 Dança do Leão
15:30-16:10 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 Sands China – 2.ª Corrida (12 voltas)
18:00 Abertura do Circuito

18 Nov 2022

Souza espera quebrar um enguiço com meio século

A Corrida da Guia vai ter um formato diferente dos dois anos anteriores, não pontuando para o TCR Ásia. Este pequeno grande detalhe significa que os pilotos do campeonato e as poderosas equipas de fábrica dos construtores de automóveis da República Popular da China não farão parte da Corrida da Guia este ano, deixando escancarada a porta para o sucesso aos pilotos do território. É que nunca em cinquenta anos um piloto de Macau conseguiu ir ao pódio nesta corrida.

A pandemia e as constantes restrições nas viagens impediram que Filipe Souza concretizasse o plano de participar em 2022 na temporada do TCR Ásia. Com menos ritmo que em anos anteriores, Souza mantém-se realista, mas os seus objectivos para a edição deste ano do Grande Prémio não foram abalados. “Este ano o meu objectivo é igual ao dos dois últimos anos. Só olho para o pódio com a máxima concentração”, afirmou o piloto macaense ao HM.

Este foi um ano particularmente difícil para o experiente piloto, pois apenas realizou uma corrida nos últimos doze meses. “Claro que é prejudicial ter disputado menos corridas este ano, principalmente pelos reflexos que isso tem no ritmo de condução e também fisicamente. Quanto mais conduzes, mais aprendes”, reconhece o piloto que vai para a sua vigésima primeira participação na prova. “Fiz alguns testes com o meu novo carro e também fiz testes de Fórmula Renault na China, que é o meu hábito de todos os anos antes do Grande Prémio de Macau”.

A maior novidade de Filipe Souza este ano é contar com um carro novo Audi RS 3 LMS TCR da segunda geração. “Este novo carro tem potencial para vencer e anda muito bem em recta”, explica o piloto de 46 anos. “A aerodinâmica do carro é uma grande melhoria em relação ao modelo anterior e, em termos de afinações, o novo carro está muito mais fácil de trabalhar. Pelos testes que realizei, também sinto que posso ser mais agressivo nas curvas e por isso tenho uma grande confiança no novo carro”.

Quanto a quem será o seu grande adversário na corrida, Filipe Souza aponta para “o piloto de Hong Kong Andy Yan. Ele tem muita experiência e é um muito bom piloto”.

18 Nov 2022

Macau Roadsport Challenge | Novos desafios para Junio Pereira e Sabino Osório

Depois da estreia no ano passado no Circuito da Guia numa atípica corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, Junio Pereira vai tentar aplicar o que aprendeu no ano passado, mas agora numa corrida diferente fruto das circunstâncias.

O piloto macaense, que vai guiar um Ford Fiesta diferente do utilizado em 2021, vai alinhar na categoria 1600cc Turbo na corrida Macau Roadsport Challenge, onde estarão outras caras conhecidas do automobilismo do território como são Rui Valente e Célio Alves Dias.

“Vou dar o meu melhor e espero conseguir melhores resultados este ano em Macau”, afirmou o piloto da equipa SLM Racing Team ao HM. “Este Fiesta, que é um carro diferente daquele que usei no ano passado, também deverá ter um melhor desempenho.”

Correr no meio de um pelotão com diferentes andamentos e estilos de condução, certamente irá representar um novo desafio para um piloto que ainda está a dar os primeiros passos no automobilismo. “Eu nunca corri numa das corridas com mistura de categorias”, reconhece Junio Pereira, que admite existir um factor de risco nestas corridas multi-classe, pois “os pontos de travagem são diferentes entre estes dois tipos de carros. Por outro lado, é um pouco injusto corrermos com eles, pois vamos perder exposição mediática. O andamento entre as duas categorias é muito diferente e o melhor dos 1600cc Turbo dificilmente entra no Top-5 da geral”.

Sabino Osório sobe de categoria

Segundo classificado na Taça de Carros de Turismo de Macau de 2021, ao volante de um carro da categoria 1600cc Turbo, Sabino Osório Lei vai este ano alinhar na Macau Roadsport Challenge, mas aos comandos de um Mitsubishi Evo9, preparado pela equipa SLM Racing Team, a categoria 1950cc e Acima.

“Este ano vou tentar algo novo. A razão pela qual escolhi fazer algo diferente é porque ouvi que este ano possivelmente será o último desta categoria e queria fazer algo novo”, explicou ao HM. O Mitsubishi é um carro que foi conduzido no passado por Ng Kin Veng, que estava parado há dois anos e que foi equipado com um motor novo, de menos potência para resistir às agruras da semana do Grande Prémio.

Sem colocar um objectivo para esta sua participação, Sabino sabe o que lhe espera: “Será a minha primeira corrida num carro destes. Tem mais potência e é mais desafiante, mas mais divertido de conduzir”.

18 Nov 2022

Treinos Livres | Alexandre Imperatori foi o mais rápido no primeiro dia de prova

O senhor Macau está de regresso e em grande nível, mas Alexandre Imperatori foi o mais rápido no dia em que os principais concorrentes dos GTs estiveram a esconder o jogo. Na F4, Bei Siling proporcionou o acidente do dia

 

Edoardo Mortara (Audi R8 LMS) regressou a Macau em grande ritmo, foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres e dominou grande parte da segunda sessão. No entanto, quando tudo apontava para que ficasse no topo da tabela dos tempos, acabou por ser suplantado pelo compatriota Alexandre Imperatori (Porsche 911 GT3 R), que corre com uma licença de Hong Kong.

Em todas as categorias, o dia serviu principalmente para tirar as medidas ao traçado e tratar das afinações dos carros e motos, a pensar nas qualificações, agendadas para o dia de hoje.

A Taça GT, que promete as corridas mais interessantes do fim-de-semana, não foi excepção e os pilotos até conseguiram rodar durante longos períodos, sem interrupções. No duelo entre os construtores germânicos, Mortara com um tempo de 2:19.841 foi o mais rápido na parte da manhã. À tarde o cenário aparentava repetir-se, mas Alexandre Imperatori (Mercedes AMG GT3) fez uma volta com o tempo de 2:18.760 e bateu Mortara por 31 centésimos.

No entanto, o primeiro dia também mostrou que tanto Maro Engel (Mercedes AMG GT3) como Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3) estão a rodar perto do tempo dos pilotos da frente.

Os resultados devem ser encarados com cautela, uma vez que os pilotos tendem a esconder o jogo, para evitar serem prejudicados pelo BoP (Balance of Performance), ou seja, as restrições aplicadas para a organização para nivelar os diferentes carros.

Acidente do dia

Sem a emoção das outras provas, a Fórmula 4 destacou-se pelo acidente do dia, ainda na parte da manhã. Numa primeira sessão de treinos livres marcada pelo facto de a maioria dos pilotos não terem conseguido realizar uma volta rápida, o protagonista foi Bei Siling.

Logo na primeira volta rápida, o chinês perdeu o controlo do Mygale SARL M14-F4, na curva do Mandarim, e embateu forte no muro. O piloto saiu ileso do impacto, mas o carro ficou muito danificado, pelo que não é certo que seja possível repará-lo a tempo de participar no restante fim-de-semana.

Na parte da tarde, o local Andy Chang foi o mais rápido, ao rodar em 2:30.188, com Charles Leong, que tenta chegar à terceira vitória nesta categoria, a quedar-se pelo terceiro lugar com um tempo de 2:30.338.

Huff a melhorar

Em relação à Taça de Carros de Turismo, a grande estrela presente é Rob Huff (MG5 XPower TCR) e o britânico fez um dia em crescendo. Depois de uma primeira sessão em que não conseguiu fazer uma volta lançada, na parte da tarde subiu para segundo, a 97 centésimos de Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co 03 TCR), piloto que dominou o dia e fez o tempo de 2:35.822.

Por sua vez, Rodolfo Ávila (MG5 XPower TCR) fez o sexto melhor tempo na parte da manhã e apesar de ter melhorado em quase dois segundos o registo na parte da tarde, não conseguiu melhor do que o 10.º posto, a quase três segundos da frente. Ontem, os pilotos da MG depararam-se com problemas na direcção assistida, que tem falhado.

Kostamo foi o mais rápido nas motas

Erno Kostamo (BMW S1000RR) foi ontem o piloto mais rápido na única sessão do dia do Grande Prémio de Motos, com um tempo de 2:31.069. Numa sessão em que os pilotos puderam realizar várias voltas, o finlandês ficou à frente de Robert Hodson (Kawasaki ZX10RR), com uma diferença de 3,529 segundos, e de David Datzer (BMW S1000RR), com uma vantagem de 5,504 segundos.

Numa sessão que ficou marcada pelo facto de não haver acidentes, o português André Pires (Honda CBR 1000 RR SP) conseguiu o sexto melhor tempo, ainda assim a quase 7 segundos do mais rápido. Hoje, as motos são a primeira categoria a sair para a pista, com a primeira sessão de qualificação agendada para as 7h30. A segunda sessão está agendada para as 12h30.

Testes todos os dias para equipas e pilotos

Desde ontem, com o surgimento de mais casos em Zhuhai, que os pilotos e as equipas que participam o Grande Prémio estão obrigadas a fazer um teste diário de covid-19. A informação foi revelada às 9h ontem pelos organizadores às equipas, e implica uma redução da validade do resultado dos testes de 48 horas para 24 horas. No entanto, ao contrário de outras pessoas envolvidas no evento, os pilotos e as equipas têm um centro de testes que podem utilizar.

O centro está localizado no segundo andar do Terminal Marítimo do Porto Exterior, funciona até sábado e abre às 5h da manhã. Na parte da manhã, o horário de funcionamento prolonga-se até às 10h. Depois da pausa de almoço, o centro funciona entre as 15h e as 20h. Os pilotos e as equipas não precisam de pagar os testes, ao contrário dos cidadãos normais fora dos grupos chave, que pagam até 45 patacas.

18 Nov 2022

Macau Roadsport Challenge | De olho no pódio, Badaraco espera que esta não seja a última

Num ano em que as duas categorias locais de carros de Turismo – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – se voltam a encontrar, mas agora na corrida Macau Roadsport Challenge, Jerónimo Badaraco quer regressar a um pódio que visitou pela primeira vez em 1999, quando triunfou na derradeira edição da Taça ACP.

O piloto macaense vai conduzir novamente o imponente Mitsubishi Evo9 da Son Veng Racing Team, um carro mecanicamente levado ao extremo e que prima pela espectacularidade, mas cuja fiabilidade é o seu “calcanhar de Aquiles”. Tal como à maior parte dos pilotos do território, a pandemia trocou os planos a Jerónimo Badaraco e a preparação para a corrida mais importante do ano não foi aquela que o piloto e a sua equipa certamente pretendiam.

“Este ano vai ser outra vez muito especial, porque por causa da pandemia não pudemos testar o carro como queríamos, mas eu e toda a equipa esperamos que o carro consiga corresponder às nossas expectativas e que corra tudo bem ao nível de mecânica e electrónica”, relatou ao HM o piloto que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau.

Se não acontecerem imprevistos técnicos, “Noni” não esconde a vontade que tem em “voltar a subir ao pódio, celebrar uma vitória e acima de tudo, voltar a sentir a emoção desta competição automóvel tão importante em Macau.”

Rumores do paddock dizem que esta será a última edição em que iremos ver os muito acarinhados carros de Turismo das classes 1950cc e Acima e 1600cc Turbo em acção no Circuito da Guia. Tendo estes carros já atingido o seu pico de evolução e completado o seu ciclo de vida, a pandemia acabou por prolongar o seu “prazo útil de vida”, poupando os pilotos locais de elevados investimentos em carros e material novo.

Porém, Jerónimo Badaraco acredita que será um erro terminar com esta popular corrida: “Há a possibilidade deste ano ser a última prova de Roadsport Challenge e por isso aproveito esta oportunidade no Hoje Macau para expressar o meu desejo de que esta prova se mantenha, pois é uma competição com vários pilotos com carros tão diferentes e que os espectadores gostam.”

17 Nov 2022

Taça de Carros de Turismo de Macau | Ávila chega a Macau após duas vitórias no TCR Ásia

O piloto da MG XPower Racing vai participar pela 15.ª vez no Grande Prémio de Macau e vai ser o único representante local na Taça de Carros de Turismo de Macau, que este ano é pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC)

 

Após um ano de ausência, Rodolfo Ávila está de regresso ao Circuito da Guia. Naquela que é a sua 15.ª participação no Grande Prémio de Macau. O piloto português vai alinhar pela primeira vez na corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, sendo o único concorrente da RAEM nesta corrida que este ano será pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC).

Numa temporada em que apenas foi possível realizar duas corridas, o campeão da última edição do TCR China sabe que não terá a vida fácil neste seu retorno ao palco onde se estreou no automobilismo há precisamente duas décadas, na altura, na corrida do asiático de Fórmula Renault.

“Claro que vamos tentar andar o melhor possível”, afirmou Rodolfo Ávila ao HM. “Este ano acabamos por não ter tantas oportunidades para desenvolver o novo MG5 como gostaríamos, por isso este fim-de-semana vamos continuar a desenvolver o carro e espero que tenhamos andamento para andar na frente.”

Apesar das duas vitórias conquistadas esta temporada – uma em Zhuzhou e outra em Zhejiang – o novo MG5 XPower TCR ainda continua numa fase muito primária de desenvolvimento, devido aos atrasos provocados pela pandemia, estando ainda longe do nível dos melhores carros da categoria TCR, tendo acusado por diversas vezes problemas de fiabilidade que levantam várias interrogações antes do debute do carro da marca sino-britânica num circuito citadino.

“Fazer um bom resultado em Macau contra os Lynk & Co sei que não vai ser fácil. Mas claro que quero continuar a ser o melhor piloto da MG, no entanto, para isso é preciso pontuar nas duas corridas”, refere o piloto do território. “Tive problemas de travões nas duas provas que disputamos este ano e o Circuito da Guia não tem escapatórias. Aqui se ficarmos sem travões, as consequências são mais graves.”

A equipa da Lynk & Co, que tem os seus três pilotos nas três primeiras posições no TCR Ásia, irá ser liderada por Jason Zhang Zhi Qiang, vencedor da Corrida da Guia nos dois últimos anos, escudado pelos experientes David Zhu e Sunny Wong. A MG XPower Racing reforçou-se para esta corrida com o ex-campeão do mundo Rob Huff. O inglês trará o seu vasto conhecimento e experiência ao volante de viaturas da classe TCR para a equipa de Xangai.

“Vamos ver como ele se vai adaptar ao carro. Ele apenas teve um breve contacto com o MG5 na pista Tianma, mas é sempre muito forte aqui em Macau. De certeza que ele vai ajudar a puxar pela equipa para cima e a melhorar alguns processos”, explica Rodolfo Ávila que já foi por várias vezes companheiro de equipa do inglês que soma nove triunfos nas ruas da cidade.

A Taça de Carros de Turismo de Macau terás duas corridas de nove voltas, sendo que ambas valem os mesmos pontos.

17 Nov 2022

Dia inglório para Souza

Filipe Souza tinha razões para estar desgostoso no final do dia. O piloto de Macau viu novamente fugir-lhe um lugar no pódio. Depois de ter obtido um brilhante segundo lugar na qualificação, na corrida de sábado, o piloto do Audi RS 3 LMS TCR caiu para sexto no arranque, recuperando duas posições até ao final da corrida de oito voltas para garantir a quarta posição na grelha de partida para a corrida decisiva de ontem. Porém, rapidamente todo o esforço se esfumou.

“O sistema de luzes não é igual às provas internacionais, o ritmo aqui é diferente”, explicou Souza ao HM. “As luzes têm um ritmo diferente de acender e apagar. Por isso, falhei o arranque e recebi um ‘Drive Through. Foi azar.”

Apesar de reconhecer o erro, Souza também aponta o dedo à direcção da corrida pelo que sucedeu a seguir. “Eu reparei que tinha o ‘Drive Through’, mas eles também falharam. Primeiro mostraram-me o aviso com o número nº26, o meu número, e depois mostram-me com o nº27. Fiquei na dúvida se seria o meu número ou não, e se não era um erro. Por isso, não entrei nas boxes imediatamente e ao dar mais uma volta recebi logo a bandeira preta. Não dava para entrar nas boxes”, esclareceu o piloto do território.

“Eu disse à organização que tinha visto dois números diferentes, mas sabia que tinha feito uma falsa partida. Só que a ver uma bandeira com um número diferente, pensei que tinham errado. Esperei que me mostrassem o número correcto mais uma vez, só que em vez disso, mostraram-me a bandeira preta. Acho que falharam um bocado. Complicaram as coisas. Mas não sei… Foi um azar”, disse o conformado experiente piloto da RAEM.

Num fim de semana em que voltou novamente a rodar na parte da frente da corrida, Souza acredita que teria sido possível terminar nos três primeiros classificados: “Eu estava com um ritmo bom e se não fosse o ‘Drive Through’ teria passado os dois carros que estavam à minha frente e tinha ido ao pódio. Tinha reparado que eles estavam com problemas de pneus e acabaram por rebentar. O carro estava bom, bem afinado. Estava com boas sensações e a lutar com pilotos de fábrica. Nunca poderia competir contra eles, porque eles têm apoios muito melhores. Para o ano ainda não sei o que vou fazer, vou parar e ver.”

22 Nov 2021

Pneus decidem vencedor da 50.ª Corrida da Guia

Jason Zhang Zhi Qiang venceu a 50.ª edição da Corrida da Guia, obtendo o seu segundo triunfo consecutivo na prova e o terceiro da marca chinesa de automóveis Lynk & Co. A equipa oficial do construtor automóvel do grupo Geely Auto confirmou o seu favoritismo, mas o que parecia um triunfo fácil acabou por se tornar uma vitória à tangente. Quanto aos pilotos do território, continua a manter-se a tradição de meio século sem pilotos locais no pódio.

Com o título do campeonato TCR Ásia também em jogo, Ma Qing Hua venceu a corrida de 8 voltas de sábado e colocou-se na pole-position para corrida de ontem, tendo ao seu lado Jason Zhang. Para este último, o segundo lugar atrás do seu companheiro de equipa era o suficiente para ir para casa com o título no bolso. Todavia, logo nos primeiros metros da prova ficou perceptível que esta não ia ser uma corrida aborrecida.

Inesperadamente, Sunny Wong, no terceiro Lynk & Co 03 TCR oficial, intrometeu-se entre os dois pilotos que discutiam o título. Depois, Lo Sze Ho, que guiava aqui pela primeira vez um Hyundai i30 N TCR, juntou-se ao grupo, mostrando que era capaz de, também ele, ter uma palavra a dizer na luta por um lugar no pódio. Acrescentando uma pressão suplementar aos favoritos, Filipe Souza seguia imediatamente atrás, a aguardar um erro de algum dos seus adversários.

Na primeira metade da prova, Ma, Zhang e Wong trocaram diversas vezes de posições, com Ma a subir a primeiro, seguido de Zhang e Wong. Entretanto, Filipe Souza desaparecia. O melhor dos pilotos de Macau recebeu uma penalização de “Drive Through” por alegada falsa partida, mas, como não a cumpriu ao fim de duas voltas, mostraram-lhe a bandeira preta e foi desclassificado.

 

 

Para todos os gostos

O construtor de pneus inglês Avon foi nomeado este ano como fornecedor exclusivo de pneus para a Corrida da Guia, sem nunca antes ter equipado a grelha de partida de uma corrida internacional com viaturas TCR. E acabaram por ser mesmo os pneus a ditar o vencedor da corrida.

Na última volta, quando Ma seguia à frente e Zhang era um feliz segundo classificado, o ex-piloto de testes de F1 teve um furo. O seu companheiro de equipa apercebeu-se da situação, mas não quis ficar com a vitória, até porque o título já não lhe fugia, e ambos os carros continuaram em marcha lenta sem trocar de posições num espectáculo bizarro.

Zhang aguentou a tentação até onde foi possível, mas como Lo Sze Ho rapidamente recuperou os seus trinta segundos de atraso, o piloto chinês partiu rumo à vitória na corrida, colocando a “cereja no topo do bolo”, vencendo pela segunda vez a mais prestigiada corrida de carros de Turismo da Ásia, conquistando assim o seu primeiro título internacional.

Lo Sze Ho subiu ao segundo lugar do pódio, fruto de mais um fim de semana imaculado, enquanto a “coxear” Ma cortou com esforço a linha de meta no terceiro lugar. Pior sorte teve Wong, no terceiro carro da equipa, que desistiu também ele com um furo.

E continuando a falar de furos, Kelvin Wong, em SEAT Leon TCR, foi o melhor dos pilotos de Macau, na 11.ª posição, também ele a terminar com um furo. Já no sábado, um furo arruinou as esperanças de um bom resultado final a um dos favoritos da corrida. Andy Yan (Honda Civic) foi obrigado a desistir quando seguia na terceira posição a pressionar os Lynk & Co.

Oito horas depois da corrida, foi confirmada a desclassificação de Lo Sze Ho, por irregularidades no turbo do Hyundai, sendo promovido Ma a segundo e Yang Xiao Wei (SEAT Léon) a terceiro.

22 Nov 2021

Penalização relegou Junio Pereira para o 26.º lugar

O macaense Junio Pereira realizou a estreia no Grande Prémio ao participar na corrida de Carros de Turismo de Macau. Apesar de um enorme susto, e de ter entrado em pião no principal acidente do fim-de-semana, Pereira conseguiu atravessar a confusão sem qualquer dano.

No final, admitiu ter adorado a adrenalina da competição. “Era um sonho participar no Grande Prémio e depois desta corrida, se tiver a oportunidade, vou regressar”, disse Pereira, ao HM. “Depois dos problemas dos primeiros dias, hoje [ontem] ganhei muitos lugares. Acabou por ser um fim-de-semana muito mais intenso do que estava à espera”, confessou.

Na altura das declarações, Pereira ainda não tinha sido penalizado com 30 segundos, por ultrapassar durante o período de Safety Car.

22 Nov 2021

Rui Valente terminou em 5.º apesar de acidente

Rui Valente esteve envolvido num acidente muito violento e, no final, não conseguiu esconder toda a emoção. Numa altura em que atravessa um momento complicado da vida pessoal, devido à morte do pai, o português não conseguiu evitar as lágrimas.

“Tinha dito que se ganhasse era o último ano de Grande Prémio de Macau. Não ganhei, apesar de fazer uma grande corrida. Não sou vaidoso no que faço, mas acho que foi uma das minhas melhores prestações em Macau”, disse Rui Valente.

“Estava muito empenhado. Muita coisa se passou nos últimos dois meses, com o falecimento do meu pai, e agora com este acidente. Estou muito emocionado, mas não ganhei. Vou voltar”, prometeu.

22 Nov 2021

Sabino Osório Lei alcançou o segundo lugar da corrida de Carros de Turismo de Macau

Para Sabino Osório a corrida acabou por ter um sabor misto. Feliz por ter terminado no pódio, o piloto não deixou de lamentar os violentos acidentes. “Estou feliz com o segundo lugar, porque é a terceira vez que estou a competir nesta pista, que é um lugar muito especial para mim. Adoro esta corrida”, começou por dizer Sabino.

“Infelizmente aconteceu este acidente, e só desejo que todos fiquem bem. São acontecimentos que ninguém gosta de ver nas corridas”, acrescentou.

22 Nov 2021

Célio Alves Dias venceu a corrida de Carros de Turismo de Macau

A corrida de ontem marcou a estreia de Célio Alves Dias a vencer em Macau, depois de várias tentativas e de um ritmo muito forte. “Estou contente com a vitória, mas foi uma corrida muito agridoce. Não estava à espera de ganhar e acabar com o carro todo destruído. Era novo e vai para a sucata. É uma sensação agridoce”, afirmou, no final, ao HM.

Apesar da destruição, Célio não afasta a possibilidade de voltar a competir no próximo ano. “Claro que quero voltar para competir. Mesmo sem carro, vou pensar numa solução”, sublinhou.

22 Nov 2021

Jerónimo Badaraco desistiu na Challenge Cup

Badaraco foi o piloto mais rápido na corrida de ontem, ao fazer a melhor volta com uma distância de pelo menos um segundo para todos os outros. Todavia, tal como no sábado, faltou na fiabilidade o que tinha sobrado na velocidade.

“Este fim-de-semana não estive acompanhado pela sorte e as coisas não correram muito bem. Na última corrida, e talvez tenha tido culpa no que aconteceu, puxei demasiado e fiquei sem travões, na curva da Melco. Se não fossem os travões acredito que tinha ficado no pódio”, considerou.

“O carro estava com um ritmo mesmo muito elevado, mas depois de sair na Melco só parei quando cheguei à passadeira [à frente do Edifício da DSAT]. Os travões também se incendiaram, e como tinha perdido muitas posições, desliguei o carro e decidi parar por ali”, explicou.

22 Nov 2021

Luciano Lameiras foi 11.º na Challenge Cup

Durante a prova, Luciano Lameiras rodou por várias voltas no terceiro lugar e até esteve na luta pelo segundo. Contudo, problemas com o aquecimento do carro condicionaram o resultado. “No início o carro estava muito bom, com muita velocidade. Só que a meio da prova comecei a ter problemas. No início não eram muito sérios, mas a temperatura do carro começou a aquecer e tive de reduzir o ritmo. Já não podia ir a 100 por cento, só a 90 por cento”, revelou o piloto do Mitsubishi Evo 9.

Contudo, pressionado por Delfim Mendonça, de quem até sofreu um toque na traseira, acabou por ver os problemas agravarem-se. “Ao ritmo de ataque era difícil arrefecer o carro, porque estava a ser muito pressionado. Isso fez com que não pudesse gerir a temperatura. E depois os problemas agravaram-se. Fiquei desiludido por não ir ao pódio”, admitiu. “Mas as corridas são assim, tive duelos interessantes e diverti-me bastante”, contou.

22 Nov 2021

Eurico de Jesus terminou a Challenge Cup no 7.º lugar

Eurico de Jesus alcançou o sétimo lugar, numa corrida com muitas desistências. No entanto, a selecção dos pneus para a prova foi uma grande condicionante. “Não posso dizer que este ano o meu desempenho tenha sido tão bom. Não porque não tenha conduzido bem, até acho que não estive mal, mas os pneus eram novos, não tive tempo de pista suficiente e não acertei com as afinações”, explicou.

“Tive uma prova muito solitária, porque não tinha andamento para quem estava à minha frente e, para os pilotos de trás, tinha uma vantagem superior a um minuto. Foi uma corrida em que estive focado em terminar e em desfrutar da pista”, acrescentou.

22 Nov 2021